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Matemática

Manual do Professor
VOLUME 1
Sumário

FRENTE A

UNIDADE 1
Conjuntos e conjuntos numéricos ......................................................................................... 3
Capítulo 1 – Conjuntos............................................................................................................................................................. 3
Capítulo 2 – Conjuntos numéricos ....................................................................................................................................... 5

UNIDADE 2
Funções...................................................................................................................................... 7
Capítulo 3 – Relações e introdução às funções .............................................................................................................. 7
Capítulo 4 – Função constante e função afim .................................................................................................................. 9

FRENTE B

UNIDADE 1
Princípios da Geometria Plana .............................................................................................11
Capítulo 1 – Conceitos fundamentais: retas e ângulos.............................................................................................. 11

UNIDADE 2
Triângulos ................................................................................................................................13
Capítulo 2 – Elementos fundamentais dos triângulos ................................................................................................ 13
Capítulo 3 – Proporções geométricas ............................................................................................................................. 15
Capítulo 4 – Triângulos retângulos .................................................................................................................................. 16
Capítulo 5 – Cevianas e pontos notáveis do triângulo .............................................................................................. 19
Capítulo 6 – Relações trigonométricas nos triângulos ............................................................................................... 20

FRENTE C

UNIDADE 1
Elementos de álgebra ............................................................................................................21
Capítulo 1 – Potenciação e radiciação ............................................................................................................................ 21
Capítulo 2 – Produtos notáveis e fatoração ................................................................................................................... 23

UNIDADE 2
Grandezas................................................................................................................................24
Capítulo 3 – Razões, proporções e grandezas ............................................................................................................ 24
FRENTE A

1
UNIDADE
Conjuntos e conjuntos numéricos

A unidade 1 aborda conceitos relacionados à teoria dos conjuntos, que é uma área de
investigação relativamente recente na Matemática – sua sistematização passou a ocorrer nos
últimos 150 anos. Nesse contexto, há ramificações pertinentes em novos campos, conhecidos
como teoria de grupos e teoria de grafos.
Nas perguntas da abertura da unidade, as respostas possíveis são:
• Como você explicaria a alguém o que são conjuntos?
A ideia de conjunto pode ser relacionada a uma coleção de objetos.
• Que exemplos você usaria para falar desse conceito?
Conjuntos de números, de chapéus ou outros itens colecionáveis, dos meses do ano etc.
• Qual a relação entre a ideia de conjuntos e o infinito?
Alguns conjuntos, como o dos números naturais, apresentam infinitos elementos.

Capítulo 1 – Conjuntos
Neste capítulo, veremos que a ideia de conjuntos parte de conceitos primitivos. Contudo,
é importante reforçar a linguagem específica utilizada na teoria dos conjuntos que foi estrutu-
rada no final do século XIX e no início do século XX e influenciou os estudos da Lógica e as
investigações linguísticas posteriores.
Nas perguntas da abertura do capítulo, as respostas possíveis são:
• Como a linguagem matemática pode representar um conjunto?
Usando diagramas, chaves, símbolos etc.
• De que forma esses grupos podem se relacionar?
Um grupo pode estar contido em outro; dois grupos juntos podem formar um terceiro grupo;
dois grupos podem conter os mesmos elementos etc.

Abordagem teórica
Os conceitos primitivos de conjuntos devem ser contemplados sem muitas justificativas;
o importante, neste momento, é o uso correto da linguagem. Assim, o aluno deve conhecer
as três principais representações de conjuntos: explícita, por propriedade e por diagrama de
Venn-Euler.
Para contextualizar o conteúdo, explore o tópico “O Brexit e a relação de pertinência”, que
associa a União Europeia à um conjunto, cujos elementos são os países que pertencem a
esse bloco econômico. Nesse momento, é possível trabalhar de forma interdisciplinar com o
componente curricular de Geografia.
As ideias de subconjuntos e do conjunto das partes devem ser explicadas com cautela e
com o apoio de exemplos. Uma das dificuldades recorrentes nessa etapa do aprendizado é o
reconhecimento do conjunto vazio como um subconjunto de qualquer outro conjunto. Quando
a turma estiver mais familiarizada com a linguagem de conjuntos e souber representá-los em
diagramas, aborde as operações entre conjuntos.

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Essas operações devem ser bem definidas e apresentadas com exemplos que explorem todas as repre-
sentações mencionadas. Apesar do uso constante dos diagramas para resolver exercícios, atente para não
se esquecer da notação da solução, que é muito importante para a resolução dos exercícios em vestibulares.
Incentive os alunos a realizar todos os exercícios das seções “Aplicando conhecimentos” e “Consolidando
saberes”.

Referências bibliográficas
ANTAR NETO, Aref et al. Noções de Matemática. Fortaleza: VestSeller, 2009. v. 1.
ASOCIACIÓN FONDO DE INVESTIGADORES Y EDITORES. Álgebra. Lima: Lumbreras Editores, 2016. v. II.
(Colección Ciencias y Humanidades).
EVES, Howard. Introdução à história da Matemática. Campinas: Unicamp, 2004.
IEZZI, Gelson; MURAKAMI, Carlos. Fundamentos da Matemática elementar. São Paulo: Atual, 2013. v. 1.
RUFFINO, Marcelo. Coleção elementos da Matemática. Fortaleza: VestSeller, 2010. v. 1.

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Capítulo 2 – Conjuntos numéricos
Os alunos já estão familiarizados com os conjuntos numéricos. Por isso, é recomendável
uma abordagem mais profunda sobre o assunto. Uma opção viável é comentar a história dos
números e suas diferentes representações e origens do seu surgimento.
Lembre-os de que o sistema decimal que usamos não é único na história da Matemática –
há evidências de uso dos sistemas sexagesimal e duodecimal.
Para as perguntas de abertura, esperam-se as seguintes respostas:
ɒ Você sabe qual é o conjunto numérico mais primitivo que usamos até hoje?
O conjunto dos números naturais, cujos elementos são utilizados em situações de conta-
gem.
ɒ Você acredita que os números estudados até aqui são suficientes para representar todas
as situações da vida moderna?
Para representar as situações cotidianas, são necessários os elementos do conjunto dos
números reais. O conjunto dos números naturais e o dos números inteiros não são sufi-
cientes.

