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Scire Salutis

Fev a Mai 2021 - v.11 - n.2 ISSN: 2236-9600

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Fisioterapia interdisciplinar para o tratamento da disfunção da


articulação temporomandibular (DTM) associada ao bruxismo
O presente estudo objetiva verificar a eficácia de um conjunto de práticas terapêuticas e fisioterapia para a diminuição dos níveis de dor e recuperação de alcance da mobilidade da
mandíbula, a partir do tratamento de um paciente com quadro crônico de DTM moderada associada ao Bruxismo. A intervenção fisioterapêutica constituiu na associação de técnicas de
terapia manual, eletroterapia e cinesioterapia, ainda foram empregadas orientações educacionais para adequação postural e redução de hábitos parafuncionais. Os níveis de dor foram
aferidos por meio da Escala Visual Analógica. A manutenção dos resultados foi verificada 15, 30 e 60 dias após o término do tratamento. As técnicas empregadas promoveram significativo
aumento da mobilidade articular da mandíbula (1,13cm) e redução da sensação dolorosa indicada pela paciente. Porém, após 60 dias houve redução de, aproximadamente, 103% na
amplitude de abertura da boca e oscilação nos níveis de dor. A aplicação de múltiplas técnicas para o tratamento de doenças articulares crônicas e/ou associadas, como o Bruxismo e a
DTM, favorece a obtenção de bons resultados, no entanto, para a manutenção dos resultados, sugere-se a não interrupção abrupta do tratamento, havendo a necessidade de sessões
fisioterapêuticas em intervalos não superiores a 15 dias.

Palavras-chave: ATM; Fisioterapia; Hábitos parafuncionais; Mandíbula; Mastigação.

Interdisciplinary physiotherapy to the treatment of


temporomandibular joint disorder (TMJD) associated to bruxism
The present study aims to verify the efficiency of a set of therapeutic practices and physiotherapy to the pain decrease and to the mobility recovering in the Temporomandibular joint, from
treatment of a patient with chronic disease of moderate Temporomandibular joint disorder associated to Bruxism. Physiotherapy intervention was composed by associated technics of
handing therapy, electrotherapy and kinesiotherapy, educational instructions to reduce the parafunctional habits and improve the postural adequacy were also employed. Pain levels were
verified by the Analogical Visual Scale. The results maintenance was verified in 15, 30 and 60 days after the treatment ends. The physiotherapeutic technics promoted improvement in the
mandibular joint mobility (increase of 1.13cm) and decreasing in the pain sensation indicated by the patient. However, 60 days after the treatment ends, the noticed results presented a
relapse of ca. 103% in the range of mouth opening and fluctuation in the pain levels. Performing multiple technics to treat associated chronic joint diseases, such as Bruxism and TMJD, is
favorable for good results, however, to the results maintenance is suggested for not interrupting the treatment abruptly, being necessary physiotherapy sessions in intervals no longer than
15 days.

Keywords: ATM; Physioterapy; Parafunctional habits; Mandible; Mastication.

Topic: Fisioterapia Received: 12/02/2021


Approved: 26/03/2021
Reviewed anonymously in the process of blind peer.

Débora Nunes Poppe


Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões, Brasil
http://lattes.cnpq.br/8997985361137882
http://orcid.org/0000-0001-9603-0930
fisiodeborapoppe@gmail.com

Tânia Regina Warpechowski


Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões, Brasil
http://lattes.cnpq.br/5042138395515098
http://orcid.org/0000-0003-0163-3339
twrfisio@yahoo.com.br

Jean Lucas Poppe


Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões, Brasil
http://lattes.cnpq.br/7190650325768935
http://orcid.org/0000-0002-3061-1799
jlucaspoppe@gmail.com

Referencing this:
POPPE, D. N.; WARPECHOWSKI, T. R.; POPPE, J. L.. Fisioterapia
interdisciplinar para o tratamento da disfunção da articulação
temporomandibular (DTM) associada ao bruxismo. Scire Salutis, v.11,
DOI: 10.6008/CBPC2236-9600.2021.002.0005 n.2, p.42-50, 2021. DOI: http://doi.org/10.6008/CBPC2236-
9600.2021.002.0005

©2021
®Companhia Brasileira de Produção Científica. All rights reserved.
Fisioterapia interdisciplinar para o tratamento da disfunção da articulação temporomandibular (DTM) associada ao bruxismo
POPPE, D. N.; WARPECHOWSKI, T. R.; POPPE, J. L.

