Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
vganacarol@gmail.com
lmark476@gmail.com
shayanni.carrareto@yahoo.com.br
ELIZABETH MERLO
Scrum Master
elizabethmerlo@gmail.com
RESUMO
ABSTRACT
Lean Thinking is a management model that emerged in Japan, through the Toyota
Production System, and has been widely used in several sectors of the economy. The
porpoise of this research was to present a proposal to implement the Lean Thinking
philosophy in Vitoria’s Port, specifically in the processes performed by Companhia
Docas do Espírito Santo (CODESA). The research showed the importance of applying
the Lean methodology, presenting not only its advantages but also the challenges that
involve its implementation. The Lean method, once applied, brings great benefits to
the company, as it seeks to improve its processes and respond to customers' needs.
INTRODUÇÃO
REFERENCIAL TEÓRICO
Neste capítulo, será realizada uma introdução dos principais conceitos da filosofia
lean, bem como, as dificuldades de sua implantação. Também será apresentada a
estrutura do complexo portuário de Vitória, local onde a metodologia lean thinking será
implantada.
Estes pilares da filosofia estão apoiados nas bases da melhoria contínua, trabalho
padronizado e nivelamento de produção, os quais exigem um grau de estabilidade
para se equilibrarem. A partir destes princípios, diversas ferramentas foram criadas,
voltadas a resolução de problemas e gerenciamento de produção. Algumas são bem
mais conhecidas, como o Kanban, PDCA, 5 S’s, 5 por quês, poka-yoke, e takt-time.
Outras, nem tanto, como o Heijunka Box, Andon, Mapeamento do Fluxo de Valor, e
Milk Run. (BOURGUIGNON, 2017).
Desperdícios
Os oito tipos de atividades que não adicionam valor são: 1) superprodução, isto é,
produzir em excesso, ou, antes do solicitado; 2) tempo de espera, ou seja, tempos
ociosos de informações, pessoas e peças; 3) transporte desnecessário ou
movimentos ineficientes de materiais, produtos ou ferramentas; 4) processamento
incorreto, entendido como excesso ou falta de processamento, utilização inadequada
de sistemas e máquinas; 5) excesso de estoques, isto é, custos com armazenagem e
transporte; 6) movimentos desnecessários; 7) defeitos do produto; 8)
concepção/desenvolvimento de mercadorias e serviços que não atendam às
necessidades dos clientes (LIKER, 2004; WOMACK; JONES, 2003).
Princípios Lean
• Determinar o que é valor para o cliente: a definição do que é valor deve focar no
ponto de vista do cliente, ou seja, aquilo que gere resultados e ele esteja disposto a
pagar;
6
• Rumo à perfeição: por ser melhoria contínua, considera-se que sempre é possível
melhorar um processo, com um objetivo inalcançável de perfeição
Fonte: https://jorgenca.blogspot.com/2020/01/5-principios-lean-que-todos-
deveriam.html?utm_source=feedburner&utm_medium=feed&utm_campaign=Feed:+Jorgenc
a+(JORGENCA) (acesso em 17 de janeiro de 2021 Às 17:22h)
• Problemas culturais;
• Falta de investimento financeiro;
• Variações de demanda;
• Falta de comprometimento da alta direção;
• Falta de planejamento a longo prazo;
• Falta de treinamento;
• Falta de alinhamento estratégico;
• Falta de métricas adequadas para determinar desempenho;
• Problemas de comunicação;
• Entendimento insuficiente do Lean (lideranças/áreas de apoio);
• Dificuldade em manter programa implementado (manutenção de ferramentas);
• Rotatividade dos colaboradores;
• Dificuldades com os fornecedores;
• Falta de incentivos/motivação dos colaboradores;
• Dificuldades com reorganização/adequação de layouts, equipamentos e
processo.
Bastos e outros (2017) salientam a importância de se tomar ações de forma a
equacionar e minimizar tais dificuldades, para que possam ser superadas, e desta
forma, eliminar as barreiras para obtenção de vantagens competitivas.