Abordagem teórica
O assunto se encaixa na Matemática básica e é de conhecimento prático de todos os alunos,
possibilitando uma abordagem mais madura e aprofundada. O foco deve estar na sistematização
de cada um dos conjuntos numéricos, destacando suas propriedades e particularidades.
Ao abordar o conjunto dos números racionais, aproveite para mencionar alguns exemplos.
Uma quantidade considerável de alunos termina o Ensino Fundamental com dificuldades nas
operações entre frações e no trato com as dízimas periódicas, por isso dê atenção especial
a esses assuntos. Ao apresentar alguns exemplos, disponibilize um tempo a eles para que
resolvam uma parte em sala.
A aplicação dos números racionais terá repercussões nas outras disciplinas exatas –
todas utilizam frequentemente medidas em notação científica, e as fórmulas de grandezas
inversamente proporcionais envolvem frações.
O conjunto dos números irracionais deve ser trabalhado sem muitos aprofundamentos,
pois a manipulação é mais complicada, e os alunos, por ora, não precisarão de tantas infor-
mações.
Aproveite a proposta do boxe “Discussão em sala” e explique para a turma como determi-
nar um segmento que mede 2 a partir de um quadrado cujos lados medem 1 cm. Consideran-
do a figura do boxe, os alunos devem utilizar um compasso, mantendo a ponta seca no ponto
0 e fazendo a abertura coincidir com o comprimento da diagonal do quadrado. Depois, eles
devem girar o compasso até marcar a interseção com a reta suporte da base (ponto A). Desse
modo, eles obterão o segmento OA, cujo comprimento mede 2. Caso julgue necessário, mos-
tre a eles a imagem do resultado, conforme consta a seguir.

0 1 A

Vale sempre o alerta sobre as aproximações utilizadas para os números irracionais; muitos
alunos chegam ao Ensino Médio substituindo o valor de π por três ou um número próximo.
Uma dica importante para eles é limitar a precisão da aproximação racional desses números

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a quatro casas depois da vírgula. Para a maioria das aplicações práticas, isso é mais do que suficiente. Em
geral, os exames de Matemática só usam aproximações quando o enunciado explicita a expressão “aproxi-
madamente”.
Mencione a reta real e retome as operações com conjuntos vistas no capítulo anterior, porém utilizando
intervalos reais. Apresente todos os modos de notação que possam aparecer, enfatizando para os alunos que
essa diversidade é importante para o conhecimento deles.

Aplicando conhecimentos
É recomendável resolver em sala, com a participação dos alunos, todos os exercícios desta seção. A
quantidade de atividades nas outras seções de exercícios é suficiente, então procure alternar entre as se-
ções “Consolidando saberes” e “No Enem é assim”. Se o rendimento da turma superar a média, reserve um
momento final para as atividades da “Seção olímpica”.

Referências bibliográficas
ANTAR NETO, Aref et al. Noções de Matemática. Fortaleza: VestSeller, 2009. v. 1.
ASOCIACIÓN FONDO DE INVESTIGADORES Y EDITORES. Álgebra. Lima: Lumbreras Editores, 2016. v. II. (Co-
lección Ciencias y Humanidades).
EVES, Howard. Introdução à história da Matemática. Campinas: Unicamp, 2004.
IEZZI, Gelson; MURAKAMI, Carlos. Fundamentos da Matemática elementar. São Paulo: Atual, 2013. v. 1.
RUFFINO, Marcelo. Coleção elementos da Matemática. Fortaleza: VestSeller, 2010. v. 1.

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FRENTE A

2
UNIDADE
Funções

Esta unidade é dedicada ao estudo detalhado do conceito de função. Na abertura, é utili-


zado um exemplo da Hidrostática – o teorema de Stevin –, que relaciona a pressão exercida
num ponto do fluido com a profundidade desse ponto em relação à superfície do fluido.
A vantagem dessa abordagem é dupla: demonstra uma aplicação direta de um conceito
matemático na Física, evidenciando a interdisciplinaridade do conteúdo, e traz um assunto
abstrato para o mundo concreto (a noção de pressão sobre o organismo do mergulhador). En-
tre os alunos, provavelmente, há os que mergulharam em uma piscina mais profunda e tiveram
a mesma sensação de um mergulhador.
Peça aos alunos que respondam às perguntas de abertura.
• Que outras relações de interdependência entre duas grandezas podemos destacar?
Um exemplo clássico é a relação entre a velocidade e o tempo gasto para percorrer um
trajeto.
• Como descrever a relação entre duas grandezas arbitrárias?
Pode-se utilizar o conceito matemático de função.

Capítulo 3 – Relações e introdução às funções


Neste capítulo, incentive os alunos a perceber os tipos de relações entre grandezas usan-
do exemplos de finanças, Física, Química, Biologia, entre outros.
Quando eles entenderem a enorme relevância do assunto, a inserção da linguagem mate-
mática no trato das relações deve ser feita com cautela, pela importância da matéria, sempre
com muitos exemplos.
Para as perguntas de abertura, espera-se que os alunos reconheçam que podemos utilizar
gráficos, expressões matemáticas ou diagramas para representar a relação entre duas gran-
dezas e que nem toda relação entre grandezas é uma função.

