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Kierkegaard foi um dos primeiros filósofos a colocar as questões

existenciais como estudo e foco do exame filosófico da vida humana – seu


íntimo. Ele foca o indivíduo como papel principal dos estudos, individualmente,
dizendo que apenas o próprio indivíduo pode dar significados para as coisas da
sua vida e como ele deve viver, fazendo assim a construção de sua realidade.
Os obstáculos inevitáveis da vida, segundo Kierkegaard são:

1) Desespero: medo frequente do afastamento da realidade, inexistência,


realidade incerta.

2) Absurdo: que seria uma falha em achar sentido para as coisas da vida
e da sua existência, fazendo com que o sujeito não acredite em tudo
que lhe é exposto e dito, se fazendo questionar.

3) Alienação: é uma tendência a se fazer antagonista de sua própria


história, se anulando, na dúvida se é ou não, como capaz. Alguns
existencialistas apontam a alienação como uma das causas prováveis
pelas quais as pessoas tendem a se manter passíveis ao ambiente
frente ao esforço da modificação.

4) Tédio: (ócio) que faz referência ao mal que ele pode trazer, quando o
sujeito está vulnerável sua tendência a ter pensamentos mais negativos
e repressores.

Kierkegaard não tenta trazer uma verdade universal, e sim uma verdade
individual que caiba para cada pessoa. Essas verdades vêm de 3 possíveis
formas em diferentes âmbitos da vida:

1) Estético: caracterizado pelo viver o momento como em aproveitar tudo


dele, porém, esta satisfação é puramente passageira. Nega intensamente
a dor e o tédio, quase como tentando anulá-los.

2) Ético: Contraposição direta com o modo de viver estético. Neste, o


foco é o ser focado, respeitado, digno de honra; atarefado e
responsável, referência/modelo de ser de qualquer modo. Ou
basicamente, ser “racional”

3) Religioso: Contradição/paradoxo entre o modo de vida ético e estético


em que a moral é constantemente desafiada por uma moral maior
acima da razão. O homem não é está submetido a ética e sim a um
Deus e para ele quando o pecado entra em discussão, a ética/razão
sempre vai fracassar e é aí que entra a religião para que seja a
salvadora, e uma das formas que se possa viver, como ele cita em uma
passagem bíblica que se refere a Abraão e Isaac “Quando Deus exige
de Abraão o sacrifício de seu filho Isaac, Abraão, dentro do nível ético,
está diante da necessidade de cometer uma transgressão
absolutamente proibida. Abraão não tem saída a não ser pelo salto do
ético ao religioso. Em tais situações críticas, a escolha que o indivíduo
se sente obrigado a fazer independe de quaisquer critérios morais
racionais que não podem ajudar o homem religioso, somente sua
crença.”

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