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Janaina de Oliveira Santos.

Mestranda PUC-Rio.

A dimensão política atribuída por Pier Paolo Pasolini aos dialetos italianos:
romanesco e friulano (1942-1975).

Esta pesquisa tem como tema a dimensão política atribuída por Pier Paolo
Pasolini1 aos dialetos italianos (romanesco e friulano) em suas obras poética e de crítica
literária entre os anos 1942 e 1975. As reflexões em torno dos dialetos estiveram
intimamente relacionadas a um processo de amadurecimento intelectual e pessoal, em
um período da história italiana marcado por inúmeras tendências intelectuais e políticas.

Pasolini nasceu em uma Itália marcada pela ascensão do regime fascista e pela
crise do liberalismo. O país, recém-unificado, já havia enfrentado e perdido uma guerra
mundial. A Guerra alterara a capacidade produtiva e a situação financeira do país. Nesse
quadro, o Estado italiano liberal2 e representativo tornou-se incapaz de lidar com a nova
realidade do país, e abriu as portas à formação dos partidos de massa.

A situação de crise do regime liberal não era característica apenas da Itália; toda
a Europa enfrentava as consequências sociais e econômicas da guerra. À crise
econômica somou-se uma crise social, que se refletiram na política italiana. Os anos 20
foram marcados pelo crescimento do movimento operário, que exigia mudanças cada
vez mais profundas. Em 1921 ocorre uma cisão no partido socialista e dessa ruptura
surge o Partido Comunista. De acordo com Asor Rosa, a criação de outro partido de
esquerda foi resultado da incapacidade do movimento socialista em comportar-se como
um movimento revolucionário3.

Dois anos antes já havia surgido na Itália outra força social de massa, ligada à
pequena burguesia, que se mostrava contrária ao liberalismo (considerado incapaz de

1
Pier Paolo Pasolini nasceu no dia 5 de março de 1922 em Bolonha, na Itália. Aos 16 anos, ele iniciou
seus estudos de literatura italiana na Universidade de Bolonha. Além desses, estudou filologia românica e
história da arte. Desde muito jovem, estabeleceu contato com a população que vivia na cidade de Casarsa-
localizada na região de Friuli- e local onde sua mãe nasceu. É partir do contato dele com o dialeto
friulano, que suas preferências culturais e políticas foram se formando. Ver:
http://www.pasolini.net/brasil.htm. Acesso em 14/09/2013.
2
ROSA, Alberto Asor. Stória della letteratura italiana. Firenze: La Nuova Italia. 1986, p.574.
3
Idem, Ibdem. p.576.
2

lidar com a crise italiana), defensora do autoritarismo. Estavam, então, sendo plantadas
as primeiras ideias fascistas, que culminariam com a fundação, em 1919, dos Fasci de
combattimento4. O fascismo ganhou força ao longo dos anos por representar as
exigências dos estratos mais reacionários, principalmente por criticar o Estado liberal e
os partidos populares. O poder chegou às mãos de Benito Mussolini em 19225, período
em que se tem início as transformações sociais e políticas das quais Pasolini seria um
crítico ferrenho.

A juventude de Pasolini transcorreu em meio às transformações culturais


impostas pelo fascismo. A cultura oficial do novo regime, segundo Asor Rosa,
empreendeu uma redescoberta da retórica românica, “che fornisce ingredienti necessari
per mascherare da Impero capace di misurarsi com il mondo, un´Italia ancora tutto
sommato provinciale e scarsamente sviluppata”6. Portanto, se o governo fascista
buscava, através da referência ao Império Romano, criar uma ideia de unidade nacional,
a cultura era elemento fundamental para concretizar esse objetivo. Era necessário buscar
um modelo cultural e estilístico que pudesse ser imposto a toda população italiana,
forjando, assim, uma cultura nacional.

Ainda de acordo com Asor Rosa, a cultura oficial fascista formou-se sobre

tutti gli aspetti peggiori dela nostra tradizione e della nostra storia- il
classicismo di facciata, la misconoscenza dela realtà, l´esaltazione del
Primato, la rimozione psicológica dele difficoltà, il culto dela bela frase, il
rigonfiamento artificciale del torace di fronte a coloro che sono più grandi di
noi, l´estetica e l´arte (di terz´ordine) come norme di vita 7.

