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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS


PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOCIÊNCIAS FORENSES

PRINCIPAIS TÉCNICAS DE BIORREMEDIAÇÃO in situ UTILIZADAS NA


RECUPERAÇÃO DE ÁREAS CONTAMINADAS POR DERIVADOS DE
PETRÓLEO

Larissa Villela de Almeida


Graduada em Ciências Biológicas pela Universidade Federal de Pernambuco - UFPE
Graduada no Curso Superior de Tecnologia em Gestão Ambiental pelo Instituto Federal de Educação,
Ciência e Tecnologia de Pernambuco - IFPE.
larissavillela@yahoo.com.br
Janaína Juliana Maria Carneiro Silva
Mestre em Ciências Florestais pela Universidade de Brasília - UNB.
jajumaca@gmail.com

1. INTRODUÇÃO

A atividade industrial aumenta cada vez mais nos dias de hoje e junto com essas
atividades cresce também os riscos ambientais, em especial os acidentes ambientais, que
podem causar grandes contaminações de solo e água gerando problemas sociais e de saúde
pública (DAL FORNO, 2006).
Os grandes acidentes ambientais por petróleo e seus derivados geralmente se dão
por perdas e rompimentos de ductos, ou por acidentes ocorridos no seu transporte e tem um
efeito significativo sobre as propriedades físico químicas do ambiente contaminado
(BENTO, 2005).
Estima-se que, de 1970 a 2008, cerca de 5,65 milhões de toneladas de óleo foram
lançadas ao mar e que nos últimos 47 anos o número de acidentes e o volume de óleo
derramado têm diminuído progressivamente (ITOPF, 2009). Porém, as pequenas
contaminações, oriundas das lavagens dos motores e tanques de armazenamentos e dos
efluentes líquidos gerados nas refinarias e petroquímicas, são fontes de poluição pontuais e
freqüentes que têm tanta importância quanto os grandes acidentes (ALMEIDA, 2009).
No Brasil, o primeiro grande acidente conhecido ocorreu em 1974 quando o
petroleiro Takimyia Maru causou um vazamento de aproximadamente 6.000 toneladas no
Canal de São Sebastião, litoral norte de São Paulo. Em 1975 o navio Tarik Ibn Zyiad
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provocou o derramamento do mesmo volume de óleo na Baía de Guanabara, Rio de


Janeiro. Em 1978, o petroleiro Brazilian Marina provocou o vazamento de 6.000 toneladas
no Canal de São Sebastião (CETESB, 2009). Desde então acidentes vêm ocorrendo e
comprometendo a qualidade dos ambientes costeiros em especial das áreas estuarinas.
Ao longo do litoral brasileiro pode ser encontrado um mosaico de ecossistemas de
alta relevância ambiental como manguezais, restingas, dunas, praias, ilhas, costões
rochosos, baías, brejos, falésias, estuários, recifes de corais e outros ambientes importantes
do ponto de vista ecológico, todos apresentando diferentes espécies animais e vegetais
(IBAMA, 2010).
O estuário é um sistema aberto e dinâmico onde os elementos químicos são
mobilizados constantemente. Apresenta baixa energia hidrodinâmica e podem atuar como
reservatórios ou fontes de contaminantes (RIBEIRO et al., 2008). Fornecem habitat,
alimentação e áreas de desenvolvimento para muitas espécies (ALMEIDA, 2009).
Os manguezais são importantes ecossistemas estuarinos ao longo da costa tropical e
subtropical (BERNARD et al., 1996). Representam a interface entre a terra e o mar e são
freqüentemente contaminados com hidrocarbonetos e outros poluentes gerados pelas
atividades humanas (NOOA, 2002). É considerado um dos mais sensíveis e vulneráveis
ecossistemas costeiros a vazamentos de óleo, podendo o óleo persistir nesse ecossistema
por anos (GUNDLACH; HAYES, 1978 apud CANTAGALLO et al., 2007).
Mesmo sendo a zona costeira um patrimônio nacional, o que lhe confere proteção
legal em relação a sua utilização dentro de condições que assegurem a preservação do meio
ambiente, inclusive dos recursos naturais (MEDAUAR, 2009), ela apresenta situações que
necessitam tanto de ações preventivas, como corretivas, para o seu planejamento e gestão,
a fim de atingir padrões de sustentabilidade para estes ecossistemas (IBAMA, 2010) e por
em prática a legislação vigente.
É a luz do desenvolvimento sustentável que a Constituição Federal de 1988 (CF/88)
em seu art. 225, §2° define que “aquele que explorar recursos minerais fica obrigado a
recuperar o meio ambiente degradado, de acordo com solução técnica exigida pelo órgão
público competente na forma da lei” (MEDAUAR, 2009).
No Brasil recuperação é conceituada na Lei 9985 de 18 de julho 2000 (Sistema
Nacional de Unidades de Conservação da Natureza – SNUC) como sendo “a restituição de
um ecossistema ou de uma população silvestre degradada a uma condição não degradada,
que pode ser diferentes de sua condição original” (MEDAUAU, 2009).
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A contaminação dos ecossistemas costeiros, seja em virtude de ação ou omissão do


