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Introdução ...................................................................................................................3

Formando um Time .....................................................................................................7

Avaliação ...................................................................................................................11

Elaborando um Plano ................................................................................................17

Expandindo o Time ....................................................................................................28

Implantando o Programa de Discipulado ..................................................................34

Implantando o Programa de Ministérios ...................................................................41

Revendo o Jeito de Fazer as Coisas Dentro da Igreja ................................................45

Conclusão ..................................................................................................................53

Sobre o Material ........................................................................................................55

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Os que esperam no Senhor, voam com asas como a
águia, correm sem nunca se cansar, e vão mais além!
Como Levar a Igreja de Hoje a Realizar o Máximo do seu Potencial?

Esta é provavelmente a pergunta que mais tem tirado o sono de pastores e líderes
de igreja nos dias de hoje, pois a cada dia nos deparamos com uma realidade cada
vez mais triste já profetizada na carta a igreja de Laodicéia, a mornidão!

Os membros de nossas igrejas não querem se envolver, não querem se


comprometer, não querem trabalhar, essa é a visão mais generalista e comum com
a qual nos deparamos ao conversar com líderes dentro das igrejas, e se por um
acaso essa não for a realidade da sua igreja, se por um acaso na sua igreja a maioria
dos membros estão envolvidos com a obra e com a missão, se eles realmente sabem
qual é a sua missão e estão buscando de forma comprometida e dedicada o
cumprimento da mesma, se eles estão felizes mesmo diante das dificuldades do dia
a dia por terem a certeza de estarem cumprindo o propósito de DEUS para suas
vidas, meus parabéns, pode parar de ler este material por aqui porque você não
precisa dele, mas se esta não for sua realidade, não se frustre, você não é o único e
espero do fundo do meu coração e oro para que este material possa de alguma
forma te ajudar a mudar a realidade da sua igreja para a honra e glória de DEUS!

Como você acabou de ler, nos deparamos com uma realidade onde frequentemente
os líderes de igreja estão frustrados porque os membros de suas igrejas cada vez
mais não querem se envolver, não querem se comprometer, não querem
trabalhar... Será que é isso mesmo?

Me permita ir além e colocar ainda mais alguns questionamentos na sua cabeça,


mas vou te pedir para tentar respondê-los não como um líder de igreja, mas como
um membro:

Será que as pessoas não querem se comprometer com a igreja ou com o trabalho
que você pediu pra elas fazerem?

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Será que elas não querem trabalhar, ou não se sentem aptas para o trabalho que
você gostaria que elas realizassem da forma que você gostaria que elas realizassem?

Será que as pessoas da sua igreja são capacitadas ou qualificadas para o trabalho
que você quer que elas realizem?

Será que elas conseguem enxergar sentido e propósito no trabalho que você pediu
para elas realizarem?

Será que o trabalho que você pediu para elas realizarem é realmente o trabalho
mais adequado para elas realizarem de acordo com suas aptidões e capacidade?

E como se já não bastassem todas essas dúvidas, gostaria de terminar com a


pergunta que para mim é a mais importante:

Os membros da sua igreja sabem qual é o propósito de DEUS de forma individual


para suas vidas e encontram sentido e coerência no trabalho que você gostaria que
elas fizessem com este propósito pessoal?

Veja que estas perguntas não são para te fazer se sentir culpado, mas para te fazer
pensar que as causas da mornidão e da falta de envolvimento das pessoas na igreja
não podem ser vistas de forma generalizada mas sim personalizada, todos somos
diferentes uns dos outros, somos únicos aos olhos de DEUS, e por isso nossas
motivações e capacidade de realização também são únicas e inerentes a cada um de
nós.

A comparação da igreja ao corpo de CRISTO exige de nós uma compreensão muito


profunda no sentido de entendermos que como cada parte do corpo somos únicos,
especiais, com propósitos distintos, com aptidões distintas, mas fazemos parte de
um todo, e cada um de nós dentro de sua esfera de atuação pode e deve contribuir
para que este corpo como um todo cumpra sua missão maior, PREGAR QUE JESUS
ESTÁ VOLTANDO.

O objetivo deste material, é por meio das páginas que se seguem, te ajudar como
líder a conduzir sua igreja de uma maneira que ela possa atingir o máximo de seu
potencial de realização em prol da pregação do evangelho mobilizando cada
membro que a compõe, enxergando sua igreja não apenas como uma congregação
de forma generalista, mas como um conjunto de indivíduos únicos que compõe um

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todo mas que precisam ser tratados, motivados, capacitados e mobilizados de forma
única.

Mas isto não será fácil, pode ser que você tenha que quebrar alguns paradigmas que
hoje fazem parte da rotina de sua igreja, pode ser que você tenha que lidar com a
resistência de alguns ou até de muitos, talvez você se depare com a limitação de
recursos, e provavelmente o maior desafio que você enfrentará será a necessidade
de ter paciência e consciência de que os resultados que você sonha provavelmente
não virão da noite pro dia, será um processo que demandará tempo e paciência,
pois assim como na analogia do corpo feita por Paulo, a igreja é o corpo de CRISTO,
pode ser que este corpo esteja atrofiado pela falta de movimento, pode ser que
algumas partes deste corpo estejam mais funcionais do que outras que estavam
inertes até então, e assim como no contexto literal, um membro atrofiado de um
corpo como um braço que esteve quebrado e imobilizado por algum tempo, ou uma
perna que está se recuperando de uma cirurgia, a necessidade de um trabalho
fisioterápico que ajude este membro a recuperar a sua capacidade de atuar
demanda tempo.

E mesmo que não esteja nada atrofiado, levar este corpo a uma academia para
desenvolvê-lo ao máximo de sua capacidade também não ocorre da noite pro dia,
por isso tenha muita fé e paciência, e juntamente com isso, mantenha a disciplina
de não perder o foco, você tem um objetivo, levar sua igreja a realizar o máximo do
seu potencial para a pregação do evangelho, e este objetivo será atingido para
honra e glória de DEUS, e é meu sincero desejo que este material possa servir de
ferramenta pra te ajudar neste propósito.

Que DEUS te abençoe!

Agora podemos começar.

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Eu tenho um sonho, tem alguém mais querendo
sonhar comigo?
Você precisa encarar o trabalho de conduzir sua igreja para sair de uma situação de
inércia para um estado de atividade e envolvimento máximo de seus membros
como um projeto que você não poderá e não deverá realizar sozinho, você precisa
de um time, de uma equipe de trabalho que possa compartilhar de seu sonho e
caminharem ao teu lado durante esta jornada.

Isto é tão importante, que o próprio JESUS nos ensina que devemos fazer isso por
meio do seu exemplo ao chamar para trabalhar com ele uma equipe de 12 homens,
cada um com suas características pessoais, cada um com capacidades únicas, mas
que juntos se completavam dentro das necessidades da missão, e a medida que iam
progredindo juntos, assim como o time evoluía como um todo, eles também
evoluíam como indivíduos, mas mais uma vez preciso reforçar, isso não aconteceu
da noite pro dia, foram 3 anos de trabalho, com muitas dificuldades, nem todos que
começaram na equipe chegaram até o final do trabalho, mas aqueles que chegaram
sentiram na pele a felicidade de uma grande realização e a certeza de terem feito
aquilo que DEUS os chamou para fazer, isso é simplesmente maravilhoso, e
podemos experimentar isso também.

Este primeiro time a ser formado, não precisa e na verdade não pode ser um grupo
muito grande, pois você precisará investir tempo e atenção de forma personalizada
a cada uma das pessoas que você convidar para fazerem parte desta empreitada.

Não se limite a seu circulo de relacionamentos mais próximo, pode ser que existam
pessoas tão apaixonadas e motivadas a realizar o propósito de mobilizar a igreja
quanto você dentro de sua congregação e você ainda não sabe quem elas são,
sendo assim, sugiro que você faça alguns sermões, promova algumas reuniões de
bate papo, e aproveite cada uma destas ocasiões para dividir sua ideia, para
apresentar seu projeto, mas lembre-se que tão importante quanto falar, é ouvir o
que elas tem a dizer, promova discussões, debates, discordâncias virão e elas são

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saudáveis, apenas administre estas situações para que todos sejam sempre
conduzidos ao propósito maior que é o de levar a igreja a se envolver com a missão.

Feito isso, e após pedir ajuda de DEUS em oração, com certeza alguns nomes se
destacarão diante de você, pense em um grupo de no máximo 10 pessoas,
preferencialmente pessoas que já tenham algum histórico de envolvimento com a
igreja, mas que não estejam muito sobrecarregadas, e principalmente pessoas que
tenham uma atitude de oração e entrega, com estas pessoas você irá de forma
maravilhosa, usados por DEUS, mudar a realidade da sua igreja.

Uma vez que você fechou este grupo, inicie um trabalho de formação, trace uma
meta de tempo para que estudem alguns livros que servirão de base espiritual para
o trabalho que juntos vocês farão.

Recomendo a princípio a leitura dos seguintes livros:

1- Serviço Cristão – Ellen G. White – Casa Publicadora Brasileira


2- Reavivamento Verdadeiro – Ellen G. White – Casa Publicadora Brasileria
3- Discípulos Modernos – Russell Burrill – Casa Publicadora Brasileira

Sugiro que você incentive seu grupo a ler estes livros e então promova alguns
encontros para vocês discutirem os temas neles abordados, serviço, reavivamento e
discipulado, esta será a base de conhecimento que vocês precisarão ter para
seguirem em frente motivados e alicerçados em conhecimento para a realização do
trabalho de transformação de sua igreja.

Ao longo desta etapa pode ser que algumas pessoas do seu time inicial desistam e
outras apareçam, isso é natural, não se desanime com os que abandonarem o barco
ao longo do caminho e não se feche para os novos ajudadores que DEUS colocar no
seu caminho, mas mantenha-se sempre em oração e focado no projeto.

Outro ponto importante é o tempo que será destinado a esta etapa do projeto, ela
não pode ser muito longa para não ficar somente no contexto teórico do projeto e
levar a equipe a desanimar, mas também não pode ser muito curta para que o time
não seja devidamente preparado sobre uma forte base de conhecimento e oração
para se sentir seguro ao teu lado para seguir trabalhando, eu sugiro que esta etapa
gire em torno de uns 3 meses, acredito que este seja um tempo equilibrado para se
atingir este objetivo.

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Agora você não estará mais sozinho, isto não significa que será menos trabalhoso ou
menos difícil, você com certeza terá seus momentos de Getsêmani onde sua equipe
em alguns momentos estará dormindo, não desanime, acorde a cada um e busque
sempre em DEUS sua principal motivação, a vitória é certa e eles estarão junto com
você quando ela chegar!

