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Automação - Wikipédia, A Enciclopédia Livre
Automação - Wikipédia, A Enciclopédia Livre
Automação (do latim Automatus, que significa mover-se por si só[1][2]) é um sistema
automático pelo qual os mecanismos verificam seu próprio funcionamento, efetuando
medições e introduzindo correções, sem a necessidade da interferência do homem.[3] Em
seu uso moderno, a automação pode ser definida como uma tecnologia que utiliza
comandos programados para operar um dado processo, combinados com retroação de
informação para determinar que os comandos sejam executados corretamente,
frequentemente utilizada em processos antes operados por seres humanos,[4] é a aplicação
de técnicas computadorizadas ou mecânicas para diminuir o uso de mão-de-obra em
qualquer processo, especialmente o uso de robôs nas linhas de produção. A automação
diminui os custos e aumenta a velocidade da produção.[5]
Nível de Campo - constituído por motores, cilindros pneumáticos, válvulas, etc. (atuadores)
e pelos elementos de detecção (sensores)
Nível de Controlo - Como o próprio nome indica, é o nível onde se encontram os elementos
que vão controlar o processo (ex: CLP)
Outro ponto importante quando se faz a automação de uma máquina/processo é pensar que
as funcionalidades iniciais de um processo, na maioria dos casos, podem estar muito longe
das que este vai ter no futuro. Portanto, o sistema precisa ter flexibilidade.[7]
História
História Antiga
O homem sempre buscou melhorias significativas em seu estilo de vida. A invenção da roda,
o descobrimento do fogo, dentre outras invenções foram motivadas pela necessidade de
facilitar seu trabalho. O surgimento da automação fez com que o homem conseguisse
desenvolver técnicas e equipamentos que alavancaram suas produções em termos de
qualidade e capacidade, melhorando a qualidade dos processos.[12] Um dos primeiros
dispositivos automatizados desenvolvidos foi o relógio d’água do século II a.C, com o qual
era possível a medição do tempo. Com o surgimento do relógio mecânico no século XIV o
relógio d’água tornou-se obsoleto.[13][14]
O governador não poderia realmente manter uma velocidade definida; o motor assumiria
uma nova velocidade constante em resposta às mudanças de carga. O governador foi capaz
de lidar com variações menores, como as causadas pela carga de calor flutuante para a
caldeira. Além disso, havia uma tendência de oscilação sempre que havia uma mudança de
velocidade. Como consequência, os motores equipados com este governador não eram
adequados para operações que requerem velocidade constante, como a fiação de
algodão.[22]
O regulador de Watt recebeu relativamente pouca atenção científica até que James Clerk
Maxwell publicou um artigo que estabeleceu o início de uma base teórica para a
compreensão da teoria do controle. O desenvolvimento do amplificador electrônico durante
a década de 1920, que era importante para a telefonia de longa distância, exigia uma maior
relação sinal/ruído, o que foi resolvido pelo cancelamento do ruído de feedback negativo.
Esta e outras aplicações telefónicas contribuíram para a teoria do controle. Nas décadas de
1940 e 1950, A matemática alemã Irmgard Flugge-Lotz desenvolveu a teoria dos controles
automáticos descontínuos, que encontrou aplicações militares durante a Segunda Guerra
Mundial para sistemas de controle de artilharia.[25]
Século 20
A Linguagem ladder foi introduzida com a eletrificação das fábricas, que passaram por
rápidas adaptações e mudanças tecnológicas entre 1900 e 1920. As centrais elétricas
também estavam passando por rápido crescimento, e a operação de novas caldeiras de alta
pressão e turbinas à vapor, criaram uma grande demanda por instrumentos e controles. As
salas de controles industriais tornaram-se comuns na década de 1920, mas no início da
década de 1930, a maioria dos controles de processos industriais ainda eram manuais. Os
operadores normalmente monitoravam gráficos desenhados por gravadores que plotaram
dados de instrumentos. Para fazer correções, os operadores abriam ou fechavam
manualmente as válvulas ou ligavam ou desligavam os interruptores. As salas de controle
também usavam painéis sinópticos com luzes codificadas por cores para enviar sinais aos
trabalhadores da fábrica para fazer algumas alterações manualmente.[26]
A partir de 1958, vários sistemas baseados em estado sólido[29][30] módulos lógicos digitais
para controladores lógicos programados com fio rígido (os antecessores de controladores
lógicos programáveis (CLP)) surgiram para substituir a linguagem ladder e o uso de painéis
de relés em sistemas de controle industrial (SCI) para controle de processos, incluindo o
início da Telefunken/AEG Logistat, Siemens Simatic, Philips/Mullard/Valvo [de] Norbit, BBC
Sigmatronic, ACEC Logacec, Akkord [de] Estacord, Krone Mibakron, Bistat, Datapac, Norlog,
SSR.[29][31][32][33][34][35]
Aplicações Significativas
Sistemas Discretos
Sistemas discretos, em automação, são sinais digitais que informam o estado atual de uma
máquina.[43] Trata-se de componentes elétricos de campo que enviam apenas um sinal 0 ou
1 (0 ou 24V, ou na tensão em que esteja trabalhando). Com o desenvolvimento de
computadores cada vez mais eficientes, a maior parte dos sistemas de servomecanismos
atuais utilizam técnicas digitais para sua operação.[44]
Vantagens e desvantagens
Uma das maiores vantagens oferecidas pela automação é a maior velocidade de produção a
custos menores, mas a mesma também substitui trabalhos físicos pesados ou
monótonos.[45] Da mesma forma tarefas a serem realizadas em ambientes de alto risco ou
que estão além das capacidades humanas podem ser realizadas por máquinas capazes de
operar sob temperaturas extremas ou em ambientes radioativos ou tóxicos. Controles de
qualidade simples podem ser usados para manutenção das máquinas. Todavia, no momento
não são todos os trabalhos que podem ser automatizados e alguns são mais caros para
automatizar que outros. Custos iniciais para instalação de maquinário em fábricas, por
exemplo, são altos e incapacidade de manter o sistema pode resultar na perda do próprio
produto sendo produzido.