causador do dano, desencadeará responsabilidade civil objetiva, acolhendo-se o princípio
do poluidor-pagador, da prevenção e também a Teoria do Risco Integral, mediante o qual
deverá o empreendedor da atividade lesiva, assumir o risco de suas atividades econômicas
e todos os custos com a prevenção e reparação integral dos danos ambientais oriundos de
sua atividade independentemente de culpa (ALBERGARIA, 2009).
Além disso, o art. 225, §3°, da CF/88 e o art. 14 da Lei 6.938/81 impõem aos
infratores, sejam pessoas físicas ou jurídicas, sanções penais e administrativas e de acordo
com o art. 29, caput, do Código Penal “a responsabilidade das pessoas jurídicas não exclui
a das pessoas físicas, autoras, co-autoras ou partícipes do mesmo fato” (VIVIANE, 2008).
No Brasil, entre as leis que obrigam às empresas a estarem preparadas para
acidentes estão a Resolução CONAMA nº. 293/01 (BRASIL, 2001), a Lei nº. 9.966/00
(conhecida como “lei do óleo”, de 28 de abril de 2000) e o Decreto no 4.871/03, de 6 de
Novembro de 2003 (combate a poluição por óleo em águas nacionais) (BRASIL 2000,
2003). Neste âmbito, inserem-se as Cartas de Sensibilidade Ambiental a Vazamentos de
Óleo (cartas SAO), definidas pelo governo federal, que são parte integrante dos Planos
Individuais de Emergência e Planos de Área e constituem um elemento fundamental para o
balizamento de ações de resposta a vazamentos de óleo, uma vez que ajudam a delinear,
antecipadamente, as estratégias de contenção, remoção e limpeza recomendadas para cada
ambiente (MMA, 2004).
“O desenvolvimento sustentável busca simultaneamente a eficiência econômica, a
justiça social e a harmonia ambiental” (MAIMON, 1996 apud CAMARGO, A. L. de B.,
2003). É visto como “a emergência de um novo paradigma para orientação dos processos e
reavaliação dos relacionamentos da economia e da sociedade com a natureza, bem como
das relações do Estado com a sociedade civil” (JARA, 2001 apud CAMARGO, A. L. de
B., 2003).
A identificação da melhor técnica utilizada para recuperar a qualidade dos

ambientes contaminados, baseada nos critérios econômicos, sociais e ambientais que


norteiam o desenvolvimento sustentável, é de fundamental importância ambiental para
mitigação dos impactos negativos em caso de contaminação.
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1.1 Objetivo

Identificar as principais técnicas utilizadas in situ para biorremediar áreas


contaminadas por derivados de petróleo utilizando critérios de sustentabilidade.

1.2 Metodologia

Foi realizado um levantamento bibliográfico no Portal Capes, em Bibliotecas de


Universidades como a Universidade Federal de Pernambuco, em livros, sites e materiais
emprestados por pesquisadores para a coleta das informações sobre as técnicas de
biorremediação in situ mais utilizadas para áreas contaminadas com derivados de petróleo
e tais técnicas foram analisadas à luz de alguns critérios de sustentabilidade que embasam a
atual legislação ambiental brasileira.

