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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO – UEMA

CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS – CCT


CURSO: ENGENHARIA MECÂNICA
DISCIPLINA: CONTROLE TÉRMICO DE AMBIENTES

Rodolfo Carvalho Santos – 201710669

AVALIAÇÃO: RELATÓRIO DE CARGA TÉRMICA

SÃO LUÍS
2021
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO.................................................................................................................... 3
2. OBJETIVO ......................................................................................................................... 4
2.1 OBJETIVO GERAL........................................................................................................ 4
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS........................................................................................... 4
3. METODOLOGIA ............................................................................................................... 5
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES ....................................................................................... 6
4.1 COEFICIENTE GLOBAL DAS PAREDES .................................................................... 6
4.2 CARGA DEVIDO A INSOLAÇÃO ................................................................................ 8
4.3 CARGA DE CONDUÇÃO DAS PAREDES ................................................................... 9
4.4 CARGA DAS PESSOAS .............................................................................................. 11
4.5 CARGA DEVIDO A ILUMINAÇÃO ........................................................................... 12
4.6 CARGA DEVIDA A VENTILAÇÃO ........................................................................... 12
4.7 CARGA DEVIDO A INFILTRAÇÃO DE AR .............................................................. 13
4.8 CARGA TÉRMICA TOTAL......................................................................................... 15
5. CONCLUSÃO ................................................................................................................... 16
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA ......................................................................................... 17
3

1. INTRODUÇÃO

O conforto térmico é essencial para as pessoas independente do lugar em que


estejam, sendo em casa, no trabalho, em meios de transporte, cinemas, etc. Nesse contexto
o condicionamento de ar corresponde a melhor opção para os problemas de qualidade de
ar e conforto térmico. Assim, o principal foco do relatório é demonstrar a carga térmica
total de um determinado lugar, para isso é necessário ter conhecimento referente a
posições geográficas, condições climáticas e especificas do local analisado.
Mediante a isto, existem diversos fatores que influenciam na quantidade de calor,
como a espessura da parede, o material composto por ela, se há ou não meios de ventilação
(janela) no lugar, a localização desses componentes em relação aos pontos geográficos, o
fluxo de pessoas, aparelhos de iluminação, a presença de janelas de vidro, a ventilação do
local, entre outros. Logo, nesse relatório a localidade escolhida é 1 quarto de uma casa e
com isso será detalhado o cálculo de cada tipo de carga calorifica existente nesses
cômodos.
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2. OBJETIVO

2.1 OBJETIVO GERAL

A finalidade desse relatório é calcular a carga térmica total (aproximada) do quarto


de solteiro em uma residência, utilizando como referência a NBR 6401 e o livro de cálculo
de carga térmica, CREDER (1996).

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

 Fazer o levantamento de dados da cidade e do cômodo da casa


 Analisar os parâmetros a serem calculados
 Realizar os cálculos de carga calorifica de cada parâmetro
 Obter a carga total
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3. METODOLOGIA

Para realizar os cálculos de carga calorífica é necessário primeiro ter o


conhecimento das dimensões do quarto (Fig.1) e dos dados do cômodo, referente as
variáveis existentes nele, e também dos dados geográficos e climáticos da cidade.

Cidade São Luís -MA

Latitude: 2° 31' 51'' Sul;


Localização geográfica
Longitude: 44° 18' 24'' Oeste

Local analisado Quarto de uma residência


Reboco 2cm
Tijolo comum de meia vez
Materiais da parede
Argamassa de cimento com
areia
Estação do Ambiente Verão
Temperatura Bulbo seco TBS: 32°C
Portas 1 porta
Janela 1 janela
Pessoas frequentes no
1 pessoa (não fumante)
local
Iluminação 1 lâmpada fluorescente
Tabela 1 – Dados do quarto e da região

Figura 1 – Planta do quarto e orientação geográfica


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4. RESULTADOS E DISCUSSÕES

4.1 COEFICIENTE GLOBAL DAS PAREDES

Para se determinar este coeficiente é preciso conhecer o material que a parede é


constituída e sua espessura. O quarto apresenta uma parede de 14,5 cm, demonstrada na
Fig. 2, sendo ela composta por três camadas.