Contra esta “cultura oficial”, levantaram-se alguns grupos novos e outros que já
existiam no país. Eles eram defensores das ideias de Benedetto Croce8, que agora

4
Os fasci de combattimento eram ligas de combate fundadas por Benito Mussolini e que deram origem ao
Partido Fascista Italiano. Ver:
http://global.britannica.com/EBchecked/topic/202180/fasci-di-combattimento. Acesso em 14/09/2013.
5
ROSA, Alberto Asor. Op., cit. (1986). p. 578.
6
“Que forneceu ingredientes necessários para mascarar um Império capaz de misturar-se com o mundo,
uma Itália em tudo provincial e muito pouco desenvolvida” [Tradução minha]. Idem, ibdem.p. 582.
7
“Todos os piores aspectos da nossa tradição e da nossa história- o classicismo de fachada, o mal
entendido da realidade, a exaltação de Primato, a remoção psicológica da dificuldade, o culta da bela
frase, o inchaço artificial do peito de frente aqueles que são maiores que nós, a estética e a arte como
norma de vida”. [Tradução minha]. Idem, ibdem. p.582.
8
Benedetto Croce foi um filósofo e historiador italiano nascido na cidade de Pescasseroli, em 1866.
3

pensavam no papel do intelectual a partir da possibilidade de uma redemocratização da


Itália. Por outro lado, os novos grupos nasceram através de um projeto de transformação
profunda da sociedade italiana e uma renovação das estruturas culturais, políticas e de
ideais, mas a partir de pontos de vista diferentes. Por exemplo, Piero Gobetti era
defensor do liberalismo, e Antonio Gramsci do socialismo.

O posicionamento desses novos grupos críticos ao fascismo teve como


consequência, também, um acirramento de debates literários. Inúmeras revistas literárias
surgiram no período, como a Ordine Nuovo, onde Gramsci escreveu inúmeros ensaios,
La Ronda, que fazia defesa de uma independência aristocrática da arte, Il Bareti,
Rivoluzione liberale, entre outras9. Isto pode ser visto como sintoma de que a
intelectualidade italiana havia reagido diante do estabelecimento de uma cultura oficial.

A década de 1930, período em que Pasolini iniciou a sua vida intelectual, foi
marcada, então, pelo reflexo dos anos anteriores, em que a cultura fascista enfrentava a
oposição dos inúmeros grupos intelectuais que surgiam. O primeiro contato de Pasolini
com a cultura oficial se deu pouco depois que ele ingressou na Universidade de
Bolonha, em 1938. Seu interesse por aquilo que estava proibido de conhecer levou-o a
romper com a retórica acadêmica e buscar, individualmente, a cultura banida pela
Academia.

Em 1939, Pasolini escreveu suas primeiras poesias em dialeto friulano. Como


afirmou em entrevista, a opção pelo dialeto surgiu de uma crítica à poesia oficial,
hermética10, na qual a linguagem poética era, segundo ele, “absoluta”:

Eu escrevia esses primeiros poemas friulanos em plena voga do hermetismo11


cujo mestre era Ungaretti (...) todos os poetas herméticos viviam da ideia de
que a linguagem poética era uma linguagem absoluta. Daí a se fecharem

Empreendeu uma renovação crítica no conceito geral de arte (La storia ridotta sotto il concetto generale
dell'arte , de1893).Fundou a revista La Crítica, que fazia parte de seu ideal de renovação. Croce também
ocupou cargos políticos na Itália, nos anos anteriores ao fascismo, primeiro como Senador, e depois como
Ministro da Educação do governo do presidente Giolitti. No período fascista, Croce organizou o
“Manifesto dos intelectuais antifascistas”. Em 1947 ele fundou o Instituto italiano de estudos históricos,
considerada umas das bibliotecas privadas mais importantes da Itália. Asor Rosa apresenta a teoria Ver:
http://www.treccani.it/enciclopedia/benedetto-croce/. Acesso em 18/09/2013.
9
ROSA, Alberto Asor. Op., cit. (1986). p. 610-622.
10
Poesia ligada ao hermetismo (ver nota 11).
11
Corrente literária desenvolvida na Itália a partir da década de 1930, que se concentrava, principalmente
na poesia e na crítica literária. Ver: http://www.treccani.it/enciclopedia/tag/ermetismo/. Acesso em
17/09/2013
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numa linguagem reservada à poesia, sem nenhuma mistura de linguagem de


prosa, existe apenas um passo12.

