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Figura 2 Exemplo de ensemble canónico com L réplicas. Cada réplica conserva o mesmo
número de partículas (N), volume (V) e temperatura (T), no entanto a pressão (P) é variável.
Neste contexto, podem definir-se diversos ensembles tendo em conta as funções de estado que
são especificadas {microcanónico (NVE); canónico (NVT), isotérmico-isobárico (NPT), grande
canónico (µVT) }. No entanto, estas réplicas diferem a nível microscópico, porque existem diversas
distribuições das partículas pelos estados quânticos (microestados) compatíveis com um dado
macroestado.
As propriedades termodinâmicas podem ser classificadas como propriedades mecânicas (ou
observáveis) e propriedades não mecânicas. As propriedades mecânicas podem ser determinadas
para cada microestado e o seu valor esperado é calculado como uma média de ensemble. A energia
é um exemplo típico de uma propriedade deste tipo. Pelo contrário, as propriedades não mecânicas
são propriedades globais que dependem de todo o espaço acessível de microestados. A entropia e as
energias de Gibbs e Helmholtz são exemplos típicos de propriedades deste tipo.
Um tratamento exclusivamente quântico deste problema só é possível para gases ideais de
pequena e média dimensão. Nestes sistemas, as partículas (moléculas) não interactuam umas com as
outras. Os valores médios de uma propriedade mecânica reflectem a distribuição das partículas por
cada nível quântico. O cálculo destes valores pode ser efectuado para uma partícula e generalizado
par o sistema global. No formalismo da mecânica estatística, a função de partição do ensemble
desempenha um papel central. A função de partição Q(NA,V,T) de um ensemble de uma mole de
moléculas de um gás ideal a volume e temperatura constantes pode ser calculada em termos da
chamada função de partição molecular (Z(V,T)) que é igual para todas as moléculas,
Z (V , T ) N A
Q( N A ,V , T ) = (1)
N A!
1
Z (V , T ) = ∑ g I exp(− β E I ) com β = (2)
I kB T
Consequentemente a função de partição molecular Z(V,T) pode ser calculada como o produto
das suas componentes electrónica Zel(T), translacional Z trans (V , T ) , rotacional Z rot (T ) e vibracional
Z vib (T ) :
E m ,T
= E el + E transl + E rot + E vib (6)
m ,T m ,T m ,T m ,T
Por sua vez, a energia de Gibbs, entalpia e a capacidade calorífica a pressão constante molares
apresentam componentes do mesmo género e uma componente global não específica:
H m,T
= E el + E transl + E rot + E vib + RT (10)
m,T m,T m,T m,T
esperado da energia molar padrão ( < E > om,T ), capacidade calorífica molar a volume constante
padrão ( CVo , m (T ) ), entropia molar padrão ( S mo (V , T ) ), energia de Gibbs molar padrão ( Gmo (V , T ) ),
valor esperado da entalpia molar padrão ( < H > om,T ) e capacidade calorífica molar a pressão
constante padrão ( CPo , m (T ) ). Para caracterizar corretamente estes valores, é sempre necessário
Z el ≈ g 0 , (12)
Amel = − RT ln g 0 + N A E 0 (13)
E el = N A E0 (14)
m
S mel = R ln g 0 (15)
C mel,V = 0 (16)
caixa tridimensional de paredes infinitas e assumindo que a diferenças de energia entre os níveis
translacionais é muito inferior a kBT.
V
Z transl (V , T ) ≈ (17)
Λ3
1/ 2
h2
Λ = , (18)
2π m k B T
Z transl (V , T ) V 1
Amtransl (V , T ) = − RT ln − RT = − RT ln 3
− RT = − RT ln − RT =
NA NA Λ ρ Λ3
(19)
k T
− RT ln B 3 − RT
PΛ
3
E transl = RT (20)
m,T 2
Smtransl (V , T ) = R ln
Z transl (V , T )
+ R + RT
[
∂ ln Z transl (V , T ) ] V 5
NA ∂T = R ln N Λ3 + 2 R =
V A
(21)
1 5 kT 5
R ln 3 + R = R ln B 3 + R
ρΛ 2 PΛ 2
∂ E transl
m,T
3
C transl (T ) = = R (22)
V ,m ∂T 2
V
A componente rotacional da função de partição é calculada usando o modelo do rotor rígido.
