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Índice
Índice
Índice...................................................................................................................................................... 2
Introdução.............................................................................................................................................. 3
Estado da Arte........................................................................................................................................ 4
Cultura visual.......................................................................................................................................... 5
Alfabetismo Visual.................................................................................................................................. 6
Literacia visual........................................................................................................................................ 6
A Gestalt- Percepção das formas............................................................................................................ 7
A Composição Visual.............................................................................................................................. 8
A semiótica das Cores............................................................................................................................. 8
Cromática............................................................................................................................................... 8
A tipografia........................................................................................................................................... 10
Cartaz escolhido................................................................................................................................... 12
Conclusão............................................................................................................................................. 14
Referências Bibliográficas..................................................................................................................... 15
Introdução
O presente trabalho é sobre Comunicação Visual, mais concretamente sobre o alfabetismo
visual, Gestalt, semiótica das cores, tipografia, sinalética e iconografia, como objetivo de
analisar um cartaz publicitário, tendo em conta os pontos especificados acima.
Está organizado em 10 partes, na parte 1, abordando a Comunicação Visual, na 2 a cultura
visual, na 3 o alfabetismo visual, na 4 literacia visual, na 5 o Gestalt, no 6 a composição
visual, na 7 a semiótica das cores, na 8 a cromática, na 9 a tipografia e no 10 o análise.
A metodologia utilizada foi pesquisa bibliográfica juntamente com o uso da informação nos
powerpoints fornecidos pela professora.
Estado da Arte
A Comunicação Visual
A conceito de Comunicação nasce como um processo em que os comunicadores trocam, de
forma propositada, mensagens codificadas (palavras, imagens, gestos), através de um canal e
sempre em um determinado contexto, o que gera efeitos. A Comunicação é uma atividade
social, portanto comunicar é etimologicamente, relacionar seres vivos, por norma,
conscientes, ou seja, seres humanos, criando assim uma ligação entre ambos. Pode haver troca
de culturas, criação de significados, respondendo assim, desta forma, à realidade que
quotidianamente experimentam.
Mas sendo este trabalho focado em Comunicação Visual, temos que ter em conta aquilo que
nos permite fazer a receção deste tipo de comunicação, ou seja, o olho/visão. Nesta área de
estudo, são ensinados variados temas, física da luz, anatomia, fisiologia do olho, teoria
cognitivas e de percepção, teorias de cor, psicologia Gestalt, estética, semiótica, entre outros.
Assim sendo, o design tem que ser feito para os olhos.
“Outras vezes o olho é o olhar. (…) O acto de olhar e fixar a atenção em qualquer coisa é impulsionado pela
intencionalidade do ser, por uma motivação forte, por uma necessidade urgente (..), por um desejo ou pelo
simples prazer de olhar.”
Sabemos assim, que os olhos estão sempre desejosos de prazer e procuram por isso,
constantemente. Qualquer imagem gráfica estática, requere ao receptor humano um
investimento de tempo, que é breve, porque a imagem é captada num olhar rápido. Já numa
imagem gráfica sequencial, o olho é mais lento, por exemplo um texto ou uma página de
banda desenhada, até mesmo um produto não estático, como um vídeo, por instância.
Fig.1 – Tempo
médio de
observação para
cada meio
Como falado anteriormente, o olho procura prazer, a visão é composta de imagens, textos,
cores, que todos, de forma relativa, procuram satisfação, convicção, interesse ou agressão
visual. A fruição estética (o prazer ocular), está maioritariamente ligado à imagem. No
entanto, qualquer mensagem é, ao mesmo tempo, semântica e estética e lê-se de uma maneira
completamente antagônica ao do texto impresso, porque imagens são mensagens de
superfície, formas, linhas ou cores, pelas quais o olho se desloca livremente.
Obviamente, para compreendermos o significado não basta olhar para as imagens. É
necessário analisar com cuidado todos os elementos textuais e visuais, o local onde a imagem
está inserida, quem é o autor, entre outros fatores. Cada um dos elementos mencionados,
ajuda à sua maneira, a construir a mensagem que a imagem quer passar, logo, quanto mais
informações conseguirmos retirar, mais completa será a conclusão que iremos retirar da
mensagem. Cada imagem, pretende impactar um público-alvo, por norma, quando não
entendemos a mensagem, provavelmente, não fazemos parte do público-alvo daquela
imagem.
Por muito simples que parece perceber e decifrar imagens, todo este processo leva ao
reconhecimento de formas, cores, texturas e efeitos de sensualidade que já conhecíamos do
mundo da realidade visível, a nossa memória de cada vez que observa uma imagem, retém
uma espécie de matriz geral, matriz essa que Aristóteles apelidou de “universalia” e das quais
os semióticos designam de “esquemas icónicos”.