2. DESENVOLVIMENTO

O petróleo bruto é uma complexa mistura de hidrocarbonetos que apresenta


contaminações por enxofre, nitrogênio, oxigênio e metais, variando de acordo com sua
origem. No seu estado bruto, o petróleo, possui poucas aplicações para o homem, porém
quando submetido a uma série de processos de refino é desdobrado nos seus diversos
derivados que possuem grande interesse comercial. Refinar petróleo é, portanto, separar as
frações desejadas, processá-las e lhes dar acabamento, de modo a se obterem os produtos
desejáveis (MARIANO, 2005).
É classificado como Poluente Orgânico Persistente (POP), substância resistente à
degradação que se bioacumulam e representam risco à saúde humana e ambiental
(CHAGAS-SPINELLI, 2007).
A exata natureza e a duração dos eventuais impactos de um derrame dependem
de uma série de fatores. Estes incluem o tipo e a quantidade de óleo, seu
comportamento no ambiente, as características físicas da área afetada, as
condições climáticas e estação do ano, o tipo e eficácia da resposta de limpeza,
as características biológicas e características econômicas da região e sua
sensibilidade à poluição por óleo (ITOPF, 2009).
Portanto, a eficiência de uma recuperação deve abordar tanto os aspectos ambientais como
os sociais e os econômicos.
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Quando o óleo é derramado, por exemplo, no mar, vários processos físico-químicos