Quando a temperatura não é demasiado baixa, é válida a chamada aproximação clássica. Nestas
circunstâncias, a diferença de energia entre dois níveis rotacionais consecutivos é muito pequena
relativamente a kBT e a função de partição rotacional pode ser calculada como: 1
T
Z rot (T ) = (23)
σ rot Θ rot
Na equação (23), σ rot é o chamado número de simetria rotacional que representa o número de
orientações equivalentes que a molécula pode assumir por permuta de átomos idênticos. σ rot é
igual a dois para moléculas diatómica homonucleares e igual a um para moléculas diatómicas
heteronucleares. Na mesma equação, Θ rot é a chamada temperatura rotacional característica
calculada como,
B
Θ rot = , (24)
kB
h2 1
B= ou B = (u.a.) (25)
2I ⊥ 2I ⊥
I ⊥ = µ req2 , (26)
1
Quando a temperatura é suficientemente baixa, a aproximação clássica não é válida e as componentes rotacionais da
função de partição e das propriedades termodinâmicas molares devem ser calculadas numericamente.
m1 × m2
µ= (27)
m1 + m2
T
Amrot (T ) = − RT ln Z rot (T ) = − RT ln (28)
σ rot Θ rot
E rot = RT (29)
m,T
∂[ln Z rot (T )] T
Smrot (T ) = R ln Z rot (T ) + RT ( )
= R ln Z rot (T ) + 1 = R ln + 1 (30)
∂T V σ rot Θ rot
∂ E rot
σ 2 rot
ET m, T
C rot (T ) = N A = =R 2
(31)
V ,m k BT 2 ∂T
V
2
Praticamente todo o formalismo, anteriormente apresentado para a estrutura rotacional de moléculas diatómicas, é
também válido para moléculas poliatómicas lineares. Apenas o momento de inércia não é calculado através da equação
(26).
Figura 3. Energia potencial e valores próprios de um oscilador harmónico.
O oscilador harmónico tem um número infinito de estados próprios (ver figura 3) dados pela
equação,
1
E vvib = v + hν vib , v = 0 ,1,2 ,..., ∞ . (32)
2
onde νvib é a frequência de vibração e h a constante de Planck. No entanto, a série que corresponde
à função de partição é convergente e pode ser calculada como,
hν Θ
exp − vib exp − vib
exp[− β hν vib 2] 2k BT = 2T ,
Z vib (T ) = = (33)
1 − exp[- β hν vib ] hν Θ vib
1 − exp − vib 1 − exp −
k BT T
hν vib
Θ vib = (34)
kB
A função de partição vibracional atrás descrita (equação 33) é aquela que deve ser usada no
cálculo de propriedades termodinâmicas absolutas. Nesta formulação, o zero da energia
corresponde ao mínimo do poço harmónico de energia vibracional (energia do estado electrónico
fundamental). No entanto, para permitir uma interpretação física mais concreta da função de
partição vibracional, é habitual utilizar uma formulação alternativa da em que o zero da energia
corresponde ao estado vibracional fundamental (v=0):
1
Z (vib
v = 0 ) (T ) = (35)
Θ
1 − exp − vib
T
Esta função permite efectuar uma estimativa razoável do número de estados vibracionais
ocupados. Quando T tende para 0 Z (vib
v = 0 ) (T ) tende para um, ou seja apenas o estado vibracional
para infinito. Isto significa que se atingiu o chamado limite clássico, em que a energia varia
continuamente (diferenças de energia entre estados consecutivos muito inferiores a kBT) e todos os
estados vibracionais estão ocupados. Esta função de partição pode ainda ser utilizada para calcular
os valores térmicos das propriedades vibracionais molares que dependem da energia vibracional do
ponto zero (energia, entalpia, energia de Helmholtz e energia de Gibbs).
Dentro do formalismo harmónico, a componente vibracional da energia de Helmholtz molar é
calculada pela equação:
Θ
exp − vib
Amvib (T ) = − RT ln Z vib (T ) = − RT ln 2T (36)
Θ
1 − exp − vib
T
∞
E vib
m,T
= NA E vib
T
= NA ∑ Pv Evvib , (37)
v =0
Pv =
(
exp − βE vvib ) (38)
q vib (T )
Alternativamente, este valor esperado pode ser calculada como:
Na equação (39), o primeiro termo representa a chamada energia vibracional do ponto zero
(energia vibracional da molécula a 0 K) e o segundo termo representa a chamada energia
vibracional térmica (variação da energia vibracional entre 0 K e a temperatura T).