O setor público pode ser definido como uma parte do Estado, que lida, com produção
e distribuição de bens e serviços para o governo e seus cidadãos, seja na esfera
municipal, estadual ou federal, as atividades deste setor compreendem produção e
distribuição de bens e serviços. Entende-se por aparelho do Estado a administração
pública em sentido amplo, ou seja, a estrutura organizacional do Estado, em seus três
poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário) e três níveis (União, Estados, membros
e Municípios). O aparelho do Estado é constituído pelo governo, isto é, pela cúpula
dirigente nos Três Poderes, por um corpo de funcionários, e pela força militar. O
Estado, por sua vez, é mais abrangente que o aparelho, porque compreende
adicionalmente o sistema constitucional-legal, que regula a população nos limites de
um território. O Estado é a organização burocrática que tem o monopólio da violência
8
Empresas estatais são aquelas em que o governo detém parte ou todo o capital social,
ela é criada pelo estado para exercer atividades de interesse público e cuja direção é
dependente do poder público. No Brasil, as empresas estatais são classificadas como
empresas públicas (quando 100% do capital pertence ao Poder Público) e sociedades
de economia mista (quando parte do capital é negociado por entes privados na forma
de ações). (https://www.tesourotransparente.gov.br/temas/ativos-da-uniao/empresas-
estatais, data acesso: 29/12/2020 ás 20:26h).
Vitória:
• Cais Comercial de Vitória - público, composto dos berços 101, 102 (calados 12,5m
e 9m, respectivamente) e berços 103 e 104,
11
Vila Velha:
• Cais de Capuaba - público: Berços 201, 202 (calados de 12,5m), com 774 metros,
8 mil m² de armazéns, 100 mil metros² de pátio, além de retroárea de
aproximadamente 300 mil m²;
• Cais de Paul / Gusa - público: Berço 905, com 420 metros de extensão, 25 mil m²
de pátio, calado de 10,7m;
• Cais de Atalaia - Berço 207. Os antigos dolfins deram lugar a um cais corrido de
270 m de comprimento, calado de 12,5m;
• Cais de São Torquato - arrendado à Prysmian: Berço 902, mas não está operando;
• Terminal de Vila Velha (TVV) - arrendado à Login: Berços 203 e 204 (calados de
12,5m).
• Companhia Portuária de Vila velha (CPVV) - Terminal de Uso Privativo: Berço 903.
METODOLOGIA
A definição de porto utilizada atualmente, diz que porto se trata de uma estrutura física,
um ponto na costa protegido por baía ou enseada, que possui instalações suficientes
e necessárias ao embarque e desembarque de mercadorias e passageiros. Segundo
Alfredini (2013), o transporte aquaviário constitui-se como fator indutor do
desenvolvimento planejado e abrangente, interligando regiões e proporcionando a
movimentação, de maneira segura e econômica, de insumos, produtos e pessoas.
Logo, portos demonstram ser de grande importância para o desenvolvimento
econômico e social, fomentando o progresso das localidades que possuem essas
estruturas.
Paixão e Marlow (2003) definem, um porto Lean é, portanto, uma unidade de negócios
que faz uso eficaz de seus recursos disponíveis (ativos tangíveis e intangíveis e
capacidades), eliminando todos os desperdícios ao longo dos fluxos físicos e de
informação dos processos, alcançando um serviço superior ao cliente no fornecimento
de soluções de transporte.
1. Enriquecimento do cliente;
2. Cooperar para aumentar a competitividade;
3. Organizar-se para dominar a mudança, de modo que as empresas se tornem
capazes de se adaptar às mudanças em certos estados (adaptabilidade);
4. Potencializando o impacto das pessoas e informações.
Paixão e Marlow (2003) propõe uma metodologia que consiste em duas fases, uma
interna e outra externa. A primeira fase, tende a colocar portos para trabalhar em um
just - in - time (JIT) ambiente para apoiar produção teoria de enxuta, já a segunda
etapa (englobando duas fases) visa a implementação das teorias enxuta e ágil nos
portos. Tal método visa simplificar a complexa natureza dos processos em questão.
Levando em consideração o Princípio de Pareto, em que 20% dos serviços oferecidos,
correspondem a 80% das receitas dos portos, os autores, sugerem que esses
serviços, são aqueles em que os portos devem se concentrar. Em segundo lugar,
como os portos devem ser capazes de responder as incertezas do mercado, e em
terceiro lugar, redesenhar um novo processo de negócios que traga alterações
radicais e inovação para dentro dos complexos portuários.