Figura 2 – Largura da parede

Sabendo disso, por meio da tabela 3.1 do livro do CREDER é possível obter o
coeficiente de calor desses materiais. Antes de iniciar o cálculo é importante ressaltar que
as paredes possuem um filme de ar exterior e interior que são calculados baseado na
velocidade do ar, pois a partir desse dado obtém-se ℎ (condutância superficial) em
Kcal/h.𝑚2.°C. Os dados de velocidade do ar estão situados na tabela abaixo:

Velocidade do ar Condutância superficial (h)


Ar exterior 24 km/h 29,3 Kcal/ h.(m^2).°C
Ar parado - 7,13 - 7,96 Kcal/h.(m^2).°C
Tabela 2 – Dados da condutância superficial

Assim, iniciamos os cálculos para obtenção das resistências de cada parte da parede
Sendo:
ℎ = condutância superficial (Kcal/h.𝑚2.°C)
C = condutância do material
K = condutividade do material
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Cálculo dos coeficientes das paredes norte e sul (submetida ao ar exterior)

- Filme do ar exterior:
1 1 = 0,034 ;
=
ℎ 29,3

- Camada 1: Esta camada é composta por um reboco de 2 cm, que segundo a tabela 3.1
do CREDER, possuiu uma condutância de 2,39 Kcal/h. 𝑚2.°C

1 1 = 0,418 ;
=
𝐶 2,39

- Camada 2: Esta camada é formada por tijolos de meia vez, ou seja, que foram colocados
verticalmente (em pé) na construção da parede. Segundo a tabela 3.1, sua condutividade
é de 0,62 Kcal/h. 𝑚2.°C. Além disto a largura do tijolo é de 10 cm ou 0,1 m.

1 ∗ 0,1 0,1 = 0,161 ;


=
𝑘 0,62

- Camada 3: A última camada é composta por argamassa de cimento com areia com 2,5
cm (0,025 m) de espessura. Utilizando a tabela 3.1 os dados da condutividade desse
material é de 0,62 Kcal/h. 𝑚2.°C

1 ∗ 0,025 0,025
= = 0,0403 ;
𝑘 0,62

- Filme de ar interior: Nesta situação utiliza-se os dado de ar parado abordados na tabela


2, e utilizamos o valor máximo dentro do intervalo da condutância superficial que é 7.96
Kcal/h. 𝑚2.°C, com isso temos:

1 1 = 0,125 ;
=
ℎ 7,96
Somando todas as resistências temos:

Resistencia total = 0,034 + 0,418 + 0,161 + 0, 0403 + 0,125 = 0 ,7783 Kcal/h. 𝑚2.°C
8

Assim, para obtermos o coeficiente global (U) é preciso apenas dividir 1 por esse
valor, como demonstrado abaixo:

1
𝑈= = 1,28 𝐾𝑐𝑎𝑙⁄ℎ . 𝑚2. °𝐶
0,7783

Cálculo do coeficiente global das paredes Leste e Oeste

Paredes divisórias: As paredes de divisão são apenas duas, nelas como estão
situadas dentro da casa submetido ao ar parado, assim, o filme de ar exterior é dado por:

1 1 = 0,125 ;
=
ℎ 7,96

Entretanto as paredes possuem as mesmas dimensões referentes aos matérias de


composição, logo os outros dados serão similares do coeficiente global das paredes norte
e sul. Assim, a resistência total será:

Resistencia total = 0,125 + 0,418 + 0,161 + 0, 0403 + 0,125 = 0 ,8693 Kcal/h. 𝑚2.°C

Logo, o coeficiente global das paredes leste e Oeste será:

1
𝑈= = 1,15 𝐾𝑐𝑎𝑙⁄ℎ . 𝑚2. °𝐶
0,8693

4.2 CARGA DEVIDO A INSOLAÇÃO

Utilizando a tabela 3.5 CREDER, pode-se determinar a quantidade de calor


transmitido por uma janela de vidro com uma cortina interna branca.