e biológicos ocorrem alterando as propriedades, comportamento e a toxicidade do óleo. As
transformações que ocorrem são: espalhamento, evaporação, dispersão, emulsificação,
dissolução, fotoxidação, sedimentação e biodegradação (MARQUES JR. et al., 2002).
Os processos de espalhamento, evaporação, dispersão, emulsificação e dissolução
são os mais importantes durante o início do derrame, porque juntos são responsáveis por
até 50% da taxa de decaimento da concentração inicial do óleo no mar nas primeiras 24
horas (MILANELLI, 1994).
Segundo Mariano (2005) cerca de 24h após o evento, a água e o óleo formam uma
emulsão que tem como principais conseqüências a redução da quantidade de luz solar
disponível, devido à formação de um filme de óleo. Tal fato reduz a taxa de fotossíntese,
prejudicando o fitoplâncton, a toxicidade de certas frações do petróleo (tolueno, xileno,
benzeno e os Hidrocarbonetos Poliaromáticos - HPAs) que pode provocar a morte de
certos organismos (moluscos, peixes e crustáceos) dependendo do tipo de óleo e da
quantidade presente no meio aquático.
Outras conseqüências observadas 24h após o derrame são a aderência do óleo sobre
os corpos dos animais, mamíferos, peixes, pássaros, crustáceos, causando prejuízo a saúde
ou até mesmo a morte, a porção de petróleo que se deposita no fundo que forma um
sedimento prejudicando os organismos aquáticos, sendo que a fauna bêntica é
particularmente suscetível, assim como os ovos dos peixes que tenham sido depositados
em tais locais e o prejuízo a saúde humana, uma vez que os hidrocarbonetos são
considerados cancerígenos, e as pessoas podem incluir os frutos do mar contaminados em
sua dieta (MARIANO, 2005).
Segundo Delille et al. (1998) as principais conseqüências a nível ambiental e sócio-
econômico dos vazamentos de óleo em sistemas aquáticos são a redução dos nutrientes
essenciais (nitratos e fosfatos) por decompositores que utilizam o óleo como fonte de
carbono; a redução da oxigenação devido ao processo biológico de degradação do óleo e
ao aumento da biomassa microbiana; aumento dos microorganismos heterotróficos em
relação aos autotróficos, visto que os últimos não resistem à escassez de luminosidade, de
oxigênio e de nutrientes e acabam morrendo; o desaparecimento dos peixes nas zonas
atingidas, suspendendo a pesca; a mortandade de moluscos devido à ingestão de grande
quantidade de substâncias tóxicas, os tornando impróprios para consumo e prejudicando
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sua comercialização; o prejuízo turístico quando as praias são atingidas; o cheiro intenso
do óleo que provoca mal-estar na população; o prejuízo para as companhias petrolíferas.
Segundo Burns et al. (2000) são também conseqüências a nível ambiental e sócio-
econômico a possível contaminação de camadas mais profundas de areia e a possível
contaminação de áreas não afetadas com a remoção do poluente . Ou seja, configura-se um
quadro de externalidades ambientais imprevisíveis.
As opções mais freqüentemente utilizadas na limpeza dos ambientes costeiros são:
limpeza natural, remoção manual, uso de materiais absorventes, bombeamento a vácuo,
“skimmers” (equipamento desenvolvido para remover o óleo da superfície da água,
utilizando discos giratórios e cordas absorventes), jateamento com água a diferentes
pressões, jateamento com areia, corte de vegetação, queima in situ, trincheiras, remoção de
sedimentos, produtos dispersantes e biorremediação (CANTAGALLO et al., 2007).
Os tratamentos físicos separam os contaminantes do solo sem destruí-los ou
modificá-los quimicamente, mas apresentam muitas limitações, destacando-se o custo alto.
Os processos biológicos, por outro lado, são uma tecnologia promissora para remover esses
contaminantes principalmente devido à simplicidade e eficiência de custo quando
comparados a outras alternativas (ALEXANDER, 1994).
A técnica de biorremediação consiste na utilização de microrganismos com o
objetivo de degradar compostos tóxicos transformando-os em produtos neutros que não
irão agredir o meio ambiente (MESQUITA, 2004). Vêm sendo amplamente estudadas e
utilizadas para remediação de ambientes contaminados com substâncias orgânicas e têm
como pré-requisito básico o aumento da eficiência da remoção natural feita pelos
microrganismos (CHAGAS-SPINELLI, 2007).
O benefício desses processos é a mineralização do poluente, isto é, a conversão de
resíduos orgânicos em biomassa e sub-produtos inertes, inócuos do metabolismo
microbiano, como o CO2, CH4 e sais orgânicos (CORSEUIL, 1994).
As técnicas de biorremediação podem ser executadas tanto in situ como ex situ.
Nos processos ex situ, o meio é extraído e tratado em instalação de depuração específica.
Já nos processos in situ, analisados neste artigo, a biorremediação é feita no próprio local
de contaminação (SEABRA, 2001).
Como as técnicas de biorremediação in situ são feitas na própria área contaminada
ela gera menos custos com o transporte e armazenamento do material contaminado e
menos distúrbios ambientais (MARIANO, 2006). Além disso, esse transporte poderia
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colocar sob risco outras áreas, conseqüentemente pessoas e ambientes, e a própria coleta
do material contaminado poderia gerar outros tipos de problemas. Assim as técnicas de
biorremediação in situ são consideradas mais atrativas pelo baixo custo, menor impacto ao
ambiente e facilidade de sua aplicação em relação às técnicas de biorremediação ex situ, ou
seja, as técnicas in situ são mais sustentáveis do que as ex situ.

