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Sociologia

Resolução AULA 04: A PRODUÇÃO


SOCIOLÓGICA BRASILEIRA
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO

01. A democracia racial é um termo usado por algumas pessoas para descrever relações raciais no Brasil. O termo denota a crença de
alguns estudiosos que o Brasil escapou do racismo e da discriminação racial. Estudiosos afirmam que os brasileiros não veem uns aos
outros através da lente da raça e não abrigam o preconceito racial em relação um ao outro. Por isso, enquanto a mobilidade social
dos brasileiros pode ser limitada por vários fatores, gênero e classe incluído, a discriminação racial é considerada irrelevante (dentro
dos limites do conceito da democracia racial). O conceito foi apresentado inicialmente pelo sociólogo Gilberto Freyre, na sua obra
Casa-Grande & Senzala, publicado em 1933. Embora Freyre jamais tenha usado este termo nesse seu trabalho, ele passou a adotá-lo
em publicações posteriores, e suas teorias abriram o caminho para outros estudiosos popularizarem a ideia. O mito da democracia
racial é a ideia de que haveria no Brasil, ao contrário de outros países como África do Sul e Estados Unidos, uma convivência pacífica
das etnias, e que todos teriam chances iguais individualmente de sucesso. Sobre essas chances, nega-se toda a história de escravidão
de nosso país.

Resposta: D

02. A questão não exige conhecimento específico, mas trata de uma interpretação do texto de Freyre que aborda a miscigenação cultural
brasileira e sua associação à arte de jogar futebol no Brasil.

Resposta: D

03. Ao adentrar nas raízes da desigualdade social na cultura política brasileira, temos que nos reportar ao âmbito da sociedade escravocrata;
os homens livres e pobres, sujeitos ao favor dos senhores de terras, amesquinharam-se na sombra de suas dádivas. A cultura política
da dádiva sobreviveu ao domínio privado das fazendas e engenhos coloniais, sobreviveu à abolição da escravatura, expressou-se
de uma forma peculiar no compromisso coronelista e chegou até nossos dias. O coronelismo é a manifestação do poder privado –
dos senhores de terra – que coexiste com um regime político de extensa base representativa. A força dos coronéis provinha dos
serviços que prestavam ao chefe do Executivo, para preparar seu sucessor nas eleições, e aos membros do Legislativo, fornecendo-lhes
votos e assim ensejando sua permanência em novos pleitos, o que tornava fictícia a representação popular, em virtude do voto
“manipulado”. ertas atribuições, tais como eleger o governador e o prefeito, criar certos impostos, foram retiradas do poder central
e transferidas para os estados e municípios. Essa descentralização, introduzida pela República, fortaleceu o poder local. Algumas
características do sistema coronelista ainda perduram em nosso país: o mandonismo, o filhotismo, o nepotismo, o falseamento do
voto e a desorganização dos serviços locais.

Resposta: B

04. Para Gilberto Freyre, a mestiçagem, além de ser um dado positivo e singular da colonização portuguesa, configura-se enquanto elemento
chave da formação cultural brasileira ao longo de nossa história. O autor também tenta demonstrar como o caráter mestiço do povo
brasileiro é motivo de orgulho, pois se torna um dado crucial de assunção e da formação histórica brasileiras fazer parte de uma cultura
que engloba desde influências europeias até os “arabismos” da nossa língua portuguesa, sem falar das grandes contribuições africanas
e indígenas. Gilberto Freyre rompe com as ideologias racistas vigentes e canta a miscigenação como elemento chave da conquista do
trópico. É o ideólogo da mestiçagem: ao se entregarem à luxúria com índias e negras, os portugueses teriam estabelecido um aspecto
democratizador nas relações étnicas do Brasil. O inverso, por exemplo, dos ingleses na colonização da América do Norte.

Resposta: A

05. Todos os três autores (Caio Prado Júnior, Gilberto Freyre e Sérgio Buarque de Holanda) fazem análises do Brasil tendo em conta o seu
processo de modernização. É possível identificar em todos uma crítica à retórica liberal e a defesa de instrumentos mais científicos para
interpretar a sociedade brasileira. Não é por acaso que eles são considerados justamente os autores de transição de uma sociologia
ensaísta para a sociologia científica no Brasil.

Resposta: C

Raul M.: 30/07/19 – Rev.: Kelly Moura


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