De acordo com o mesmo modelo, a entropia vibracional molar é calculada pela equação:
σ2
∂ E vib
= R exp(Θ / T )
2
=
ET
vib
Θvib / T
exp(Θ / T ) − 1
vib m ,T
C (T ) = N A (41)
k BT 2 vib
V ,m ∂T
V vib
Este oscilador tem um número finito de estados (vmax+1) até atingir o contínuo de energia
correspondente à dissociação molecular. Os correspondentes valores próprios são dados por:
2
1 1 1− χe
Evvib = v + hν vib - v + χ e h vvib , v = 0 ,1,2 ,...., v max onde v max ≤ (42)
2 2 2χ e
v max
Z vib (T ) = ∑ exp(- β Evvib ) (44)
v =0
v max
Z (vib vib
[
v = 0 ) (T ) = ∑ exp - β (Ev − E0 )
vib
] (45)
v =0
v max
Am (T ) = − RT ln Z vib (T ) = − RT ln ∑ exp - βEvvib
vib
( ) (46)
v =0
v max
E vib = N A E vib = N A ∑ Pv Evvib (47)
m ,T T
v =0
onde Pv tem o mesmo significado anterior explicitada para o modelo do harmónico (ver equação
38).
E vib − Amvib (T )
m,T
S mvib (T ) = (48)
T
vib 2 2
σ 2 vib E − E vib
T
= NA
vib ET T
C (T ) = N A (49)
V ,m
k BT 2 k BT 2
2
Na equação (49), E vib é valor esperado do quadrado da energia vibracional molar que
T
v max
vib 2 vib 2
∑
2
E = NA E = NA Pv E vvib (50)
m,T T v =0
3) Gases ideais poliatómicos
Para gases ideais poliatómicos com M átomos, as componentes electrónica e translacional da
função de partição molecular e das propriedades termodinâmicas molares calculam-se exatamente
da mesma forma do que para gases ideais diatómicos. No entanto, as componentes rotacionais (para
moléculas não lineares) e vibracionais são calculadas de uma forma diferente que será explicitada
em seguida:
Para moléculas poliatómicas lineares, as componentes rotacionais são calculadas utilizando um
formalismo análogo ao apresentado para as moléculas diatómicas (ver nota de rodapé 2).
Para moléculas não lineares, a componente rotacional da função de partição é calculada usando
o modelo do rotor rígido. No entanto, o problema só é tratável quanticamente para que apresentam
pelo menos dois momentos de inércia iguais.
Quando a temperatura não é demasiado baixa, é válida a chamada aproximação clássica.
Nestas circunstâncias, a diferença de energia entre dois níveis rotacionais consecutivos é muito
pequena relativamente a kBT e a função de partição rotacional pode ser calculada como: 3
π T 3/ 2
Z rot (T ) = (51)
σ rot (Θrot , x × Θrot , y × Θrot , z )1 / 2
onde Θ rot, x , Θ rot, y e Θ rot, z são as temperaturas rotacionais segundo as três direcções do espaço
A h2 1
Θ rot , x = ; com A = ou A = (u.a.) (52)
kB 2 I xx 2 I xx
B h2 1
Θ rot , y = ; com B = ou B = (u.a.) (53)
kB 2 I yy 2 I yy
C h2 1
Θ rot , z = ; com C = ou C = (u.a.) (54)
kB 2 I zz 2 I zz
Nas equações anteriores, Ixx, Iyy e Izz são os correspondentes momentos de inércia segundo as
mesmas direcções.
3
Quando a temperatura é suficientemente baixa, a aproximação clássica não é válida e as componentes rotacionais da
função de partição e das propriedades termodinâmicas molares devem ser calculadas numericamente. No entanto, tal
como foi referido anteriormente, este tratamento não é possível para os rotores assimétricos que apresentam três
momentos de inércia diferentes.