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Exercício de humildade, enxergando quais são os
problemas da minha igreja.
Agora que você tem uma equipe de trabalho, o primeiro trabalho a ser feito é
identificar quais são os problemas que sua igreja possui que podem ser os fatores de
desmotivação ou de insatisfação de sua congregação, ou mesmo limitadores para
que a igreja não consiga atingir o máximo do seu potencial de realização, e o que
pode e deve ser feito para saná-los.

Existem muitos métodos para se levantar estes problemas disponíveis em uma


literatura muito vasta, muitos destes métodos baseados inclusive em
fundamentações científicas, e você pode se sentir a vontade para adotar cada um
deles com o qual se sentir mais a vontade, mas me permita te sugerir uma
abordagem mais simples.

Basicamente o objetivo da avaliação é identificar problemas na igreja a serem


sanados, mas é importante aproveitar este momento de avaliação para também
identificar onde sua igreja está bem, e estas informações precisam surgir de duas
origens distintas, uma delas é a visão de sua equipe de líderes da igreja (não
somente a do time que você acabou de montar, mas da liderança responsável pelas
diversas áreas de sua igreja), e a outra visão que você precisa captar é a dos
membros da igreja, e neste caso, dependendo do tamanho da sua igreja, você terá
que trabalhar com uma amostragem para conseguir cobrir o máximo possível da
visão de sua congregação.

Por isso, preocupe-se em ter entre aqueles que responderão a sua avaliação pessoas
que representem os mais diversos grupos existentes dentro da igreja tentando
equilibrar em número a quantidade de participantes de cada grupo, ou seja, você vai
precisar para responder a pesquisa de:

1- Algumas pessoas de mais idade que representem o grupo dos mais experientes
da igreja.
2- Algumas pessoas mais jovens.

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3- Algumas crianças (preferencialmente juvenis) – Talvez estes precisem de ajuda
para responder.
4- Algumas pessoas jovens na fé – (Batizados a menos de um ano).
5- Algumas pessoas experientes na fé – (Batizados a mais de 10 anos).
6- Algumas pessoas que sejam casadas e que tenham filhos entre jovens e crianças.
7- Algumas pessoas que sejam casadas e que não tenham filhos.
8- Algumas pessoas que sejam solteiras.
9- Algumas pessoas que tenham um nível razoável de estudo, cursando ou já tendo
concluído uma faculdade.
10- Algumas pessoas que façam parte da liderança da igreja.
11- Algumas pessoas portadoras de necessidades especiais caso existam pessoas
com este perfil na sua igreja.

Uma vez separado o grupo que irá responder a pesquisa, reúna-os em um ambiente
separado onde possam ficar a vontade para responder de forma sincera e anônima.

Segue uma sugestão do que seria um formulário para você usar no processo de
avaliação, tentando cobrir todos os aspectos da igreja e seus mais variados públicos,
é muito importante que você o entenda e fique a vontade para modificar o que você
achar necessário, como eu disse ele é só uma sugestão, o importante é que você
tenha um meio de captar a opinião das pessoas e com isso traçar um diagnóstico
dos pontos positivos e dos pontos que precisam ser trabalhados.

O formulário que está sendo sugerido visa captar a opinião das pessoas usando
como referência as 8 marcas de qualidade mapeadas pelo autor Christian Schwarz
em sua tese doutoral sobre crescimento de igrejas.

Sugestão de questões para o formulário de avalição:


1-Você acha que a liderança da igreja é ( ) Sim ( ) Não ( ) Não sei responder
capacitada para exercer seu papel como líder?
2-Você acha que a liderança da igreja forma ( ) Sim ( ) Não ( ) Não sei responder
novos líderes?
3-Você acha que a liderança da igreja atende as ( ) Sim ( ) Não ( ) Não sei responder
necessidades de líderes da igreja?
4-Você acha que a liderança da igreja te ajuda a ( ) Sim ( ) Não ( ) Não sei responder
trabalhar para a igreja de alguma forma?
5-Você sabe qual é o seu DOM? ( ) Sim ( ) Não ( ) Não sei responder
6-A igreja te ajuda a descobrir qual é o seu DOM? ( ) Sim ( ) Não ( ) Não sei responder
7-A igreja te ajuda a usar o seu DOM para DEUS? ( ) Sim ( ) Não ( ) Não sei responder

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8-Você sabe o que é um ministério? ( ) Sim ( ) Não ( ) Não sei responder
9-Você atua em algum ministério que te faz se ( ) Sim ( ) Não ( ) Não sei responder
sentir feliz e realizado?
10-Você acha que sua igreja é uma igreja forte ( ) Sim ( ) Não ( ) Não sei responder
espiritualmente?
11-O louvor da sua igreja é um louvor que te ( ) Sim ( ) Não ( ) Não sei responder
contagia?
12-Suas necessidades de alimento espiritual são ( ) Sim ( ) Não ( ) Não sei responder
atendidas pela sua igreja?
13-Você sente vontade de dividir o que você ( ) Sim ( ) Não ( ) Não sei responder
aprende na sua igreja com outras pessoas fora
dela?
14-Você acha que os departamentos da igreja ( ) Sim ( ) Não ( ) Não sei responder
atendem as necessidades da igreja?
15-Você acha que os departamentos da igreja ( ) Sim ( ) Não ( ) Não sei responder
trabalham de forma unida e integrada?
16-Você acha que os departamentos da igreja ( ) Sim ( ) Não ( ) Não sei responder
funcionam?
17-Você gosta dos cultos que são pregados na ( ) Sim ( ) Não ( ) Não sei responder
sua igreja?
18-Você acha que os cultos que são pregados na ( ) Sim ( ) Não ( ) Não sei responder
sua igreja te inspiram e fazem sentir vontade de
voltar?
19-Você se sente a vontade para convidar uma ( ) Sim ( ) Não ( ) Não sei responder
pessoa para vir assistir um culto na sua igreja?
20-Você acha que os cultos que são pregados na ( ) Sim ( ) Não ( ) Não sei responder
sua igreja te ajudam com os problemas que você
tem na sua vida?
21-Você tem amigos dentro da igreja? ( ) Sim ( ) Não ( ) Não sei responder
22-Você se encontra com seus amigos da igreja ( ) Sim ( ) Não ( ) Não sei responder
em outros horários fora dela?
23-Você faz culto em sua casa com seus ( ) Sim ( ) Não ( ) Não sei responder
familiares em algum momento do dia /semana?
24-Você faz algum tipo de trabalho social ( ) Sim ( ) Não ( ) Não sei responder
voluntário para ajudar outras pessoas?
25-Você ensina sobre a bíblia para alguém fora ( ) Sim ( ) Não ( ) Não sei responder
da igreja?
26-Você acha que esta servido a DEUS da melhor ( ) Sim ( ) Não ( ) Não sei responder
maneira possível hoje dentro da sua igreja?
27-Você já visitou algum membro da igreja? ( ) Sim ( ) Não ( ) Não sei responder
28-Você já recebeu uma visita de algum membro ( ) Sim ( ) Não ( ) Não sei responder
da igreja?
29-Você sente amor pela sua igreja e pelas ( ) Sim ( ) Não ( ) Não sei responder
pessoas que a frequentam?
30-Você se sente amado dentro da sua igreja? ( ) Sim ( ) Não ( ) Não sei responder

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Com este questionário de apenas 30 perguntas onde a resposta será simplesmente
um SIM ou NÃO ou na pior das hipóteses um NÃO SEI RESPONDER, de forma simples
e objetiva, você conseguirá ter um levantamento da saúde de sua igreja como um
todo, passando por questões relacionadas a liderança, estrutura da igreja,
relacionamento e amor entre sua congregação e o desenvolvimento prático de
ministérios.

Os pontos onde o maior número de respostar for SIM, são os pontos mais saudáveis
da sua igreja, já aqueles em que o maior número de respostas for um NÃO, são
aqueles onde você precisa trabalhar com sua equipe para melhorá-los, esses são os
pontos que irão requerer mais atenção e esforço.

Se por um acaso você tiver um número muito grande de respostas NÃO SEI
RESPONDER em algum ponto, converse com as pessoas de forma aberta para
entender se elas não conseguiram compreender a questão ou se elas não
conseguem responder devido a falta de visibilidade deste ponto dentro da igreja, se
for esta a questão, considere este ponto também como uma questão problemática
que precisa de sua atenção.

A realização de uma avaliação costuma ser algo ao mesmo tempo que revelador em
alguns casos, pois pode ser que você se depare com respostas que você não
esperava, também serve para atestar o que geralmente já está visível a todos, mas
que agora está formalizado como algo definido pela pesquisa, seja um problema ou
um ponto forte da sua igreja, após a pesquisa você verá isso como uma constatação
e não apenas como uma opinião.

Mas existe um fato que você precisa ter em mente que é a tendência de se sentir
culpado diante dos problemas que forem identificados, e o que você precisa ter em
mente é que isto não vai te ajudar em nada, não estamos procurando culpados,
estamos procurando problemas para serem resolvidos, estamos procurando
barreiras que estão limitando o potencial de sua igreja e muito mais importante do
que você se enxergar como um culpado sobre estas questões, é você se propor a ser
um agente de mudança para transformar este cenário, para remover estas barreiras
e conduzir sua a igreja para a realização do máximo de seu potencial para a
pregação do evangelho.

Após realizar a pesquisa, reúna sua equipe de trabalho, contabilize a quantidade de


respostas SIM, NÃO e NÃO SEI que cada pergunta teve e discutam juntos sobre as
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questões que tiveram o maior número de respostas SIM para se motivarem com os
pontos fortes de sua igreja e depois analisem as questões que tiveram o maior
número de respostas NÃO, estes são os problemas que vocês deverão trabalhar,
melhorar estes pontos passará a ser o objetivo de seu time, falaremos sobre isso
com mais detalhes no próximo capítulo, por hora basta saber que independente dos
resultados que vocês obtenham na pesquisa, vocês estão no caminho certo e sua
igreja será grandemente beneficiada por isso.

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Planejamento é muito importante, afinal de contas
não estava chovendo quando Noé começou a
construir a Arca.
Precisamos começar este capítulo sendo um pouco teóricos, mas acredito que isto
seja válido para que alguns conceitos fiquem bem consolidados e com isso seu
planejamento seja mais produtivo e adequado as necessidades de sua igreja.

Existem muitos autores falando sobre o que é planejamento estratégico, mas a


maioria deles pra não dizer todos, abordam este conceito no mundo empresarial,
pouco se fala disso adequando-se a igreja, mas não é necessário muito esforço para
adequar estes conceitos para o cenário religioso onde talvez a diferença principal
para o mundo empresarial esteja no fato de estarmos lidando com voluntariado
para a realização de nossos trabalhos e com o fato de que estamos fortemente
alicerçados em nossos princípios e nosso senso de missão, diferente de empresas
que objetivam o lucro.

