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ESTATUTO SOCIAL DA ASSOCIAÇÃO CULTURAL E AFRORELIGIOSA

CASA DO CAÇADOR

CAPÍTULO I
DA DENOMINAÇÃO, REGIME JURÍDICO, DURAÇÃO E SEDE
Art 1º. Associação Cultural e Afroreligiosa Casa do Caçador, constituída em
xxxxxx, é uma associação civil, sem fins lucrativos, de caráter cultural, religioso,
filantrópico e educativo, com personalidade jurídica de direito privado.
PARÁGRAFO ÚNICO - A Associação Cultural e Afroreligiosa Casa do Caçador
terá duração indeterminada e tem sua sede geral na Rua São Damião, nº 49,
Bairro Dr. Juracy, cidade Brumado, estado Bahia, podendo criar unidades
administrativas em qualquer parte do território nacional e será regida pelo
presente estatuto e pela legislação que lhe for aplicável.

CAPÍTULO II
DAS FINALIDADES
Art 2º. A Associação Cultural e Afroreligiosa Casa do Caçador tem como
finalidades:
I. O estudo, a prática e a difusão do Candomblé;
II. Manter e promover as tradições culturais e religiosas afrodescendentes;
III. Promover atividades educacionais, profissionalizantes, culturais, esportivas,
de assistência social e promoção de saúde;
IV. Promover ações de educação e preservação ambiental, de práticas
agroflorestais da agricultura familiar, de empoderamento das mulheres e contra
a violência doméstica, de combate à LGBTfobia, de combate ao racismo à
intolerância religiosa e de afirmação da igualdade racial e Direitos Humanos.
V. Promover atividades de preservação e valorização dos costumes das
comunidades tradicionais, remanescentes quilombolas, terreiros de religiões de
matrizes africanas.
VI. A prática da beneficência;
VII. Manter relações com outras organizações que tenham interesses
convergentes.
Art 3º. Para a consecução de suas finalidades, a Associação Cultural e
Afroreligiosa Casa do Caçador poderá:
I. Celebrar convênios, contratos, acordos, termos de parceria e outros
instrumentos jurídicos com pessoas físicas e jurídicas de direito público ou
privado, nacionais e internacionais;
II. Receber doações.
PARÁGRAFO ÚNICO: Na gestão dos recursos financeiros e materiais da
Associação Cultural, serão observados os princípios da legalidade,
impessoalidade, moralidade, publicidade, economicidade e eficiência.

CAPÍTULO III
DOS SÓCIOS
Art 4º. Podem ser admitidas na entidade, as pessoas de ambos os sexos que
estejam ligadas aos objetivos, sendo que, para seu ingresso, o interessado
deverá preencher ficha de inscrição na secretaria da entidade, que submeterá à
Diretoria Executiva e, uma vez aprovada, terá seu nome, imediatamente,
lançado no livro dos associados.
PARÁGRAFO ÚNICO: A associação terá um número ilimitado de associados, os
quais não respondem subsidiariamente pelas obrigações assumidas e
contraídas pela entidade.

Art 5º. O desligamento dar-se-á a pedido do associado, mediante carta dirigida


ao Presidente da entidade, não podendo ser negada, desde que o mesmo esteja
com seus compromissos quitados.

Art 6º. A exclusão será aplicada pela Diretoria após aprovação da Assembleia
Geral, ao associado que infringir qualquer disposição legal ou estatutária, depois
de o infrator ter sido notificado por escrito.
PARÁGRAFO ÚNICO: O atingido poderá recorrer à Assembleia Geral dentro do
prazo de 30 (trinta) dias contados da data do recebimento da notificação.

Art 7º. É dever do associado, também denominado de membro da entidade:


I. Cumprir as determinações do presente Estatuto e das instruções, ordens,
deliberações que emanarem da Diretoria e Assembleia Geral;
II. Aceitar, salvo quando for justificado a recusa, as funções dos cargos para os
quais foram eleitos ou nomeados e desempenhá-las com zelo e dedicação;
III. Satisfazer todos os compromissos assumidos com a entidade.