Sabendo que:
A= área da janela
U = coeficiente de transmissão de calor através do vidro
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Dados:
A = 80x 110 cm = 8800 𝑐𝑚2 = 0,88 𝑚2
Local: São Luís
Hora: 15h
Data: 20 de fevereiro
Posição da janela: Voltada para o Sul

Por meio desses dados, utilizando a tabela 3.5 do CREDER, o valor de calor total
transmitido é:
𝑈 = 35 𝐾𝑐𝑎𝑙⁄ℎ. 𝑚2
A formula para calcular a insolação na janela é dada por:

𝑄𝑖𝑛𝑠𝑜𝑙𝑎çã𝑜 = 𝑈 ∗ 𝐴 (1)

𝑄𝑖𝑛𝑠𝑜𝑙𝑎çã𝑜 = 35 ∗ 0,88 = 30,8 𝐾𝑐𝑎𝑙/ℎ

Sabendo que a janela possui uma cortina externa branca (opaca), usando as
informações do CREDER deve-se multiplicar a quantidade de calor pelo coeficiente da
cortina que é de 0,25- 0,61. Assim, utilizamos o maior valor possível para o coeficiente
que é 0,61 é temos que a carga de insolação da janela é:

𝑄𝑖𝑛𝑠𝑜𝑙𝑎çã𝑜 = 30,8 ∗ 0,61 = 18,788 𝐾𝑐𝑎𝑙/ℎ

4.3 CARGA DE CONDUÇÃO DAS PAREDES

É preciso calcular a condução das paredes do quarto, utilizando o coeficiente


global calculado na seção 4.1 e os dados das tabelas de temperatura externa e interna.

Dados:
Cidade: São Luís
Temperatura externa: 33 °C (tabela 2.2 condições externas para verão – bulbo seco)
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Temperatura interna: 23-25°C (tabela 2.4 condições de conforto para verão – residências),
entretanto utiliza-se a máxima dentre as recomendável, que é 25°C
Coeficiente Global da parede (U) = 1,28 Kcal/h. 𝑚2.°C

Área das paredes Norte e Sul


Comprimento = 2,92 m
Largura = 14,5 cm = 0, 145 m
A = comprimento x largura = 2,92 x 0,145 = 0,42632 𝑚2

Área das paredes Leste e Oeste


Comprimento = 3,43 m
Largura = 14,5 cm = 0, 145 m
A = comprimento x largura = 3,43 x 0,145 = 0,49735 𝑚2

Sabendo que:
A= área em 𝑚2
U = coeficiente global em Kcal/h. 𝑚2.°C
Te= temperatura externa em ° C
Ti= temperatura interna em ° C
∆t = acréscimo ao diferencial de temperatura dado na tabela 3.6 no CREDER

A fórmula utilizada para calcular a transmissão em paredes opacas é :

𝑄 = 𝐴 𝑥 𝑈[(𝑇𝑒 − 𝑇𝑖) + ∆𝑡] (2)


Cálculo da parede Norte:
Sendo a parede de cor clara, o ∆𝑡 = 2,7 °𝐶 por meio da tabela 3.6

𝑄 = 𝐴 𝑥 𝑈[(𝑇𝑒 − 𝑇𝑖) + ∆𝑡]


𝑄 = 0,42632𝑥 1,28[(33 − 25) + 2,7]
𝑄 = 5,838 𝐾𝑐𝑎𝑙/ℎ
Cálculo da parede Sul:
Sendo a parede de cor clara, o ∆𝑡 = 0 °𝐶 por meio da tabela 3.6
11

𝑄 = 𝐴 𝑥 𝑈𝑥[(𝑇𝑒 − 𝑇𝑖) + ∆𝑡]


𝑄 = 0,42632𝑥 1,28[(33 − 25) + 0]
𝑄 = 4,3655 𝐾𝑐𝑎𝑙/ℎ
Cálculo da parede Leste e Oeste:
Sendo ambas as parede de cor média, o ∆𝑡 = 11,1 °𝐶 (por meio da tabela 3.6)
para as duas paredes, logo o cálculo é o mesmo, então multiplica-se por 2 para obter os
resultados. Além disto, é importante ressaltar que essas duas paredes possuem o
coeficiente global diferente das outra, por serem paredes divisória se contato com o ar
exterior da residência.