As componentes rotacionais das diversas propriedades termodinâmicas molares podem ser
calculadas pelas equações:
π T 3/ 2
Amrot (T ) = − RT ln Z rot (T ) = − RT ln (55)
σ rot (Θ × Θ × Θ )1 / 2
rot , x rot , y rot , z
3
E rot = RT (56)
m,T 2
S (T ) = R ln q (T ) + RT
rot rot [
∂ ln Z rot (T ) ] rot 3
m = R ln Z (T ) + 2 =
∂T V
(57)
π T 3/ 2 3
R ln +
σ rot (Θ rot , x × Θ rot , y × Θ rot , z )1 / 2 2
∂ E rot
σ 2 rot
ET m, T
3
C rot (T ) = N A = = R (58)
V ,m k BT 2 ∂T 2
V
A energia vibracional ( E vvib ) é então calculada como a soma da energia dos s osciladores
harmónicos,
s
E vvib = ∑ε v r
, (59)
r =1
onde ε v r é a energia dos oscilador r no seu estado próprio (vr) dada por:
1
ε v = (v r + ) hν r ; v r = 0, 1, 2, .... , (60)
r
2
(v =0)
Dentro desta aproximação, as funções de partição ( ( Z vib (T ) e Z vib (T )) são calculadas
s s
exp[− Θ r (2T )]
Z vib (T ) = ∏ Z rvib (T ) = ∏ , (61)
r =1 r =1 1 − exp[− Θ r T ]
s s
vib 1
v = 0 ) (T ) = ∏ Z r ( v = 0 ) (T ) = ∏
Z (vib (62)
r =1 r =1 1 − exp[− Θ r T ]
s
exp[− Θ r (2T )]
Amvib (T ) = − RT ln Z vib (T ) = − RT ln ∏ (63)
r =1 1 − exp[− Θ r T ]
s s s s
Θr Θr hν r hν r
E vib
m,T
=R ∑ 2
+R ∑ exp(Θ r T ) − 1
= NA
2 ∑ + NA ∑
exp[hν r (k B T )] − 1
(64)
r =1 r =1 r =1 r =1
[
∂ ln Z vib (T )
Smvib (T ) = R ln Z vib (T ) + RT
]
∂T =
V
(65)
s
Θr / T
R ∑ − ln[1 − exp(− Θ r / T )]
r =1 exp(Θ r / T ) − 1
σ 2 vib
∂ E vib s
2
∑
ET m, T Θr / T
C vib (T ) = N A = =R exp(Θ r / T )
2 ∂T exp(Θ / T ) − 1 (66)
V ,m k BT r =1 r
V
hν r
Θr = ; r = 1, 2, ..., s (67)
kB
4) Propriedades termodinâmicas molares de reação padrão
Um sistema químico gasoso envolvendo x espécies (k reagentes e x − k produtos) em equilíbrio
a uma dada temperatura (T) e volume (V), pode ser representado pela seguinte equação química:
a1 A1 ( g ) + L + ak Ak ( g ) ⇌ ak +1 Ak +1 ( g ) + L + a x Ax ( g ) (68)
ou
x
∑ν
i =1
i Ai ( g ) = 0; onde ν i = ai para i > k e ν i = − ai para i ≤ k (69)
Uma propriedade termodinâmica molar genérica de reação padrão (∆rXo) pode ser calculada
como,
x
∆ r X o = ∑ν i X io,m , (70)
i =1
onde X io,m é a correspondente a propriedade termodinâmica molar padrão da espécie Ai. Neste
contexto, podem ser definidas diferentes propriedades termodinâmicas molares de reações. As mais
usadas são a energia de Gibbs molar de reação padrão (∆rGo) e as suas componentes: entalpia molar
de reação padrão (∆rHo) e entropia molar de reação padrão (∆rSo). Estas propriedades são
calculadas, respetivamente, como
x
∆r G o = ∑ νi Gi,om (V , T ) (71)
i=1
x
∆r H o = ∑ νi < H >io, m,T (72)
i=1
e
x
∆r S o = ∑ νi Sio,m (V , T ) (73)
i=1
Tabela 1: Lista de projetos a serem desenvolvidos nas aulas do módulo 3 dos trabalhos práticos de
Química Computacional.
Nº Título Classe Continuação
A1 Estudo do efeito cis no sistema 1-benzimidazólio-2-benzimidazoletileno A Não
A2 Estudo do efeito cis no diazeno e seus derivados A Não
A3 Estudo do efeito cis em derivados do eteno A Não
B4 Estudo teórico do efeito do estado padrão nas propriedades termodinâmicas de gases B Não
£
B5 Entropia molar padrão e entalpia térmica molar padrão em função da temperatura B Sim
C6 Relações estrutura/propriedades termodinâmicas numa série de moléculas do tipo CX4 C Sim $
C7 Relações estrutura/propriedades termodinâmicas na série: F2, O2 e N2 C Sim §
C8 Relações estrutura/propriedades termodinâmicas na série: H2, F2 e Cl2 C Sim §
C9 Relações estrutura/propriedades termodinâmicas na série: H2, HF e HCl C Sim §
C10 Estudo de modelos teóricos da estrutura vibracional de gases diatómicos C Sim #
C11 Estudo de modelos teóricos da estrutura rotacional de gases diatómicos C Sim *
D12 Estudo teórico de isómeros constitucionais D Não
D13 Estudo teórico de reações de hidrogenação de alquenos D Não
D14 Estudo teórico da reação de dissociação do tetróxido de dinitrogénio (N2O4) D Não
D15 Estudo teórico da reação de formação do fluoreto de hidrogénio D Não
D16 Estudo teórico duma reação de troca isotópica D Não
E17 Projeto aberto E Não
£
Continuação do projeto B5 do módulo 2.