Abordagem teórica
Explique detalhadamente cada passagem e definição dada na evolução da apresentação de
relações quaisquer para as funções. Muitos alunos não dominam a localização de pontos no plano
cartesiano e precisam de mais tempo e exemplos para que verifiquem a correspondência entre a
descrição feita com o par ordenado e a imagem do mesmo par como um ponto no plano.
Recomendamos que todas as questões resolvidas sejam analisadas. Apesar da importân-
cia do conhecimento das definições, a ideia intuitiva de função e suas representações devem
ser exploradas ao máximo por meio do uso de tabelas, diagramas de flechas e gráficos. Após
o conceito de função ter sido compreendido, trabalhe outras definições importantes, como
domínio, contradomínio e imagem.
Procure ampliar seu repertório com exemplos de outros componentes curriculares envolven-
do funções simples, para que seja possível discutir com a classe a leitura de gráficos e tabelas
em revistas e jornais. Isso o ajudará a ministrar as aulas desta frente A durante todo o ano.

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Aplicando conhecimentos

Aplique em aula todos os exercícios desta seção para que os alunos se familiarizem com a nova lingua-
gem, lembrando a importância do capítulo e relacionando tarefas precisas ao que foi dado. Há uma grande
variedade de exercícios – de múltipla escolha das grandes universidades, do Enem, de elaboração de gráfi-
cos e resolução de inequações.

Referências bibliográficas
ANTAR NETO, Aref et al. Noções de Matemática. Fortaleza: VestSeller, 2009. v. 2.
ASOCIACIÓN FONDO DE INVESTIGADORES Y EDITORES. Álgebra. Lima: Lumbreras Editores, 2016. t. 1. (Co-
lección Ciencias y Humanidades).
EVES, Howard. Introdução à história da Matemática. Campinas: Unicamp, 2004.
IEZZI, Gelson; DOLCE, Osvaldo; MURAKAMI, Carlos. Fundamentos da Matemática elementar. São Paulo: Atu-
al, 2013. v. 2.
RUFFINO, Marcelo. Coleção elementos da Matemática. Fortaleza: VestSeller, s/d. v. 0.

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Capítulo 4 – Função constante e função afim
Este capítulo trata do tipo de função mais abordado no Ensino Médio, seja na Matemática
ou nas outras Ciências da Natureza: a função polinomial de 1o grau (ou função afim). Pela sua
simplicidade formal, trata-se da primeira tentativa de ajuste de dados experimentais quando
estamos buscando alguma correlação entre duas grandezas.
A abertura associa uma situação rotineira de muitas pessoas – os aplicativos de transporte
– às funções polinomiais de 1o grau.

Abordagem teórica
Tratando-se de funções, este possivelmente é um dos capítulos em que a turma pode ter mais
facilidade no aprendizado. Por isso, é um ótimo momento para reforçar os conceitos apresentados
em capítulos anteriores.
Para iniciar a abordagem, trabalhe com os alunos as duas perguntas motivadoras, fazendo-os
perceber que a função constante se caracteriza por ter apenas um elemento na imagem para qual-
quer elemento do domínio. Já a função afim caracteriza-se por uma dependência linear entre os
elementos do domínio e da respectiva imagem. Há uma parte proporcional, além de uma parte cons-
tante (termo independente), a ser acrescentada ao valor da imagem.
Além disso, incentive a turma a refletir sobre as situações em que essas funções possam
ser úteis, como no cálculo da remuneração por horas de trabalho ou de juros simples, em
expressões da Cinemática etc.
Iniciando a teoria, perceba que ela é relativamente sucinta, mas deve ser muito bem de-
senvolvida com os alunos, aproveitando as expressões mais simples das leis de formação
para focar no conceito de cada termo. Recomendamos o uso frequente de analogias a outras
disciplinas; por exemplo, há diversas funções afins abordadas na Física, em particular na Cine-
mática. Se possível, converse com o professor da outra disciplina para sincronizar os conteú-
dos de ambas no programa do 1o semestre.
A leitura das questões resolvidas deve ser incentivada como auxílio à realização das tarefas
de casa. É importante que sejam feitos muitos exercícios em sala de aula, principalmente para
auxiliar os alunos que estão vendo esse conteúdo pela primeira vez no Ensino Médio. Desta-
camos, ainda, a necessidade de se ter uma atenção especial nas resolução das inequações,
ensinando à turma o método de resolução isolando-se a incógnita.
Na resolução de inequações-produto e de inequações-quociente, incentive os alunos a
chegar à resposta através da análise gráfica.

Aplicando conhecimentos
Recomendamos que seja feito o maior número possível de exercícios em sala para o pla-
nejamento adotado.
Se possível, permita aos alunos que resolvam os exercícios mais complexos em duplas ou trios.

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Referências bibliográficas
ANTAR NETO, Aref et al. Noções de Matemática. Fortaleza: VestSeller, 2009. v. 1.
ASOCIACIÓN FONDO DE INVESTIGADORES Y EDITORES. Álgebra. Lima: Lumbreras Editores, 2016. t. II.
(Colección Ciencias y Humanidades).
EVES, Howard. Introdução à história da Matemática. Campinas: Unicamp, 2004.
IEZZI, Gelson; MURAKAMI, Carlos. Fundamentos da Matemática elementar. São Paulo: Atual, 2013. v. 1.
RUFFINO, Marcelo de Oliveira. Coleção elementos da Matemática. Fortaleza: VestSeller, 2010. v. 1.

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FRENTE B

1
UNIDADE
Princípios da Geometria Plana

Esta unidade apresenta os princípios fundamentais da Geometria Plana. Muitos dos concei-
tos trabalhados podem ser associados a elementos do cotidiano (por exemplo, pontos podem
ser associados a estrelas no céu, vistas da Terra). Essa comparação auxilia os alunos a com-
preenderem o conteúdo com mais facilidade.
Na abertura da unidade, explore as perguntas propostas:
• Como a Geometria pode se apresentar no estudo de outras ciências exatas, como a Física
e a Astronomia?
Figuras geométricas podem ser utilizadas para representar elementos da realidade, facili-
tando a resolução de problemas por meio de uma modelagem matemática.
• Que elementos geométricos estão presentes com maior frequência em nosso cotidiano?
Figuras geométricas planas e espaciais podem ser associadas ao formato de diversos
objetos que utilizamos no cotidiano. É muito comum que o telhado de casas tenha formato
triangular, por exemplo.

