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Índice
Definição
Etimologia
História
Pré-história
Antiguidade clássica
Idade Média
Idade Moderna
Renascimento e Reforma
A Era dos Descobrimentos
Iluminismo
Idade Contemporânea
Revoluções políticas
A formação das nações e dos impérios
Revolução Industrial
Guerras mundiais
Guerra Fria
Reunificação e integração
Geografia
Relevo
Hidrografia
Clima
Demografia
Línguas
Religião
Política
União Europeia
Outras organizações
Subdivisões
Regiões
Economia
Pré-1945: crescimento industrial
1945-1990: A Guerra Fria
1991-2013: O crescimento da UE
2008-2009: Recessão
Cultura
Desporto
Ver também
Referências
Bibliografia
Ligações externas
Definição
O uso do termo "Europa" desenvolveu-se gradualmente ao longo da
história.[8][9] Na antiguidade, o historiador grego Heródoto
provavelmente em referência a mapas de Hecateu de Mileto embora
sem o nomear explicitamente, descreve o mundo como tendo sido
dividido em três continentes, sendo eles a Europa, a Ásia e a Líbia
(África), com o Nilo e o rio Fásis formando de suas fronteiras,
embora também afirme que alguns consideravam o rio Don, em vez
do Fásis, como a fronteira entre Europa e Ásia.[10] Flávio Josefo e o
Livro dos Jubileus descrevem os continentes como as terras dadas por
Noé aos seus três filhos, sendo a Europa definida entre as Colunas de
Hércules no Estreito de Gibraltar, separando-a da África, e o rio Don,
O mapa medieval T e O, de 1472,
separando-o da Ásia.[11]
mostrando a divisão do mundo em 3
A definição cultural da Europa como terras da cristandade latina
continentes, atribuídos aos três
consolidou-se no século VIII, significando um novo local cultural
filhos de Noé
criado através da confluência de tradições germânicas e da cultura
cristã-latina, definidas em parte, em contraste com o Islão e Império
Bizantino, e limitado a norte pela Ibéria (no Cáucaso), Ilhas Britânicas, França, Alemanha ocidental
cristianizada, e as regiões alpinas do norte e no centro da Itália.[12] Esta divisão, tanto geográfica como
cultural, foi utilizada até a Baixa Idade Média, quando foi desafiada pela Era dos descobrimentos.[13][14] O
problema da redefinição da Europa, finalmente foi resolvido em 1730 quando, em vez de canais, o geógrafo e
cartógrafo sueco von Strahlenberg propôs os Montes Urais como a fronteira mais importante do leste, uma
sugestão que foi aceita na Rússia e em toda a Europa.[15]
A Europa está agora em geral, definida pelos geógrafos, como a península ocidental da Eurásia, com seus
limites marcados por grandes massas de água para o norte, oeste e sul; limites da Europa para o Extremo
Oriente são normalmente tomadas para os Urais, o rio Ural, e o Mar Cáspio, a sudeste, as montanhas do
Cáucaso, o Mar Negro e nas vias que ligam o Mar Negro ao Mar Mediterrâneo.[16]
Às vezes, a palavra "Europa" é utilizada de forma geopoliticamente limitada[17] para se referir apenas à
União Europeia ou, ainda mais exclusiva, a um núcleo cultural definido. Por outro lado, o Conselho da
Europa tem 47 países membros, e apenas 28 estados-membros são parte da União Europeia.[18] Além disso,
pessoas que vivem em áreas insulares, como a Irlanda, o Reino Unido, no Atlântico Norte e Mediterrâneo e
ilhas também na Escandinávia podem rotineiramente se referir a parte "continental" ou ao "continente" da
Europa ou simplesmente como "o continente".[19]
Mapa da Europa, mostrando as fronteiras geográficas mais utilizadas[20]
(legenda:
azul = países transcontinentais• verde = países historicamente europeus, mas fora das fronteiras europeias).
Oceano Ártico
Baía de Baffin
Gronelândia (Din.) Svalbard (Nor.)