$
Continuação do projeto F19 do módulo 2.
§
O grupo, que eventualmente tenha realizado o projeto F18 do módulo 2, terá prioridade na escolha de um destes
projetos.
#
Continuação do projeto F16 do módulo 2.
* Continuação do projeto F17 do módulo 2. Em caso contrário, exige trabalho de programação adicional.
Aspetos gerais
Alguns sistemas que apresentam uma ligação dupla central, por exemplo N=N ou C=C, exibem
o chamado efeito cis. Este efeito implica, que para substituintes com determinadas características
químicas, o isómero cis é mais estável que o isómero trans. Nestes projetos, são estudados
equilíbrios do tipo,
para diversos sistema que apresentam este efeito. Estes equilíbrios são caracterizados pelas
seguintes propriedades termodinâmicas: entalpia molar de isomerização padrão (∆isom.Ho), entropia
molar de isomerização padrão (∆isom.So) e energia de Gibbs molar de isomerização padrão (∆isom.Go).
Estas propriedades termodinâmicas molares de isomerização são definidas como,
∆isom. H o =< H > om ,T (Isómero cis ) − < H > om ,T (Isómero trans ) (76)
Usando esta metodologia, é possível discutir o efeito cis tendo em conta factores entálpicos e
entrópicos. Pretende também analisar-se a influência da temperatura neste efeito. Para cada projeto
desta classe, deve seguir o seguinte procedimento geral:
(i) Otimize as geometrias dos dois isómeros e calcule as respetivas frequências
vibracionais analiticamente;
(ii) Use o nível de tratamento quântico M06-2X/6-311++G(d,p) e o programa Gaussian
16;
(iii) Para cada isómero, calcule as propriedades termodinâmicas molares padrão à pressão
de 1 bar (correspondente a 0.986923 atm) e para a seguinte gama de 14 temperaturas
(298.15 K, 373.15 K, 473.15 K, 573.15 K, 673.15 K, 773.15 K, 873.15 K, 973.15 K,
1073.15 K, 1173.15 K, 1273.15 K, 1373.15 K, 1473.15 K e 1573.15 K);
(iv) Calcule as propriedades termodinâmicas de isomerização padrão, em função da
temperatura à pressão considerada, a partir dos resultados obtidos em (iii);
(v) Discuta os resultados obtidos, tendo em conta o objetivo do projeto.
Sistemas em estudo
Projeto A1: Cis-1-benzimidazólio-2-benzimidazoletileno e trans-1-benzimidazólio-2
4
benzimidazoletileno (ver figura 6).
Isómero trans
Isómero cis
Figura 6: Fórmulas estruturais dos isómeros cis e trans do 1-benzimidazólio-2-
benzimidazoletileno.
4
Estes isómeros são também conhecidos por: (Z)-1-benzimidazólio-2-benzimidazoletileno e (E)-1-benzimidazólio-2-
benzimidazoletileno.
Projeto A2: Cis-N2X2 e trans-N2X2, com X = H, CH3 e F5 (ver figura 7).
X
X X X
Cis-N2X2 Trans-N2X2
Figura 6: Fórmulas estruturais dos isómeros cis e trans do diazeno e dos seus derivados.
Projeto A3: Cis-C2H2X2 e trans-C2H2X2, com X = CH3, Cl e F.6 (ver figura 8).
X X X
X
Cis-C2H2X2 Trans-C2H2X2
Figura 8: Fórmulas estruturais dos isómeros cis e trans de derivados do eteno.
Aspetos gerais
Nos projetos desta classe, são analisadas as variações das propriedades termodinâmicas
molares padrão com a temperatura e/ou a pressão.
5
Estes isómeros são também conhecidos por: (Z)-N2X2 e (E)-N2X2.
6
Estes isómeros são também conhecidos por: (Z)-C2H2X2 e (E)-C2N2X2.