Capítulo 1 – Conceitos fundamentais:


retas e ângulos
Neste capítulo, estudaremos os elementos mais comuns da Geometria, aqueles com os
quais os alunos estão familiarizados desde o Ensino Fundamental: segmentos, retas e ângu-
los. Sendo assim, este capítulo apresenta um grau de dificuldade menor que os outros desta
frente e pode ser tratado de maneira mais leve e qualitativa.

Abordagem teórica
A abertura trata dos conceitos fundamentais de retas e ângulos e, para dar início à abor-
dagem do tema, são propostas duas questões reflexivas: “Quais são os exemplos cotidianos
que transmitem as ideias de pontos, retas e planos?” e “Que elementos geométricos simples
podem ser definidos através desses entes primitivos?”.
Para tais perguntas, espera-se que os alunos respondam que, no dia a dia, alguns exem-
plos de pontos são grãos de sal ou pessoas no solo vistas por outra que está no topo de um
grande edifício; já de retas podem ser citados feixes de luz e fios de arame; e de plano, o piso
de uma quadra poliesportiva, o tampo de uma mesa, a superfície da água de um lago tranqui-
lo, entre outros exemplos. Em relação aos elementos geométricos simples, os alunos podem
responder a reta, os polígonos, as arestas, as faces etc.
Dando sequência à teoria, estão previstas três aulas para a conclusão deste capítulo. Na
primeira, recomendamos a apresentação dos elementos da Geometria Plana: o ponto, a reta
e os ângulos. Nesse momento, convém tratar da história da Geometria e do trabalho de Eu-
clides, bem como do sistema de postulados e as definições dos elementos mais simples: os
segmentos de reta, as semirretas e os ângulos.

11 MATEMÁTICA - FRENTE B / Manual do Professor


Na segunda aula, orientamos que sejam enfatizadas as classificações de segmentos (consecutivos, ad-
jacentes e colineares) e de ângulos (complementares, suplementares). Além disso, é importante abordar as
medições de ângulos.
Já na terceira aula, o enfoque deve recair sobre a apresentação de bissetrizes e ângulos opostos pelo
vértice, assim como os problemas que os envolvem. Trabalhe também o teorema das retas paralelas cortadas
por uma transversal e os exercícios gerais do capítulo.

12 MATEMÁTICA - FRENTE B / Manual do Professor


FRENTE B

2
UNIDADE
Triângulos

Esta unidade de Geometria Plana reúne cinco capítulos que abordam aspectos distintos
dos triângulos. A maioria dos problemas de polígonos que aparecem nos vestibulares recai no
estudo de triângulos; o mesmo ocorre com muitos outros exercícios de Geometria Espacial –
quando estamos abordando medidas de arestas e áreas das faces de pirâmides, tetraedros,
octaedros, icosaedros etc.
Em relação às perguntas motivadoras, os elementos fundamentais que constituem um tri-
ângulo são os lados e os ângulos internos. As medidas devem obedecer à chamada desigual-
dade triangular, ou seja, a medida de cada lado tem de ser menor que a soma das medidas
dos outros dois lados.

Capítulo 2 – Elementos fundamentais


dos triângulos
Este capítulo é particularmente importante na ordem do curso de Geometria Plana, já que é
pré-requisito para praticamente todos os capítulos que o sucedem. O destaque fica por conta
das relações que envolvem a soma dos ângulos internos de um triângulo, pois esta será usada
para provar diversos teoremas da Geometria, além de ser abundantemente utilizada nos exer-
cícios de semelhança e congruência de triângulos.

Abordagem teórica
Para iniciar a abordagem do conteúdo, reflita com os alunos sobre as perguntas presentes
na abertura do capítulo. Veja as respostas esperadas:
• Que tipos de relações guardam as medidas dos ângulos de um triângulo?
A soma das medidas dos ângulos internos de um triângulo vale 180°, e a soma dos ângulos
externos vale 360°.
• É possível ordenar os lados de um triângulo a partir das medidas dos seus ângulos?
O maior ângulo se opõe ao maior lado do triângulo. Então, se considerarmos as medidas
dos lados em ordem crescente, os ângulos opostos a esses lados também estarão em
ordem crescente.

Recomendamos que faça em sala as atividades práticas do boxe "Experimento" de modo


que a curiosidade dos alunos seja instigada ao acrescentar um componente lúdico à aula.
Nesses experimentos, o ideal é deixar a conjectura do valor da soma dos ângulos internos
de um triângulo a cargo dos alunos, provando em seguida os resultados estabelecidos, tanto
para a relação dos ângulos internos como para a dos ângulos externos.
Diferentemente da ordem tradicional dos livros, optamos por apresentar a classificação dos tri-
ângulos quanto aos lados e aos ângulos apenas depois de explicarmos os teoremas dos ângulos
internos. Isso se deve ao fato de que, para o aluno, a compreensão dos teoremas que envolvem
os ângulos de triângulos isósceles e equiláteros pode ser mais fácil após já terem o domínio das
relações dos ângulos de um triângulo.

13 MATEMÁTICA - FRENTE B / Manual do Professor


Porém, caso deseje seguir a linha tradicional e apresentar a classificação dos triângulos antes dos teo-
remas que envolvem seus ângulos, não haverá qualquer tipo de prejuízo para a compreensão dos alunos.
A desigualdade triangular, muitas vezes, é ensinada considerando que, dado um ΔABC, de lados medindo
a, b e c, deve-se satisfazer a relação:
|b – c| < a < b + c
Esse resultado, geralmente, é mais útil de trabalhar que o apresentado neste capítulo, pois não leva em
consideração o conhecimento do maior ou menor lado de um triângulo. Entretanto, não utilizaremos essa
relação no momento em virtude da baixa familiaridade dos estudantes com as operações modulares nesta
etapa do ano. É interessante, porém, que essa forma de apresentar a desigualdade seja mencionada.
No boxe “Mais”, a abordagem das obras da série Triangulations, do jovem artista britânico Josh Bryan, per-
mite aos alunos perceber como o mais simples dos polígonos pode ser observado em várias obras da cultura
contemporânea. É um exercício de paciência elaborar os retratos à mão, triângulo por triângulo, e também é
interessante notar que com texturas e sombras fica mais bem definida a expressão facial dos homenageados.

