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ARQUIDIOCESE DE RIBEIRÃO PRETO

EQUIPE DE ANIMAÇÃO BÍBLICO-CATEQUÉTICA

PROJETO ARQUIDIOCESANO 2021:


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“E A CATEQUESE... COMO FICA?”

1. APRESENTAÇÃO

O projeto “E a catequese... como fica?” é uma tentativa de – durante a pandemia na qual nos
encontramos – orientar de modo mais fraterno os catequistas, padres, diáconos e os agentes de pastoral
que estão diretamente ligados no âmbito da chamada “catequese”, entendida como o meio de evangelizar
que nossas paróquias encontram, de modo visível na recepção dos sacramentos e no engajamento pastoral
dos iniciados dentro de nossas paróquias, comunidade e movimentos.
Em se tratando de catequese evangelizadora, incluímos aqui:
- o momento de catequese matrimonial com os noivos;
- a catequese batismal partilhada com pais e padrinhos dos que pedem o Batismo;
- do período catecumenal realizado com as crianças no tempo de iniciação;
- a perseverança com os adolescentes e jovens que buscam a maturidade da fé;
- os momentos deformação com os leigos que necessitam de atualização doutrinal e pastoral.

2. OBJETIVOS

a) suscitar dentro de nossas comunidades a força de retomar, gradativamente, as atividades presenciais


dos espaços de catequese, motivando catequistas e demais capacitadores de nossa arquidiocese;
b) dialogar no âmbito da Igreja local, justamente porque fortalece os laços de comunhão e nos afasta dos
“modismos” e de atitudes que fragilizam a pastoral que já se encontra debilitada em meio à crise pela qual
passamos;
c) criar momentos presenciais de encontro pessoal com Jesus Cristo, a Palavra Viva e razão pela qual
lutamos neste mundo em meio às alegrias e esperanças, como bem nos orientou o Papa Francisco durante
a pandemia.
d) preparar a comunidade para um progressivo retorno das atividades comunitárias que hoje, infelizmente,
acaba se reduzindo às celebrações e por isso mesmo viver a fé também encoraja a encontrar caminhos
pastorais para o retorno das catequeses nos diversos níveis.

3. DESENVOLVIMENTO

Retomar nunca é fácil. A expressão tão querida do papa de uma “Igreja em saída” nunca se
tornou tão urgente como agora. O documento de Aparecida já nos alertava da necessidade de buscarmos
uma Igreja missionária, atenta aos sinais dos tempos. E aqui estamos para concretizar o chamado que
Jesus nos fez de ser sal, luz e fermento (Mt 5,13-16; Mc 8,14-21).
Mesmo com todos os cuidados sanitários exigidos para os lugares públicos, unido à porcentagem
de pessoas que podem ocupar um determinado espaço, muitas dioceses do Regional Sul 1 voltaram as
atividades de catequese presencial desde o início de 2021. É preciso tomar como ponto de partida que
nosso Estado de São Paulo tem sofrido com os números e perigos críticos em vista de outras regiões do
Brasil.
Sedentos por uma receita pronta para o problema da catequese, aqui desenhamos alguns rabiscos
que podem nortear o caminhar da iniciação à vida cristã em nossa arquidiocese. A saber:

- Buscar espaços amplos. Sabemos do zelo dos nossos catequistas com as salas de catequese e espaços
litúrgicos próprios nos centros catequéticos e pastorais de nossas comunidades. Mas a ideia agora é
buscar outros lugares como por exemplo a Igreja, o salão paroquial ou uma praça para o planejamento de
um encontro. Por isso é importante a participação de um grupo de catequistas nos encontros para
assegurar o distanciamento, especialmente com as crianças que se agitam com mais facilidade.

- Autorização dos pais e responsáveis. É importante que os catecúmenos e catequizandos menores de


idade sejam acompanhados mais uma vez pela família, inclusive com autorização por escrito para o
retorno dos filhos à catequese, de acordo com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) e outras normas
segundo a prática de cada comunidade.

- Disponibilizar os EPI’s exigidos. Todo cuidado é pouco, principalmente com as crianças que são mais
agitadas. Aqueles que conduzirão as catequeses precisa previamente procurar os responsáveis dos espaços
para se certificar da limpeza constante do lugar e deixa-lo arejado para o momento. O mesmo para a
acomodação dos participantes com o devido distanciamento como se prevê.

- Catequeses mais espaçadas. Uma boa ideia para o ano de 2021, por exemplo, seria momentos
quinzenais presenciais. Por mais que estamos acostumados com encontros semanais, a equipe de
catequistas junto com o padre pode adaptar os conteúdos da iniciação para os encontros mais espaçados,
podendo até utilizar os meios virtuais para complementar a catequese nas semanas não-presenciais.

- O templo como espaço mistagógico. Muitas comunidades têm optado por unir vários grupos pequenos
de catequizandos da mesma etapa, distribuindo-os dentro da Igreja e convidando o padre, o diácono ou
outro que possa auxiliar na catequese, principalmente quando há catequistas mais velhos e que optaram
por não voltar ainda à comunidade presencialmente. Era uma prática comum nas paróquias mais antigas,
quando o sacerdote reunia as crianças para o catecismo.

- Planejar com esperança. Cuidemos para manter o rebanho unido. A pandemia afastou e pode afastar
ainda mais as pessoas da comunidade, que acabam muitas vezes mergulhadas no comodismo e numa vida
estritamente “modo on, modo off”, como nossos smartphones. Nossas comunidades são vivas e cheias do
Espírito Santo de Deus. Acompanhemos da melhor maneira possível as famílias dos catequizandos, pra
que se sintam acolhidos, mesmo à distância neste momento.

- O catequista como ministro da Palavra. No dia 05 de maio fomos surpreendidos com a feliz notícia
de um sonho já antigo na Igreja do Brasil: de instituir nossos catequistas como ministros da Palavra de
Deus, porque já o são na prática porque pregam, rezam, conduzem e animam aqueles que buscam o
Caminho, a Verdade e a Vida. O reconhecimento oficial do Papa Francisco trará novo vigor à nossa
arquidiocese pra também se preparar, desde a carta apostólica em forma de motu próprio Antiquum
Ministerium, em formar nossos catequistas para esta nova etapa ministerial, despertando para o serviço
mais homens e mulheres para o anúncio do Evangelho.

Ribeirão Preto, 25 de Julho de 2021.


Festa de São Tiago Maior. Apóstolo.
Pe. Marcelo Luiz Machado
Pe. Severino Germano da Silva
e Equipe Arquidiocesana para a Animação Bíblico-Catequética

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