3. DISCUSSÃO
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3.1 Biorremediação Intrínseca ou Natural

A remediação natural corresponde a processos físicos, químicos e biológicos que


promovem a despoluição de solos. Fundamentada nos processos naturais de atenuação para
remover ou conter os contaminantes dissolvidos no solo (WIEDEMEIR, 1996) pode ser
realizada pelos microorganismos, sendo chamada de biorremediação intrínseca ou natural,
ou biodegradação.
A biodegradação de compostos orgânicos representa o mais importante mecanismo
de eliminação de petróleo e de hidrocarbonetos poluentes do ambiente (LEAHY;
COLWELL, 1990). É bem conhecida e ocorre naturalmente através de bactérias e fungos,
estando limitada pela disponibilidade de nutrientes, composição e abundância das
comunidades microbianas, salinidade, temperatura, concentração de oxigênio dissolvido, a
distribuição e natureza do óleo derramado (CRAPEZ, 2001).
Segundo Kataoka (2001) devido à diversidade de espécies, versatilidade catabólica
e anabólica e sua capacidade de adaptação aos mais variados ambientes e as mais variadas
condições do meio os microorganismos constituem os organismos mais eficientes para
degradação.
A biodegradação do petróleo envolve todos os fenômenos de quebra de seus
componentes para componentes de menor peso molecular ou mais polares. A degradação
completa do petróleo por populações naturais de microorganismos representa um dos
mecanismos primários pelo qual os compostos poluentes são eliminados do meio ambiente
e resulta como membros finais o dióxido de carbono e a água (BAIRD, 2002).
A biorremediação natural é indicada quando as demais técnicas de remediação
causarem mais danos que benefícios ao ambiente contaminado e quando ocorrerem
derrames de óleos leves, que serão naturalmente evaporados e degradados muito rápido.
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Mesmo sem a utilização de uma técnica de limpeza o óleo será degradado, sendo que de
forma mais lenta (NOOA, 2002).
O único custo desse processo é com o monitoramento do local contaminado,
através de análises de água, solo (NOOA, 2002) e também pode ser analisada a
concentração de contaminantes em animais e os vegetais.

3.2 Bioestímulo

A bioestimulação de microorganismos é uma técnica utilizada “in situ” quando


existe uma população nativa capaz de degradar os poluentes presentes e as condições
ambientais estão limitando as taxas de biodegradação. Descoberta as necessidades físico-
químicas para a atividade microbiana a adição de agentes estimulantes como nutrientes,
biossurfactantes e oxigênio (bioventilação) podem ser utilizados para melhorar a eficiência
da atividade microbiana em relação à biodegradação dos poluentes (ALMEIDA, 2009).
Nos próximos sub-tópicos segue a análise dos agentes estimulantes citados.

3.2.1 Nutrientes

Os hidrocarbonetos servem como fonte de carbono para os microorganismos sendo


um elemento vital para o crescimento e desenvolvimento dos mesmos. Entretanto, outros
nutrientes também são necessários como os macronutrientes e os micronutrientes
(ALMEIDA, 2009).
Dentre os macronutrientes o nitrogênio é imprescindível para a síntese de proteínas,
de ácidos nucléicos e de componentes da parede celular e o fósforo é fundamental na
síntese de ATP, de ácidos nucléicos e da membrana celular. Os micronutrientes como ferro
(Fe), alumínio (Al), cálcio (Ca), manganês (Mn), magnésio (Mg) e cobre (Cu) atuam como
cofatores de reações enzimáticas (LIEBEG; CUTRIGHT, 1999).
Por serem, o nitrogênio e o fósforo, considerados fatores limitantes da degradação
microbiana a sua utilização deve ser feita após estudo preliminar onde as possíveis fontes
de nutrientes e suas melhores relações C:N:P (Carbono, Nitrogênio e Fósforo
respectivamente) devem ser definidas, visto que cada ambiente apresenta características e
deficiências distintas, o que pode influenciar na disponibilidade destes nutrientes aos
microrganismos (BAPTISTA et al., 2003).
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Podem ser utilizadas várias fontes de nutrientes, tais como fertilizantes inorgânicos,
uréia, serragem, húmus, estrume, biosólidos (NAMKOONG et al., 2002) e vinhaça.
Devido à elevação da população de microrganismos, oriunda da adição de
nutrientes, os hidrocarbonetos são, supostamente, degradados mais rápidos na
bioestimulação do que na biorremediação natural (SARKAR et al., 2005).

3.2.1 Biossurfactantes

Os surfactantes são moléculas anfipáticas, possuindo uma parte hidrofílica e outra