𝑄 = {𝐴 𝑥 𝑈 𝑥[(𝑇𝑒 − 𝑇𝑖) + ∆𝑡]} ∗ 2


𝑄 = 0,49735𝑥 1,15 𝑥[(33 − 25) + 11,1] ∗ 2
𝑄 = 21,8485 𝐾𝑐𝑎𝑙/ℎ

Somatório das cargas de todas as paredes

𝑄𝑐𝑜𝑛𝑑𝑢çã𝑜 = 5,838 + 4, 3655 + 21,8485 = 32,052 𝐾𝑐𝑎𝑙/ℎ

4.4 CARGA DAS PESSOAS

No quarto só há uma pessoa que fica nele e para determinar a quantidade de carga,
utilizou-se a tabela 3.8 do CREDER, ela disponibiliza a quantidade de ar calor liberado
pelas pessoas (calor sensível e latente).
Dados:
Temperatura ambiente = 25° C
Calor sensível (pessoa sentada ou movimento lento) = 62 Kcal/h
Calor latente (pessoa sentada ou movimento lento) = 38,1 Kcal/h
Número de pessoas (n)= 1
Assim, calcula-se a quantidade total de calor de uma pessoa naquele lugar

𝑄𝑝𝑒𝑠𝑠𝑜𝑎𝑠 = 𝑛 ∗ (calor latente + calor sensível) (3)


𝑄𝑝𝑒𝑠𝑠𝑜𝑎𝑠 = 1 ∗ (62 + 38,1)
𝑄𝑝𝑒𝑠𝑠𝑜𝑎𝑠 = 100,1 𝐾𝑐𝑎𝑙/ℎ
12

4.5 CARGA DEVIDO A ILUMINAÇÃO

O equipamento de iluminação que tem no quarto é, apenas, uma lâmpada


fluorescente.
A fórmula para obter a carga de uma lâmpada fluorescente, de acordo com o CREDER é:

𝑞 = 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝑤𝑎𝑡𝑡𝑠 𝑥 𝑓𝑎𝑡𝑜𝑟 𝑑𝑒𝑣𝑖𝑑𝑜 𝑎𝑜 𝑟𝑒𝑎𝑡𝑜𝑟 (4)

Entretanto, para transforma em Kcal é preciso multiplica o valor por 860 e colocar
a potência em kW.

Dados:
Potência da lâmpada = 32 W = 0,032 kW
Fator devido ao reator = 20% ou 0,2 (tirado do livro do CREDER)

𝑄𝑖𝑙𝑢𝑚𝑖𝑛𝑎çã𝑜 = 0,032 ∗ (1 + 0,2) ∗ 860


𝑄𝑖𝑙𝑢𝑚𝑖𝑛𝑎çã𝑜 = 33,024𝐾𝑐𝑎𝑙/ℎ

4.6 CARGA DEVIDA A VENTILAÇÃO

No quarto é necessário calcular a carga referente a ventilação, onde tem-se a vazão


por ventilação ou infiltração. Para determinar a ventilação ocasionada pela presença de
uma pessoa, utiliza-se a tabela 3.15 que fornece dados referentes a quantidade de ar
exterior para ventilação. Sabendo disso há duas fórmulas, para calcular o calor sensível
(Eq.5) e latente (Eq. 6).
𝑞𝑠 = 0,29 ∗ 𝑄 ∗ (𝑡𝑒 − 𝑡𝑖) (5)

𝑞𝑙 = 528 ∗ 1,2 ∗ 𝑄 ∗ (𝑈𝐸𝑒 − 𝑈𝐸𝑖) (6)


Sendo:
Q = vazão de ar exterior para ventilação
Te = temperatura externa
Ti = temperatura interna
13