Referência bibliográfica
LIMA, Elon Lages et al. A Matemática do Ensino Médio. 7. ed. Rio de Janeiro: SBM, 2016. v. 3.

14 MATEMÁTICA - FRENTE B / Manual do Professor


Capítulo 3 – Proporções geométricas
Começamos com as sugestões de respostas para as perguntas de abertura do capítulo 3:
• É possível alterar o tamanho de uma figura sem alterar sua forma?
Sim. Espera-se que o aluno se lembre das ampliações e reduções de escala que não im-
plicam deformações das figuras.
• Que tipos de elementos são necessários para provarmos que dois triângulos são con-
gruentes?
As medidas dos lados e dos ângulos internos do par de triângulos.

Abordagem teórica
Este capítulo trata fundamentalmente de três assuntos: a congruência de triângulos, a se-
melhança de triângulos e o teorema de Tales. Estão reservadas seis aulas para tratar desses
temas. Sugerimos a seguinte divisão:
• Duas aulas para a congruência de triângulos.
• Uma aula para o teorema de Tales e semelhança de triângulos.

Caso julgue pertinente, a divisão de aulas pode ser diferente da proposta aqui, mas suge-
rimos maior destaque para a semelhança de triângulos, por ser um assunto muito frequente
em vestibulares, por apresentar aplicações em Óptica Física e por ser um pré-requisito para o
próximo capítulo desta frente, que trata de relações métricas no triângulo retângulo.
Além disso, as seguintes ideias devem ficar bastante claras para os estudantes:
1. Para provar que dois triângulos são congruentes, é necessário classificar a situação de
acordo com algum dos critérios de congruência.
2. Segmentos paralelos a um lado de um triângulo determinam, com os outros dois lados, um
novo triângulo semelhante ao primeiro.
3. Dois pares de ângulos congruentes entre dois triângulos já garantem a semelhança das
figuras.

Também é importante que se reserve algum tempo para mostrar aos alunos como montar
a semelhança de triângulos de forma correta, para que eles efetuem as proporções sem erros.

Referência bibliográfica
LIMA, Elon Lages et al. A Matemática do Ensino Médio. 7. ed. Rio de Janeiro: SBM, 2016. v. 3.

15 MATEMÁTICA - FRENTE B / Manual do Professor


Capítulo 4 – Triângulos retângulos
Este capítulo é o mais breve de todo o livro e pode ser visto como uma forma de aprofundar
o assunto trabalhado no capítulo anterior. É importante ressaltar que as relações métricas do
triângulo retângulo não precisam ser necessariamente memorizadas, já que são facilmente
encontradas por meio da aplicação de razões de semelhança entre os triângulos retângulos.
Com isso, voltamos a tratar do teorema de Pitágoras, um tema importante e bastante fre-
quente nos vestibulares de todo o país. Desta vez, os exercícios estão ligeiramente mais com-
plexos que os apresentados no capítulo 2, uma vez que o estudante já possui um conjunto
maior de conhecimentos de Geometria.
Seguem as sugestões de respostas às questões propostas na abertura do capítulo.
ɒ Você conhece alguma demonstração do teorema de Pitágoras?
Resposta pessoal. Há várias demonstrações, e é esperado que o aluno cite a demonstra-
ção conhecida como “cadeira de noiva”, uma das mais conhecidas.
ɒ E outras relações em triângulos retângulos além dessa?
Resposta pessoal. Espera-se que o aluno mencione pelo menos a complementaridade
entre os ângulos agudos do triângulo ou alguma das razões trigonométricas fundamentais.

Abordagem teórica
Estão planejadas três aulas para este capítulo, das quais recomendamos duas dedicadas à
teoria e duas aos exercícios. No entanto, devido à brevidade do assunto, é possível ministrar
esse conteúdo em menos tempo, aproveitando o restante para cobrir eventuais atrasos de
conteúdo.
Se decidir por usar as três aulas integralmente, vale a pena abordar a demonstração
geométrica do teorema feita por Euclides de Alexandria (proposição 47 do livro 1 dos “Ele-
mentos”), um assunto interessante e que faz parte do jargão matemático e da própria história
do ensino da disciplina.

O quadrado da medida da hipotenusa é a soma dos quadrados das medidas dos catetos.

Demonstração da proposição:
I. Seja ABC um triângulo retângulo com o ângulo reto em BÂC. Pelo cateto AB, construímos
o quadrado ABFG; pelo cateto AC, obtemos o quadrado AHKC; e pela hipotenusa BC, cons-
truímos o quadrado BCED.
II. Agora, desenhamos AL paralelo aos segmentos BD e CE. Finalmente, traçamos os segmen-
tos AD, AE, FC e BK. Como BÂC e BÂG são retos, o ângulo GÂC é raso, e os pontos G, A e C
estão alinhados. Por raciocínio análogo, os pontos B, A e H também estão alinhados.
H

K
A
F

B J C

D L E

16 MATEMÁTICA - FRENTE B / Manual do Professor


III. Como os ângulos DB̂C e FB̂A são retos, acrescentar a medida do ângulo AB̂C a ambos resultará em ângulos
ˆ e FBC
de mesma medida. Portanto, DBA ˆ são congruentes.
Agora, como FB = AB e BD = BC, concluímos que os triângulos DBA e FBC são congruentes e que FC = AD.
IV. Usando um argumento equivalente, podemos verificar que os triângulos ECA e BCK são congruentes, com
BK = AE.
V. O retângulo BJLD tem o dobro da área do triângulo DBA, já que a base BD e a altura DL são comuns a
ambos. Além disso, o quadrado ABFG tem o dobro da área do triângulo FBC, pois a base FB e a altura FG
são comuns aos dois. Como DBA e FBC são congruentes, as áreas de BJLD e ABFG (em verde) são iguais.
VI. Similarmente, o retângulo CJLE tem o dobro da área do triângulo ECA, porque a base CE e a altura LE
são comuns. Já o quadrado AHKC tem o dobro da área do triângulo BCK, pois a base CK e a altura AC
são comuns aos dois. Como ECA e BCK são congruentes, as áreas de CJLE e AHKC (em azul) são iguais.
VII. Finalmente, como a área do quadrado BCED equivale à soma das áreas dos retângulos BJLD e CJLE,
então ela também equivale à soma das áreas dos quadrados ABFG e AHKC.
Reprodução/Pyramid Publishing Co.