Além disso estudos indicam que a automação pode apresentar efeitos que vão além
somente de preocupações operacionais, por exemplo, demissão de trabalhadores devido à
perda sistemática de empregos e dano ambiental agravado. Entretanto os resultados são
controversos e podem ser contornados.[46]
Embora automação descreva o processo pelo qual máquinas substituem a ação humana, a
mesma também é associada com mecanização, máquinas substituindo o trabalho manual
humano. Juntamente da mecanização, capabilidades são ampliadas em termos de tamanho,
força, velocidade, resistência, alcance visual, acuidade, frequência auditiva, precisão,
detecção eletromagnética, etc.
Melhoria na segurança;
Pessoas em busca de vagas de trabalho podem ter problemas em encontrá-la onde não há
vaga similar imediatamente disponível e com isso surge necessidade de mudar-se (fator
de mais stress);[47]
Produção mais rápida de defeitos não verificados devido à baixa intervenção humana;
O paradoxo da automação
O paradoxo da automação nos diz que, quanto mais eficiente é o sistema automatizado,
mais essencial se torna a contribuição humana. Assim sendo, embora os humanos estejam
menos envolvidos, a sua contribuição se torna mais crucial. A psicóloga cognitiva Lisanne
Bainbridge identificou essas questões em seu estudo "Ironias da Automação."[48] Se um
sistema automatizado possui um erro, ele irá multiplicar esse erro até ser consertado ou
desligado. É nesse ponto que os operadores humanos se tornam cruciais.
O aumento da automação muitas vezes faz com que os trabalhadores fiquem ansiosos com
a perda de seus empregos, pois a tecnologia pode tornar suas habilidades ou experiências
desnecessárias, tornando-se necessário a requalificação profissional. Conforme estimativa
apresentada por Frey & Osborne, 47% dos empregos nos EUA estariam em risco por causa
dos avanços em automação e robótica.[49] Os autores supracitados focaram os avanços
tecnológicos no que eles chamam de aprendizado de máquina, sua suposição é que esta
revolução tecnológica era diferente de outras revoluções tecnológicas, pois agora as
máquinas são capazes de realizar atividades que até recentemente eram consideradas
genuinamente humanas, como tarefas manuais rotineiras, assim como as não rotineiras.
Apesar disso, existe uma expectativa positiva com relação à capacidade de as tecnologias
providas pela automação contribuírem para o desenvolvimento econômico, porém, deve-se
gerenciar possíveis impactos negativos da perda líquida de empregos no curto prazo, de
forma a mitigar a possibilidade de que os progressos da economia e das empresas sejam
desfrutados apenas por uma pequena parcela da sociedade.[50]
Nesse sentido, Schwab[50] lista possíveis profissões que possuem alta probabilidade de
desaparecerem devido à tecnologia, a exemplo de:
Operadores de Telemarketing
Cobradores de ônibus
Mensageiros e Carteiros
O autor[50] também lista algumas profissões que não possuem possibilidade de extinção
com o avanço da automação:
Coreógrafos
Médicos e cirurgiões
Psicólogos
Diretores
Além dessas possíveis mudanças nas demandas por essas profissões, outra provável
mudança atrelada a automação está relacionada à localização da força de trabalho, para
Schwab a crescente evolução no ramo da automação está levando ao surgimento do
conceito de trabalho distribuído, com as atividades separadas em atribuições e projetos
específicos; e os trabalhadores localizados em qualquer lugar do mundo, sem a necessidade
de estarem presentes fisicamente no chão de fábrica.[50]
Ver também
AS/RS
Automação de escritório
Robotização
Referências
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Bibliografia
HOLANDA, Aurélio Buarque de. Novo dicionário da língua portuguesa. 12a. impressão. Rio
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