U𝐸𝑒 = umidade específica do ar no exterior


U𝐸𝑖 = umidade específica do ar no interior

Dados:
Te = 33 ° C
Ti = 25 ° C
Q (pessoa não fumante) = 13 𝑚3/ℎ
U𝐸𝑒 = 0,021 kg/kg
U𝐸𝑖 = 0,011 kg/kg

Utilizando as fórmulas tem-se que:


- Calor sensível:
𝑞𝑠 = 0,29 ∗ 13 ∗ (33 − 25)
𝑞𝑠 = 30,16 𝐾𝑐𝑎𝑙/ℎ
- Calor latente:
𝑞𝑙 = 528 ∗ 1,2 ∗ 13 ∗ (0,021 − 0,011)
𝑞𝑙 = 90,948 𝐾𝑐𝑎𝑙/ℎ

𝑄𝑣𝑒𝑛𝑡𝑖𝑙𝑎çã𝑜 = 𝑐𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑠𝑒𝑛𝑠í𝑣𝑒𝑙 + 𝑐𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑙𝑎𝑡𝑒𝑛𝑡𝑒 (7)


𝑄𝑣𝑒𝑛𝑡𝑖𝑙𝑎çã𝑜 = 30,16 + 90,948
𝑄𝑣𝑒𝑛𝑡𝑖𝑙𝑎çã𝑜 = 121,108 𝐾𝑐𝑎𝑙/ℎ

4.7 CARGA DEVIDO A INFILTRAÇÃO DE AR

No quarto há algumas frestas que permitem a entrada de ar, elas são da janela e
da porta. Para poder determinar a infiltração de ar corretamente é preciso utilizar ou o
método das frestas ou o método de troca de ar, neste relatório será usado o método as
frestas. Assim, é necessário o uso da tabela 3.14 do CREDER, que fala sobre infiltração
de ar exterior. Para é preciso calcular a vazão total do quarto, que é composto por duas
frestas.
14

Dados:
Fator de infiltração de uma janela comum = 3𝑚3/ℎ por metro de fresta (tabela 3.14)
Fator de infiltração de uma porta fechada mal ajustada = 13𝑚3/ℎ por metro de fresta
(tabela 3.14)

Cálculo da fresta da janela:


Para se calcular a quantidade de ar que passa pela fresta tem que multiplicar
3 𝑚3/ℎ pelo seu comprimento (em metros) como é ressaltado na tabela. O comprimento
da fresta é igual à altura da janela, que é 110 cm ou 1,10 m.
Assim:
𝑄𝑗𝑎𝑛𝑒𝑙𝑎 = 𝑐𝑜𝑚𝑝𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑑𝑎 𝑓𝑟𝑒𝑠𝑡𝑎 𝑥 𝑓𝑎𝑡𝑜𝑒 𝑑𝑒 𝑖𝑛𝑓𝑖𝑙𝑡𝑎çã𝑜 𝑑𝑎 𝑗𝑎𝑛𝑒𝑙𝑎 (8)
𝑄𝑗𝑎𝑛𝑒𝑙𝑎 = 1,1 ∗ 3 = 3,3 𝑚3/ℎ

Cálculo da fresta da porta


Na porta há uma fresta de 2 m, equivalente à altura da porta, assim para obter a
vazão de ar por esta fresta é preciso multiplicar esse valor pelo seu fator de infiltração
estando com a porta fechada.

𝑄𝑝𝑜𝑟𝑡𝑎 = 𝑐𝑜𝑚𝑝𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑑𝑎 𝑓𝑟𝑒𝑠𝑡𝑎 𝑥 𝑓𝑎𝑡𝑜𝑒 𝑑𝑒 𝑖𝑛𝑓𝑖𝑙𝑡𝑎çã𝑜 𝑑𝑎 𝑝𝑜𝑟𝑡𝑎 (9)


𝑄𝑝𝑜𝑟𝑡𝑎 = 2 ∗ 13 = 26𝑚3/ℎ

Vazão total de infiltração


O valor total da vazão de infiltração é a soma da vazão da porta pela vazão da janela.