Art 8º. É direito do associado:


I. Gozar dos benefícios oferecidos pela entidade na forma prevista neste
Estatuto;
II. Votar e ser votado para qualquer cargo administrativo;
III. Discutir e votar sobre assuntos referentes as finalidades da entidade;
IV. Reclamar, perante a diretoria, medidas que visem corrigir infrações ao
Estatuto, com recursos à Assembleia Geral.

CAPÍTULO IV
DA ADMINISTRAÇÃO
Art 9º. São órgãos da administração:
I. Assembleia Geral;
II. Diretoria Executiva;
III. Conselho Fiscal.

CAPÍTULO V
DA ASSEMBLEIA GERAL
Art 10º. A Assembleia Geral é soberana e autônoma, devendo reunir-se
ordinariamente para apreciar e votar sobre as contas e relatórios da Diretoria os
quais já deverão estar com parecer do Conselho Fiscal.

Art 11º. As Assembleias serão convocadas e presididas pelo Presidente ou


Diretor Espiritual.

Art 12º. As Assembleias Gerais, sejam Ordinárias ou Extraordinárias serão


notificadas aos associados com antecedência mínima de 5 (cinco) dias, por meio
de carta, edital de convocação publicado e/ou enviado para o endereço de cada
um, contato por telefone/celular ou aviso fixado no mural da entidade.

Art 13º. As Assembleias serão instaladas em primeira convocação, com a


presença mínima de 1/5 (um quinto) dos associados, e em segunda convocação,
meia hora após a primeira, com qualquer número. As deliberações serão
validadas se aprovadas pela maioria dos presentes.

Art 14º. Compete a Assembleia Geral:


I. Eleger, empossar e destituir os membros da Diretoria Executiva e Conselho
Fiscal da entidade;
II. Aprovar as contas apresentadas pelo Presidente, referente ao exercício findo;
III. Resolver os casos omissos neste Estatuto;
IV. Reforma e dissolução do presente Estatuto, no momento em que seja
necessário.

Art 15º. Para destituir os administradores é exigido o voto concorde de 2/3 (dois
terços) dos presentes à Assembleia Geral especialmente convocada para este
fim, não podendo ela deliberar, em 1ª convocação, sem a maioria absoluta dos
associados, ou com menos de 1/3 (um terço) nas convocações seguintes que
deverão acontecer entre intervalos de meia hora.

Art 16º. É garantido a 1/5 (um quinto) dos associados o direito de promover a
convocação da Assembleia Geral.

CAPÍTULO VI
DA DIRETORIA EXECUTIVA
Art 17º. A Diretoria Executiva eleita em Assembleia Geral será composta de:
I. Presidente
II. Vice-presidente
III. Diretor Espiritual
IV. Secretário
V. Tesoureiro

Art 18º. O mandato da Diretoria Executiva será por tempo indeterminado.


Parágrafo único: Os diretores perderão seus cargos por desligamento voluntário,
prática de irregularidades que firam as normas deste Estatuto, enfermidade ou
incompatibilidade de disponibilidade.
Art 19º. Os membros da Diretoria Executiva não recebem remuneração de
quaisquer natureza.

Art 20º. Ao Presidente compete:


I. Representar a entidade ativa e passivamente, em juízo ou fora dele,
constituindo quando necessário, advogados, procuradores ou representantes;
II. Cumprir e fazer cumprir o presente Estatuto;
III. Convocar, abrir, presidir e encerrar as reuniões da diretoria, exercendo o voto
de qualidade, quando ocorrer outras votações;
IV. Assinar com a Secretária as Atas e todas as correspondências da entidade;
V. Contratar e dispensar empregados;
VI. Abrir, movimentar, pagar, cadastrar senhas, assinar cheques, recibos,
encerrar contas bancárias junto ao Tesoureiro, os balancetes, bem como
abertura de conta bancária, livros, encerramentos de livros e talões.

Art 21º. Ao Vice-Presidente compete substituir o Presidente nas suas falhas e/ou
impedimentos, observando competência deste e auxiliá-lo nas suas atribuições.