Sendo assim, vamos assumir o seguinte conceito, planejamento estratégico é um


plano elaborado considerando os recursos, o tempo e as atividades necessárias para
se atingir um ou mais objetivos dentro de um determinado período de tempo
utilizando-se de uma estratégia durante a execução deste plano, sendo que
estratégia nada mais é do que a forma como se realizará este plano.

O que será proposto neste material é uma sequência de passos bem simples e
objetiva, mas que se for seguida com foco e disciplina, irá te ajudar ao final deste
capítulo, a entender como elaborar um plano que sirva de ferramenta para te apoiar
no processo de conduzir sua igreja para a realização do máximo de seu potencial em
prol da pregação do evangelho, você terá um mapa com origem e destino para
iniciar uma jornada que pode ser transformadora em sua vida e na vida de sua
igreja.

Antes de entrarmos neste passo a passo, precisamos definir quem participará deste
processo de elaboração do planejamento.

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Em sua opinião, quem deve fazer parte da definição do planejamento da sua igreja?

Responda esta pergunta para você mesmo e reflita sobre sua resposta, este é um
ponto muito sério onde muitos de nós somos influenciados por alguns preconceitos
e paradigmas quando pensamos neste assunto.

Você pode estar pensando que talvez devesse fazer parte desta tarefa apenas o
time que você formou para te ajudar neste projeto de transformação de sua igreja,
mas se você fizer isso, qual seria a reação da liderança de sua igreja? Eles com
certeza iriam se sentir rejeitados e já começariam a enxergar este planejamento
com certa resistência, então você agora decide que eles também devem fazer parte,
mas vamos agora nos colocar no lugar das pessoas que não possuem cargo nenhum
na igreja e que nem fazem parte deste time que você formou, elas simplesmente de
uma hora pra outra vão ter que fazer parte de um plano que elas nem mesmo
sabem ainda o porquê da origem do mesmo ou o porquê não puderam dar suas
opiniões...

Veja que quando lidamos com voluntariado, precisamos valorizar cada indivíduo,
cada contribuição, filtrando é claro aquilo que de forma mais visível não vai se
adequar ao que está sendo proposto, mas não podemos nos negar a ouvir quem
está disposto a falar, a contribuir, por isso, para a elaboração deste planejamento
para o qual você já conta com aquele time que você formou seguindo as orientações
do nosso primeiro capítulo, você deve abrir um convite para todos os seus líderes e
para os membros de sua igreja também, permita que todos tenham a oportunidade
de participar, mas não crie muitas expectativas, a verdade é que somente uma
minoria estará disposta a participar deste momento, mas o importante é que você
deixou claro para toda igreja que algo está acontecendo, e que todos aqueles que
quiserem contribuir poderão participar.

Feito o convite aberto e definida a data para início deste trabalho, e programe-se
para o fato de que você precisará de algumas reuniões para conseguir fazer este
planejamento, uma vez que estejam todos reunidos para começar o trabalho,
introduza o assunto deixando claro para todos primeiramente a importância de cada
um que está ali disposto a participar e também mostrando a todos que a ideia de
planejamento não só é muito importante como é também uma ideia de inspiração
vinda dos céus pois nosso DEUS é um DEUS organizado e que não apenas aprecia
como também nos orienta a trabalhar de forma planejada, a criação do mundo foi

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uma obra planejada, veja por exemplo o plano para a criação do tabernáculo e
mesmo para a construção do templo, veja o plano para o resgate do povo do
cativeiro egípcio, ou o próprio plano para salvar o povo da fome por meio de José
trabalhando junto a faraó e por fim, o mais fantástico de todos os planejamentos
apresentados pela bíblia, o plano da salvação.

Assim que todos os participantes tiverem essa visão da importância e da divindade


da origem do trabalho que vocês irão iniciar, você pode seguir a sequência de passos
a seguir com a certeza de que vocês serão grandemente abençoados.

Passo 1: Definindo uma Visão

A ideia é que o planejamento estratégico seja uma atividade periódica em sua igreja,
ele deveria acontecer a cada 3 ou 4 anos dependendo do tamanho e das
necessidades de sua igreja, mas este passo 1 será realizado uma única vez e será
mantido para todos os planejamentos futuros que vierem a ser realizados.

A primeira coisa a ser feita, é definir uma identidade, um propósito para sua igreja,
uma visão para ser alcançada.

Você pode estar se perguntando se isso já não é algo obvio para todos nós
adventistas do sétimo dia, pois sabemos de nossa grande comissão dada por Cristo
de irmos a todo mundo, fazer discípulos, batizá-lo e em sendo o povo do segundo
advento, pregar as boas novas de que Jesus está voltando para todo povo, língua e
nação, e isso não vai mudar, esta é nossa missão como um todo, mas a verdade é
que assim como na bíblia, pessoas foram escolhidas por DEUS para missões
específicas ao longo dos tempos como Noé na construção da Arca, Moisés na
condução do povo, José, Davi e tantos outros, de igual maneira existem missões
específicas para o povo remanescente de DEUS e precisamos estar dispostos a
assumir esta responsabilidade.

Por isso, nesta etapa do planejamento estratégico, vocês precisam definir juntos
que Igreja vocês querem ser, que propósito específico dentro de sua esfera de
atuação vocês querem cumprir, como vocês querem ser vistos pela comunidade
onde vocês estão inseridos e pelos seus próprios membros.

Definir esta visão é algo tão importante, que esta definição será a referência para
tudo o mais que acontecerá em sua igreja a partir deste momento.

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Para exemplificar, vou usar a visão que nós escolhemos para nossa igreja no bairro
do Capão Redondo em São Paulo – Brasil.

Quando começamos este trabalho, chegamos juntos a conclusão de que


gostaríamos de “Ser Uma Igreja Edificada Para Transformar Vidas” e essa visão foi
nossa inspiração para as realizações que vieram a partir deste momento.

Houveram muitos problemas para que esta visão se consolidasse em meio a nossa
congregação, e falarei sobre isso em mais detalhes no capítulo final deste material,
mas não podemos negar o fato de que se hoje você tem este material em suas mãos
e se você está esperançoso com a possibilidade de por isto em prática na sua igreja,
tirando os membros de sua zona de conforto e levando-os a se mobilizarem em prol
do evangelho, o que será uma tremenda transformação na vida de cada um deles,
isso é fruto deste trabalho que começamos ali naquele momento no Capão
Redondo, e isso é sem sombra de dúvidas parte da realização de nossa visão.

Por isso vocês precisam se perguntar, que igreja vocês querem ser?

No Brasil nós temos um problema cultural que nos levou ao longo dos anos a perder
esse senso de missão específica de cada igreja, isso já começa com a forma como
damos nomes para nossas igrejas, que geralmente são identificadas pelo bairro
onde se localizam, e isso é muito pouco para dar a uma igreja local um senso de
propósito específico.

O lugar onde sua igreja está localizada, pode ter necessidades específicas
relacionadas a pregação do evangelho e que vocês podem assumir o propósito de
atende-las e fazer disso sua visão, o importante é que uma visão seja definida, que
ela possa ser o sonho de cada membro de sua igreja, a inspiração e a motivação
para a mobilização e por fim, ela será a referência para todas as decisões que vierem
a ser tomadas a partir deste momento, pois cada nova ação, cada novo projeto,
cada novo programa, cada nova aquisição, enfim, sempre que algo novo vier a ser
feito em sua igreja, a pergunta que deverá ser feita é se isto está contribuindo para
a realização da visão de sua igreja, se sim, sigam em frente, se não reflitam se
realmente vocês não estão perdendo o foco.

Vamos exemplificar mais uma vez, vamos supor que depois de muito conversarem,
vocês chegaram a conclusão de que vocês querem ser “Uma Igreja que Canta para
Salvar”, assumindo com isso de que vocês querem por meio dessa visão ser uma

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igreja forte no ministério musical, uma igreja que contribua por meio da música na
salvação daqueles que estão ao redor da mesma.

Vamos supor que vocês definiram isso porque vocês ficam perto de uma faculdade
onde se lecionam cursos relacionados a música, ou estão em um bairro cheio de
bares com música ao vivo e vocês concluíram com isso que a música é algo muito
influente para a comunidade onde vocês estão inseridos e por isso ser “Uma Igreja
que Canta para Salvar” faz todo o sentido onde vocês estão.

A partir deste momento, qualquer decisão a ser tomada, será tomada diante da
avaliação se ela estará ou não contribuindo com a realização desta visão, por
exemplo, foi levada a comissão da igreja a proposta de aquisição de novos
projetores de vídeo, e também foi levada a proposta de compra de instrumentos
para a criação de uma orquestra, mas a igreja só tem dinheiro para uma das ações,
qual delas faz mais sentido para a realização da visão?

Ou vamos supor que vocês são uma igreja inserida em um bairro onde existam
muitos restaurantes, frequentado por pessoas que apreciam a boa gastronomia, e
diante deste contexto, vocês se propuseram a ser uma igreja que quer “Dar a Vida
das Pessoas mais Sabor”, e vocês querem realizar esta visão tanto no contexto
espiritual quanto no contexto prático, e com isso vocês querem ser conhecidos pelo
domínio do conhecimento relacionado as questões alimentares e pelas ações que
colocam isso a disposição da comunidade.

Veja quão importante, e quão inspirador uma visão pode e deve ser na vida de uma
igreja.

Por fim, quero te dar apenas algumas características que o ajudarão na definição de
sua visão:

 Ela precisa se simples e curta o suficiente para ser facilmente memorizada e


lembrada por todos.

 Ela precisa ser clara o suficiente para que todos a entendam.

 Ela precisa ser profunda o suficiente para transmitir o senso de propósito.

 Ela precisa encontrar na bíblia sua base, e ter na bíblia a coerência de sua
realização.

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Se você seguir nesta linha, tenho certeza que vocês encontrarão uma visão que
reflita o plano de DEUS para sua igreja, por isso não tenha pressa em defini-la, mas
não cesse seus esforços até ter este primeiro passo de seu planejamento estratégico
definido, ele é a base da transformação que sua igreja sofrerá.

Passo 2: Definindo uma Estratégia

Agora que você tem uma visão, os passos seguintes são mais simples de serem
executados, mas não menos trabalhosos, eles irão demandar esforços em reflexões
e discussões para se definir o que deve ser feito em cada um deles começando pela
estratégia que você ira adotar para realizar sua visão.

Entenda como estratégia, a forma como você ira realizar sua visão, pois uma coisa é
fato, existem muitas maneiras de se fazer um mesmo trabalho, e não
necessariamente uma seja melhor ou pior do que a outra, elas são simplesmente
diferentes, talvez umas mais adequadas devido aos recursos que você tenha
disponíveis, outras talvez sejam mais difíceis talvez pela própria falta destes
recursos, mas enfim, você precisa definir uma forma pela qual sua visão será
realizada, esta será sua estratégia.