Ao longo de sua produção poética em friulano – que foi publicada em 1942, sob
o título de Poesia a Casarsa – a crítica estética à cultura burguesa foi se transformando
em crítica política, e os dialetos passaram, então, a funcionar como fonte de pesquisa
de uma realidade que fugia daquela então vivida pela burguesia. Quando Pasolini
mudou-se para a região de Friuli, no norte da Itália, com sua mãe e seu irmão, ele
passou, então, a observar os diálogos entre os friulanos, e, dessa forma, entrou em
contato com a cultura dos povos daquela região13.

As convicções políticas de Pasolini se fortaleceram após a inesperada morte de


seu irmão, Guido, em 1945. Dois anos depois, Pasolini inscreveu-se no Partido
Comunista Italiano em Friuli:

Foi ali que me tornei um marxista, de modo bastante incomum. Como lhe
disse, eu descobri os camponeses friulanos objetivamente através do uso
totalmente subjetivo do seu dialeto. No imediato pós-guerra, os braccianti
estavam envolvidos numa luta massiva contra os grandes latifundiários no
Friuli(...) Pela primeira vez me deparei com as lutas de classes, e não tive a
menor dúvida(...) Os braccianti usavam lenços vermelhos ao redor do
pescoço e a partir daquele momento me tornei comunista, assim,
emocionalmente. Depois li Marx e alguns outros marxistas14.

O ano de 1947 foi importante para Pasolini, também, pelas primeiras


publicações de Cadernos do Cárcere15, de Antonio Gramsci. Gramsci, com sua releitura
de Marx, exerceu profunda influência na obra pasoliniana e ajudou a formar a sua
própria concepção de intelectual orgânico16, capaz de enfrentar de maneira unificada

12
PASOLINI, Pier Paolo. In:LAUD, Michel. A vida clara. São Paulo: Cia das Letras, 1993. p. 57.
13
Uma possível referência ao modo de Pasolini lidar com os dialetos, de uma forma muito semelhante a
um antropólogo.
14
Idem. Ibdem. p.62. Quando Pasolini falou em braccianti referia-se aos trabalhadores agrícolas que
realizam o trabalho temporário de colheita sazonal. Também poderiam ser utilizados na indústria. Ver:
http://www.treccani.it/enciclopedia/bracciante-agricolo/. Acesso em 18/09/1013.
15
As ideias de Gramsci se movem em direção à superação da condição dos operários quanto à sociedade
em que vivem e coloca o problema de como a classe operária- na condição da sociedade italiana com a
ascensão do fascismo- e o partido que a representa (o PCI) poderiam deixar o isolamento e instaurar sobre
a sociedade Italiana uma real hegemonia, que representa o requisito necessário de uma revolução
vitoriosa. Ver: ROSA, Alberto Asor. Op. cit. (1986). p. 614.
16
Intelectual orgânico, de acordo com Gramsci, era uma categoria de intelectual produzido num contexto
social específico das relações industriais, onde cada grupo ligado à lógica industrial produziria seu
5

questões políticas e culturais.

Em 1949, Pasolini enfrentou outros golpes: perdeu o emprego no Liceu onde


dava aulas e, posteriormente, foi expulso do Partido Comunista Italiano. Após essa crise
pessoal, que ele atribuiu as suas opções políticas, Pasolini mudou-se para Roma, onde
entrou em contato, pela primeira vez, com o dialeto romanesco falado, próprio do
proletariado romano. O contato de Pasolini com as borgates17 romanas influenciará toda
a sua obra ao longo dos anos 50.

