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Ações vs Obrigações

Uma ação é uma participação numa empresa e representa uma imposição


(reivindicação) sobre os ativos e lucros da empresa. À medida que se adquire mais
ações, a sua participação na empresa torna-se maior.
Uma das características das ações é a sua responsabilidade limitada – como titular da
ação, não é pessoalmente responsável se a empresa não for capaz de pagas as suas
dívidas. Noutras situações, como em parcerias, a relação é definida de forma a que se
determinada empresa for à falência os credores podem ir atrás dos acionistas e dos
seus respetivos bens (casas, carros, mobília...).
Deter ações significa que, o valor máximo que se pode perder é o valor que se investiu
e m esmo que uma empresa da qual é sócio entre em falência, este nunca irá perder
os seus ativos pessoais.
Quando se detém ações de uma determinada empresa fica-se a ser automaticamente
um dos muitos acionistas da mesma. Ao investir em ações estamos a adquirir uma
participação no capital de uma empresa e assim comprometemo-nos com o seu
crescimento futuro.
Uma obrigação é uma nota de crédito emitida pelo Estado ou uma empresa. Quem
investe em obrigações esta a emprestar dinheiro a uma destas entidades.
As obrigações transacionam numa lógica de taxa de juro, que incorpora um prémio de
risco face ao ativo isento de risco à moeda que lhe está subjacente. Quanto maior esse
prémio, maior deverá ser o risco associado ao investimento.
Cada obrigação é comprada a um determinado valor, com uma determinada taxa (que
pode ser fixa ou variável) e com um determinado prazo.
As obrigações, em geral, são menos arriscadas do que as ações. Mesmo que a empresa
vá à falência existe uma prioridade para se receber o dinheiro.
Assim sendo, conhecer os negócios onde vamos investir (seja através de ações ou
obrigações) e compreender a evolução da sua estrutura de endividamento é
fundamental e exige uma monitorização permanente.
O objetivo principal da diversificação é reduzir risco. É muito importante neste
pressuposto adequar os nossos ativos às condições e ambiente de mercado,
procurando evitar algumas armadilhas ou escolhas pouco adequadas.
Sociedade por quotas
Uma sociedade por quotas é uma forma jurídica de empresa, constituída por duas ou
mais pessoas (singulares ou coletivas), que recebem o nome de sócios, em que as suas
quotas não podem ter valor inferior a 1 euro.

Os sócios que fazem parte da empresa têm uma responsabilidade limitada ao valor da
quota subscrita, ou seja, as dividas da sociedade apenas são pagas com o património
da sociedade, e não com o património pessoal dos sócios, pois não existe qualquer
obrigação legal a cerca disso, sendo esta uma das grandes vantagens das sociedades
por quotas.

Uma das únicas obrigações nesta sociedade, é que a ambos os sócios têm de entrar
com bens suscetíveis de penhora (dinheiro, veículos, imóveis, maquinarias, etc.), para
assim a sociedade ter património próprio para conseguirem avançar na sua atividade.

Outras vantagens de uma sociedade por quotas é o facto, de como já anteriormente


referimos, não há capital social, logo cada sócio da aquilo que tem livremente e como
é uma sociedade constituída no mínimo por duas pessoas há um maior investimento e
conhecimento.

Este tipo de sociedade tem um capital social livre, uma vez que, o capital social é o
dinheiro que os sócios colocam na sociedade, passando a fazer parte da empresa
ficando o socio a deter uma quota da sociedade. Esta quota confere ao socio uma
parte dos lucros e pode ser vendida quando este o desejar, sempre com o
consentimento dos outros sócios.
Por outro lado existem as sociedades anonimas.

Para alem da sociedade por quotas temos a sociedade anonima em que são
necessários cinco sócios, chamados por acionistas, é possível formar-se uma sociedade
apenas com um socio se este já estiver numa sociedade.

Os sócios têm uma responsabilidade limitada em relação ao valor das ações que
adquirem, ou seja não são responsáveis pelas obrigações da sociedade, para alem do
capital preso em ações.
O capital social nesta sociedade não pode ser inferior a 50,000€ e é dividido em ações
de igual valor nominal, nunca inferior a um cêntimo. A subscrição de ações pode ser
particular, ou seja, (fechada) se os fundadores suspenderem a totalidade do capital
social inicial ou publica se as particulariedades não consentirem com a totalidade
social inicial, as ações são oferecidas ao público para subscrição. Assim, esta é uma
sociedade aberta (de capital aberto ao investimento público), sendo fiscalizada
pela CMVM (Comissão do Mercados de Valores Imobiliários).
As ações podem ser normativas (quando o orador, conhece a identidade dos
particulares este transmite a declaração do seu transmitente a favor do transmissário,
acompanhado com o registo junto do emissor) e portador (quando o emissor não
conhece a identidade dos titulares e a transmissão efetua-se por uma simples
transferência do título ao adquirente.)