𝑄𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝑖𝑛𝑓𝑖𝑙𝑡𝑟𝑎çã𝑜 = 3,3 + 26 = 29,3 𝑚3/ℎ


Utilizando os dados de calor sensível e calor latente, já mencionados na parte de
ventilação, calcula-se o calor sensível e latente da infiltração.

Calor sensível
Usando a equação 5, tem-se:
𝑞𝑠 = 0,29 ∗ 29,3 ∗ (33 − 25)
𝑞𝑠 = 67,976 𝐾𝑐𝑎𝑙/ℎ
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Calor Latente
Usando a equação 6, tem-se:
𝑞𝑙 = 528 ∗ 1,2 ∗ 29,3 ∗ (0,021 − 0,011)
𝑞𝑙 = 185, 6448 𝐾𝑐𝑎𝑙/ℎ

Somando ambos os tipos de calor temos a carga térmica total de infiltração:

𝑄𝑖𝑛𝑓𝑖𝑙𝑡𝑟𝑎çã𝑜 = 𝑞𝑠 + 𝑞𝑙
𝑄𝑖𝑛𝑓𝑖𝑙𝑡𝑟𝑎çã𝑜 = 67,976 + 185,6448
𝑄𝑖𝑛𝑓𝑖𝑙𝑡𝑟𝑎çã𝑜 = 253,6208 𝐾𝑐𝑎𝑙/ℎ

4.8 CARGA TÉRMICA TOTAL

Obtendo todas as cargas de cada parâmetro, realiza-se a soma das mesmas para
determinar a carga calorífica total do quarto. Mediante a isto, tem-se a carga térmica
total igual a:

𝑄𝑡é𝑟𝑚𝑖𝑐𝑎 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 𝑄𝑖𝑛𝑠𝑜𝑙𝑎çã𝑜 + 𝑄𝑐𝑜𝑛𝑑𝑢çã𝑜 𝑑𝑎𝑠 𝑝𝑎𝑟𝑒𝑑𝑒𝑠 + 𝑄𝑝𝑒𝑠𝑠𝑜𝑎𝑠 + 𝑄𝑖𝑙𝑢𝑚𝑖𝑛𝑎çã𝑜


+ 𝑄𝑣𝑒𝑛𝑡𝑖𝑙𝑎çã𝑜 + 𝑄𝑖𝑛𝑓𝑖𝑙𝑡𝑟𝑎çã𝑜

A tabela 3 demonstra as cargas utilizadas e seu somatório.

CARGAS TÉRMICAS VALOR (Kcal/h)


Carga de insolação 18,788
Carga de condução (paredes) 32,052
Carga das pessoas do local 100,1
Carga de iluminação 33,024
Carga de ventilação 121,108
Carga de infiltração 253,6208
Carga térmica total 558,6928
Tabela 3 – Dados das cargas térmicas
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5. CONCLUSÃO

Neste relatório o objetivo apresentado foi determinar a carga térmica total do um


quarto de uma residência, portanto para ser possível a resultado final foi necessário
averiguar diversos parâmetros de calor que afetavam o ambiente, calculando-se então a
carga térmica de todos esses fatores para no final realizar o somatório. O resultado final
foi de 558,6928 Kcal/h para o quarto inteiro, mediante as análises os parâmetros mais
influentes foram a ventilação e a infiltração de ar, isto ocorreu principalmente devido a
presença das frestas em janelas e portas. Haviam outros fatores que poderiam afetar ainda
mais no conforto e elevando essa carga total, que no caso seria o número de pessoas,
porém como o cômodo analisado foi um quarto de solteiro, basicamente o fluxo era de
apenas uma pessoas, caso tivesse sido realizados em lugares maiores, provavelmente, o
número de pessoas seria maior e aumentaria a carga térmica consideravelmente. Assim,
de acordo com os resultados o total está na média de um cômodo pequeno.
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REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

CREDER, HÉLIO. Instalações de ar condicionado. 5° Edição, Rio de Janeiro, 1996

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