In: HIGGINS, Frank C. The beginning of


masonry. Nova Iorque: Pyramid Publishing Co.,
1916. p. 32.

Assim, o quadrado da medida da hipotenusa (BCED) é a soma dos


quadrados das medidas dos catetos (ABFG e AHKC).
(c.q.d.)

Observações:
1. A imagem usada na demonstração passou a ser icônica e já foi chamada, com o passar dos séculos,
de “moinho de vento”, “cauda de pavão” e até de “cadeira de noiva”.
2. Há conexões históricas e sociais que, se abordadas, trarão conhecimentos extras à aula. A imagem já
era considerada, no Egito Antigo, um símbolo da relação entre os deuses Ísis, Osíris e seu filho Hórus.

17 MATEMÁTICA - FRENTE B / Manual do Professor


Mais recentemente, tornou-se tão popular que aparece em estampas de acessórios, como broches de
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Ideologias e crenças à parte, o objetivo aqui é mostrar aos alunos que demonstrações matemáticas mile-
nares como essa encontram lugar na cultura popular e no imaginário da sociedade.

18 MATEMÁTICA - FRENTE B / Manual do Professor


Capítulo 5 – Cevianas e pontos notáveis
do triângulo
Começamos com as sugestões de respostas para as perguntas de abertura do capítulo. Na
primeira delas, explique que é possível equilibrar um “sólido triangular” no centro de massa do
corpo, que é o ponto de equilíbrio do sólido. Para este sólido específico, o triangular, o centro
de massa está muito próximo ao baricentro do triângulo da base. Na segunda pergunta, escla-
reça que, para calcular o raio de uma circunferência inscrita e de uma circunscrita a um triângulo
equilátero, devemos utilizar uma altura e uma mediana relativas ao mesmo lado, que nessa figu-
ra coincidem. Pela altura, conseguimos obter as relações das medidas dos segmentos por meio
do teorema de Pitágoras. Pela mediana, aproveitamos a proporção 2 : 1 pela qual o baricentro
divide o comprimento das cevianas (da altura e da mediana). Da combinação entre esses dois
resultados, é possível extrair expressões para ambos os raios, que só dependem da medida
do lado do triângulo.

Abordagem teórica
Este capítulo abrange conhecimentos trabalhados em vários capítulos anteriores, porém
com mais detalhes, nomenclaturas e definições. Consequentemente, ele apresenta um grau
de complexidade superior aos demais desta frente.
Naturalmente, a dificuldade também se reflete nos problemas propostos aos alunos. De-
monstre especial atenção aos obstáculos enfrentados por eles e, caso necessário, revisite
alguns assuntos tratados previamente.
O objetivo é possibilitar aos estudantes, ao final deste capítulo, um razoável domínio para
que eles possam:
1. reconhecer as cevianas notáveis em um triângulo e saber como obtê-las;
2. definir cada um dos pontos notáveis do triângulo: baricentro, incentro, circuncentro e orto-
centro;
3. relacionar as propriedades dos pontos notáveis do triângulo com a necessidade de um
problema;
4. avaliar os casos especiais dos pontos notáveis nos triângulos retângulos, equiláteros e isós-
celes.

Das três aulas reservadas para esse capítulo, aconselhamos a seguinte divisão de assun-
tos:
ɒ uma aula para a introdução, mediana, baricentro, bissetriz, incentro, altura, ortocentro, me-
diatriz e circuncentro;
ɒ uma aula para o teorema da bissetriz interna e para as cevianas no triângulo equilátero;
ɒ uma aula para as cevianas no triângulo retângulo e o teorema da bissetriz externa.

Dentro do assunto, merece destaque o cálculo do raio das circunferências inscrita e cir-
cunscrita ao triângulo equilátero. Muito embora o estudante ainda não tenha iniciado o estu-
do de circunferências neste ano, é adequado que esse conceito seja reforçado.

19 MATEMÁTICA - FRENTE B / Manual do Professor


Capítulo 6 – Relações trigonométricas nos
triângulos
O primeiro capítulo da frente B é planejado para ser trabalhado em quatro aulas. Adote a
seguinte divisão de conteúdo:
ɒ Aula 1: teorema de Pitágoras e relações trigonométricas no triângulo retângulo
ɒ Aula 2: lei dos cossenos e lei dos senos.
ɒ Aula 3: exercícios gerais de prática e revisão dos conteúdos das aulas anteriores.

Abordagem teórica
Naturalmente, cabe ao professor sentir o ritmo de cada turma em particular. Se necessário,
reserve mais duas aulas para este capítulo.
Ao abordar a abertura de capítulo, explore as perguntas propostas:
ɒ Como podemos relacionar as medidas dos lados e dos ângulos de um triângulo retângulo?
Podemos utilizar as relações trigonométricas de seno, cosseno e tangente de um ângulo.
ɒ É possível adaptar o teorema de Pitágoras aos triângulos que não apresentam ângulos
retos?
Uma opção é dividir o triângulo que não apresenta ângulos retos em outros dois, com um
lado comum e um ângulo reto determinado por esse lado.