INTRODUÇÃO

A articulação temporomandibular (ATM) entre os ossos mandíbula e temporal, em associação com


os músculos pterigoides, masseter e temporal, é fundamental para o desenvolvimento de atividades
funcionais do cotidiano, como falar e se alimentar (LIPPERT, 2013). Distúrbios musculoesqueléticos e
neuromusculares na articulação da ATM, diagnosticados como disfunções temporomandibulares (DTM),
afetam cerca de 10% da população mundial (NIDCR, 2017), representando a condição dolorosa crônica
mais comumente diagnosticada na região orofacial (DURHAM et al., 2016). Os sinais e sintomas da DTM são
característicos, incluindo a presença de dor miofascial, cefaléia, disfunção na mobilidade articular e
crepitações (KULCZYNSKY, 2010).
O Bruxismo caracteriza-se como um hábito parafuncional de constante contração da musculatura
associada à ATM, originando movimentos compensatórios em razão do desgaste do disco articular e da dor
muscular (MACIEL, 2003; DINIZ, 2009). Segundo Bader e Lavigne (2000), o Bruxismo é uma complicação
muito comum, aproximadamente 90% da população têm ou irá apresentar esta condição de apertar ou
ranger os dentes em algum grau (KOYANO et al., 2008), o que pode desencadear um quadro de disfunção
da ATM, havendo, comumente, associação entre os dois distúrbios (MONGINI, 1998; CIANCAGLINI et al.,
2001; MONTE et al., 2002; SOARES et al., 2004; MATHEUS et al., 2005; RODRIGUES et al., 2006; GONZALES,
2010; ALMEIDA et al., 2011; CUNALI et al., 2012).
A etiologia da DTM e do Bruxismo é multifatorial, relacionada em alguns estudos com o gênero
(CUNALI et al., 2012; CAPELINI et al., 2006; WITZEL et al., 2015; OLIVEIRA et al., 2016; OLTRAMARI-
NAVARRO et al., 2017), aspectos emocionais (PIZOLATO et al., 2007; LAVIGNE et al., 2008; BLINI et al.,
2010; CARRA et al., 2012; GUI et al., 2014; AMORIM et al., 2016), hábitos parafuncionais (PORTO et al.,
1999; GONZALEZ, 2010; OLIVEIRA et al., 2016) e idade (WITZEL et al., 2015), podendo acometer ossos,
musculatura, disco articular e outros tecidos associados (GREENE et al., 2010).
Comumente, os indivíduos que sofrem de Bruxismo ou de outros tipos de disfunções da ATM
buscam por tratamentos fisioterapêuticos e/ou odontológicos, os quais são voltados à melhora da função
motora oral e da sua qualidade de vida (KOGANA et al., 2005; BORTOLLETO et al., 2013). Além disso, a
Fisioterapia pode evitar a necessidade de intervenções cirúrgicas e a redução do uso contínuo de
medicamentos (MICHELOTTI et al., 2004; MCNEELY et al., 2006). Na última década, foram constantes os
esforços investigativos dos distúrbios estruturais na ATM (SASSI et al., 2018), porém, pesquisas
investigando os benefícios de práticas fisioterapêuticas voltadas à análise da periodicidade e modalidade
de tratamentos, são escassas. Assim, o presente estudo objetiva verificar a eficácia de um conjunto de
práticas fisioterapêuticas para a diminuição dos níveis de dor e recuperação de alcance da mobilidade da
ATM no movimento de abertura da boca, a partir do tratamento de um paciente com quadro crônico de
DTM associado ao Bruxismo.

MÉTODOLOGIA

Os métodos de trabalho aplicados no presente estudo foram aprovados pelo Comitê de Ética em

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Pesquisa (CEP) da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões – URI, campus de
Santiago/RS, em conformidade com a Resolução N°466/2012, sob o número doCertificado de Apresentação
para Apreciação Ética (CAAE): 56906916.0.0000.5353.
Trata-se de um estudo de caso desenvolvido a partir da análise clínica de um indivíduo do gênero
feminino, com 41 anos dê idade, diagnosticada com disfunção crônica na ATM em decorrência do Bruxismo
com grau moderado. A escolha da paciente foi motivada pela prevalência de casos de Bruxismo e DTM em
indivíduos do gênero feminino (CAPELLINI et al., 2006; WITZEL et al., 2015; OLIVEIRA et al., 2016;
OLTRAMARI-NAVARRO et al., 2017), apesar de alguns estudos não indicarem esta relação
significativamente (CUNALI et al., 2012; DANTAS-NETA et al., 2014; CARVALHO et al., 2015).
A classificação do grau de sintomatologia da DTM e verificação da queixa do hábito parafuncional
do Bruxismo foram realizadas por meio do questionário Anamnésico de Fonseca et al. (1994) e da Avaliação
da Disfunção Temporomandibular recomendado pela Academia Americana de Dor Orofacial (OKESON,
1998).