(i) Otimize as geometrias das duas moléculas em estudo e calcule as respetivas
frequências vibracionais analiticamente;
(ii) Para este efeito, use o nível de tratamento quântico B3LYP/6-311G(d,p) e o programa
Gaussian 16;
(iii) Para cada molécula, calcule as propriedades termodinâmicas molares padrão para os
estados padrão considerados (Po = 1 bar ⇔ Po = 0.986923 atm e Co = 1 mol⋅dm-3) e para
a seguinte gama de 14 temperaturas (298.15 K, 373.15 K, 473.15 K, 573.15 K, 673.15 K,
773.15 K, 873.15 K, 973.15 K, 1073.15 K, 1173.15 K, 1273.15 K, 1373.15 K, 1473.15 K
e 1573.15 K);
(iv) Discuta os resultados obtidos, tendo em conta o objetivo do projeto.
Projeto B5: Entropia molar padrão e entalpia térmica molar padrão em função da
temperatura
Este projeto tem como objetivo comparar métodos experimentais e teóricos na determinação da
entropia molar padrão ( S mo (V , T ) ) e da entalpia térmica molar padrão ( < H term. >om,T ). A última
Neste estudo, é usado o naftaleno como sistema modelo. Este projeto é a continuação do
projeto B5 do módulo 2. Neste projeto, deve seguir o seguinte procedimento geral:
Aspetos gerais
Algumas propriedades termodinâmicas, como a entropia molar e a capacidade calorífica molar
a pressão constante, são bastante dependentes da estrutura molecular. Os projetos C6 a C9 analisam
esta questão em termos gerais. O projeto C6 analisa moléculas poliatómicas e é continuação do
projeto F19 do módulo 2. Os projeto C7 a C9 analisam moléculas diatómicas e são a continuação do
projeto F18 do módulo 2. O projeto C10 está apenas centrado na estrutura vibracional e é a
continuação do projeto F16 do módulo 2. O projeto C11 está apenas centrado na estrutura rotacional
e é a continuação do projeto F17 do módulo 2. No caso de este projeto não ter sido realizado, é
necessário fazer algum trabalho de programação adicional. Um número restrito de constantes
moleculares condiciona o valor destas propriedades e a sua variação com a temperatura. De entre
estas constantes, destacam-se: (i) a degenerescência do estado eletrónico fundamental, (ii) a massa,
(iii) o comprimento de ligação de equilíbrio e (iv) as constantes de força vibracionais. Para cada
projeto desta classe, deve seguir o seguinte procedimento geral:
Sistemas em estudo
Projeto C6: Série de moléculas tetraédricas do tipo CX4, com X = H, F ou Cl.
Projeto C7: Série de moléculas diatómicas: F2, O2 e N2.
Projeto C8: Série de moléculas diatómicas: H2, F2 e Cl2.
Projeto C9: Série de moléculas diatómicas: H2, HF e HCl.
Projeto C10: Série de moléculas diatómicas: N2, F2 e Cl2.
Projeto C11: Série de moléculas diatómicas: H2, HF e Cl2.
Classe D: Reações químicas envolvendo gases ideais.
Aspetos gerais
Nos projetos desta classe, são estudadas algumas reações químicas envolvendo gases ideais. A
termodinâmica destas reações pode ser descrita pela energia de Gibbs molar de reação padrão
(∆rGo), e suas componentes entalpia molar de reação padrão (∆rHo) e entropia molar de reação
padrão (∆rSo). Estas propriedades termodinâmicas podem ser calculadas usando o formalismo
descrito na secção 4. Para cada projeto desta classe, deve seguir o seguinte procedimento geral:
componentes (valor esperado da entalpia molar padrão ( < H >om,T ) e entropia molar
Reações em estudo
Projeto D12: Estudo teórico de isómeros constitucionais.
Os isómeros constitucionais partilham a mesma fórmula química, mas fórmulas estruturais
completamente diferentes. Neste projeto, pretende estudar-se como estas diferenças estruturais
afetam as respetivas propriedades termodinâmicas. Neste caso, os isómeros em estudo são o 1-4-
dioxano e o acetato de etilo de fórmula molecular comum (C4H8O2). As fórmulas estruturais destes
compostos são apresentadas na figura 9.
Figura 9: Fórmula estrutural dos isómeros estruturais 1-4-dioxano (à esquerda) e acetato de etilo (à
direita.
H H CH3
H CH3
H3C H
+ H2 ⇌ C C (82)
Trans-C2H2(CH3)2
H3C H H
C2H4(CH3)2
H H CH3
H3C CH3
+ H2 ⇌ C C (83)
Cis-C2H2(CH3)2
H3C H H
C2H4(CH3)2