Vamos voltar aos exemplos, seguindo o exemplo da visão de ser “Uma Igreja que
Canta para Salvar”, faz todo sentido ter como estratégia a criação de um coral
comunitário, a criação de uma orquestra, a realização de eventos musicais
periódicos abertos a comunidade como por exemplo, a cada data festiva a igreja
realizar um musical, musical para dia dos pais, dia das mães, dia das crianças,
também faria sentido na sua estratégia a criação de uma escola de musica aberta a
comunidade dentro da igreja.

Todas estas seriam maneiras de realizar esta visão.

Vamos utilizar o exemplo da visão da igreja que quer “Dar a Vida das Pessoas Mais
Sabor”, para esta visão, faria todo sentido como estratégia a criação de um
restaurante vegetariano que também servisse como uma escola de culinária
saldável baseada nos princípios de saúde que pregamos, promover cursos e
workshops periódicos sobre cozinha saudável, fazer eventos temáticos que possam
mostrar a importância e o valor da cozinha saudável nas famílias, falando sobre
quão importante é para a família o momento das refeições, promover almoços e
jantares temáticos para convidar a comunidade a participar, criar um livro de

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receitas evangelístico para ser distribuído gratuitamente para a comunidade, e
assim muitas outras coisas poderiam ser definidas como estratégia de trabalho para
a realização desta visão.

Perceba que uma boa estratégia não se executa da noite para o dia também,
algumas partes dela podem até ser mais rápidas, mas existem outras que irão
demandar tempo e recursos para serem concebidas e por isso um bom plano
estratégico demanda tempo para ser realizado, daí a proposta de um plano que se
proponha a ser realizado em um período de 3 a 4 anos em média.

Mas independente de qual seja sua estratégia, nela precisam estar inseridos dois
projetos que devem fazer parte da realidade de sua igreja a partir deste momento,
que são o desenvolvimento do programa de discipulado e o desenvolvimento do
programa de ministérios, estas serão as duas ferramentas que irão de forma efetiva
levar os membros de sua igreja a se conscientizarem e se envolverem e somente se
estas duas iniciativas forem executadas é que você conseguirá levar sua igreja a
realizar o máximo de seu potencial em prol da pregação do evangelho.

Passo 3: Definindo Objetivos

Agora que você tem uma visão e uma estratégia definidas, você precisará de forma
mais específica desmembrar isso em objetivos a serem atingidos.

Cada objetivo precisa ser muito claro, específico e mensurável para que você possa
tê-lo dentro de seu planejamento.

Mais uma vez vamos aos exemplos:

Objetivo 1 : Compra de um terreno ao lado da igreja para a construção de um


restaurante vegetariano.

Objetivo 2 : Formação de uma equipe de professores de culinária vegetariana.

Objetivo 3 : Criação de um livro evangelístico de culinária vegetariana e impressão


de uma tiragem de 5 mil unidades.

Objetivo 4 : Implantação do programa de Discipulado na igreja.

Objetivo 5 : Implantação do programa de Ministérios na igreja.

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Veja que os objetivos são claros, simples de serem entendidos, fáceis de serem
avaliados e o cuidado que você precisa tomar é apenas ter a certeza de que vocês
estão definindo objetivos viáveis, pois um objetivo inviável, é um objetivo que com
certeza não será atingido e com isso temos um fator de desmotivação presente no
meio do plano e isso não pode acontecer, você pode correr riscos, mas não colocar
um objetivo que com certeza não tem como ser atingido, por exemplo, se a igreja já
sabe que não possui recursos financeiros suficiente e nem possui no seu corpo de
membros, pessoas com condições e disposição de investir seu próprio dinheiro para
a compra do terreno para o restaurante como estava no objetivo 1, não adianta
insistir neste objetivo pelo menos no primeiro momento em que ele foi pensado.

Os objetivos nada mais são do que partes de um sonho que se quer realizar, por isso
eles possuem um poder motivacional tremendo, mas eles precisam ser realizáveis
dentro de sua realidade para que ao invés de motivar eles não venham a desanimar
a congregação.

Passo 4: Definindo um Prazo

O plano estratégico como um todo, já nasce com uma data de término como
sugerido entre 3 ou 4 anos, você precisa definir esta data, pois será nesta ocasião
que a equipe como um todo, seu time, a liderança da igreja e todos que
participaram da elaboração do mesmo junto com aqueles que foram se juntando a
sua igreja ao longo do período e que estiverem dispostos a contribuir, irã se reunir
para avaliar o sucesso do plano, os objetivos que foram realizados, os que não
foram, onde se acertou, quais erros foram cometidos para que não aconteçam no
próximo plano estratégico.

Mas além de definir esta data principal, é também necessário definir uma data
específica para a realização de cada objetivo, pois isso servirá de base não somente
para se controlar se o plano está sendo executado corretamente, mas para também
definir prioridades, por isso, cada objetivo deve ter sua data de atingimento definida
no planejamento.

Passo 5: Definindo Metas e Recursos

Com os objetivos definidos com suas respectivas datas para conclusão, é necessário
agora definir metas e recursos necessários para que estas metas sejam atingidas.

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As metas são os números que serão contabilizados ao longo da execução do plano
estratégico, e estes números representam o quanto você está conseguindo de
resultados com seu plano.

Por exemplo, se a igreja tem um objetivo que é a escola de música para a


comunidade, uma meta tem que ser a quantidade de alunos que ela pretende ter
cursando suas aulas, a quantidade de alunos que receberam estudos bíblicos como
consequência do seu envolvimento com a igreja por meio da escola de música, a
quantidade de membros da igreja envolvidos, trabalhando neste ministério.

Estes números que aqui serão definidos como metas e que ao longo do tempo serão
contabilizados e apresentados e discutidos com a igreja, servirão para dizer se sua
estratégia está ou não sendo efetiva, ou se ela precisa de alguma revisão durante o
período de execução do plano estratégico, eles serão a comprovação dos fatos, o
demonstrativo da efetividade dos trabalhos que estão sendo realizados.

Junto com as metas, você precisa também definir os recursos necessários para cada
objetivo, e quando falamos em recursos, estamos falando de dinheiro, pessoas,
equipamento, estrutura, enfim, tudo o que é necessário para que o objetivo seja
atingido, somente com os recursos definidos é que você saberá o que você junto
com sua equipe terá que buscar para viabilizar seu plano estratégico, quantas
pessoas terão que ser convidadas para se envolverem, que tipo de capacitação elas
irão precisar, qual o tempo de dedicação de cada uma que será necessário, quais
estruturas da igreja serão necessárias em cada momento como salas, projetores,
sonoplastia, banheiros, chuveiros etc...

Se os objetivos são os sonhos que motivam, as metas são o compromisso que


precisa ser firmado para a concretização do plano estratégico.

Passo 6: Definindo um Cronograma

Esta é uma das etapas mais simples, pois na verdade, tudo o que você fará aqui é a
consolidação da informação já produzida nas etapas anteriores.

O cronograma é um espelho, uma linha de tempo que te mostrará de forma objetiva


quando cada coisa vai acontecer, quando você vai precisar de cada pessoa, de cada
recurso para que cada objetivo seja atingido, cada meta seja realizada.

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Para a realização deste passo, basta pegar todos os prazos definidos e coloca-los em
ordem e em um lugar onde todos possam ter acesso a ele.

Passo 7: Comunicando este Plano

Esta é uma tarefa vital para o sucesso do seu planejamento estratégico, e é onde
apesar de ser algo simples, você corre o risco de menosprezar sua importância e
com isso negligenciá-lo, por favor NÃO COMETA ESTE ERRO.

Uma vez elaborado o planejamento estratégico de sua igreja, ele precisa ser
apresentado para a congregação, isso deve ser feito no púlpito, de forma solene e
séria, para que a congregação não apenas tome conhecimento, mas também se
comprometa com ele.

Além disso, o plano de comunicação precisa ser periódico e constante, ou seja, você
além de apresenta-lo no primeiro momento após sua elaboração, você também
deverá frequentemente abordá-lo no púlpito não apenas relembrando a
congregação sobre sua existência, mas também apresentando sua evolução,
apresentado a evolução das metas, os números que estão sendo atingidos, isso é
fundamental para que a igreja conheça e se comprometa com o plano, por isso fazê-
lo de forma periódica ajudará a congregação a estar sempre motivada e envolvida
com o plano, em seu livro “Uma Igreja com Propósitos”, o pastor batista Rick
Warren afirma que a igreja precisa ser lembrada de sua visão, de seu propósito a
cada 26 dias, eu não sei se isso é viável para você em um primeiro momento, mas eu
acredito que se você conseguir abordar o plano e falar sobre a visão com sua igreja
pelo menos uma vez por mês, o que seriam 12 vezes no ano, já seria um trabalho
bastante efetivo de comunicação.

Por fim, no que tange a comunicação, uma última recomendação, mas de extrema
importância, é trabalhar de forma especial a comunicação da visão da igreja definida
durante o plano, além de pregar sobre ela no púlpito, consiga uma equipe que
trabalhe a questão da comunicação visual da visão, se possível crie logotipos, faça
banners, use-a na comunicação da igreja como em e-mails, papeis timbrados,
boletins informativos, e sempre que possível, apresente-a e explique-a para a
congregação, até que você consiga chegar ao ponto em que qualquer membro da
igreja seja capaz de recitá-la e explica-la, o dia em que isto acontecer, sua igreja
realmente terá uma VISÃO!

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Quanto mais clara for a visão do todo, mais específico
será o trabalho a ser feito e o perfil das pessoas
necessárias para realizá-lo.
Estamos agora chegando em um ponto onde mais pessoas serão necessárias, e você
terá que fazer um verdadeiro trabalho de pescador de homens para identifica-las e
envolvê-las no trabalho, pois como você já deve ter percebido até aqui, é muito
trabalho para ser realizado e não apenas muitos braços são necessários, mas braços
com capacidades específicas terão que ser envolvidos, pessoas com determinados
talentos serão necessárias, mas não se preocupe, DEUS lhe proverá estes recursos,
basta você ter a humildade de reconhecer que por mais que você se sinta
empolgado e com vontade de abraçar tudo dentro deste projeto, você precisa
dividir responsabilidades e isso vai além deste primeiro time de apoio que você
montou.

Identificando um líder para o planejamento estratégico

O primeiro papel que você precisa preencher é o do líder do planejamento


estratégico, esta pessoa será aquela que não apenas defenderá com unhas e dentes
este plano, como também será aquela que irá frequentemente fazer o seu
acompanhamento, e sempre que necessário, discutir com os demais envolvidos e a
liderança da igreja sobre os pontos positivos e os problemas que eventualmente
precisem ser resolvidos para que o plano prossiga em sua execução.