Procedimentos Fisioterapêuticos

O protocolo de tratamento consistiu em dez sessões de Fisioterapia, realizadas duas vezes por
semana, com duração de 50 minutos. Foram utilizados equipamentos de eletroterapia para o tratamento
da DTM consistindo na Estimulação Elétrica Nervosa Transcutânea (TENS) (Neurodyn, modeloIbramed®)
sobre a musculatura dos masseteres como uso de dois eletrodos faciais, por um período de 20 minutos. A
estimulação foi estabelecida pelos parâmetros de largura de pulso (T) de 80us, frequência (R) de 163Hz.
Posteriormente, foi realizada estimulação da mesma musculatura com auxílio de ultrassom (Sonopulse,
modelo Ibramed®), empregando cabeçote com extensão da era de 3,5 cm², frequência de 1.0 MHz e dose
de 1.4 W/cm², por períodos de dez minutos sem cada lado da face.
Recursos terapêuticos manuais, tais como massagem clássica facial (músculos: frontal, masseter e
temporal), massagem intrabucal (músculos: bucinador, pterigoideo lateral e medial), técnica de energia
muscular (SALVADOR et al., 2005; CHAITOW, 2001) (musculatura cervical), método de Pompage (BIENFAIT,
1999) e tração cervical (músculos: trapézio, esternocleidomasteideo, elevador da escápula e escalenos),
foram aplicados para melhorar a circulação local, a nutrição dos tecidos e reduzir a sensação dolorosa e os
sintomas de fibromialgia, com cinco repetições em cada músculo específico.
Técnicas decinesioterapias consistiram em exercícios de propriocepção, ativos, alongamentos em
movimentos resistidos(músculos: masseter, pterigoideo lateral e medial e musculatura cervical). Como
recursos à Fisioterapia, foram fornecidas orientações educacionais voltadas a cuidados gerais relacionados
à postura, alimentação, relaxamento da musculatura mastigatória e inibição de hábitos parafuncionais,
como, por exemplo, morder as bochechas, mascar chiclete, gelo, pirulito e roer unhas.

Instrumentos de Medida para Avaliação

No início e no final de cada sessão de fisioterapia, foram verificados o alcance da movimentação

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ativada da mandíbula e o nível de dor. Para verificação do alcance da movimentação ativada da


mandíbulafoiutilizado um paquímetro aferindo a distância ao abrir a boca, em centímetros, entre os dentes
incisivos superiores e inferiores. Sendo considerada adequada a medida não inferior a 3,50cm
(HOPPENFELD,1999). Os níveis de dor foram verificados por meio da Escala Visual Analógica da Dor (EVA)
(JENSEN et al., 1986).
Após o término do tratamento, foram reavaliadas as medidas de abertura da boca e percepção de
dorem tempos subsequentes de 15, 30 e 60 dias, para a verificação da manutenção do quadro clínico
adquirido por meio das técnicas fisioterapêuticas empregadas.

Análise Estatística

A análise estatística dos dados foi realizada no Software Past 3.16 (HAMMER et al., 2001). A
normalidade dos dados foi verificada pelo teste Shapiro-Wilk, tratando-se de dados não-paramétricos, a
comparação dos dados pré e pós intervenção fisioterapêutica foi realizada por meio do teste de Wilcoxon,
com significância de p<0,05.

RESULTADOS

A interpretação das respostas fornecidas pela paciente aos questionários anamnésicos indicou uma
classificação de DTM de grau moderado, totalizando 55 pontos no questionário de Fonseca et al. (1994) e
70% de respostas “sim” para a avaliação da disfunção temporomandibular (OKESON, 1998).
O tratamento fisioterapêutico desenvolvido promoveu significativo aumento da mobilidade
articular da mandíbula (Wilcoxon, p< 0,05) e redução da sensação dolorosa indicada pela paciente. A
amplitude de movimento da ATM para abertura da boca, no decorrer dos atendimentos, progrediu 1,13cm
(Tabela 1). O aumento da mobilidade da mandíbula e a redução dos níveis de dor foram percebidos a partir
da 3° sessão fisioterapêutica, com benefícios progressivos ao longo do tratamento (Figura 1). No entanto,
na 7º sessão a paciente relatou elevação da sensação dolorosa na musculatura dos masseteres e trapézio
superior.

