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4.1.2. ARTE No Ensino Fundamental, o componente curricular Arte está centrado nas seguintes
linguagens: as Artes visuais, a Dança, a Música e o Teatro
Na BNCC de Arte, cada uma das quatro linguagens do componente curricular – Artes visuais,
Dança, Música e Teatro – constitui uma unidade temática que reúne objetos de conhecimento e
habilidades articulados às seis dimensões apresentadas anteriormente (p. 197)
(Disponível em:
http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf)
É entendido “habilitação específica” a que condiz com a área a ser trabalhada, não
uma formação na área de educação em geral. A habilitação exigida, para trabalhar com os ANOS
INCIAIS no município de São Francisco, não atende as orientações Nacionais e Estaduais de
Educação, comprometendo a qualidade de ensino do Componente Curricular Arte e desvaloriza
os Profissionais Habilitados e legalmente competentes para assumir os cargos em questão.
Enfatizo que em São Francisco, há profissionais habilitados para atender a demanda do município,
para tanto não justifica a contratação precária de profissionais não habilitados para lecionarem Artes,
como é o caso da formação em Pedagogia, por exemplo.
Dos requisitos básicos para investidura nas funções de professor nos casos exigidos por Lei,
podemos verificar junto o seguinte documento:
Legislação Mineira
NORMA: LEI 15293 DE 05/08/2004 - TEXTO ATUALIZADO
Institui as carreiras dos Profissionais de Educação Básica do Estado.
DO INGRESSO
"I - para a carreira de Professor de Educação Básica:
a) habilitação específica obtida em curso de magistério de nível médio de escolaridade,
Em consonância com o Plano Municipal de Educação e com vistas a resguardar os interesses dos
estudantes, valorização dos profissionais e a qualidade de ensino, portanto, os comprovantes de
habilitação/escolaridade e formação especializada (diploma e histórico) devem seguir a exigência da área
específica a ser trabalhada e as Normas Gerais da Educação.
A arte na escola já foi considerada matéria, disciplina, atividade, mas sempre mantida à margem das áreas
curriculares tidas como mais “nobres”. Esse lugar menos privilegiado corresponde ao desconhecimento, em
termos pedagógicos. (PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS/ARTE.
(Disponível em: http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/arte.pdf)
Infelizmente, trata-se de uma área ainda pouco valorizada dentro e fora das escolas em geral,
pois há pouco tempo inserida tal como obrigatória na legislação para assumir cargos do ensino
formal em Arte/Artes. Para avançarmos com a perspectiva de envolver a Arte na escola como
forma de conhecimento que é, não apenas entretenimento e decoração das mesmas é
indispensável que todo o setor da Educação se envolva, se informe e se adeque.
Além disso, a LEI Nº 13.415, DE 16 DE FEVEREIRO DE 2017, que altera a Lei 9394/96 exige
a necessária e adequada formação dos respectivos professores em número suficiente para atuar
na educação básica.
Art. 1o O § 6o do art. 26 da Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, passa a vigorar
com a seguinte redação:
Art. 26. § 6o As artes visuais, a dança, a música e o teatro são as linguagens que
constituirão o componente curricular de que trata o § 2o deste artigo.
Art. 2o O prazo para que os sistemas de ensino implantem as mudanças decorrentes
desta Lei, incluída a necessária e adequada formação dos respectivos professores em
número suficiente para atuar na educação básica, é de cinco anos.
Art. 3o Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
De acordo com este documento, o prazo para adequação e inserção obrigatória de professores
habilitados para assumirem as aulas de Arte também nos Anos Iniciais se encerrou em maio
deste ano. Sei que é um trabalho que demanda tempo e esforço das envolvidas e envolvidos, mas
além da prática escolar direta realizada pelos docentes, nos debatemos com o descaso
administrativo e político acerca às questões. Para tanto, peço olhar atento também às questões
específicas da Categoria de Professores de Artes. Após a Lei 9394/96 tivemos alguns avanços,
mas ainda temos muito o que pensar e trabalhar para conquistar o que é de nosso direito.
A princípio, solicito às autoridades atuais da Educação do município para fazer cumprir a lei
acima, contudo melhorar o acesso ao trabalho para mais professores de Arte dentro da escola,
com o acesso desses profissionais, além de emprego para a categoria, o avanço de qualidade do
Ensino de Arte acontece como consequência.
A revisão da documentação no que diz respeito aos diplomas dos profissionais e a prioridade
para assumir os cargos de Artes em nossa cidade se faz necessário para cumprir e seguir a área
de atuação e habilitação adequada para o ENSINO FORMAL de Arte/Artes nas escolas, tal
como é o caso das Instituições Municipais de Ensino do Município de São Francisco-MG.
Uma vez que sabemos, que a área Arte/Artes na escola ainda é pouco entendida e até mesmo
pouco reconhecida por profissionais da educação como área de conhecimento no âmbito escolar
por alguns profissionais da educação e talvez por isso, por vezes, passam despercebidas algumas
irregularidades. Apesar disso, o edital não deve desconsiderar as HABILITAÇÕES E
ESCOLARIDADES MÍNIMAS equivalentes ao cargo destinado. É desrespeitoso com a
categoria de Arte-Educadores licenciados, pois a Instituição Escolar do município corresponde
ao ensino formal e deve seguir orientações gerais.
Além disso, somos profissionais qualificados para tal cargo e reitero que existem professores
disponíveis habilitados em Artes, mas precisamos esclarecer e conduzir situações perante a
legislação tal como é cumprido com as outras disciplinas/conteúdos de maneira justa e
tratamento igualitário entre todas as áreas.
Confiante e sempre na luta a favor Educação Pública de Qualidade para todas e todos!
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