O ideal é que esta pessoa tenha participado das atividades realizadas até aqui,
venha de dentro do seu time inicial, e que seja alguém que possa se comprometer
com este projeto ao longo de toda a sua execução, ou seja entre 3 ou 4 anos de
acordo como que foi definido sobre o tempo de execução do planejamento
estratégico.

Seria muito importante que este líder, convidasse para acompanha-lo nesta função
mais algumas pessoas, para que compartilhassem com ele não apenas as
responsabilidades do trabalho de acompanhamento do plano, mas que também

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pudessem ser formadas para sucedê-lo quando chegasse o momento da conclusão
do plano presente e realização de um novo planejamento.

Como perfil, o ideal é que o líder do planejamento estratégico fosse alguém que
também tivesse a capacidade de ajudar no plano de comunicação do plano e da
visão, indo ao púlpito quando necessário para falar sobre isso e que tivesse a
capacidade de ajudar a despertar na congregação o mesmo amor e anseio de ver
este plano sendo realizado, por isso é vital que ele seja o primeiro a estar
comprometido com isso.

Basicamente as atividades deste líder são:

 Ser o organizador e mantenedor das definições do planejamento estratégico

 Apoiar o plano de comunicação do planejamento e da visão

 Acompanhar a execução do plano e consolidar os números atingidos para


serem apresentados a congregação

 Realizar e conduzir as reuniões de acompanhamento e apresentação dos


resultados para a liderança da igreja

 Ajudar na solução dos problemas que estejam impedindo a execução do


planejamento estratégico

Para que este líder desempenhe seu papel na plenitude, ele precisa de autonomia
para realização de suas atividades, livre acesso de forma planejada ao púlpito e as
reuniões da comissão da igreja, sendo melhor até que este líder fosse considerado
membro da mesma, e por fim reforçar que o mesmo é definido para trabalhar ao
longo de todo o período independente das mudanças que ocorram a cada ano entre
as comissões de igreja / nomeações, saída e chegada de novos pastores.

Identificando um líder para o programa de discipulado

Nós ainda vamos detalhar em um capítulo mais a seguir, como implantar o


programa de discipulado, mas já precisamos definir aqui a importância de agregar a
equipe um líder para este trabalho específico pois o mesmo demanda, tempo,
dedicação, esforço e compromisso, mas sem sombra de dúvidas é um papel de vital
importância e que precisa de alguém para exercê-lo de forma dedicada e exclusiva.

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Também seria ideal que esta pessoa tenha participado das atividades realizadas até
aqui, mas isso não é determinante, mas terá que ser alguém que possa se
comprometer com este projeto ao longo de toda a sua execução, ou seja entre 3 ou
4 anos de acordo como que foi definido sobre o tempo de execução do
planejamento estratégico, pois o programa de discipulado precisa se consolidar em
um processo que corra em paralelo e de forma coerente ao planejamento
estratégico.

Assim como o líder do planejamento estratégico, é muito importante que este líder,
convidasse para acompanha-lo nesta função mais algumas pessoas, para que
compartilhassem com ele não apenas as responsabilidades do trabalho de
organização e controle do núcleo de discipulado, mas que também pudessem ser
formadas para sucedê-lo quando necessário.

Como perfil, o ideal é que o líder do núcleo de discipulado fosse alguém que tivesse
uma bagagem relacionada a escola sabatina, pois esta experiência será muito útil
para o sucesso na implantação do núcleo, além de ser alguém que além de um perfil
de liderança, também fosse um agregador de pessoas pois o mesmo terá a
responsabilidade de formar a equipe de professores que irá ministrar os módulos do
discipulado.

Por fim, para completar este perfil, seria muito útil que este líder tivesse alguma
experiência como professor de escola sabatina pois eventualmente ele pode ser
necessário para cobrir a ausência de algum professor do discipulado.

Quanto a questão pessoal, o líder do discipulado precisa ser aquele que entenda a
importância de nos colocarmos como discípulos a disposição de Cristo para o
cumprimento de nossa missão.

Basicamente as atividades deste líder são:

 Organizar e formar a equipe de professores dos módulos do discipulado.

 Organizar e controlar a escala e o cronograma das classes e dos professores


dos módulos do discipulado na igreja.

 Organizar e controlar o material utilizado para a aplicação dos módulos do


discipulado na igreja como apostilas, projetores e etc.

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 Realizar e conduzir as reuniões de acompanhamento com os professores dos
módulos do discipulado.

 Ajudar na solução dos problemas que estejam impedindo nos trabalhos do


núcleo de discipulado.

Para que este líder desempenhe seu papel na plenitude, ele precisa de autonomia
para realização de suas atividades, livre acesso de forma planejada junto aos líderes
das unidades de escola sabatina, e o mesmo precisa ser definido para trabalhar ao
longo de todo o período do planejamento estratégico independente das mudanças
que ocorram a cada ano entre as comissões de igreja / nomeações, saída e chegada
de novos pastores.

Identificando um líder para o núcleo de ministérios

Nós ainda vamos detalhar em um capítulo mais a seguir, como implantar o núcleo
de ministérios em um trabalho complementar, e integrado ao programa de
discipulado, mas já precisamos definir aqui a importância de agregar a equipe um
líder para este trabalho específico pois o mesmo assim como o líder do programa de
discipulado, demanda tempo, dedicação, esforço e compromisso, e que de igual
maneira é um papel de vital importância e que precisa de alguém para exercê-lo de
forma dedicada e exclusiva.

Também seria ideal que esta pessoa tenha participado das atividades realizadas até
aqui, isso não é determinante, mas terá que ser alguém que possa se comprometer
com este projeto ao longo de toda a sua execução, ou seja entre 3 ou 4 anos de
acordo como que foi definido sobre o tempo de execução do planejamento
estratégico, pois o núcleo de ministério assim como o programa de discipulado
precisa se consolidar em um processo que corra em paralelo e de forma coerente ao
planejamento estratégico.

Assim como o líder do planejamento estratégico e do programa de discipulado, é


muito importante que este líder, convidasse para acompanha-lo nesta função mais
algumas pessoas, para que compartilhassem com ele não apenas as
responsabilidades do trabalho de organização e controle do núcleo de ministérios,
mas que também pudessem ser formadas para sucedê-lo quando necessário.

Esta equipe que ele formará, também terá um trabalho vital para garantir o sucesso
deste núcleo que será o principal responsável pela mudança e transformação que
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sua igreja sofrerá por meio da mobilização da congregação para saírem de sua
condição de conforto e comodismo e se envolverem de forma comprometida com o
trabalho da pregação do evangelho, isso será melhor explicado no capitulo sobre a
implantação do programa de ministérios.

Como perfil, o ideal é que o líder do núcleo de ministérios fosse alguém que tivesse
uma experiência pessoal no exercício de algum ministério, alguém que tivesse na
própria vida o exemplo e a motivação para que outras pessoas também sintam o
desejo de colocarem seus dons a serviço de DEUS e do próximo.

Além disso, estar atuando em algum ministério, seja ele qual for, faz com que este
líder tenha uma real compreensão da importância de desenvolver um trabalho que
leve a igreja como um todo a fazer o mesmo, e quando ele estiver falando sobre isso
diante da congregação, o mesmo será ouvido e respeitado por falar de algo que ele
vive e não apenas conhece de forma teórica.

Basicamente as atividades deste líder são:

 Organizar e formar a equipe de apoio do núcleo de ministérios.

 Criar e manter o catálogo de ministérios da igreja.

 Realizar periodicamente, workshops de orientação sobre o que é um


ministério e como desenvolver um ministério colocando seus dons a serviço
de DEUS e do próximo.

 Realizar os testes de ministérios com os membros da igreja e manter o


cadastro dos resultados.

 Realizar pesquisas e identificar os membros da igreja que não estão


envolvidos em nenhum ministério e ajuda-los a identificar uma maneira de
sair da ociosidade e atuar em um ministério.

Para que este líder desempenhe seu papel na plenitude, ele precisa de autonomia
para realização de suas atividades, livre acesso de forma planejada junto aos líderes
das unidades de escola sabatina e da comissão da igreja, e o mesmo precisa ser
definido para trabalhar ao longo de todo o período do planejamento estratégico
independente das mudanças que ocorram a cada ano entre as comissões de igreja /
nomeações, saída e chegada de novos pastores.

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Portanto ide e fazei discípulos...
Precisamos começar este capítulo perguntando, porque DEVEMOS ter um programa
de discipulado em nossas igrejas? Porque precisamos de um núcleo de apoio a este
programa em nossas igrejas? A reposta é simples e óbvia, porque Jesus nos mandou
fazer isso e não só mandou como Ele mesmo fez para nos mostrar o quanto isso é
importante e como podemos fazer.

Vamos analisar o trabalho de Cristo, primeiramente ele convidou pessoas que


tinham formações diferentes, talentos diferentes, experiências diferentes,
pertenciam a classes sócio econômica diferentes, e colocou eles juntos em um
mesmo processo de capacitação.

Com isso Ele nos ensinou que discipulado é para todos, é único pois a mesma
capacitação foi aplicada a todos eles, e tem o poder de fazer a diferença na vida de
qualquer um que estiver disposto a aceitar o seu chamado e atender a sua
convocação para cumprir a missão de pregar o evangelho a todo o mundo.

Outro aspecto interessante do discipulado é que quando Jesus chamou a Pedro,


dizendo a ele que se ele aceitasse o chamado, Jesus faria dele um pescador de
homens, deixando claro com isso que o discipulado tem o poder de potencializar a
nossa capacidade de realização por meio dos talentos que DEUS nos deu ao nos
criar, mas que só seremos capazes de usa-los na plenitude quando entendermos
que isso será possível quando nos colocarmos a disposição de DEUS para servi-lo de
forma completa, veja que isso está totalmente relacionado com nossa proposta de
desenvolvermos um trabalho que leve a igreja de hoje a realizar o máximo do seu
potencial em prol da pregação do evangelho, e eu acredito que isso só será possível
quando dentro de uma congregação TODOS aceitarem o chamado para serem
discípulos, veja com isso o quanto o programa de discipulado é importante e tem o
poder de contribuir na transformação de sua igreja.

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Com isso em mente, vamos então de forma prática detalhar o que é preciso fazer
para implantar um programa de discipulado em sua igreja.

O primeiro passo você já deu nos capítulos anteriores ao inserir em seu


planejamento o objetivo de implantar este programa em sua igreja e ao eleger um
líder para o núcleo de apoio ao programa de discipulado, esta pessoa será
importantíssima para o sucesso deste trabalho e precisa estar envolvida desde já
nas ações que iremos descrever a seguir.