Tabela 1: Medidas do alcance da movimentação ativa da mandíbula e dos níveis de dor na ATM durante o período das
10 sessões terapêuticas. Pré: antes da intervenção fisioterapêutica; Pós: após a intervenção fisioterapêutica; EVA:
Escala Visual Analógica para indicativos de dor; cm: centímetros.
Mobilidade da mandíbula
Sessão Fisioterapêutica Pré (cm) Pós (cm) Dor (EVA)
1° 3,44 4,00 6
2° 3,50 4,00 6
3° 4,00 4,50 6
4° 4,00 4,50 2
5° 4,00 4,50 0
6° 4,00 4,50 0
7° 4,00 4,50 5
8° 4,00 4,50 2
9° 4,50 4,57 1
10° 4,50 4,57 0

Após o término do período de tratamento, as medidas de mobilidade da mandíbula não se

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mantiveram estáveis, ou seja, houve uma redução constante na amplitude de movimento da ATM. Os
valores mensurados foram de 4,50, 3,80 e 3,40cm, após 15, 30 e 60 dias, respectivamente, representando
uma redução, aproximada, de 103% no ganho de amplitude de movimento da ATM para abertura da boca,
obtido por meio da Fisioterapia. Da mesma maneira, a sensação dolorosa se elevou progressivamente para
os níveis 2, 4 e 5 nos períodos avaliados após o término do tratamento.

Figura 1: Medidas do alcance da movimentação ativa da mandíbula e dos níveis de dor na ATM durante o
período das 10 sessões terapêuticas e 15, 30 e 60 dias posteriores ao término do tratamento. 1

DISCUSSÃO

Segundo Hoppenfeld (1999), o valor considerado normal da abertura da boca é de


aproximadamente 3,50-4,00cm, podendo chegar até 5,00cm, assim, a medida final alcançada no presente
estudo enquadra-se no padrão sugerido como adequado para a mobilidade mandibular, indicando como
satisfatório os procedimentos fisioterapêuticos desenvolvidos.
A combinação de técnicas de terapia miofuncional aos recursos de eletroterapia e ultrassom
promoveram redução dos níveis de dor e ganho de 1,13cm na mobilidade mandibular para abertura da
boca. A utilização de eletroterapia e ultrassom como recurso fisioterapêutico, são amplamente indicados
para o tratamento de disfunções na ATM por causarem a estimulação do fluxo sanguíneo dos tecidos,
modulação da dor e relaxamento da musculatura envolvida, consequentemente, proporcionando
recuperação da musculatura orofacial (AGNE et al., 2012). No entanto, a aplicação de técnicas terapêuticas
diversas favorecem bons resultados, em concordância com os resultados obtidos, estudos que aplicaram
e/ou compararam os efeitos de técnicas terapêuticas combinadas (tratamento multiterapêutico) com
tratamentos convencionais monoterapêuticos indicaram melhores resultados para o alcance da mobilidade
mandibular e para a redução da sensação dolorosa em pacientes com diagnósticos de DTM (MOLINA et al.,
2000; FERNANDEZ et al., 2007; DINIZ et al., 2009; PIEKARTZ e HALL, 2013; WIECKIEWICZ et al.; ATAÇ et al.;
RUBIS et al.; UCAR et al., 2014; MACHADO et al., 2016).
A maior prevalência de DTM em mulheres tem sido mencionada por alguns autores, podendo este
fato estar relacionado com características hormonais do organismo feminino (NOMURA et al., 2007),
especialmente com os níveis de estrogênio (NEKORA-AZAK et al., 2008), uma vez que este hormônio, mais
abundante no organismo feminino em relação ao masculino, está associado ao crescimento do tecido

