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Avaliação 1- 8º ano

SOBRE A ORIGEM DA POESIA

A origem da poesia se confunde com a origem da própria linguagem.

Talvez fizesse mais sentido perguntar quando a linguagem verbal deixou de ser poesia.
Ou: qual a origem do discurso não poético, já que, restituindo laços mais íntimos entre
os signos e as coisas por eles designadas, a poesia aponta para um uso muito primário
da linguagem, que parece anterior ao perfil de sua ocorrência nas conversas, nos jornais,
nas aulas, conferências, discussões, discursos, ensaios ou telefonemas [...]

No seu estado de língua, no dicionário, as palavras intermedeiam nossa relação com as


coisas, impedindo nosso contato direto com elas. A linguagem poética inverte essa
relação, pois, vindo a se tornar, ela em si, coisa, oferece uma via de acesso sensível mais
direto entre nós e o mundo [...]

Já perdemos a inocência de uma linguagem plena assim. As palavras se desapegaram


das coisas, assim como os olhos se desapegaram dos ouvidos, ou como a criação se
desapegou da vida. Mas temos esses pequenos oásis – os poemas – contaminando o
deserto de referencialidade.

ARNALDO ANTUNES

1-No último parágrafo, o autor se refere à plenitude da linguagem poética, fazendo, em


seguida, uma descrição que corresponde à linguagem não poética, ou seja, à linguagem
referencial.

Pela descrição apresentada, a linguagem referencial teria, em sua origem, o seguinte


traço fundamental:

a) O desgaste da intuição

b) A dissolução da memória

c) A fragmentação da experiência
d) O enfraquecimento da percepção

2-Sobre a linguagem poética, é incorreto afirmar:

a) A linguagem poética faz uso de diversos recursos estilísticos, entre eles, as figuras de
linguagem.

b) As figuras de linguagem em um poema têm como objetivo despertar sensações no


leitor e impactá-lo, possibilitando que ele crie imagens a partir desse impacto.

c) A linguagem poética é estritamente autobiográfica: é impossível desvencilhar o poeta


de sua criação.

d) A linguagem poética não possui compromisso com a objetividade: ela pode ser
subjetiva e ambígua, oferecendo ao leitor diferentes possibilidades de interpretação.

3- Qual a figura de linguagem presente na frase “As mãos que dizem adeus são
pássaros que vão morrendo lentamente.”, de Mário Quintana?

a) comparação
b) metáfora
c) metonímia
d) eufemismo

4- Leia o trecho da música Águas de março, de Tom Jobim, e marque a alternativa que
corresponde à figura de linguagem que se destaca no trecho.

“É pau, é pedra, é o fim do caminho”.

a) Aliteração

b) Pleonasmo

c) Onomatopeia

d) Assonância

e) Sinestesia

5- Assinale a única alternativa que possui a figura de linguagem conhecida como


metáfora:

a) ( ) Correu feito louco para não perder o ônibus.


b) ( ) Sua pele é um pêssego.

c) ( ) “Cabelos tão escuros como a asa da graúna” - José de Alencar.

d) ( ) Era delicada como uma flor.

6- A alternativa que possui uma antítese é:

a) ( ) Ele subiu no telhado nessa madrugada.

b) ( ) O vento sussurrava na noite fria.

c) ( ) Estou morrendo de medo.

d) ( ) Os bobos e os espertos convivem no mesmo espaço.

7- A definição de metonímia é:

a) ( ) é uma figura de palavra que ocorre quando, na falta de um termo específico para
designar algo, utiliza-se outro por empréstimo a partir de alguma semelhança de
conceito.

b) ( ) é a figura de linguagem que faz uso aproximado de termos opostos.

c) ( ) é a figura de linguagem usada para atenuar algo grave de ser dito.

d) ( ) é uma figura de linguagem que consiste na utilização de uma palavra no lugar de


outra, com a qual haja uma relação de sentido.

8. Na expressão “A natureza pode estar chorando” temos:


a) antítese
b) catacrese
c) ironia
d) personificação
e) eufemismo

9- . A imagem abaixo tem a seguinte figura de linguagem:


a) Antítese
b) Comparação
c) Onomatopeia
e) Eufemismo

10- As frases abaixo apresentam figuras de linguagem variadas, marque a única que
apresenta uma hipérbole.

a) Estou sentindo dor na batata da perna.

b) Os poemas são pássaros que chegam.

c) “Quando te vi passar fiquei paralisado


Tremi até o chão como um terremoto no Japão [...]”

d) Se não fosse pelo atalho levaria um século para chegar.

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