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ESCOLA ESTADUAL MARECHAL DUTRA

Atividades Escolares para Março - 1 º ano – Ensino Medio

Nome do Professor: __Micheli


Fulber__________________________________________________________________
_
Nome completo do Estudante:__Hélio Junio Portela
Borges___________________________________________________________
Turma: 1 º ano ( ) A ( ) B ( ) C ( ) D

Educação Física
Código das
Objetos de conhecimento
Habilidades
(EM13LGG102) Corpo, saúde e beleza em diferentes períodos e contextos históricos.

Conteúdo: Padrões de beleza e sua evolução

Das curvas mais avantajadas à barriga de tanquinho, é possível identificar, desde


a Pré-História, os diversos padrões de beleza, tanto em homens quanto em mulheres.
Entretanto, ao contrário do que muitos pensam, o tempo não é a única variável
dessa mudança. As questões culturais também são fatores consideráveis. Por exemplo:
algo que se enquadra nos conceitos de beleza no Brasil pode “não valer” em outros
países.
Em outras palavras, os padrões de beleza estão em constante processo de
mutação, não sendo representado por um modelo universal e sofrendo influências de
variáveis sociais, culturais e até mesmo biológicas.
As grandes transformações dos padrões de beleza, da Pré-História ao Renascimento

A Pré-História
Durante a Pré-História, o corpo era considerado a arma de sobrevivência dos
indivíduos, tanto para a caça quanto para a fuga dos predadores. Mesmo assim, os
padrões de beleza já tinham notoriedade quando o homem começou a viver em grupos.
Criou-se uma hierarquia, e os homens que estavam no topo utilizavam elementos
como as garras e os dentes de animais para a diferenciação dos demais.
Enquanto isso, a obesidade representava o ideal estético perfeito para as
mulheres. Nesse caso, ela era associada à fertilidade e à disponibilidade de recursos.

A Idade Média
Desde então, a única época que não houve o domínio de algum padrão de beleza
se deu na Idade Média. Graças à forte influência da Igreja, os hábitos de higiene dos
gregos e dos romanos foram deixados de lado. Pregava-se que os cuidados com corpo
era algo profano, imoral e indecente, já que contradiziam as leis divinas.
Acreditava-se que a beleza era uma consequência da sua obediência, devoção,
pureza e castidade, assim como a Virgem Maria. Para o sexo masculino, essas questões
estavam ligadas ao poder, tanto que a maior referência para os homens era o rei.

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O Renascimento
No período Renascentista, os valores humanistas retornaram, assim como a
adoção de padrões de beleza da Antiguidade.
As pinturas se tornaram mais sedutoras, com os corpos à mostra. Nos quadros,
as mulheres exibiam os cabelos longos e formas avantajadas, enquanto os homens se
apresentavam um corpo sem pelos e com músculos.
Os ideais greco-romanos também voltam a imperar nessa época. A obesidade
representava status, riqueza e ostentação — o que só estava disponível para um seleto
grupo da nobreza.
A mutação dos padrões de beleza e os seus reflexos dentro do comportamento social

Século XIV
Acredite você ou não, mas no século XIV, durante o período renascentista,
existia um modelo de padrão que se baseava no tamanho da testa. Quanto mais aparente
ela fosse, mais bonita seria considerada a pessoa pela sociedade da época.
Tanto isso é verdade que diversas pinturas desse período retratam mulheres e
homens com testas grandes, como se nesse tempo isso foi um sinal de beleza.
Alguns historiadores afirmam que muitas mulheres arrancavam os cabelos ou
aplicavam uma solução química no couro cabelo para obter uma testa maior.

Século XV
O que hoje parece ser um problema para a maioria das pessoas, no século XV
era um elemento de charme e beleza: ter uns quilos a mais era tudo que há!
As gordinhas, principalmente, eram consideradas belas justamente pelos
quilinhos a mais que possuíam. As magras eram vistas como pessoas sem saúde e sem
graça, despidas assim de beleza.

Século XVI e XVIII


Com o passar do tempo, a sociedade passou a valorizar corpos magros e foram
nos séculos XVI e XVIII que isso ganhou maior importância. Há relatos históricos de
que as mulheres usavam espartilhos e corpetes para ajustar a cintura e garantir uma
aparência mais bonita.
O problema é que esses recursos também provocavam desmaios frequentes nas
mulheres, devido à falta de oxigênio, e até mesmo fraturas de costelas.