Você precisa definir qual será o material de capacitação que você irá utilizar para
desenvolver o programa, não tenho a intensão de força-lo a adotar um material
específico pois acredito que DEUS tem mobilizado pessoas ao redor do mundo neste
momento em que vivemos para produção de muito conteúdo extremamente
relevante e capaz de atender as necessidades de seu povo no que se refere a
capacitação de discípulos, mas vou propor a você que utilize o material de autoria
do Pastor Orlando Gerônimo que no momento em que este material é escrito, atua
como pastor distrital em nossa igreja no bairro de Capão Redondo na cidade de São
Paulo – Brasil, material que eu acredito ser completo em abrangência e didático o
suficiente para tornar sua aplicação simples e acessível a toda igreja.

Além disso, a estrutura do material criado pelo pastor Orlando possui em um de


seus módulos a aplicação do teste de Dons que é de vital importância para o
próximo capitulo deste material sobre a implantação do programa de ministérios, e
como você pode ver, tudo isso coopera de forma integrada para que nosso objetivo
maior de mobilizar a igreja na pregação do evangelho seja atingido, por isso as
instruções que se seguem se baseiam neste material, mas fique a vontade para
adaptar este capítulo ao material que você julgar mais adequado.

Outro ponto importante que eu gostaria de salientar sobre o material que estou
propondo que você utilize, é sobre o tempo de duração de aplicação do mesmo que
são de 40 semanas pois o mesmo é composto de 5 módulos cada um com 8
seminários para serem estudados.

Alguns questionam se não é um período muito longo e se não deveria se adotado


um material de tempo mais curto de aplicação, sinceramente eu acredito que não, o
trabalho de formação de um discípulo requer tempo para que o mesmo possa
assimilar tudo o que lhe está sendo ensinado, Jesus investiu 3 anos na formação de
seus 12 discípulos, isso nos mostra o quanto não devemos apressar as coisas, mas
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conduzir este processo de forma equilibrada mas contínua, por isso acredito que
este material aplicável em 40 semanas está bem estruturado e devidamente
equilibrado para ser aplicado em sua igreja.

O programa de discipulado visa criar na igreja um processo de formação contínua de


discípulos, ou seja, o membro participará de classes onde ele será capacitado por
meio deste material, e a medida que esta capacitação evolui, mais preparado para o
trabalho ele precisa estar, mais consciente de sua missão ele precisa estar e mais
envolvido com o Corpo de Cristo ele PRECISA ESTAR.

O material que propomos que você utilize, contempla todo este contexto por estar
estruturado da seguinte maneira, são 5 apostilas para serem estudadas de forma
sequencial, cada uma com 8 seminários, onde cada apostila equivale a um modulo
do discipulado sendo estes módulos:

1. Dependência de DEUS

Este módulo tem o propósito de levar o discípulo a um processo de


reavivamento, reforma e entrega nas mãos de DEUS, sendo desafiado a fazer
em suas vidas as mudanças necessárias para que ele possa de forma completa
se entregar nas mãos de DEUS e ser verdadeiramente um discípulo.

2. Dons e Ministérios

Este módulo tem o propósito ajudar o discípulo a entender sua importância e


seu valor na obra da pregação do evangelho, entendendo que DEUS tem um
propósito para cada um de nós, e para que possamos realizar este propósito
ELE nos capacitou com dons, os quais precisamos conhecer e entender como
utilizá-los. Neste modulo é aplicado o teste de Dons para que o discípulo
conheça seus dons e pense em como utilizá-los na obra.

3. Comunidade

Este módulo tem o propósito de levar o discípulo enxergar sua congregação


com os mesmos olhos de Cristo, com amor e compreensão, e com isso
fortalecer o amor fraternal dentro da igreja, levando a congregação a
experimentar a união e a unanimidade de propósito que pode nos dar o
poder de perseverar em oração.

Somos uma comunidade e precisamos viver como tal.


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4. Igreja

Este módulo tem o propósito de ajudar o discípulo conhecer a origem de sua


igreja, saber de nossa história, nossos fundamentos, nossa origem pois ao
conhecer de onde viemos ficará mais fácil entender e pregar sobre para onde
vamos.

5. Missão

Por fim, este módulo tem o propósito de levar o discípulo a romper as


barreiras das paredes da igreja e se motivar a exercer seu discipulado de
forma plena em sua vida desenvolvendo seu ministério, trabalhando na
pregação do evangelho onde e como lhe for possível.

Uma vez que agora temos uma visão clara do que é o programa de discipulado e de
qual o seu propósito, vamos detalhar como ele pode ser desenvolvido em sua igreja.

Para começar, o líder do programa de discipulado precisa identificar pelo menos um


professor para ser o responsável pela aplicação de cada módulo, pessoas que
possam se dedicar ao estudo deste material e se especializarem na aplicação dos
mesmos.

Uma vez identificado quem serão os professores, disponibilize para eles o material
para que eles estudem sendo que o material é composto por uma apostila e uma
apresentação visual que serve de apoio, por isso se a igreja tiver condições de
disponibilizar um projetor para cada professor, será de grande valor ao aprendizado,
mas entendemos que isso demanda recursos financeiros que nem todas as igrejas
dispõe, neste casso, acreditamos que as apostilas são ricas o suficiente para o
ensino.

Depois que os professores estiverem capacitados, será necessário organizar um


cronograma de aplicação dos módulos para a congregação, sendo que no primeiro
momento em que você começar este trabalho , ninguém terá ainda participado de
módulo nenhum, então você precisa definir uma primeira estratégia que seja capaz
de atingir a igreja como um todo, e para isso nossa sugestão é que seja utilizada a
escola sabatina como canal neste primeiro momento, pois esta seria uma forma
mais simples de desenvolver o programa sem comprometer a estrutura padrão de
nossos cultos aos sábados pela manhã.

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Mas há um detalhe a se considerar, para o estudo de cada seminário são
necessários aproximadamente 30 minutos, tempo este que não pode ser
simplesmente tirado do programa normal da escola sabatina, por isso,
recomendamos que durante o período de implantação do programa de discipulado
nesta primeira fase, seja mudado o horário da escola sabatina para que ela comece
30 minutos mais cedo, com isso você terá o tempo necessário, mas prepare-se, você
terá resistência de alguns, talvez de muitos para fazer esta mudança pois ela mexe
diretamente com a zona de conforto dos membros da igreja, lembra da analogia do
braço atrofiado no corpo que precisa de fisioterapia? Pois bem, é exatamente isso
que você enfrentará neste momento, por isso é importante que mais uma vez, o
plano de comunicação do planejamento estratégico esteja funcionando e toda a
igreja conheça e entenda o que está acontecendo e o propósito de tudo isso, não
será fácil mas DEUS te abençoará, não desanime e persista sem perder o foco.

Eu não sei quantas classes de escola sabatina você tem, mas sei que a principio você
terá apenas um professor por módulo do discipulado, sendo assim você terá que
montar um cronograma para a aplicação dos módulos de forma sequencial em suas
unidades de escola sabatina, de forma que se você tiver por exemplo 5 unidades de
escola sabatina, vamos supor que a unidade A comece a estudar o modulo 1,
enquanto isso acontece as demais unidades não estarão ainda estudando nenhum
dos módulos e os professores dos módulos 2,3,4 e 5 também estarão esperando.

Quando a unidade A terminar o modulo 1 o que vai acontecer em 8 semanas, ela vai
começar a estudar o modulo 2, neste momento o professor do modulo 1 vai poder
começar a estudar seu modulo com a unidade B.

Veja que o líder de discipulado precisa ter um cronograma bem elaborado e bem
controlado para que esta sequência não se quebre.

Quanto maior for sua igreja, mais tempo você precisará para que todas as unidades
tenham estudado todos os módulos, mas como foi dito anteriormente, mais
importante que a velocidade é a qualidade do trabalho, por isso tenha paciência,
pode ser que você encontre alternativas como mais professores do discipulado
disponíveis para aplicar o mesmo modulo simultaneamente mas seja como for, o
importante é que não haja interrupções nas unidade entre um modulo e outro para
que a classe não desanime na sequencia do estudo.

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Outro ponto importante é que durante este período, sua igreja não vai parar, ou
seja, teremos pessoas novas chegando para frequentar sua igreja, o ideal seria que
elas já participassem da classe onde o primeiro modulo do discipulado está sendo
aplicado.

Depois que todas as classes de escola sabatina tiverem passado por todos os
módulos do discipulado, a fase um da implantação do programa estará concluída e a
maior parte da igreja terá passado por todos os módulos, ai é momento em que
deve ser iniciada a fase 2 que é a criação de classes fixas de discipulado, o que neste
momento já não precisa ser no mesmo horário da escola sabatina, você pode ter
estas classes em outro horário e até mesmo em outro dia que não seja no sábado
para não concorrer com programações normais da igreja.

Estas classes fixas terão o propósito de formar aqueles que vierem para a sua igreja
depois que o programa de discipulado já foi aplicado na igreja como um todo, com
isso, cada novo membro seja ele por ter acabado de se batizar ou vindo transferido
de outra igreja precisa ser orientado a frequentar estas classes para ser capacitado
como um discípulo, fazendo disso um processo continuo em sua igreja.

Pense no que seria ter uma igreja onde TODOS tem a oportunidade de se
capacitarem como discípulos? Seria maravilhoso não?

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Experimentado a felicidade de fazer aquilo que DEUS
me criou para realizar.
O que é um ministério? Esta é uma pergunta simples mas muitos membros em
nossas igrejas não sabem respondê-la e isso explica porque temos tantas pessoas
vivendo um cristianismo morno, inerte e frustrado.

Na parábola dos talentos onde vemos aqueles que multiplicaram e aquele que
enterrou, prestamos muita atenção no resultado numérico de cada um, mas pode
ser que você tenha deixado passar de forma desapercebida um detalhe meio
subliminar nesta questão.

Quando eles se empenharam em multiplicar seus talentos, eles correram riscos, pois
as negociações poderiam não necessariamente terem sido bem sucedidas, além
disso se pensarmos na questão motivacional, o que os levou a buscarem essa
multiplicação e a correrem esse risco? Eles tinham plena consciência de que os
talentos não lhes pertenciam, pertencia ao seu Senhor, mas este Senhor lhes
confiou estes talentos e eles eram gratos por isso, e além disso eles tinham como
fruto desta confiança que lhes foi depositada, o sentimento de compromisso em
zelar por aqueles talentos da melhor maneira possível, e essa maneira não poderia
ser outra senão utilizando-os e foi isso que eles fizeram.

Mas tudo isso só foi possível porque eles tinham consciência, conhecimento daquilo
que lhes foi entregue, eles sabiam quais eram os talentos que tinham em mãos e o
que devemos nos perguntar hoje é, sabemos quais são os talentos que temos em
nossas mãos? Sabemos como fazer o melhor uso possível deles? Os membros de
nossas igrejas sabem isso?