Di v i d a p u b l ic a
A dívida pública mede o endividamento das administrações públicas de um país.
Ou seja compreende todo o financiamento que o governo faz destinado aos gastos
públicos que não é possível cobrir com os impostos.
Esta dividida em interna, quando o recolhimento acontece dentro do pais, e externo,
quando o empréstimos vem de uma instituição estrangeira como por exemplo o FMI
(Fundo monetário internacional)
Sendo que a divida publica aumenta quando há um aumento dos gastos,
principalmente em épocas de crises na economia.
São exemplos de divida publica:
Dívidas insustentáveis: dívidas cujo pagamento impede o governo de cumprir com as
suas obrigações em relação aos direitos fundamentais (direito à educação, saúde, etc.)
Dívidas ilegais: dívidas que não estão de acordo com a Constituição ou com as leis
correntes
Dívidas ilegítimas: dívidas que não favorecem o interesse geral, mas que priviligião
uma minoria
Bilhetes de Tesouro

Os Bilhetes de Tesouro são títulos de dívida pública de curto prazo, que têm como
objetivo o financiamento de défices de tesouraria do Estado.
São emitidos por prazos de 91, 182 e 364 dias.
Sempre que a data de vencimento não coincidir com dia útil e se os prazos já tiverem
terminado estes bilhetes são emitidos pelo IGCP – Agência de Gestão de Tesouraria e
da Dívida Pública e colocados no Mercado Primário através de um grupo de bancos
reconhecidos pelo IGCP como Especialistas em Bilhetes do Tesouro (EBT).
A colocação dos bilhetes de tesouro recebe um desconto através da realização de
leilões que têm lugar na primeira e/ou terceira quarta-feira do mês e podem ser de
dois tipos:

 Leilões Competitivos – Onde é oferecida à subscrição o montante


nominal de BT, reservando-se o IGCP o direito de não colocar parte ou a
totalidade desse montante.
 Leilões Não Competitivos – Onde são oferecidos à subscrição de BT no
montante máximo de 40% do montante efetivamente colocado na fase
competitiva.

Estes bilhetes são amortizados na respetiva data de vencimento, sendo reembolsados


pelo seu valor nominal, os juros são pagos antecipadamente.

O que é o mercado de capitais primário?


O mercado primário é conhecido como sendo o mercado da nova emissão e,
sendo que neste mercado é onde títulos financeiros são vendidos pela
primeira vez, diretamente pelas entidades que os emitiram.
Qualquer Oferta Pública Inicial é tratada no mercado primário.
O que significa que quando um novo valor imobiliário é emitido, as
instituições decidem o seu valor base e colocam-no à disposição dos
investidores no mercado primário.
Qualquer empresa que seja uma sociedade anónima de capital aberto pode
trocar ações no mercado primário, para o efeito tem de decidir o número de
ações que pretende vender, o valor de cada uma dessas ações, e o número
mínimo de ações que cada investidor tem de comprar.

O que é o mercado de capitais secundário?

É um mercado onde títulos financeiros que já foram vendidos uma vez


voltam a ser transacionados.
Estes títulos são vendidos e cMomprados por investidores, ao invés da
instituição emissora, e os seus preços não são fixos, podendo sofrer
alterações diariamente.
Dentro do mercado secundário, existem duas formas de organização
possíveis:
 A bolsa de valores é um local onde as transações obedecem regras
standard, definidas pela instituição onde a troca é realizada, e onde o
preço de um determinado título financeiro é sempre o mesmo,
independentemente de quem realize a transação. Qualquer pessoa pode
adquirir ações na bolsa, mas tem de recorrer a uma corretora de bolsa
para o fazer. Um corretor de bolsa é afiliado a uma corretora de valores,
que compra e vende ações e outros valores mobiliários para clientes
tanto investidores de retalho como institucionais, através da bolsa de
valores.

 Por outro lado, também existe no mercado de capitais secundário o


over-the-counter markets, (OTC), que é um mercado descentralizado no
qual os participantes no mercado negoceiam ações, mercadorias,
moedas, ou outros instrumentos diretamente entre duas partes e sem
uma bolsa central. Os OTC markets não têm um local físico; em vez
disso, a negociação é conduzida totalmente por via eletrónica. Num
mercado OTC, os corretores atuam como “market-makers”, isto é,
fazem a cotação dos preços aos quais compram e vendem um título,
moeda, (sendo neste mercado a bitcoin a moeda mais popular), ou
outros produtos financeiros. Uma transação pode ser executada entre
dois participantes num mercado OTC sem que outros tenham
conhecimento do preço a que a transação foi concluída. Por isso
geralmente os OTC markets tem geralmente menos transparência nas
transações neles realizadas do que as bolsas de valores e estão também
sujeitos a menos regulamentos por parte do estado.
Bibliografia
https://pt.ihodl.com/academy/acoes/tudo-o-que-precisa-de-saber-sobre-acoes/
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https://www.bportugal.pt/sites/default/files/anexos/instrucoes/33-96i.pdf
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https://www.dicionariofinanceiro.com/divida-publica/
https://www.economias.pt/sociedade-anonima/
https://www.economias.pt/sociedade-por-quotas/

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