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INTRODUÇÃO
2. FUNDAMENTAÇÃO TÉORICA
1.Valor
O ponto de partida para o pensamento enxuto é através da identificação do que
gera ou não valor se faz a partir da perspectiva do cliente, não na óptica da empresa. Ou
seja, a necessidade do cliente gera o valor, é o que define pelo que ele está disposto a
pagar. Assim, o que agrega valor ao produto é a operação produtiva realizada para
cumprir os requisitos do consumidor final. Cabe à empresa identificar as necessidades e
buscar satisfazer as necessidades do cliente.
2. Fluxo de Valor
A idéia dessa etapa é definir todas as etapas da cadeia produtiva. Com isso é
possível identificar ao longo da linha de produção quais etapas que agregam valor ao
cliente, as que não agregam valor, mas são necessárias no fluxo do processo, e aquelas
que não agregam valor e podem ser consideradas como desperdícios. A partir desse
olhar para cadeia produtiva é possível diminuir a geração de desperdícios.
3. Fluxo Contínuo
Após a definição da geração de valor e o fluxo dos processos, devem-se alinhar
as etapas que realmente criam valor para o processo, de modo que não ocorram
interrupções ou espera. Esse fluxo exige que cada etapa do processo deve diminuir o
tempo na produção dos produtos, de processamento dos pedidos e estoques, ou seja,
com capacidade ideal, evitando gargalos e ociosidade.
5. Perfeição
A Perfeição deve ser o objetivo constante de todos envolvidos nos fluxos de
valor. Assim que os princípios anteriores são efetivamente estabelecidos, a empresa
deve procurar continuamente as melhores formas de criar valor e eliminar os
desperdícios, sempre buscando o seu aperfeiçoamento contínuo até que se chegue a um
estado ideal e próximo da perfeição. Para isso, a empresa pode contar com metodologias
de melhoria contínua (Kaizen), como ciclo PDCA, entre outras.
3.1.1 5S
O chamado “5’S” é uma das ferramentas mais utilizadas no processo de
implantação da Manufatura Enxuta. A sigla 5S deriva das iniciais de 5 palavras
japonesas: Seiri, Seiton, Seison, Seiketsu e Shitsuke, as quais segundo Osada (1991),
possuem os seguintes significados:
3.1.2 Kaizen
Kaizen é uma palavra de origem japonesa que significa mudança para melhor,
usada para transmitir a idéia da melhoria continua de todos os processos de uma
organização ou de um processo individual, a fim de se agregar mais valor com menos
desperdício. A metodologia kaizen foi criada após a Segunda Guerra Mundial, quando
várias empresas buscavam aumentar a produtividade e reduzir os desperdícios gerados
nos processos produtivos, através da melhoria contínua da qualidade dos produtos. Essa
metodologia tem o intuito do aprimoramento contínuo e gradual em um processo,
implementado por meio do envolvimento de todos os colaboradores da organização.
3.1.3 Kanban
Outra ferramenta que têm sua origem na língua japonesa das palavras yokeru
(evitar) e poka (erro inadvertido) que possibilitam a detecção, eliminação e correção de
erros nos processos de produção. De acordo com Chase (2002), o principio dessa
ferramenta se baseia de que defeito que os erros humanos são de alguma forma
inevitáveis, portanto será importante evitar que eles se tornem defeitos. A utilização do
dispositivo Poka Yoke pode ser realizada de diversas formas, como através de sinais
sonoros e luminosos. Estes dispositivos sinalizam a ocorrência de erros, sem parar a
linha de produção, mas indicando a necessidade de correção.
3.1.5 PDCA
O PDCA, também conhecido como ciclo PDCA, é uma metodologia que tem
como intuito de auxiliar o diagnóstico, análise e prognóstico de problemas das
organizações. É um eficiente modo de apresentar uma melhoria no processo, pois
possibilita que os métodos utilizados para solucionar problemas sejam planejados,
executados, verificados e padronizados. Segundo Coimbra (2009), esse método é
composto por quatro etapas:
1. Plan - Planejamento: com base nas informações coletadas são analisadas as causas e
é elaborado um plano de ação.
2. Do - Execução: consiste em executar o planejamento executado.
3. Check - Verificação: analisa-se a situação atual, compara com a situação anterior, e
verifica se o que foi planejado realmente foi realizado.
4. Action - Ação: sistematização das melhorias identificadas.
3.2 Os Desperdícios da Produção Enxuta
De acordo com Tapping e Shuker, o apontam que cerca de 60% a 80% dos
custos para atender a demanda provêm da administração, mostrando assim a
importância do Lean Office. Como os setores administrativos integram toda e qualquer
área de negócio, a aplicação de técnicas do Lean Office contribui para a redução dos
desperdícios em termos de fluxos de informações e processos administrativos. É por
meio da utilização das ferramentas Lean Manufacturing, é possível identificar os
desperdícios nos processos de áreas administrativas que não agregam valor. Os
chamados sete desperdícios no contexto do Lean Office são:
CONCLUSÃO
A metodologia Lean Manufacturing vem se firmando nas organizações por ser
uma ferramenta de gerenciamento para a melhoria contínua, simples e fundamental
obtenção de vantagem competitiva. Com a disseminação desse conceito e a necessidade
das empresas em se tornarem mais enxutas, a metodologia Lean pode ser adaptada a
áreas administrativas, constituindo o Lean Office.
O Lean Office se configura como uma ferramenta que possibilita aperfeiçoar o
processo a fim de atender as necessidades do cliente no menor prazo possível, com
qualidade e ao mais baixo custo. É uma técnica que proporciona a redução dos
desperdícios, esperas, prazos de atendimento da demanda, burocracia, arquivos, erros,
retrabalhos, lead time e, consequentemente, diminuição das perdas financeiras,
possibilitando a execução dos serviços com menor custo. Sendo assim, as empresas
conseguem aumentar a agilidade nos processos, estabelecer um ambiente organizado e
padronizado, aumentando a produtividade, oferecendo um serviço de melhor qualidade
ao cliente. Dessa forma, o Lean Office contribue para o alcance da excelência
organizacional.
REFERÊNCIAS
CHASE, R.B. STEWART, D.M. Mistake Proofing: designing Errors Out. Morrisville:
John Grout. 2002.
FABRIZIO, T.; TAPPING, D. 5S for the office: organizing the work place to eliminate
waste. New York: Productivity Press, 2006
OLIVEIRA, J. D. Escritório enxuto Lean Office São Paulo. 2007. isponível em: <
https:// https://www.lean.org.br/artigos/57/escritorio-enxuto-(lean-office).aspx >.
Acesso em <09 fev. 2020>
OSADA, T. The 5S’s: five keys to a total quality environment. Asian Productivity
Organization, Tokyo.1991.
TAPPING, D.; SHUKER, T. Lean Office: gerenciamento do fluxo de valor para áreas
administrativas – 8 passos para planejar, mapear e sustentar melhorias lean nas áreas
administrativas. São Paulo: Editora Leopardo, 2010.