Segundo Michel Laud, em A vida clara, o romanesco,

coloca o autor na pele de pessoas pertencentes a outra classe social, o dialeto


servia em Ragazzi di Vita (1955) e Uma vita violenta (1959) à descrição
objetiva do universo dos subúrbios romanos e à reconstituição realista do
modo particular da existência de um certo lumpesinato, portador por
excelência do Mal aos olhos da burguesia e por ela banida da urbe18.

Fica clara, portanto, ao longo de toda sua trajetória intelectual e política, a


importância atribuída por Pasolini à língua, principalmente como instrumento de
resistência à própria burguesia. Os anos 50 são os mais fecundos na obra literária de
Pasolini, e os responsáveis pelas características de seus primeiros filmes, num contexto
de transformações políticas e sociais importantes na Itália.

Com o fim do regime fascista, a burguesia que não havia apoiado a ascensão de
Mussolini, então, pode retomar as rédeas da política e, desse modo, reduzir as margens
de transformação social e política, que apareceram com a Resistência19. O novo regime
político, por sua vez, restaurou a organização capitalista da produção: o número de
indústrias cresceu e o país foi, aos poucos, tornando-se menos agrícola. Asor Rosa20

próprio intelectual. Para Gramsci, a figura do intelectual orgânico servia para fundamentar e garantir o
controle ideológico hegemônico, de acordo com o interesse do grupo ao qual ele representa. Ver:
GRAMSCI, Antonio. Os intelectuais e a organização da Cultura. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira,
1982. p. 5 e 13.
17
As borgates eram como se conhecia os grupos de “sub-proletariados” romanos, que falavam o dialeto
romanesco.
18
LAUD, Michel. Op. cit. p. 63.
19
Resistência é como foi caracterizado o período de movimento popular, política e militar que se deu ao
longo da Segunda Guerra Mundial (1939-45) na zona ocupada pelo Exército tedesco e italiano contra os
invasores estrangeiros e seus aliados internos. Ver:
http://www.treccani.it/enciclopedia/resistenza_res-f6256dce-e1f1-11df-9962-d5ce3506d72e/. Visualizado
em 19/09/2013.
20
ROSA, Alberto Asor. Op. cit.(1986) p. 610.
6

aponta como consequência desta mudança econômica, uma transformação cultural e até
mesmo antropológica; os conflitos entre o Norte e o Sul do país, e ainda, os conflitos
entre o campo e cidade tornaram essa transição política não menos conflituosa que nos
anos anteriores.

A geração de intelectuais à qual Pasolini pertencia estabeleceu como missão


realizar, finalmente, um programa de renovação civil e moral, contra a supracitada
cultura hermética – mas também contra uma “cultura desempenhada” e liberal. A
história literária e cultural do período é marcada por sua relação com duas forças
políticas da Itália: o comunismo e o partido de ação. A necessidade de uma forma
cultural capaz de concretizar uma missão social renovadora deu origem à estética
neorrealista21, por exemplo. No campo literário, podemos destacar a obra de artistas
“não empenhados”, como Pasolini, na estética neorrealista: Elsa Morante, Primo Levi,
Giorgio Bassani, além de Italo Calvino22.

Os trabalhos mais significativos de Pasolini foram produzidos exatamente nesse


contexto de transição de uma cultural oficial fascista, de inspiração românica, para uma
cultura burguesa, ligada à modernização tecnológica e ao surgimento de um grupo de
intelectuais empenhados em uma missão civil. Para este autor, a mudança política não
resolvia o principal problema, que abalava a Itália desde o período fascista: as políticas
linguísticas eram o reflexo, das classes dominantes, em detrimento do elemento cultural
das classes inferiores. Como leitor de Gramsci, para Pasolini a escolha da língua estava
intimamente ligada a um ato político23.