O século XVII
Já no século XVII, a apreciação deu lugar a corpos mais delicados e a cinturas
mais afuniladas, que surgiram após muito esforço com o uso dos espartilhos. Se hoje a
pele dourada é vista como um sinal de beleza e charme, no século XVII talvez fosse
visualizado como uma marca negativa para as mulheres que desejassem atingir um
modelo de beleza ideal.
Isso porque nessa época a pele branca era considerada como um dos principais
sinais de beleza. Alguns historiadores apontam que as mulheres chegavam a perder
sangue para atingir uma cor mais pálida, logo, mais branca.

O século XIX
Mais tarde, no século XIX, corpos avantajados voltaram a ser valorizados,
especialmente entre a classe burguesa. O contexto histórico, a Revolução Industrial,
também contribuiu para a distinção entre as classes e a propagação da riqueza por parte
de um grupo seleto na sociedade.

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O século XX
Vale ressaltar que somente no século XX, a partir das mudanças culturais, as
mulheres conseguiram conquistar mais emancipação e independência — sendo essa
uma importante vitória para a classe.
Os espartilhos foram extintos e os sutiãs passaram a ser usados. A famosa marca
Coco Chanel investiu na produção em 1ª mão de saias na altura do joelho, além da
confecção de roupas mais leves e soltas, sem a exigência da marcação na cintura.
Nesta época, o modelo de homem ideal era modulado por esportistas e
celebridades. A característica marcante é que inteligência passa a ser sinônimo de
riqueza. Os homens ricos são referenciados pelo seu poder e pela sua liderança.
Em suma, do século XX em diante nós temos o tipo de padrão de beleza que
hoje encontramos nas ruas e, principalmente, nas passarelas. Pele bronzeada, cabelo
liso, corpo magro, músculos torneados, seios fartos e bumbum empinado.
No entanto, vale ressaltar que um movimento social chamado de plus size vem
ganhando força na sociedade e no mundo da moda. Tal frente tem como principal
bandeira a luta contra o modelo ideal de beleza que é pregado atualmente e fortalecido
pelos produtos midiáticos: novela, filme, publicidade etc.
Além disso, outros movimentos têm ganhado fôlego, diluindo assim o conceito
ideal de beleza do século XXI, como os que buscam reconhecer a beleza em todo tipo
de cabelo: liso, crespo, preto, vermelho, loiro etc.

Os anos 1940 e 1950


Nos últimos 50 anos, especialmente, após a popularização de concursos de
beleza, os ideais tornaram-se uma grande diversidade. Inúmeros biotipos inspiraram o
imaginário, e, entre eles, encontrava-se o de grandes artistas influenciadores da época.
Especificamente nos anos 1940 e 1950, os astros de Hollywood — como
Marilyn Monroe — foram uma das principais referências para instituir padrões de
beleza e chamavam atenção pela sua sensualidade, com quadris largos e seios fartos,
acentuados pelos sutiãs com enchimento.
Depois, a modelo, atriz e cantora britânica Twiggy se tornou uma inspiração
com o seu corpo magro, esquálido e com ausência de curvas.
O ritmo marcante da época é rock n’roll e o artista influente era Elvis Presley,
que chamava atenção pelo o seu rosto liso e pelo seu topete brilhante — moda que foi
adotada pelos homens naqueles tempos.

Os anos 1970
Os anos 1970 foram marcados pela liberação sexual e pela igualdade de direito
entre os gêneros.
Em decorrência disso, os ideais de beleza masculino passaram por grandes
transformações, tanto em relação ao corpo quanto ao modo de se vestir e de se
comportar socialmente.
Houve a ampliação dos mais diversos estilos, que iam desde os cabelos mais
soltos e naturais até o estilo punk.

Os anos 1980
Na década de 1980, a era fitness começou a imperar. Os músculos volumosos e
definidos eram o principal objetivo para os milhares de fisiculturistas existentes. Isso
aconteceu por causa da ginástica em casa, possível depois da democratização do
videocassete.
O incentivo ao culto do corpo perfeito na era contemporânea

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Os anos 1990
Nos anos 1990, surgiu Kate Moss, que veio com o intuito de redefinir a ideia de
sex appeal a partir da valorização da sua beleza andrógina (aquela que possui traços
marcantes de ambos os gêneros, feminino e masculino).
Isso se tornou muito marcante, especialmente, para protagonização de grandes
campanhas de grifes, já que uma pessoa consegue reproduzir as peças para homens
quanto para mulheres.
As características altas, magras, curvilíneas sem exageros foram referenciadas
por grandes modelos da época. Nesse momento, a beleza deixa de ser associada à saúde
para se tornar um padrão social. Surgiu, assim, o aumento significativo de distúrbios
alimentares, como bulimia e anorexia.
Novas tendências também começaram a ter mais visibilidade, como os piercings
e as tatuagens.