Durante a explicação da teoria, ressalte a importância de memorizar os valores numéricos


do seno, do cosseno e da tangente dos ângulos notáveis de 30°, 45° e 60° para que não pre-
cisem recorrer às tabelas para determinar esses valores.
Além disso, enfatize que, em ordem de relevância, a lei dos cossenos precede a lei dos
senos, justamente por sua aplicação mais comum em problemas de Física que envolvem ve-
tores.
Se possível, reserve alguns minutos da aula 3 para mostrar as aplicações do conteúdo em
Física (resultante da soma de vetores de módulos distintos e direções diferentes).

20 MATEMÁTICA - FRENTE B / Manual do Professor


FRENTE C

1
UNIDADE
Elementos de Álgebra

A unidade retoma conteúdos vistos principalmente no 8o e 9o anos do Ensino Fundamen-


tal. Por isso, não há correspondência específica com habilidades da BNCC do Ensino Médio,
mas o conjunto se enquadra na competência 5 e também auxilia na compreensão da habili-
dade EM13MAT313.
O objetivo de revisar esse conteúdo é fornecer subsídios para que os alunos tenham
maior domínio dos tópicos de PA, PG, trigonometria e polinômios. Esses assuntos apresen-
tam abordagem preponderantemente algébrica.
Ao abordar a abertura de unidade, oriente os alunos a realizar uma pesquisa para
responder às perguntas propostas. Elas têm o intuito de provocar uma reflexão sobre a
importância da Álgebra.

Capítulo 1 – Potenciação e radiciação


Novamente, temos um capítulo de revisão de conteúdos abordados no Ensino Fundamen-
tal, e por isso é importante justificar para a classe qual é a motivação dessa revisão. Procure
reforçar os exemplos da notação de potência como facilitadora dos cálculos em épocas em
que tudo era feito sem auxílio de calculadora, bem como o uso da notação científica para re-
gistro das medidas nas pesquisas.
Nas perguntas de abertura do capítulo, pode-se esperar as seguintes respostas dos alu-
nos:
• Como trabalhar com grandes medidas sem a representação exponencial?
Realizando as operações da forma comum, aproximando as medidas de números redon-
dos ou, simplesmente, usando a calculadora.
• Qual a relação entre potenciação e radiciação?
São operações inversas.

Abordagem teórica
Na teoria, as definições dos índices em radicais devem ser precisas. Apesar de grande par-
te dos alunos resolver potências e raízes rotineiras, eles apresentam inconsistências quando
estão diante de algumas situações pela falta da definição rigorosa, como acontece com a sim-
plificação de radicais, que é diferente para índices pares e ímpares, já que x2 = |x| e 3 x 3 = x .
Muitos boxes chamam a atenção para possíveis armadilhas em simplificações.
São apresentados muitos exercícios e exemplos resolvidos, sendo que vários deles devem
ser feitos em sala. Tenha uma conversa com os professores de Química e de Física, que com
frequência usam as medidas escritas em notação científica.
A parte do capítulo que trata dos expoentes irracionais não precisa ser aprofundada, já
que a aplicação desses números não é usual no Ensino Médio; basta uma verificação atenta
da definição.

21 MATEMÁTICA - FRENTE C / Manual do Professor


Aplicando conhecimentos
A resolução dos exercícios propostos no capítulo com os alunos é fundamental. A necessidade da prática
das propriedades de simplificação é grande nesse momento. Chame sempre a atenção para as situações em
que as definições precisam ser aplicadas e aprofunde o que já foi visto e estudado.

Referências bibliográficas
ANTAR NETO, Aref et al. Noções de Matemática. Fortaleza: VestSeller, 2009. v. 2.
ASOCIACIÓN FONDO DE INVESTIGADORES Y EDITORES. Álgebra. Lima: Lumbreras Editores, 2016. t. I. (Co-
lección Ciencias y Humanidades).
EVES, Howard. Introdução à história da Matemática. Campinas: Unicamp, 2004.
IEZZI, Gelson; DOLCE, Osvaldo; MURAKAMI, Carlos. Fundamentos da Matemática elementar. São Paulo:
Atual, 2013. v. 2.
RUFFINO, Marcelo. Coleção elementos da Matemática. Fortaleza: VestSeller, s/d. v. 0.

22 MATEMÁTICA - FRENTE C / Manual do Professor


Capítulo 2 – Produtos notáveis e fatoração
Neste capítulo, será feita uma revisão dos assuntos já trabalhados no Ensino Fundamental.
É importante que haja, além dessa revisão, um aprofundamento dos tópicos já tratados. Como
estratégia, o material realiza associações com a Geometria e motiva o uso da fatoração, como
a resolução de equações.
Para as perguntas de abertura do capítulo, espera-se as seguintes respostas:
• Qual é a relação entre Geometria e Álgebra?
Podemos utilizar a Geometria para provar resultados da Álgebra. Além disso, há a Geome-
tria Analítica, área que utiliza conceitos algébricos para estudar elementos representados
no espaço.
• O que são identidades algébricas?
São igualdades que relacionam duas ou mais variáveis e são válidas para qualquer valor que
elas assumam. Por exemplo: (a + b)² = a + 2ab + b² para quaisquer valores de a e b.

Abordagem teórica
Na teoria, mesmo que no princípio pareça simples para os alunos, é muito importante uma
abordagem repetitiva que abarque, detalhadamente, a mecânica dos produtos notáveis e o
processo de fatoração.
O conteúdo abrange uma gama razoável de exercícios, e a prática constante deve ser
incentivada, pois ela será de grande valia para os alunos. Para facilitar esse processo, aproxi-
me-o sempre da Geometria ou dos problemas mais desafiadores apresentados no capítulo.
Demonstrações também podem ser feitas.
Essa tarefa deve ser encorajada, pois é extremamente importante os alunos se habituarem
com os algoritmos nesses dois primeiros capítulos sobre álgebra.

