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A teoria de causação circular cumulativa analisa as inter relações casuais de um sistema social
ao mesmo tempo que se movimenta sobre a influencia de questões exógenas, ou seja, aqueles
fatos externos ao modelo.

Esta teoria identifica os fatores que influenciam o processo de causação circular cumulativa, e
isto é feito quantificando como os mesmos fatores que interagem e influenciam uns aos outros
e como são influenciados por fatores exógenos

Tais fatores exógenos movem o sistema continuadamente, ao trocar a estrutura das forças
dentro do próprio sistema, o que justifica a intervenção do estado, Myrdal defende a atuação
publica para regular o sistema.

O processo de causação circular explica varias relações sociais, por exemplo, a perda de uma
indústria em determinada região, acabaria gerando desemprego o que consequentemente
diminuiria renda e a demanda do setor e das demais atividades da região, o que acaba se
tornando em um ciclo vicioso.

Não havendo mudanças externas nesta localidade, a mesma se tornará cada vez menos
atrativa, de tal forma que seus fatores de produção tais como o trabalho ou o capital, acabara
migrando em busca de novas oportunidades, provocando uma diminuição da renda e da
demanda local, o que seria uma situação ruim, o qual justifica novamente o argumento de
Myrdal da intervenção do governo para restaurar a dinâmica da localidade.

Então segundo Myrdal, se as forças de mercado não forem controladas por uma politica
intervencionista, a tendencia a concentração espacial das atividades econômicas e culturais
em determinadas localidades deixa o resto do país relativamente estagnado, ou seja, haveria
uma concentração em polos que deixaria outras regiões estagnadas.

Este efeito regressivo ou de polarização aumentam as disparidades regionais por meio da

migração seletiva dos fluxos de capitais, ou seja, vazamento de poupança/investimentos das
regiões periféricas para as regiões ricas e mais desenvolvidas, este efeito é denominado como
Backwash effects.

O processo de causação circular pode ser desencadeado por vários fatores que não são
considerados na análise das forças de mercado (sistemas de transportes, a qualidade do
ensino e da saúde pública, etc)

Mudanças adversas nestes fatores, que são originadas fora da região, são consideras backwash
effects.

Por outro lado temos os efeitos propulsores, spread effects, que representa os ganhos obtidos
pelas regiões que estão crescendo em torno do polo, agem em direção contraria ao backwash
effects, por exemplo, isto pode ocorrer por meio do fornecimento de bens de consumo ou
matérias primas para o polo ou pode se dar por transbordamento de teconologias.

Resumidamente, o processo cumulativo explica a causa da diminuição das disparidades

regionais nos países desenvolvidos e o aumento da mesma nos países subdesenvolvidos:
quanto maior for nível de desenvolvimento econômico de um país, maiores os spread effects e
mais facilmente os backwash effects são neutralizados.
Nas regiões pobres ocorre o contrário, o baixo nível de desenvolvimento minimiza os spread
effects justamente pela existência de grandes disparidades, ou seja, estas representam um dos
maiores impedimentos para o progresso de um país.

Os spread effects são função do próprio nível de desenvolvimento e, por tanto, são mais
elevados nos páises ricos.

Logo vem a ideia de que o governo deve agir nestas situações, por meio de políticas públicas
de forma ativa, para inibir a tendencia concentradora do processo cumulativo.

O proposito principal da política governamental deve ser estimular os spread effects entre
regiões e ocupações. Mas esta intervenção não deve consideras apenas questões econômicas,
mas também sociais de tal forma de garantir o desenvolvimento nacional.

Promover industrias de bens de capital, e criar empregos para reduzir a pobreza.