Desse modo, para ele, as transformações empreendidas tanto pela burguesia

21
Neorealismo italiano: segundo a autora da obra O Neo-realismo cinematográfico italiano, a
redescoberta no cinema italiano através desse movimento ocorreu pela necessidade dos homens de cultura
na Itália em fazer registrar a situação presente (o final da Segunda Guerra e a luta pela libertação) para,
assim, “refazer o espírito da coletividade, que havia animado o povo italiano”. Na cultura do pós guerra,
coube aos cineastas, então, esse papel de cronistas da realidade. A expressão neo-realismo, segundo a
mesma autora, seria atribuída ao roteirista Mario Serandrei, em 1943. Ver: FABRIS, Mariarosaria. O
Neo-realismo cinematográfico italiano. São Paulo: FAPESP, 1996. p.33-37.
22
Pasolini e Italo Calvino estiveram ao longo dos anos de 1964-1965 envolvidos em um debate publicado
na Revista Rinascitá sobre a língua italiana. Enquanto Pasolini era defensor da manutenção da língua
dialetal perante a língua burguesa, Calvino era favorável a unificação lingüística, como forma de retirar a
sociedade italiana do atraso em que ela vivia. Ver: CALVINO, Italo. Assunto encerrado: discurso sobre
literatura e sociedade. São Paulo: Cia. das Letras, 2006.
23
STEINBERG, Jonathan. O historiador e a questione della língua. In: BURKE, Peter e POTTER, Roy.
(Orgs.) Historia Social da Linguagem. São Paulo: UNESP/ Cambridge, 1997. p.244.
7

fascista quanto pela burguesia industrial dos anos 50 contribuíram para acabar com uma
cultura de caráter humanista, presente na tradição italiana, e substituí-la por uma cultura
medíocre, padronizada, gerando, assim, uma “crise literária”. A criação de uma “cultura
monolítica de massa” seria, então, resultado de uma política de dominação cultural e
supressão tanto da realidade do campesinato, quanto da realidade do sub-operariado
citadino, em nome de uma dominação política.

Sabendo que Pasolini considerava a questão literária e linguística como um


elemento importante da Itália naquele momento, meu objetivo é investigar qual a
dimensão política atribuída por ele aos dialetos, e como sua obra reflete isso.
8

6. Referências

6.1 Referências Bibliográficas:

BURKE, Peter e POTTER, Roy. História social da linguagem. São Paulo:


UNESP/Cambridge, 1997.

CALVINO, Italo. Assunto encerrado: discursos sobre literatura e sociedade. São Paulo:
Cia. das Letras, 2006.

CERTEAU, Michel de. A invenção do cotidiano. São Paulo: Vozes, 1998.

FABRIS, Mariarosaria. O Neo-realismo cinematográfico italiano. São Paulo: FAPESP, 1996

GRAMSCI, Antonio. Os intelectuais e a organização da cultura. Rio de Janeiro:


Civilização Brasileira, 1982.

LAUD, Michel. A vida clara. São Paulo: Cia das Letras, 1993.

ORTEGA Y GASSET, José. Em torno a Galileu. São Paulo: Vozes, 1989.

PASOLINI, Pier Paolo. Con Pier Paolo Pasolini. Roma: Bulzoni, 1977.

_________. Dal diário. Roma, Caltanissetta, 1979.

_________. Le ceneri di Gramsci. Milano: Garzanti, 1976.

_________. Lettere luterane. . Milano: Garzanti, 2009.

_________. Passione e ideologia. Milano: Garzanti, 2009.

_________. Saggi sulla Politica e sulla società.Milano: Mondadori, 2005.

_________. Scritti corsari. Milano: Garzanti, 2008.


9

Rosa, Alberto Asor. Storia Della Letteratura Italiana. Firenze: La Nuova Italia, 1986.

6.2 Endereços da WEB:

- Enciclopédia Britânica
http://global.britannica.com/EBchecked/topic/202180/fasci-di-combattimento.

- Enciclopédia Trecanni http://www.treccani.it/enciclopedia

Instituto Italiano de Cultura. http://www.bibliowin.it/iic/icrj/homepage.htm.

-TINELLI, G. Pasolini e de Martino. Tese di Laurea. Disponível em:


http://www.pasolini.net/TesiTinelli01.htm.

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