hidrofóbica, que podem ser sintetizada quimicamente ou produzidas por microorganismos
(CETESB, 2003). Apresentam propriedades como adsorção, formação de micelas,
formação de macro e micro emulsões, ação espumante, solubilidade e detergência
(GOUVEIA et al., 2003).
Possuem uma grande variedade de aplicações, tanto na indústria como na
remediação de lugares contaminados com petróleo ou derivados do petróleo. São capazes
de diminuir as tensões superficial e/ou interfacial entre gases, líquidos e sólidos
favorecendo a biodegradação do poluente. Os biossurfactantes em comparação aos
surfactantes sintéticos apresentam vantagens tais como baixa toxicidade, natureza
biodegradável e eficiência em valores extremos de pH, temperatura e salinidade. Alguns
biossurfactantes apresentam também capacidades anti-fúngicas, anti-virais e de sorção de
metais e são usados na indústria do petróleo para aumentar a recuperação do petróleo
(OLIVEIRA et al., 2005).
Tem sido sugerido que a produção de biossurfactantes pode aumentar a
emulsificação e a solubilização de derivados do petróleo, favorecendo o crescimento dos
microorganismos nestes substratos, já que as linhagens de microorganismos que utilizam
hidrocarbonetos produzem maiores quantidades de biossurfactantes que as linhagens
crescidas em substratos solúveis em água (LIN, 1996). Com isso a utilização de um agente
tensoativo pode aumentar os índices de biodegradação de óleo cru.
A baixa solubilidade dos hidrocarbonetos de petróleo é uma das limitações nos
processos de Biorremediação in situ. Ocorre porque parte dos hidrocarbonetos fica aderida
à matéria orgânica presente ou retida nos espaços da matriz do solo impedindo que esses
poluentes fiquem disponíveis para que sejam biodegradados (CUNHA et al., 2008).
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Considerados agentes de superfície ativa os biossurfactantes podem ser produzidos


por diversos tipos de microorganismos (bactérias, leveduras e fungos filamentosos) e
variarem nas propriedades químicas e no tamanho da molécula. Porém, os
microorganismos aeróbicos são os principais produtores de biossurfactantes por meio da
utilização de uma fonte de carbono (BENTO, 2005).
Os altos custos de produção, os métodos ineficientes de recuperação e o uso de
matérias primas de alto custo limitam a viabilidade comercial dos biossurfactantes
(NITSCHKE; PASTORE, 2002 apud MARIANO, 2006), assim, atualmente, muitos
estudos relacionados aos biossurfactantes referem-se à busca de fontes de matérias primas
alternativas como uma das possibilidades de redução de custos de produção (MARIANO,
2006).

3.2.2 Bioventilação

O fator metabólico mais crítico no processo de biorremediação é o oxigênio. É uma


técnica muito utilizada nos tratamentos in situ devido à quantidade de oxigênio ser limitada
nos ambientes subsuperficiais (ATLAS, 1991).
Consiste no tratamento de solo contaminado através da passagem de oxigênio pelo
solo para estimular o crescimento e a atividade microbiana.
As vantagens dessa técnica são o custo relativamente baixo, a possibilidade de
utilização de concentrações maiores de suprimento de oxigênio do que a saturação que o ar
proporciona, e a não persistência no ambiente. As desvantagens são a toxicidez aos
microrganismos e a rápida decomposição em ambientes subterrâneos (ATLAS, 1991).

3.3 Bioaumento/Bioadição

O bioaumento é um tipo de técnica que utiliza a adição de microorganismos como


meio para aumentar a biodegradação do poluente. Essa técnica pode ser realizada
utilizando a população autóctone de microorganismos, ou seja, presentes nas áreas
contaminadas que se pretende recuperar (CUNHA; LEITE, 2000) e utilizando
microrganismos cultivados dentro de um sistema contaminado que podem ser derivados de
um solo contaminado qualquer ou obtidos de uma cultura estoque (SARKAR et al., 2005).
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Os microorganismos selecionados, tanto os autóctones quanto os alóctones, devem