Cultura visual
Alfabetismo Visual
Literacia visual
Assim, como espécie de relação dependente, existe uma gramática da imagem que, sendo
flexível, tem leis e que necessita da alfabetização para coexistir. A literacia visual proporciona
uma realização da leitura das imagens, ensinando a diferenciar o essencial do adiáforo, o que
representa e o que significa.
Saber utilizar os elementos básicos visuais básicos, a grande maioria à nossa volta, como
método para o conhecimento, e posterior, compreensão da realidade visual, é um método útil
para existir uma mais eficácia visual e coerência comunicacional. Considera-se que a base da
linguagem visual é constituída pelos elementos visuais que a incorporam, essenciais, na
construção das formas visuais, padronizando-os da seguinte forma: ponto, linha, forma, tom,
cor, direção, textura, escala, dimensão e movimento (Dondis 1999 [1973]).
Este é o impacto das imagens, elementos básicos da linguagem visual, mas que quando
usados corretamente, capazes de transmitir a informação de uma forma clara e imprescindível
para o desenvolvimento do pensamento e da comunicação visual. A compreensão adequada
da maneira como funciona, constituirá, a base do vocabulário necessário na interpretação e
construção das mensagens.
A Composição Visual
Designer e técnicos organizam imagens e textos, cada um com o seu tamanho, cor e textura,
nos mais variados media e formatos. A composição é mesmo isto, a estrutura visual e
organização dos elementos que compõem um design, desde a combinação de elementos para
formar um todo, sendo importante referir que esta composição envolve ver o todo como mais
do que a soma das suas partes e é igualmente importante para o trabalho final quantos os
outros elementos. Desde o design mais simples, até imagens coloridas ou imagens para a web.
O entendimento prática da composição visual é essencial para uma comunicação visual eficaz,
está é a ferramenta mais importante para levar a mensagem até ao espetador que receberá a
complexidade dos elementos.
As cores permitem que nós, seres humanos, estabeleçamos associações afetivas. Dependendo
da forma como estas são usadas e dos elementos extra representados, as cores ajudam a
intensificar, amenizar ou tirar do óbvio o significado de uma imagem.
Partimos então do princípio de que a cor confere a uma imagem duas funções componentes: o
grau de iconicidade cromática e a psicologia da cor. Na primeira, corresponde à ligação entre
a cor, forma e a realidade que se pretende apresentar, na segunda o que a imagem, no seu
total, pretende representar, a intimidade de interior ou a luminosidade escura de um anoitecer,
onde cada elemento representado tem uma cor que o identifica, mas que o conjunto possuiu
uma atmosfera, uma expressividade que está para além das cores que estão ali apresentadas,
vinculando a imagem a sentimento e emoções.
Fig. 2 -
Psicologia das cores
Cromática
Cromática realista – A cor realista é a manifestação mais fiel ao esforço de imitar o aspecto
das coisas que nos rodeiam, quer dizer, representar com a mais exatidão possível a realidade
possível. Não pode existir cor realistas sem uma forma realistas. Neste cromática, a
iconicidade de primeiro grau é total.
Chama-se cor naturalista, quando imagens ou ilustrações apresentam-se com cores que são
conhecidas como atributo natural das coisas sem cor. As imagens de formas de realidade são
mais realistas a cor do que a preto e branco, além de que a cor proporciona informações, que
com uma imagem monocromática nunca conseguiria proporcionar.
É sempre a cor mais fiel á forma, já que a iconicidade é um condição universal das imagens.
A cor expressionista, não pretende ser natural, com a anterior, pretende contribuir, no entanto
para uma espécie de dramatização da imagem de forma a intensificar a sua expressividade. A
cor quer tornar a imagem no mais expressiva possível, mais até que na realidade, portanto
olha mais para a própria imagem do que para a realidade. Expressionismo refere-se à
expressão de emoções e face de uma expressão fiel, mas real. Caracterizado pela intensidade
da expressão de sentimentos e sensações.
A tipografia
É o processo de organizar letras, palavras e textos para, praticamente, qualquer texto que se
possa imaginar, além de ser uma das ferramentas mais importantes que o designer deve saber
dominar. A tipografia é uma manifestação visual da linguagem, usando as suas qualidades
expressivas e práticas, ocupando lugar único em que a arte, ciência e comunicação se
conectam. Tipografia é criação e aplicação dos caracteres, estilos, formatos e arranjos visuais
das palavras. Os tipos, vulgarmente conhecidos por fontes ou tipos de letra, indicam a
composição visual de um texto.
O texto, que convive com imagens, costuma ser, exceto no design editorial, o último interesse
do designer gráfico.
Caracteres em corpos microscópicos, falta de contraste entre a letra e o fundo, mensagem
escrita num papel secundário, ruídos visuais, que interceptam e mancham a mensagem
textual, são alguns dos erros comuns neste departamento.