Art 22º. Ao Diretor Espiritual compete:


I. Zelar pela manutenção do Ilè;
II. Orientar os filhos e representar o Terreiro e seus associados, organizar as
atividades religiosas, promover os eventos das festas religiosas, praticar e
defender a doutrina e o culto afro-brasileiro.
III. O cargo de Diretor Espiritual é vitalício. Em caso de óbito, o novo sucessor
assume o referido Terreiro no prazo de 01 (um) ano e já passa a assumir o cargo
de Diretor Espiritual.

Art 23º. Ao Secretário compete:


I. Ler em sessão, a ata, expediente e as cédulas apuradas das eleições quando
for o caso;
II. Redigir as atas e as correspondências da entidade, bem como assiná-las com
o Presidente;
III. Remeter ao Presidente, tudo que tiver resolvido em Assembleia Geral e
reuniões da diretoria para a devida execução;
IV. Receber, responder e expedir as correspondências da entidade, registrando-
as em livro próprio.

Art 24º. Ao Tesoureiro compete:


I. Manter em dia a situação financeira da entidade. Encaminhar mensalmente ao
Conselho Fiscal cópia do balancete que deverá ser colocado à disposição;
II. Apresentar balanços anualmente, prestar contas à Diretoria Executiva sempre
que solicitado;
III. Colaborar com o Presidente na fiscalização do patrimônio.

Art 25º. É factível que um associado acumule até 02 (dois) cargos na Diretoria
Executiva.

CAPÍTULO VII
DO CONSELHO FISCAL
Art 26º. O Conselho fiscal será composto de 02 (dois) membros efetivos, eleitos
pela Assembleia Geral, com mandato de 02 anos, sem direito à remuneração.

Art 27º. Compete ao Conselho Fiscal:


I. Fiscalizar a contabilidade, através da prestação de contas da Diretoria em
exercício;
II. Emitir parecer sobre estas prestações de conta a fim de que sejam
encaminhadas pelo Presidente, à Assembleia Geral.

CAPÍTULO VIII
DAS ELEIÇÕES
Art 28º. A eleição para Diretoria Executiva e Conselho Fiscal, será realizada
através de voto aberto e democrático, exclusivo aos sócios presentes a
Assembleia Geral Ordinária, que estejam em dia com suas mensalidades.

CAPÍTULO IX
DO PATRIMÔNIO
Art 29º. O Patrimônio da entidade constitui-se:
I. Dos bens móveis, imóveis, semoventes, que venham a ser adquiridos;
II. Das contribuições espontâneas;
III. Tudo aquilo que representar valores financeiros, sociais, científico, artístico e
cultural.
PARÁGRAFO ÚNICO: Os bens patrimoniais da entidade não poderão ser
onerados, permutados ou alienados sem parecer do Conselho Fiscal e
autorização da Assembleia Geral, convocada especialmente para este fim.

Art. 30º. Os recursos econômicos e financeiros da entidade são provenientes de:


I. Rendas ou rendimentos de seus bens e serviços;
II. Contratos e acordos firmados com empresas e agências nacionais e
internacionais.

Art 31º. A entidade é sem fins lucrativos e não distribui resultados, dividendos,
bonificações, participações ou parcela do seu patrimônio, sob nenhuma forma
ou pretexto.

CAPÍTULO X
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
Art 32º. O Estatuto Social somente poderá ser reformado pelo voto de 1/3 (um
terço) dos associados presentes à reunião em Assembleia Geral especialmente
convocada para este fim.

Art 33º. A entidade só será dissolvida pelo voto de 2/3 (dois terços) da totalidade
dos associados da entidade, em reunião da Assembleia Geral especialmente
convocada para este fim, que disporá acerca da distinção do patrimônio da
entidade que será revertida para entidade congênere sem fins lucrativos no
CNAS – Conselho Nacional de Assistência Social.

Art 34º. O exercício social terminará em 31 de dezembro de cada ano, quando


serão elaboradas as demonstrações financeiras da entidade, de conformidade
com as disposições legais.

Art 35º. Os casos omissos neste Estatuto serão regidos pela Diretoria Executiva,
por convocação extraordinária conforme o caso.
Art 36º. O presente Estatuto entrará em vigor a partir da data de sua aprovação
em Assembleia Geral e deverá ser registrado em Cartório de Registro Civil das
Pessoas Jurídicas na forma da lei, constituindo-se em Lei Básica da Entidade.

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