O Brasil contemporâneo
Também houve a consolidação do corpo perfeito no Brasil — que sofreu
influência, especialmente, dos bailarinos e de Carnaval. A preocupação com corpos
sarados, dietas e cirurgias plásticas se tornaram foco.

Os padrões de beleza em tempo de redes sociais


Não poderíamos deixar de toca nesse ponto ao abordar a história dos padrões de
beleza ao longo da evolução da sociedade.
Hoje, pode-se dizer, como vimos, que os padrões de beleza são diferentes dos
que foram praticados nos séculos anteriores. As pessoas, no geral, são influenciadas por
estilos que são reproduzidos em ambientes midiáticos que contam com grande potencial
de divulgação.
O que antes era restrito a um pequeno grupo social, como um gosto ou estilo de
beleza, atualmente ganha repercussão mundial. As redes sociais têm influenciado o
padrão de beleza das pessoas, impondo regimes de beleza (muitas vezes, embalados por
filtros de edição) que, a depender da forma como são absorvidos, podem afetar o
psicológico de alguém ou contribuir positivamente.

A beleza: uma ficção no universo das redes sociais?


A beleza, enquanto conceito, passou por diversos contornos ao longo da história
da sociedade. No entanto, hoje enfrenta uma situação um tanto desafiadora: a beleza em
tempos de redes sociais.
Ainda que a beleza não tenha uma definição clara, uma vez que ela se molda a
depender dos valores culturais de um dado local, é fato que podemos compreendê-la
genericamente como uma percepção positiva em relação ao objeto ou pessoa que se
observa. A beleza, na prática, também pode ser traduzida como uma sensação de prazer
em relação ao objeto/pessoa que se observa.
E quando a beleza deixa de ser real para se tornar em um produto que é gerado a
partir de filtros de edição, recursos que podem ser encontrados em diversas redes
sociais, como no Instagram? Nesse caso, podemos compreender os filtros como
ferramentas que potencializam o desejo de beleza de muitas pessoas.
Elas fazem uso de filtros de edição para ajustar medidas do corpo e colocar cores
que fazem com que as fotos fiquem mais bonitas. É uma prática, pode-se dizer, que vem
se fortalecendo no âmbito das redes sociais, tanto que alguns especialistas criticam esse
tipo de beleza que é apoiado por essas mídias.

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As redes sociais exageram nos padrões de beleza
Na ótica da especialista Márcia Peltier, as redes sociais contribuem para uma
beleza exagerada do corpo das pessoas, bem como de sua face, e isso pode ser um
problema, uma vez que é capaz de criar uma ilusão em torno do que é perfeito.
De acordo com ela, as pessoas utilizam os filtros de edição das redes sociais
como instrumentos cirúrgicos que são capazes de melhorar falhas no corpo e no rosto.
No entanto, isso pode causar uma anomalia social, problema que pode ser traduzido
como uma busca ideal pelo corpo e rosto perfeito. Em algumas mulheres, pode até
mesmo desenvolver a depressão, considerando que elas se alimentam, muitas vezes, do
discurso de beleza que é potencializado a partir das redes sociais.
Elas acreditam que tal pessoa tem a perfeição que é apresentada na foto do
Instagram, por exemplo, e isso as fazem mal, porque supõem que nunca alcançará tal
padrão de beleza ou estilo.
Como você pode notar, os padrões de beleza, que remetem o ideal de felicidade,
são consagrados por grandes influenciadores, como os estilistas e os demais membros
da indústria da moda, que compartilham o que não é acessível para grandes massas,
sendo restrita um seleto grupo social.
Não se trata, convém ressaltar, de reconhecer que um modelo é mais bonito ou
perfeito que o outro, mas que cada um, a seu tempo, correspondeu às expectativas da
sociedade da época.

Fontes:
Disponível: Padrões de beleza: conheça a história e sua evolução no Brasil e no Mundo
(wearehuman.com.br) acesso 17/02/2021 as 09:27.