É habitual colocar a imagem em grande foco em detrimento dos textos, criatividade excessiva
por vezes torna esses textos ilegíveis e o mais importante, coloca de parte pessoas que não
leem. Como foi falado no início deste trabalho, o olho tem um espírito livre, com a leitura,
esta liberdade de deambular pelas imagens desaparece, e a facilidade em reconhecer as formas
das coisas visíveis, ficam limitadas. É então, trabalho do designer, pensar na leitura como um
prazer intelectual, mas igualmente como uma informação útil, por exemplo, a que
encontramos em folhetos informativos.
Com tantas opções de interpretação tipográfica, experimentar os diferentes layouts ajuda o
designer a entender como a avaliar a visibilidade e as nuances da mensagem.
As fontes com serifa são as mais adequadas para livros e grandes volumes de texto impresso,
já que auxiliam a leitura com maior continuidade e sem tanto cansaço visual.
As fontes sem serifa são mais utilizadas em títulos, chamadas e nos textos digitais (neste caso,
as serifas agem mais como um empecilho na visualização das letras nas telas).
Cada estilo comporta inúmeras famílias de fontes diferentes. Hoje em dia, com a tecnologia
digital, é praticamente impossível contar o número de tipos, que cresce exponencialmente.
Cada família, por sua vez, pode abrigar algumas ou todas as variações: Thin, Light, Regular,
Medium ou Semi Bold, Bold e Black ou Extra Bold (todas com a variação em Itálico também)
Existem alguns conceitos que acompanham as fontes na tipografia. Os caracteres possuem
linhas de referência que delimitam o espaço que eles podem alcançar. Cada família de tipo
tem as suas. Essas linhas são conhecidas como: ascendente, linha de caixa alta, linha de base e
descendente.
É possível, também, criar hierarquização visual. O uso de diferentes tamanhos, famílias,
distâncias e variações da mesma fonte, é capaz de mudar toda a forma de como o texto será
lido. Os designers no processo de criação de layouts, sejam digitais ou impressos, levam em
conta a hierarquização do texto para priorizar frases ou conteúdos, tanto nas informações mais
importantes quanto nas menos importantes. Normalmente, as frases escritas com a fonte
maior ou bold são lidas primeiro pois chamam mais a atenção do leitor.
Textos com as letras muito próximas umas das outras ficam densos e difíceis de ler, tornando
o processo mais demorado também. Outro factor que pode gerar ruído é o espaçamento das
linhas. Se elas estiverem muito próximas, a leitura fica cansativa e visualmente densa,
deixando de se tornar uma experiência agradável. Múltiplas maiúsculas podem ser difíceis de
ler, porque as palavras possuem contornos visuais semelhantes, e todas têm a mesma altura.
Na composição de tipos em caixa alta e baixa, as ascendentes e descendentes ajudam na
diferenciação entre palavras.
Cartaz escolhido
Acabei a eleboração do trabalho escrito com bastante satisfação, visto que superei os
objetivos propostos, embora tenha sido difícil e complicado em algumas partes da sua
concepção, acabou por se tornar divertido e enriquecedor.
À exceção da etapa de desenvolvimento devido a complicações na sua execução, acho que
cumpri o que foi pedido.
Neste trabalho conclui que a análise publicitária é um dos mais complicados trabalhos de ser
feito. Existem características principais e bastante teorias ligadas a esse efeito. O trabalho foi
importante para o meu conhecimento e compreensão deste tema, pois, uma vez que, permitiu-
me ficar a conhecer melhor a área além de ter-me permitido desenvolver competências de
investigação, seleção, organização de trabalho.
Referências Bibliográficas
https://moodle.ipg.pt/pluginfile.php/173143/mod_resource/content/1/Comunica%C3%A7ao
%20visual-aula2pdf.pdf
https://moodle.ipg.pt/pluginfile.php/173146/mod_resource/content/1/A%20Cultura
%20Visual.pdf
https://moodle.ipg.pt/pluginfile.php/176706/mod_resource/content/1/Comunica
%C3%A7%C3%A3o%20visual%20e%20alfabetismo%20visual.pdf
https://moodle.ipg.pt/pluginfile.php/179222/mod_resource/content/1/Gestalt%2C%20formas
%20e%20cores.pdf
https://moodle.ipg.pt/pluginfile.php/179223/mod_resource/content/1/Fundamentos%20de
%20tipografia%2C%20texto%20e%20imagem.pdf~
https://moodle.ipg.pt/pluginfile.php/179315/mod_resource/content/1/Design%20Gr
%C3%A1fico.pdf
https://moodle.ipg.pt/pluginfile.php/179788/mod_resource/content/1/Linguagens%20gr
%C3%A1ficas.pdf
file:///C:/Users/R%C3%BAben/Downloads/114998-Texto%20do%20artigo-218219-1-10-
20160727.pdf