ser capazes de degradar derivados de petróleo. Na utilização dos microorganismos
alóctones esses devem possuir um alto nível de atividade enzimática, capacidade de
competir com a população nativa do solo contaminado, não podem ser patogênicos e não
devem produzir substâncias tóxicas durante o processo de biodegradação. (LEAHY;
COLWELL, 1990).
Contudo, estudos demonstraram que a competição dos microorganismos alóctones
com os autóctones restringe a eficiência do processo de biodegradação (LIEBEG;
CUTRIGHT, 1999). Assim, a utilização de microrganismos autóctones é preferencial aos
provenientes de outros sítios ou aos microrganismos geneticamente modificados, pois não
necessita de um monitoramento mais incisivo (CHEN; TAYLOR, 1997).
De acordo com a legislação brasileira, que dispõe sobre os processos de
remediação, só é permitida a inoculação de microrganismos autóctones, considerando que,
em função de suas peculiaridades ou de um uso inadequado, os microorganismos alóctones
podem acarretar desequilíbrio no ecossistema e danos ao meio ambiente (CONAMA,
2002)
A junção da técnica de bioaumento com a técnica de bioestímulos tem sido
sugerida em muitos trabalhos (BENTO et al., 2005). Essa junção diminui o tempo da
biorremediação e isso é uma vantagem para esse consórcio de tratamentos.

3.4 Fitorremediação

A fitorremediação consiste na utilização de sistemas vegetais (árvores, arbustos,


plantas rasteiras e aquáticas), aliados a versatilidade metabólica microbiana, para remover,
capturar ou degradar contaminantes (PLETSCH et al., 1999).
Como as raízes modificam as condições químicas, físicas e biológicas do solo, elas
estimulam a microbiota existente no local e os processos químicos que acarretam o
aumento da degradação (KIRK et al., 2004). Esta técnica é influenciada pelo pH,
salinidade, textura e porosidade do solo, pelo clima e pelo tipo e concentração dos
poluentes (CUNNINGHAM et al. 1996).
Apesar de o baixo custo ser uma vantagem, esta técnica apresenta algumas
desvantagens como: um tempo longo para se ter resultados, pois depende do ciclo de vida
da planta; a morte da planta quando a concentração de poluente e de outras toxinas
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passarem do tolerável pela mesma; conseqüências indesejáveis caso entre na cadeia


alimentar (PLETSCH, 1999).

3.5 Ambientes costeiros e as técnicas de biorremediação in situ

Considerando as vantagens e desvantagens dos diferentes métodos a


biorremediação natural é a opção mais indicada para a limpeza de ambientes contaminado
em manguezais, costões rochosos expostos, recifes de coral, lagoas costeiras e praias
(CANTAGALLO, 2007).
Segundo Michel (2000) a bioadição não é recomendada para manguezais
eutrofizados porque é muito provável que já exista uma comunidade de microorganismos
degradadores e a bioestimulação, com adição de fertilizantes, também porque na maioria
das vezes os nutrientes não são limitantes.
O manguezal é vulnerável ao pisoteio, pois além de causar a quebra de
pneumatóforos e outras estruturas pode causar o deslocamento do petróleo para as camadas
mais profundas do sedimento (anaeróbia), dificultando mais ainda a biodegradação dos
poluentes que podem persistir por anos, afetando as raízes das plantas e animais que vivem
nessa camada do sedimento (MMA, 2004).
Para os costões rochosos expostos, a limpeza natural é indicada porque a ação das
ondas, marés e correntes retiram eficientemente o produto na área atingida, além disso, o
acesso a essas áreas pode ser difícil e perigoso E em função dessa grande hidrodinâmica
seria difícil a utilização das técnicas de biorremediação. Contudo, nos costões rochosos
abrigados a limpeza natural é considerada menos eficiente visto que o fraco
hidrodinamismo implica numa lenta e baixa taxa de remoção natural (NOOA, 2000).
Testes feitos em praias mostraram que a adição de fertilizantes foi eficiente no
aumento da taxa de biodegradação que foram severamente atingidos por óleo (LEE;
LEVY, 1991 apud MICHEL, 1992). Em outros estudos a adição de nutrientes não foi
eficiente devido à lixiviação e lavagem dos sedimentos pelas ondas, marés e correntes. A
preocupação com a limpeza das praias tem sido muito mais motivada pela recuperação do
aspecto estético (significado econômico) do que pelas conseqüências ecológicas causadas
pelo derramamento do óleo (CANTAGALLO, 2007).
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3.6 Comparações das técnicas de biorremediação