O objetivo de implantar um programa de ministérios em uma igreja é justamente


proporcionar ao membros a oportunidade de conhecerem seus dons, seus talentos

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e descobrirem como coloca-los a serviço de DEUS e do meu próximo, afinal de
contas, ministério é isso, colocar seus dons a serviço de DEUS e a serviço do seu
próximo e com isso proclamar a volta de Jesus.

Dentro da igreja Adventista, temos um contexto que podemos caracterizar da


seguinte forma, podemos dizer que temos dois tipos de ministérios, os ministérios
institucionais, comumente chamados de departamentos dentro da igreja, e os
ministérios leigos que são aqueles exercidos pelos membros independente de terem
sido ou não eleitos para isso.

Infelizmente, hoje a nossa realidade é que temos mais ministérios institucionais do


que ministérios leigos ativos na igreja e essa equação precisa se inverter, pois isso
significa que temos uma menor parte da congregação trabalhando em
departamentos da igreja e muitos dos que fazem isso o fazem por se sentirem
obrigados pelo compromisso que assumiram ao aceitar o cargo em sí e não pelo
senso de propósito e missão pessoal do uso de seus dons para DEUS, e a grande
maioria da congregação fica ociosa sentada assistindo aos cultos e se envolvendo
pouco, fazendo assim com que seus dons, seus talentos fiquem enterrados ao invés
de estarem sendo usados para DEUS.

Precisamos mudar esta realidade se quisermos uma igreja realizando o máximo do


seu potencial para a pregação do evangelho!

Então mais uma vez nos deparamos com a pergunta, como fazemos isso?

Vamos lá, o primeiro passo já foi dado nos capítulos anteriores onde você
considerou no planejamento a implantação do programa de ministérios e depois
identificou um líder para este projeto.

Com isso, agora você precisa aumentar um pouco o tamanho desta equipe pois
existem muitas atividades a serem feitas e um time de pelo menos 5 pessoas para se
ajudarem e se revezarem se faz necessário.

A primeira atividade desta equipe é estudar o máximo que puderem sobre serviço
cristão e ministérios, existem muitas obras abordando este assunto e não irei
tendencia-lo a nenhuma delas, apenas gostaria de colocar o quanto é importante
que esta equipe domine este assunto e sejam capazes de responder perguntas
como o que é um ministério? Como eu monto um ministério? Por que meu
ministério não cresce? E coisas assim.
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Com esta capacitação, esta equipe primeiramente montará um calendário para que
na igreja, pelo menos uma vez por bimestre, ocorra um workshop sobre capacitação
para criação de ministérios e testemunhos vindos de ministérios que estão dando
frutos.

Esta equipe também deverá montar e manter de forma acessível para a


congregação o catálogo de ministérios da igreja, onde se encontram cadastrados
todos os ministérios ativos da igreja, o que eles fazem, quem é o seu líder e como
entrar em contato caso alguém queira se envolver com este ministério.

Outra atividade importante desta equipe é aplicar periodicamente o teste de


ministérios na igreja com aqueles que ainda não o tenham feito, e ai será necessário
um planejamento de qual é a melhor forma de fazer isso, se é na escola sabatina, se
é em um culto, se é durante os workshops, enfim, tudo vai depender de questões
como o tamanho da sua igreja e a infraestrutura que você tem disponível, o
importante é que todos os membros da igreja façam este teste e periodicamente
com um certo intervalo de tempo, o refaçam e com isso mantenham seu resultado
atualizado e controlado por esta equipe.

Por fim, o trabalho desta equipe se conclui com o acompanhamento dos ministérios
catalogados, reunindo-se com seus lideres sempre que possível, identificando
problemas onde eles precisem de ajuda, identificando os frutos e resultados destes
ministérios que em alguns casos podem gerar números para serem contabilizados
nas metas do planejamento estratégico e finalizando com um dos trabalhos mais
importantes que é identificando as pessoas que fizeram o teste mas que não estão
envolvidas em nenhum ministério, essa equipe ira ajudar estas pessoas a
encontrarem uma forma de colocar seus dons a serviço de DEUS e do seu próximo.

Na hora que o programa de ministérios estiver implantado e o núcleo de apoio


estiver funcionando de forma efetiva, você verá uma igreja viva renascendo com
pessoas felizes e realizadas com a certeza de estarem cumprindo o propósito de
DEUS para suas vidas.

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Uma das definições de insanidade, fazer as coisas do
mesmo jeito esperando resultados diferentes.
Existem muitos paradigmas dentro da igreja que por anos tem norteado a forma
como fazemos certas coisas e que acabaram sendo assumidos como “regras”, mas
que quando paramos para analisa-los friamente, não tem como não nos
perguntarmos se esta é realmente a melhor maneira de fazer as coisas.

Por exemplo, uma prática muito comum em nossa igreja é darmos estudos bíblicos,
o que é uma atividade maravilhosa, mas o que frequentemente acontece é que nós
vamos as casas das pessoas uma vez por semana para estudarmos a bíblia com elas,
passamos ali cerca de uma hora, e queremos que depois de estudar 13, 18 ou seja lá
quantos estudos forem, nós simplesmente chegamos a elas e fazemos um apelo
para o batismo achando que isso será o suficiente para que elas se convertam...

Será que essa é realmente a melhor maneira de trazê-los para a igreja? Não estou
dizendo que devemos parar com os estudos bíblicos, mas que devemos mostrar
para nossa igreja que é preciso ir além, é preciso não apenas identificar as pessoas,
é preciso conhecê-las, é preciso entendê-las, é preciso conviver com elas, é preciso
amá-las! E tudo isso precisa começar conosco, entre nós mesmos dentro da igreja.

Outra coisa que vivo me perguntando quando subo a um púlpito de terno e gravata,
é que impressão estou passando para as pessoas que não são de nossa igreja, mas
que por algum motivo estão ali presentes no momento daquele culto, será que elas
se sentem constrangidas porque muitas delas, na verdade a grande maioria não
estará vestida desta maneira pelo simples fato disso não fazer parte do seu dia a dia,
ou será que elas vão pensar algo do tipo “o que esse cara tá falando não serve pra
mim, olha como ele é diferente de mim...”, ou enfim, pensando qualquer outra coisa
menos que eu sou alguém como elas que precisa do amor e do perdão de Cristo,
que se sente feliz por frequentar esta igreja pois aqui encontrei algo que em

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nenhum outro lugar encontrei e elas também podem achar, será que não seria mais
fácil elas se sentirem assim se ao invés de me ver pregando de terno e gravata do
alto de um púlpito onde estou eu lá em cima e elas lá em baixo, eu estivesse com
uma roupa mais simples em um contexto mais próximo? Não estou afirmando nada,
estou apenas te convidando a pensar na possibilidade de que talvez algumas coisas
possam ser feitas de um jeito diferente com o propósito único de cumprirmos de
forma melhor a missão que temos neste mundo que se resume a pregar para estas
pessoas.

O que eu gostaria de propor neste capítulo são algumas alternativas para algumas
coisas que fazemos hoje na igreja serem feitas de uma forma diferente influenciadas
por todo o trabalho que você terá feito com base nos capítulos anteriores com o
objetivo único de realmente melhorarmos o que pode ser melhor, mudarmos o que
pode evoluir, criarmos o que talvez ainda não exista e inovar o que talvez não esteja
funcionando bem.

Seguem algumas sugestões:

Revendo a forma como recebemos os membros que vieram transferidos de outra


igreja para a nossa.

Este é um processo muito comum, frequentemente as pessoas se mudam e com


isso optam por frequentarem uma igreja mais próxima de suas casas, ou buscam
outra igreja com a qual se identifiquem mais, ou seja lá qual for o motivo, temos um
processo em nossa igreja que é a recepção de membros transferidos de outras
igrejas e isso basicamente ocorre por meio da ida deste membro até a secretaria da
igreja para fazer uma solicitação para que sua carta de membro seja transferida da
igreja que ele frequentava para a igreja atual, então é feito um voto na comissão da
igreja para que este membro seja recebido, esse voto é feito publicamente na igreja
e depois e então solicitamos a manifestação da aprovação da congregação para a
recepção deste novo membro por meio do levantar de suas mãos e pronto, temos
mais um membro na igreja.

Agora imagine qual seria a experiência pessoal deste novo membro se no momento
em que ele fosse até a secretaria para solicitar sua transferência, o secretario da
igreja lhe perguntasse “irmão(ã), você já cursou nossa classe do programa de
discipulado?”, e ele provavelmente responderia “não, na verdade eu não faço idéia
do que seja isso”, e então o secretário o orientaria a participar de uma reunião de
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apresentação de nossa igreja para novos membros que acontece uma vez por mês
onde os novos membros vindos de outras igrejas adventistas teriam a oportunidade
de conhecer a visão da igreja, o planejamento que está sendo executado, o
programa de discipulado juntamente com a equipe do núcleo de discipulado, o
programa de ministérios juntamente com a equipe no núcleo de ministérios, e ali
mesmo ele já seria orientado a fazer sua matricula na próxima turma do primeiro
módulo do discipulado e a fazer seu teste de ministérios para já ter a oportunidade
de se envolver em algum ministério ativo na igreja ou mesmo começar um novo
ministério que ainda não exista.

Se coloque no lugar desta pessoa, qual seria sua reação ao se deparar com este
cenário? Eu acho que me perguntaria “meu DEUS! Porque o Senhor não me trouxe
pra esta igreja antes?”

A mudança na forma como recebemos nossos novos membros já adventistas vindos


de outras igrejas para este processo que estou te sugerindo poderia fazer com que
eles se tornassem ativos de forma muito mais rápida e se enquadrariam em algum
grupo relacional por meio de ministérios de forma muito mais simples e efetiva,
você não acha?

Por que não fazer assim?

Revendo a forma como elegemos os líderes dos ministérios institucionais


(departamentos) de nossa igreja.

Em quantas comissões de nomeações você já participou? Uma vez por ano temos
este processo eletivo em nossa igreja onde elegemos junto a congregação um grupo
grande que elege um grupo pequeno que se reúne algumas vezes em uma sala
separada e ali discutem nomes para líderes de cada ministério institucional
(departamento) de nossa igreja.

E então nós vemos pessoas bem intencionadas, mas muitas vezes com pouca
orientação ou compreensão da complexidade do que estão fazendo, indicando
nomes da seguinte maneira: “...eu acho que o irmão fulano é bom pra este cargo...”
ou “...eu acho que a irmã ciclana trabalha bem...” e assim seguem as indicações
onde os critérios são muitas vezes subjetivos demais.

E se ao invés de ser assim, nós começássemos primeiramente colocando como


requisito para participar da comissão de nomeações que os membros da mesma
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fossem pessoas que tivessem cursado pelo menos até o módulo da classe de
discipulado que aborde o estudo sobre dons e ministérios, e que já tivesse realizado
seu teste de dons e de ministérios para com isso estarem melhor preparadas e
terem uma visão mais clara da importância de sermos discípulos e de trabalharmos
orientados por nossos dons?