Disponível: Questões comentadas de educação física para o ENEM / Almir Ferreira Luz
Junior. 2º Edição, Rio Branco: Stricto Sensu, 2020. 110 p.: il. ISBN: 978-65-86283-18-
1 DOI: 10.35170/ss.ed.9786586283181 1. Educação física. 2. ENEM. 3. Educação. I.
Luz Junior, Almir Ferreira. II. Título. CDD 22. ed. 796.01

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Atividades - 1º Ano ( ) A ( ) B ()C ()D
Escola Estadual Marechal Dutra - Educação Física
Nome do Aluno:
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1 - 9) (INEP – ENEM 2011) Na modernidade, o corpo foi descoberto, despido e


modelado pelos exercícios físicos da moda. Novos espaços e práticas esportivas e de
ginástica passaram a convocar as pessoas a modelarem seus corpos. Multiplicaram-se as
academias de ginástica, as salas de musculação e o número de pessoas correndo pelas
ruas. SECRETARIA DA EDUCAÇÃO. Caderno do professor: educação física. São
Paulo, 2008. Diante do exposto, é possível perceber que houve um aumento da procura
por:
a) exercícios físicos aquáticos (natação/hidroginástica), que são exercícios de baixo
impacto, evitando o atrito (não prejudicando as articulações), e que previnem o
envelhecimento precoce e melhoram a qualidade de vida.
b) mecanismos que permitem combinar alimentação e exercício físico, que permitem a
aquisição e manutenção de níveis adequados de saúde, sem a preocupação com padrões
de beleza instituídos socialmente.
c) programas saudáveis de emagrecimento, que evitam os prejuízos causados na
regulação metabólica, função imunológica, integridade óssea e manutenção da
capacidade funcional ao longo do envelhecimento.
d) exercícios de relaxamento, reeducação postural e alongamentos, que permitem um
melhor funcionamento do organismo como um todo, bem como uma dieta alimentar e
hábitos saudáveis com base em produtos naturais.
e) dietas que preconizam a ingestão excessiva ou restrita de um ou mais macronutrientes
(carboidratos, gorduras ou proteínas), bem como exercícios que permitem um aumento
de massa muscular e/ou modelar o corpo.

2 - 11) (INEP – ENEM 2009) Nunca se falou e se preocupou tanto com o corpo como
nos dias atuais. É comum ouvirmos anúncios de uma nova academia de ginástica, de
uma nova forma de dieta, de uma nova técnica de autoconhecimento e outras práticas de
saúde alternativa, em síntese, vivemos nos últimos anos a redescoberta do prazer,
voltando nossas atenções ao nosso próprio corpo. Essa valorização do prazer
individualizante se estrutura em um verdadeiro culto ao corpo, em analogia a uma
religião, assistimos hoje ao surgimento de novo universo: a corpolatria. CODO, W.;
SENNE, W. O que é corpo(latria). Coleção Primeiros Passos. Brasiliense, 1985
(adaptado). Sobre esse fenômeno do homem contemporâneo presente nas classes sociais
brasileiras, principalmente, na classe média, a corpolatria:
a) é uma religião pelo avesso, por isso outra religião; inverteram-se os sinais, a busca da
felicidade eterna antes carregava em si a destruição do prazer, hoje implica o seu culto.
b) criou outro ópio do povo, levando as pessoas a buscarem cada vez mais grupos
igualitários de integração social.
c) é uma tradução dos valores das sociedades subdesenvolvidas, mas em países
considerados do primeiro mundo ela não consegue se manifestar porque a população
tem melhor educação e senso crítico.
d) tem como um de seus dogmas o narcisismo, significando o “amar o próximo como se
ama a si mesmo”.
e) existe desde a Idade Média, entretanto esse acontecimento se intensificou a partir da
Revolução Industrial no século XIX e se estendeu até os nossos dias. Excelente questão.
Há alguns pontos do texto que nos ajudam, mas é possível resolver com as contradições

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das alternativas.
3 - 13) (INEP – ENEM 2019) No Brasil, a disseminação de uma expectativa de corpo
com base na estética da magreza é bastante grande e apresenta uma enorme repercussão,
especialmente, se considerada do ponto de vista da realização pessoal. Em pesquisa feita
na cidade de São Paulo, aparecem os percentuais de 90% entre as mulheres pesquisadas
que se dizem preocupadas com seu peso corporal, sendo que 95% se sentem insatisfeitas
com “seu próprio corpo”. SILVA, A. M. Corpo, ciência e mercado: reflexões acerca da
gestação de um novo arquétipo da felicidade. Campinas: Autores Associados;
Florianópolis: UFSC, 2001. A preocupação excessiva com o “peso” corporal pode
provocar o desenvolvimento de distúrbios associados diretamente à imagem do corpo,
tais como:
a) anorexia e bulimia.
b) ortorexia e vigorexia.
c) ansiedade e depressão.
d) sobrepeso e fobia social.
e) sedentarismo e obesidade.

Atividades Complementares

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