Bento et al. (2003) em seu trabalho avaliou a degradação de hidrocarbonetos de


petróleo em solos contaminados com óleo diesel utilizando a biorremediação natural, a
biestimulação e o bioaumento. Observou que o bioaumento foi a técnica que apresentou
maiores taxas de biodegradação, seguida da biorremediação natural e da bioestimulação.
Observou também que a adição de microorganismos pré-selecionados do ambiente
contaminado foi a técnica que apresentou melhores resultados. Apesar desses resultados a
bioestimulação parece ser a técnica de biorremediação mais usual atualmente
(MARGESIN; ZIMMERBAUER; SCHINNER, 2000).
A biorremediação natural é a única técnica que só apresenta custo com o
monitoramento da área contaminada. As demais técnicas, além dos custos com
monitoramento apresentam outros. No bioestímulo com adição de nutrientes custos com
estudos preliminares devem ser feitos, caso já não o exista, para definir as proporções
ideais de nutrientes e custos com os fertilizantes. A utilização de biossurfactante não é
viável, pois seu custo ainda é muito alto. Já a bioventiliação é uma técnica que apresenta
baixo custo. O bioaumento, apesar de ser a técnica mais eficiente, é a menos utilizada
devido ao seu maior custo em relação a biorremediação natural, adição de nutrientes,
bioventilação e fitorremediação. Seu custo é mais alto em virtude da identificação, seleção,
cultivo e outros que possa existir com os microorganismos. A fitorremediação também
apresenta um custo baixo, porém o tempo necessário para que degrade os contaminantes é
maior que nas demais técnicas, onde o aumento da taxa de biodegradação diminui o tempo
necessário para recuperação do ambiente.
De acordo com os estudos as diferentes técnicas de biorremediação apresentam
vantagens e desvantagens e muitas vezes se utilizadas individualmente têm efeito limitado.
A combinação de mais de uma técnica melhora a eficiência da biorremediação (HUANG et
al., 2004), visto que cada tratamento pode atuar na promoção de melhores condições para
que ocorra a degradação de cada fração específica desses poluentes.
A definição, aprovação e aplicação de qualquer método de limpeza e intervenção na
recuperação de ambientes costeiros atingidos por vazamento de óleos são de
responsabilidade dos órgãos ambientais. Neste contexto, as técnicas de biorremediação
vêm se apresentando como um processo bastante promissor, principalmente pela maior
aceitação por parte das Agências Reguladoras e da Opinião Pública, por ser considerada
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uma forma “natural” de tratamento, por oferecer baixos riscos às áreas contaminadas e por
ser uma alternativa que favorece a relação custo-benefício do tratamento (MARGESIN;
SCHINNER, 2001).
Contudo, os procedimentos de limpeza empregados têm sido definidos levando-se
em conta, principalmente, a demanda sócio-econômica e aspectos estéticos; aspectos
ecológicos muitas vezes são colocados em segundo plano, o que termina por gerar
impactos adicionais e muitas vezes mais sérios do que os do próprio derrame de petróleo
(IPIECA 2000; MICHEL et al. 1992). No Brasil, os métodos empregados freqüentemente
têm priorizado a recuperação estética de ambientes afetados, com a utilização de
procedimentos danosos à comunidade biológica (MILANELLI et al., 2001).

4. CONCLUSÕES

A definição da melhor técnica depende de muitos fatores como: o tipo de poluente e


quantidade; o tipo de ecossistema contaminado e sua acessibilidade, as condições
econômicas do poluidor; a legalidade da técnica, as pesquisas existentes para dar suporte
técnico aos órgãos ambientais; a proximidade com comunidades; o menor impacto aos
ambientes; a repercussão na população que venha a ser afetada pela contaminação; os
custos da recuperação; além das especificidades de cada contaminação.
Considerando que o desenvolvimento sustentável tem como referência o equilíbrio
da decisão econômica, balizadas pelos benefícios à sociedade e ao ambiente, é necessário
que o melhor custo para recuperação esteja associado ao melhor benefício sócio ambiental
e que estudos mais avançados sobre biorremediação de áreas contaminadas de petróleo e
seus derivados sejam realizados, observando-se que a biorremediação só pode ser utilizada
se estiver em concordância com a legislação ambiental brasileira e for autorizada pelo
órgão ambiental competente.

5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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