E ai, imagine se no lugar das indicações de nomes, fosse feita uma apresentação dos
dons necessários para a liderança do ministério institucional (departamento) que
será votado e na sequência fosse apresentada uma lista de nomes de pessoas que
fizeram o teste de dons e foram identificadas como tendo os dons necessários para
a liderança deste ministério, então bastaria trabalhar de forma objetiva estes
nomes.

Pense e quão mais produtiva, assertiva e prazerosa poderia ser a comissão de


nomeações?

Por que não fazer assim?

Revendo a forma como fazemos o planejamento anual dos ministérios


institucionais (departamentos) de nossa igreja.

Depois de eleita a comissão de líderes para o novo ano, geralmente nos reunimos
para fazer o planejamento do ano de exercício desta liderança certo? Ai são
definidas as programações que serão realizadas como dias dos pais, dia das mães,
semanas de oração, semana de mordomia, acampamento jovem e no final de todas
as discussões de quem vai usar qual data para que, temos um belo e bem
formatado... calendário!

Frequentemente fazemos isso, e chamamos isso de planejamento, quando na


verdade temos um calendário de programas que serão realizados.

Mas, e se ao invés de ser assim, nós começássemos o planejamento apresentando


para estes novos líderes eleitos com base em seus dons, o planejamento estratégico
da igreja e o resultado da avaliação onde os principais problemas da igreja foram
identificados e com isso já os deixaríamos conscientes das necessidades e objetivos
da igreja como um todo?

Então, pense em como seria, se após esta apresentação eles fossem orientados a
definir, cada um deles, de 3 a 5 objetivos para eles realizarem ao longo do ano?

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Vamos ver alguns exemplos do que poderiam ser considerados objetivos:

 Melhorar o índice de estudo da escola sabatina.

 Formar novos professores para as escolas sabatinas infantis.

 Equipar o clube de desbravadores.

 Criar um novo estudo bíblico infantil.

 Criar uma agencia de empregos para os irmãos da igreja.

 Criar uma escola de música.

Veja que não discutimos datas, não discutimos programas, apenas focamos em
realizações que poderiam atender necessidades específicas da igreja, e não só
podemos como devemos inclusive utilizar os problemas levantados na avaliação
para termos em mente que precisamos definir alguns objetivos que solucionem ou
minimizem este problemas.

Uma vez definidos os objetivos, poderíamos seguir definindo quais são as atividades
necessárias para a realização de cada um deles, como por exemplo, para o objetivo
de formar novos professores para as classes infantis, poderíamos pensar nas
seguintes atividades:

 Identificar e convidar uma pessoa qualificada para ministrar o treinamento.

 Fazer uma divulgação na igreja por meio de anúncios no púlpito e por cartazes
convidando pessoas interessadas em se tornarem professores das classes
infantis.

 Pesquisar na base do teste de ministérios, pessoas que se mostraram


interessadas em atuar neste ministério.

 Agendar o uso da sala de treinamento para a realização do curso.

Ai sim, podemos seguir definindo os recursos necessários como dinheiro, estrutura e


pessoas para cada atividade e a data em que se pretende realiza-la.

Com isso em mãos, por fim, cada ministério institucional pode também identificar se
existe a possibilidade de trabalhar de forma integrada com algum outro ministério
para a realização de algum objetivo em conjunto.
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Depois poderíamos eleger uma pessoa ou algum ministério institucional para ficar
responsável por consolidar todos os planejamentos e montar então o que seria o
planejamento anual da igreja que não substitui o planejamento estratégico, mas
coopera com ele e com isso fecha o calendário anual da igreja.

Veja que só então estaríamos preocupados com datas, que são nada mais nada
menos que um recurso para se realizar uma atividade e atingir um objetivo.

Por que não fazer assim?

Revendo a forma como realizamos nossas comissões de igreja.

Quantas vezes você já ouviu alguém reclamar que geralmente nossas comissões são
reuniões maçantes, desgastantes, muitas vezes regadas por discussões inflamadas e
que as vezes se limitam a votar gastos, disciplinas e batismos?

E se ao invés de ser assim, nossas comissões de igreja fosse utilizadas para


avaliarmos o que estava planejado no plano anual dos ministérios institucionais,
verificar o que foi realizado, o que não foi, quais foram as dificuldades encontradas e
como saná-las, se aproveitássemos este momento também para avaliar o
planejamento estratégico da igreja, verificar as metas e objetivos previstos, avaliar o
quanto estamos próximos ou não de realiza-los, se será necessário alguma
intervenção...

Não estou dizendo que não devemos fazer mais o trabalho burocrático mas
necessário pois somos uma igreja de ordem e organização, mas porque não
podemos ir além disso e fazer com que a cada comissão, nossos líderes possam sair
delas com uma visão de realização e proximidade de conclusão de objetivos, com a
certeza de que estamos em um barco que tem uma rota traçada, que sabe de onde
vem e para onde quer ir.

Por que não podemos fazer assim?

Estas são apenas algumas possibilidades sobre as quais gostaria que você pensasse e
questionasse onde mais podemos mudar para melhor? Com certeza, qualquer
mudança corre o risco de levantar certa resistência, pois como já foi dito em
capítulos anteriores, a resistência a mudança é algo natural com o qual precisamos
lidar, e acredito que a melhor forma de lidar com isso é apresentando o quanto
temos a ganhar com cada proposta de mudança.

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Pode ser que sejam levantados os riscos, problemas, custos que uma determinada
mudança pode gerar, mas nessa hora é preciso colocar na balança cada ponto
positivo e cada ponto negativo e diante da diferença se questionar se não vale a
penas tentar.

O cristianismo não é estático e muito menos se acomoda em uma zona de conforto,


e isso é o próprio exemplo de Cristo que nos diz, sair do céu para viver entre os
homens foi uma tremenda mudança, morrer por nós foi um tremendo risco, mas Ele
acreditou que isso valeria a pena, que esta seja nossa inspiração e motivação para
realizarmos as mudanças que se façam necessárias em nossa igreja.

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Aonde queremos chegar:
Muito do que você leu aqui com certeza lhe pareceu obvio, simples, talvez até
objetivo demais e até fácil de ser realizado, mas se é realmente assim, por que será
que ainda estamos tão longe de uma realidade que poderia fazer tanta diferença na
vida das pessoas?

Por que será que a igreja de hoje não tem realizado o máximo que seu potencial lhe
permite? Eu tenho uma opinião sobre isso e gostaria de compartilhá-la com você, eu
acredito sinceramente que a igreja tem o poder de fazer a diferença na vida das
pessoas, não somente daquelas que a frequentam, mas até mesmo na vida daquelas
que nem sequer acreditam na igreja, mas que podem ser impactadas pelo trabalho
de um verdadeiro exército de discípulos que ao desenvolverem seus ministérios
poderão levar muito mais que a verdade escrita na bíblia, muito mais que a certeza
e a esperança de uma nova vida em Cristo, poderão levar amor, e é esse amor que
faz toda a diferença e ele é expresso por meio do que fazemos, eu posso expressar
esse amor que eu quero levar, dividir com as pessoas quando eu canto, quando eu
oro, quando eu dou uma palestra de orientação para adolescentes, quando eu
participo de um encontro de casais ajudando famílias a se reestabelecerem, quando
eu faço um bolo e convido meu vizinho para vir a minha casa comê-lo e estudar a
bíblia comigo, eu expresso esse amor quando eu desenvolvo meu ministério
colocando meus dons a serviço de DEUS e do meu próximo, e é esse amor que faz
toda a diferença.

Eu oro do fundo do meu coração, para que eu tenha conseguido expressar este
amor ao escrever este material. Saiba que fazer isso fez muita diferença em minha
vida e foi essa a minha principal motivação, acreditar que o que está escrito aqui
tem o poder de mudar vidas dentro e fora da igreja se permitirmos que DEUS nos
use plenamente, completamente, faremos parte de uma igreja viva, ativa e
poderosa como nunca vimos antes, uma igreja que realmente é capaz de realizar
todo o seu potencia para pregar que JESUS ESTÁ VOLTANDO!

Que DEUS te abençoe.

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Aprendendo com acertos e com erros...
O conteúdo que você leu ao longo deste material não é fruto da cabeça de uma ou
duas pessoas, mas consequência de uma experiência prática vivida em nossa igreja,
a Igreja Adventista do Sétimo Dia do Capão Redondo durante os anos de 2009 a
2013 onde um trabalho foi iniciado com a proposta de fazermos de nossa igreja,
uma igreja mais efetiva em nossas vidas, na vida das pessoas que a frequentam e na
vida de nossa comunidade.

Não conseguimos colocar em prática tudo o que está aqui, mas concluímos diante
de nossos erros e acertos que este é um bom caminho, não um caminho único, não
uma verdade absoluta, mas uma alternativa que pode dar certo para você, que pode
ajuda-lo a levar sua igreja a experimentar uma nova realidade capaz de fazer
diferença na vida das pessoas.

Nosso trabalho ainda não terminou, e acredito que ele nunca acabará enquanto
ainda estivermos neste mundo, e o objetivo é que sempre que houver algo de
relevante, útil, uma nova experiência, um novo acerto ou mesmo um novo erro, que
este material seja atualizado e disponibilizado para você.

Para isso, será usado como canal, o site www.allchurch.com.br

Temos uma equipe que quer fazer deste trabalho um ministério pessoal, tornar um
ministério o trabalho de te ajudar a por em prática o que está escrito aqui, e sempre
que tivermos esta possibilidade, ficaremos muito felizes.

Pretendemos colocar no site não apenas esta apostila como também as apostilas
dos cinco módulos de discipulado que são propostas para uso aqui juntamente com
as apresentações para auxílio do professor, exemplos e modelos de planejamento
estratégico, planejamento anual para a igreja, teste de ministérios e qualquer outro
material que venha a ser produzido com o propósito de agregar mais a este
trabalho.

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Além disso, pretendemos colocar no site cursos on-line e ferramentas de software
que possam também te ajudar a tornar mais fácil o trabalho de implantar estes
novos processos em sua igreja.

Queremos que você se sinta a vontade para entrar em contato conosco para dar
suas sugestões ou críticas sobre o que você leu aqui e com isso podermos melhorar
este material, trocar ideias, pedir ajuda, enfim, conte conosco para fazermos juntos,
o que estiver ao nosso alcance para te ajudar a levar sua igreja a realizar o máximo
de seu potencial para honra e glória de DEUS.

Que DEUS te abençoe.

Rick

Ricardo P. Silva
rick@allchurch.com.br
+55 11 9-9236-5690
www.allchurch.com.br

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