Aplicando conhecimentos
Vários exercícios foram apresentados, e a maioria deles deve ser resolvida com os alu-
nos, já que eles devem dominar o assunto. Como este é um capítulo de revisão (ferramenta
útil para os estudos de exatas), que retomará o conteúdo do Ensino Fundamental, seria
interessante levantar o conhecimento prévio da turma mediante a aplicação de alguns exer-
cícios fundamentais.

Referências bibliográficas
ASOCIACIÓN FONDO DE INVESTIGADORES Y EDITORES. Álgebra. Lima: Lumbreras Editores,
2016. t. II. (Colección Ciencias y Humanidades).
EVES, Howard. Introdução à história da Matemática. Campinas: Unicamp, 2004.
GOMES, Carlos A.; GOMES, José Maria. Tópicos de Matemática IME-ITA – Olimpíadas. Forta-
leza: VestSeller, 2017.
RUFFINO, Marcelo de Oliveira. Coleção elementos da Matemática. Fortaleza: VestSeller, 2010. v. 1.

23 MATEMÁTICA - FRENTE C / Manual do Professor


FRENTE C

2
UNIDADE
Grandezas

Nesta unidade, estudaremos as grandezas matemáticas e algumas de suas características,


além das principais formas de relação entre elas, tais como grandezas direta ou inversamente
proporcionais. Também abordaremos os métodos mais relevantes para a resolução dessas
questões, como a comparação por meio de razões, o cálculo das médias e as propriedades que
ajudam na resolução de problemas.
Os conteúdos abordados são importantes não apenas para o estudo da Matemática e das
ciências da natureza, mas também para as ciências, humanas e biológicas.
Nas perguntas da abertura, as respostas possíveis são:
• Que fenômenos e elementos podemos ou não medir?
Podemos medir a altura, o tempo, a massa, a força e a velocidade, mas não podemos medir
o medo, a timidez, a dor. O que define uma grandeza matemática são as características que
podem variar de um problema ao outro, as quais nos possibilitam estabelecer medidas por
meio de comparações.
• Como a comparação entre as formas e medidas nos faz compreender nosso meio?
Pela possibilidade de identificamos a variação de uma grandeza, a qual pode aumentar ou
diminuir. Essa característica pode ser medida por meio da comparação, que nos permite
saber se um objeto é maior ou menor, por exemplo.

Capítulo 3 – Razões, proporções e grandezas


Neste capítulo, serão desenvolvidos conteúdos já abordados no Ensino Fundamental. No
entanto, todo o trabalho deve ser feito de forma ampliada, por isso a abertura do capítulo
apresenta a importância das grandezas e suas aplicações. Além do exemplo destacado, que
trata da construção civil, há várias outras aplicações que podem ser utilizadas para ampliar o
conhecimento dos alunos.
Espera-se que a turma consiga entender as aplicações das grandezas, que podem aparecer
em Química, em Física e em outras áreas do conhecimento.
Nas perguntas da abertura do capítulo, as respostas possíveis são:
• Qual é o melhor meio de comparação entre grandezas?
Os principais meios de comparação estão atrelados à diferença e à divisão. O primeiro
caso consiste em determinar em quantas unidades uma quantidade excede a outra; já a se-
gunda situação busca determinar quantas vezes uma quantidade contém certa unidade de
referência.
Apesar de existirem outros meios de comparação, verificaremos que a melhor escolha de-
pende do problema em questão. É possível que os alunos já tenham comparado grande-
zas pela diferença ou divisão, por isso, dê alguns exemplos e solicite outros à turma.
• Qual é o significado da igualdade de razões que tratam das mesmas grandezas?
Conhecida como proporção, a igualdade de razões significa que uma quantidade terá uma
certa unidade de medida de forma constante.

24 MATEMÁTICA - FRENTE C / Manual do Professor


Abordagem teórica
No início do capítulo, serão trabalhadas as razões e as proporções a partir de exemplos e questões resol-
vidas. Nesse contexto, destaque as propriedades das grandezas. Por ser um assunto já estudado no Ensino
Fundamental, os alunos não devem ficar limitados somente à técnica de resolução dos exercícios, mas preci-
sam entender os motivos e as origens das relações matemáticas discutidas.
Fale também sobre as escalas, que são abordadas em muitos exercícios, e, se possível, faça uma conexão
com os professores de Geografia para analisar mapas.
Ao estudar as grandezas proporcionais, destaque quando ocorrem as relações direta e inversa. Apresen-
te os gráficos que representam as grandezas proporcionais e, quando possível, utilize exemplos de outras
áreas do conhecimento, como Física e Química. Na resolução de exercícios com a regra de três, reforce que
essas atividades não devem ser solucionadas de forma mecânica, uma vez que grande parte dos alunos não
compreende tal regra, decorando apenas as técnicas.

Aplicando conhecimentos
É importante que os alunos resolvam o maior número possível de exercícios. O nível de dificuldade das
questões aumenta gradativamente, abordando múltiplas estratégias de resolução. Se necessário, utilize dife-
rentes maneiras para solucionar os exercícios resolvidos apresentados.

Referências bibliográficas
ANTAR NETO, Aref et al. Noções de Matemática. Fortaleza: VestSeller, 2009. v. 1.
ASOCIACIÓN FONDO DE INVESTIGADORES Y EDITORES. Álgebra. Lima: Lumbreras Editores, 2016. t. 2. (Co-
lección Ciencias y Humanidades).
EVES, Howard. Introdução à história da Matemática. Campinas: Editora da Unicamp, 2004.
IEZZI, Gelson; MURAKAMI, Carlos. Fundamentos da Matemática elementar. 7. ed. São Paulo: Atual, 2013. v. 1.
OLIVEIRA, Marcelo Rufino de; PINHEIRO, Márcio Rodrigo da Rocha. Coleção elementos da Matemática.
3. ed. Fortaleza: VestSeller, 2010. v. 1.

25 MATEMÁTICA - FRENTE C / Manual do Professor

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