Mar de Barents
Mar da Gronelândia
Islândia
Mar da
Noruega
Faroé (Din.)
Finlândia
Oceano
Atlântico Noruega
Norte Suécia Estónia Rússia
Letónia
Mar do
Cazaquistão
Dinamarca
Norte Lituânia
Irlanda
Mar Reino Bielorrússia
Celta Unido P. Baixos Polónia
BélgicaAlemanha
Lux. Ucrânia Mar
Rep.
Cáspio
Checa
Eslováquia
Golfo de França Moldávia
Biscaia Suíça ÁustriaHungria Mar de Geórgia Azer.
Liec. Roménia
Eslovénia
Croácia Mar
Azov Arménia
And. Mon. S. Mar.Bósnia Sérvia Negro
Portugal Mar Mar Bulgária
ItáliaAdri Mont.
Kos.
Espanha Lígure Vat. ático Turquia
Mac. do N.
Alb.
Golfo de
Grécia
CádisEstreito de Gibraltar
Mar Mediterrâneo
Mar
Egeu Chipre
Malta
Etimologia
Na mitologia grega, Europa era uma princesa fenícia que Zeus sequestrou
depois de assumir a forma de um touro branco deslumbrante. Ele a levou para
a ilha de Creta, onde ela deu à luz Minos, Radamanto e Sarpedão. Para
Homero, Europa (em grego: Εὐρώπη, Eurṓpē) era uma rainha mitológica de
Creta e não uma designação geográfica. Mais tarde, o termo Europa foi
usado para se referir ao centro-norte da Grécia, e em 500 a.C., seu significado
foi estendido para as terras ao norte.
As principais línguas do mundo usam palavras derivadas de "Europa" para se referir ao "continente"
(península). O chinês, por exemplo, usa a palavra Ōuzhōu ( 歐洲 ); este termo também é usado para se referir à
União Europeia nas relações diplomáticas em língua japonesa, apesar do termo katakana ( ヨーロッパ
Yōroppa ? ) ser mais comumente usado. No entanto, em algumas línguas turcas, o nome originalmente persa
Frangistan (terra dos francos) é usado casualmente para se referir à grande parte da Europa, além de nomes
oficiais, como Avrupa ou Evropa.[27]
História
Pré-história
Começando no Neolítico, tem-se a civilização dos Camunos no Val Camonica, Itália, que deixou mais de
350 000 petróglifos, o maior sítio arqueológico da Europa.
Também conhecido como Idade do Cobre, o Calcolítico europeu foi um tempo de mudanças e confusão. O
fato mais relevante foi a infiltração e invasão de imensas partes do território por povos originários da Ásia
Central, considerado pelos principais historiadores como sendo os originais indo-europeus, mas há ainda
diversas teorias em debate. Outro fenómeno foi a expansão do Megalitismo e o aparecimento da primeira
significante estratificação económica e, relacionado a isso, as primeiras monarquias conhecidas da região dos
Balcãs.[28] A primeira civilização bem conhecida da Europa foi as dos Minoicos da ilha de Creta e depois os
Micenas em adjacentes partes da Grécia, no começo do 2º milénio a.C..[28]
Embora o uso do ferro fosse de conhecimento dos povos egeus por volta de 1 100 a.C., não chegou à Europa
Central antes de 800 a.C., levando ao início da Cultura de Hallstatt, uma evolução da Idade do Ferro (que até
então se encontrava na Cultura dos Campos de Urnas). Provavelmente como subproduto desta superioridade
tecnológica, pouco depois os indo-europeus consolidam claramente suas posições na Itália e na Península
Ibérica, penetrando profundamente naquelas penínsulas (Roma foi fundada em 753 a.C.).
Antiguidade clássica
Os gregos e romanos deixaram um legado na Europa que é evidente
nos pensamentos, leis, mentes e línguas actuais. A Grécia Antiga foi
uma união de cidades-estado, na qual uma primitiva forma de
democracia se desenvolveu. Atenas foi sua cidade mais poderosa e
desenvolvida, e um berço de ensinamento nos tempos de Péricles.
