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HIPERTENSÃO ARTERIAL Efeitos da angiotensina 2: Aumenta

SISTÊMICA (CONCEITOS a atividade simpática e contração


FUNDAMENTAIS) das arteríolas e eleva a PA.

Efeitos da aldosterona: Retenção de


sódio e excreção de potássio.
Introdução

Participação em complicações:
Doença cerebrovascular, doença Fatores de risco
arterial coronariana, IC, IRC,
Idade (Acima de 65 a prevalência é
retinopatia hipertensiva, insuficiência
de 60%), gênero e etnia, sobrepeso
vascular periférica.
e obesidade, ingesta de sal, álcool,
Caracterização: Níveis de PA maior sedentarismo, fatores
ou igual 140/90 e sustentado. socioeconômicos, história familiar e
genética.

Fisiopatologia
Diagnóstico
Existem duas teorias aceitas para
explicar a fisiopatologia da HAS. Para realizar o diagnóstico a técnica
para aferir a PA deve ser realizada
Teoria neurogênica: O SNA possui
de maneira correta (Conferir a
um set point pressórico elevado o
técnica), a realização deve ser feita
que explica o aumento da pressão
3 vezes durante a consulta e os
arterial.
valores utilizados para o cálculo da
Teoria do desbalanço sódio/água: média devem ser os dois últimos.
Perda da capacidade de excreção Porém, se houver diferença maior
adequada de sódio frente à que 4 mmHg nas PAS ou PAD deve-
quantidade de sódio ingerida. se realizar novas medidas até que

SRAA: Hipoperfusão renal (macula essa diferença esteja adequada.

densa) > liberação de renina > ativa Hipotensão postural: Deve ser
angiotensinogênio > angiotensina 1 observada principalmente em
(ECA) > angiotensina 2 > liberação idosos, diabéticos, portadores de
de aldosterona nas suprarrenais. disautonomias, etilistas e/ou uso de
medicação anti-hipertensiva.
É caracterizada por uma queda na Obs: A monitorização
PAS maior ou igual a 20 mmHg e de ambulatorial não está indicada para
PAD maior ou igual a 10 mmHg, investigar HAS secundária. O risco
após 3 minutos na posição supina. CV começa a se elevar a partir de
uma PA acima de 115x75 e esse
Artifícios diagnósticos: Podemos
risco dobra com a pressão 140x90.
lançar mão de dois o MAPA e o
MRPA.

MRPA: 3 medições pela Classificação


manhã (antes do desejum e da
medicação) e 3 a noite (antes do
jantar) durante cinco dias, ou, 2 a
cada turno durante sete dias. São
considerados valores anormais PA
maior ou igual 135 x 85 mmHg.

MAPA: Registro indireto e


intermitente da PA durante 24 horas
Fluxograma de diagnóstico de HAS
ou mais (sono-vigilia). São
considerados valores anormais PA
em 24 hrs maior ou igual 130x80, PA
em vigília maior ou igual 135x85 e
sono maior ou igual a 120x70.

Principais indicações de
MAPA e MRPA: Suspeita de
hipertensão do avental branco ou
mascarada, grande variação de PA
no consultório na mesma consulta ou
em diferentes, hipotensão postural,
pos-pradial, na sesto ou por Avaliações clínicas e laboratorial
fármacos, PA elevada no consultório
Fatores de risco adicionais:
com suspeita de pré-eclampsia,
Tabagismo, dislipidemia, diabetes,
hipertensão resistente.
HF de DCV prematura (homens< 55
anos e mulheres <65 anos), glicemia determinar a grlicemia 2 horas após
em jejum (100 e 125), obesidade sobrecarga oral de glicose (75g).
abdominal, pressão de pulso (PAS-
Em hipertensos 1 e 2 sem HVE ao
PAD) > 65 em idosos e HF de HAS
ECG com três ou mais fatores de
para hipertensos limítrofes.
risco, deve-se considerar
Índice braço/tornozelo e eocardiograma para detectar HVE
fundoscopia: Deve-se realizar em assim como suspeitos de IC.
pacientes entre 50 e 69 anos,
Outros exames recomendados: Rx
tabagistas ou diabéticos, idade maior
de tórax, eco, USG de carótidas e de
ou igual a 70 anos com dorna perna
abdome, Hb1c e teste ergométrico.
ao exercício, doença arterial
coronariana, carotídea ou renal e Pesquisa de lesão em órgãos alvo:

risco CV médio. Coração: IC, doença

O índice braço/tornozelo deve ser > coronariana aterosclerótica e HVE;

0,9. É dividido em estágios leve (0,71 Cérebro: AVE, diminuição


a 0,9), moderado (0,41 a 0,7) e grave cognitiva e desenvolvimento de
(0 a 0,4). É um índice importante demência;
para a investigação de doença
Rim: HAS principal causa de
arterial periférica.
DRC, nedrosclerose benigna e
Análise laboratorial: Urina, K maligna;
plasmático, creatinina plasmática,
Vasos sanguíneos:
glicemia em jejum, colesterol total,
Aneurisma de aorta, claudicação
HDL e triglicérides plasmáticos,
intermitente e angina mesentérica;
ácido úrico plasmático e ECG.

Em pacientes com hipertensão


associada a diabetes, síndrome Retinopatia:
metabólica ou dois ou mais fatores
Classificação: O grau 1 se relaciona
de risco deve-se realizar pesquisa de
com níveis pressóricos passados,
microalbuminúria.
graus 2 e 3 com atuais e grau 4 com
Pacientes com glicemia de jejum urgência e emergência
entre 100 e 125 mg/dL deve-se hipertensivas.
Após diagnóstico de HAS

Deve-se realizar estratificação de


risco de DCV, avaliação
complementar e determinar a
probabilidade de causa secundária
(Conferir esses passos).

A doença parenquimatosa renal é a


principal causa de HAS secundária
(glomerulopatia diabética e
glomeruloesclerose segmentar focal
idiopática).

Obs: Antes de investigar a causa


secundária é necessário excluir
medida inadequada da aferição da
PA e interação com medicamentos.

Estratificação de risco do paciente


hipertenso com fatores de risco
adicionais

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