Já, Loyd (2009) propõe um modelo que foi implementado no Porto de Mobile em
Mobile – Alabama/EUA. Observando que para sucesso deste projeto seria necessário
investir no treinamento e capacitação dos funcionários de todos os níveis da
organização, a estratégia foi investir no treinamento de setores chaves da organização
e desenvolver estratégias alto nível para treinamento e implementação dentro das
atividades da organização.
Sobre o último ponto citado por Loyd (2009), é importante adotar ferramentas que,
inicialmente sejam focadas na organização do local de trabalho, seguidas de análise
e otimização do local de trabalho e por fim as relacionadas com desenvolvimento de
uma cultura de melhoria contínua. Como se pode perceber, a Implantação de Lean
em um determinado lugar, é um processo de transformação e mudança de
comportamento através da implementação de uma nova cultura, com uma longa
jornada de não tem fim, mas busca melhorias constantes.
Para entender melhor esse projeto e quais eram as principais dificuldades e objetivos
com a implantação do Lean no Porto de Vitória, foi realizado uma entrevista com o
gestor do projeto, o Superintendente de Projetos Anderson Polido. A intenção era ter
uma visão da gestão sobre o porquê se dedicar a algo desta magnitude é tão
importante para um setor público como o porto.
Polido também acredita que sejam dois os principais desafios desse projeto, primeiro
deles é o tempo (prazo), espera-se alcançar através da implantação do lean, um
resultado rápido, principalmente no estímulo e conhecimento da ferramenta por parte
dos profissionais, porém, o cronograma é apertado o que compromete a adesão. O
segundo é a resistência, que talvez nesse contexto seja menor, visto que haveria uma
escolha de líderes de áreas estratégicas, de todos os setores, operacionais e
administrativos, para dar seguimento ao projeto, e acredita-se que com a aprovação
da alta direção, já obtida, essa resistência também seja menor. Desta forma será
possível alcançar todas as áreas e todos os profissionais num menor tempo.
Proposta de implantação
• Um ponto importante para ser enfatizado é que implantar o Lean não se baseia
no corte de trabalhadores e, sim, nos desperdícios que se tem ao longo dos
processos. Com o tempo economizado, os colaboradores podem se dedicar a
atividades mais estratégicas ou serem alocados em novos projetos. Se isso
não for deixado claro a todos, pode se mostrar como uma grande barreira a
qualquer mudança de trabalho;
• Dessa maneira, o foco está em fazer melhorias principalmente no que irá trazer
mais qualidade ao produto ou serviço, como itens sem defeitos ou uma entrega
mais ágil.
• A gestão visual mais eficiente alcançada pela implementação do 5S, traz mais
a segurança no trabalho, espaço limpo, evitando acidentes e desfalques;
RESULTADO E DISCUSSÃO
4º - CONTROLE E
1º - IDENTIFICAÇÃO 2º - DEFINIÇÃO 3º - IMERSÃO
GERENCIAMENTO
Acompanhar,
assessorar, orientar
in loco, em formato
Definir áreas piloto Projeto de melhoria de tutoria, os
Identificar e equipe de imersos para desenvolver imersos e seus
problemas que darão início a áreas piloto e projetos de
implantação capacitar imersos melhoria, utilizando
as ferramentas Lean
aprendidas na
PASSOS
Imersão
Construir um Plano
Desenvolvimento de de Implementação
Mapear principais soluções do Lean, visando
Realizar uma análise
desperdícios e fluxo personalizadas treinamento de
geral da área de
de valor dos pautada na teoria e todos os
atuação
processos experiências profissionais e
adquiridas revisão contínua dos
processos
Mapa de Fluxo de JIT; Jidoka, 4M's
FERRAMENTAS Valor; Desperdícios; VSM; 5S; Kaizen Documentos A3; TWI
Brainstorming Padronizadps
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
WOMACK, J. P., JONES, D. T. Lean Thinking: banish waste and create wealth in
your corporation. New York: Free Press, 2003.