1 cm: centímetros; EVA: Escala Visual Analógica para indicativos de dor; SF: sessão fisioterapêutica; coluna cinza: níveis de dor indicados na EVA;
linha pontilhada: alcance da movimentação ativa da mandíbula antes da sessão fisioterapêutica; linha contínua: alcance da movimentação ativa da
mandíbula após a sessão fisioterapêutica; círculos pretos: alcance da movimentação ativa da mandíbula após o término do tratamento.
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ósseo (AMADEI et al., 2006). Alguns autores ainda indicam o maior cuidado com a saúde e a maior
sensitividade à dor como elementos que ampliam os números de registros de casos de DTM no público
feminino (BUSH et al., 1993; POW et al., 2001; WITZEL et al., 2015; OLIVEIRA et al., 2016; OLTRAMARI-
NAVARRO et al., 2017;). Por outro lado, alguns estudos não indicam relação entre o quadro clínico de
Bruxismo e o gênero dos pacientes (CARVALHO et al., 2015).
Com relação aos níveis de dor, possivelmente, a dor localizada é percebida primeiro, irradiando
para regiões adjacentes em estágios crônicos da DTM (GREENE et al., 2010; GUI et al., 2014), afetando a
qualidade de vida dos pacientes (OLIVEIRA et al., 2016), o que destaca a necessidade de investigação de
tratamentos que proporcionem respostas rápidas aos sintomas da DTM. Michelotti et al. (2005) e Capellini
et al (2006) destacam que técnicas de relaxamento muscular são indicadas para o alívio da dor miofascial,
proporcionando melhoria das funções físicas musculoesqueléticas em pacientes com Bruxismo e DTM. Do
mesmo modo, Franco et al. (2011) demonstraram a eficácia da Fisioterapia para a redução da percepção
dolorosa na movimentação da mandíbula após dez sessões, aqui, a diminuição da sensação dolorosa foi
percebida a partir da quarta sessão, sendo a que a melhora na mobilidade da ATM foi percebida a partir da
terceira sessão fisioterapêutica.
No entanto, na 7° sessão fisioterapêutica a paciente referiu um nível maior de dor, em comparação
com as observações anteriores. Este fato pode estar relacionado com diversos hábitos comportamentais,
particulares de cada indivíduo, os quais podem mascarar ou contribuir para a elevação repentina da
sensação dolorosa, como, por exemplo, dormir de bruços, mascar chiclete, comer pirulito, comer gelo e
roer unhas (NOMURA et al., 2007; DE ALMEIDA et al., 2011; BORTOLLETO et al., 2013; GUI et al.; DANTAS-
NETA et al., 2014; OLIVEIRA et al., 2016), além de alterações hormonais e estresse, os quais contribuem
para o surgimento e manutenção dos sintomas do bruxismo, incluindo elevação da sensação dolorosa
(AAOP, 1996; PIZOLATO et al.; OMMERBORN et al., 2007; AHLBERG et al.; TOSATO e CARIA, 2008; CARRA et
al., 2011).
Instruções educacionais voltadas à melhoria dos padrões posturais e redução de hábitos
parafuncionais como, por exemplo, morder as bochechas, apoiar-se com as mãos sob o queixo e mascar
chiclete excessivamente, pode contribuir para a manutenção dos resultados obtidos por meio do
tratamento fisioterapêutico por maior tempo, uma vez que hábitos parafuncionais e alterações posturais
comprometem a funcionalidade da ATM (MONTEIRO et al., 2013; OLIVEIRA et al., 2016).
Diversos estudos já foram desenvolvidos para investigar tratamentos para a DTM, porém, poucos
avaliam se os resultados clínicos são mantidos após o término do processo de intervenção terapêutica
(SASSI et al., 2018). Melchior et al. (2012) e Machado et al. (2016) investigaram a utilização de lazer na
minimização dos sintomas da DTM, com posterior monitoramento dos resultados, havendo rápida redução
da dor, no entanto, o resultado não foi mantido após o término do tratamento. No presente estudo, a
recidivada mobilidade da abertura da boca apresenta-se como uma consequência da patologia crônica, o
que, segundo alguns autores (SOARES, 2002; RODRIGUES et al., 2006), indica a necessidade de intervenção
fisioterapêutica contínua. No entanto, é difícil comparar os resultados de pesquisas sobre DTM, devido à

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falta de padronização no desenho amostral e metodológico (MARCHIORI et al., 2007; GONÇALVES et al.,
2009; SERRA-NEGRA et al., 2013), pelo mesmo motivo, a relação sintomática entre Bruxismo e DTM não é
conclusiva em alguns estudos (BLINI et al., 2010; CUNALI et al., 2012). Portanto, visando a manutenção dos
resultados obtidos no tratamento da DTM por meio das técnicas fisioterapêuticas, sugere-se a não
interrupção abrupta do tratamento, com sessões em intervalos não superiores a 15 dias. Porém, cabe
destacar a necessidade de mais estudos para a avaliação da manutenção dos resultados em longo prazo, e,
também, para a divulgação dos sintomas, causas e possibilidades de tratamento do Bruxismo e da DTM
(OLTRAMARI-NAVARRO et al., 2017), uma vez que se trata de doenças, comumente, associadas e com
frequência crescente na população jovem (DINIZ et al., 2009; GONZALEZ; BLINI et al., 2010; CARVALHO et
al., 2015; OLIVEIRA et al., 2016;), relacionadas ao estresse e com potencial de influência negativa nos
processos de interação social (FERNANDES et al., 2012; CARVALHO et al., 2015), o que alerta para a
necessidade de cuidados multidisciplinares com a saúde pública e, também, para a necessidade de
aplicação de técnicas terapêuticas múltiplas, como as aplicadas neste estudo, para o tratamento da DTM.

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