Fóruns de cidadãos aconteciam e o policiamento do estado deu
ordem ao aparecimento dos mais notáveis filósofos clássicos, como
Sócrates, Platão e Aristóteles. Como rei do Reino Grego da
O templo grego de Apolo, em Pesto,
Macedónia, as campanhas militares de Alexandre o Grande
Itália
espalharam a cultura helénica até às nascentes do rio Indo.
Idade Média
Idade Moderna
Renascimento e Reforma
Importantes precedentes políticos aconteceram neste período. O político Nicolau Maquiavel escreveu "O
Príncipe" que influenciou o posterior absolutismo e a política pragmática. Também foram importantes os
diversos líderes que governaram estados e usaram a arte da Renascença como sinal de seus poderes.
Essa expansão ajudou a economia dos países que a fizeram. O comércio prosperou, por causa da menor
estabilidade entre os impérios. No final do século XVI, a prata americana era responsável por 1/5 de todo o
comércio da Espanha.[37] Os países europeus travaram guerras que foram pagas através do dinheiro
conseguido com a exploração das colónias. No entanto, os lucros com o tráfico de escravos e as plantações
das Índias Ocidentais, a mais rentável das colônias britânicas naquele momento, representavam apenas 5% de
toda a economia do Império Britânico no final do século XVIII, tempo da Revolução Industrial.
Iluminismo
Depois da Paz de Vestfália, que permitiu aos países que eles escolhessem a sua orientação religiosa, o
Absolutismo tornou-se o padrão do continente, enquanto a Inglaterra caminhava rumo ao liberalismo com a
Guerra Civil Inglesa e a Revolução Gloriosa.[42] Os conflitos militares na europa não acabaram, mas tiveram
menos impacto na vida dos seus cidadãos. No noroeste, o Iluminismo deu a base filosófica para um novo
ponto de vista na sociedade, e a contínua difusão da literatura foi possível com a invenção da prensa, criando
novas formas de avanço do pensamento humano. Ainda, nesse segmento, a Comunidade Polaco-Lituana foi
uma exceção, com a sua quase democrática "liberdade dourada".
A Europa Oriental era uma arena de conflito disputada pela Suécia, Comunidade Polaco-Lituana e Império
Otomano. Nesse período observou-se um gradual declínio destes três poderes que foram eventualmente
substituídos pelas novas monarquias absolutistas, Rússia, Prússia e Áustria.[43] Na virada para o século XIX,
eles tornaram-se as novas potências, dividindo a Polónia entre si, com Suécia e Turquia perdendo territórios
substanciais para a Rússia e a Áustria respetivamente/respectivamente. Uma grande parte de judeus
polacos/poloneses emigrou para a Europa Ocidental, fundando comunidades judaicas em lugares de onde
foram expulsos durante a Idade Média.
Idade Contemporânea
Revoluções políticas
A intervenção francesa na Guerra de Independência dos EUA levou o estado francês à falência.[44] Depois
de diversas tentativas falhas de uma reforma financeira, Luis XVI foi forçado a reavivar a Assembleia dos
Estados Gerais, um corpo representativo do país feito pelas três classes do estado: o clero, os nobres e o povo.
Os membros dos Estados-Gerais reuniram-se no Palácio de Versalhes
em maio de 1789, mas o debate e a forma de votação que seria usada
criaram um impasse. Veio junho, e o terceiro estado, associado a
membros dos dois outros estados, declarou-se uma Assembleia
Nacional e prometeu não se dissolver até que França tivesse uma
constituição e criasse, em julho, uma Assembleia Nacional
Constituinte. No mesmo tempo, os parisienses revoltaram-se,
celebremente derrubando a prisão da Bastilha em 14 de julho de
1789.[44]
A Tomada da Bastilha, durante a
Revolução Francesa em 1789 Nesse tempo, a assembleia criou uma monarquia constitucional, e nos
dois anos que se passaram várias leis foram criadas como a
Declaração dos direitos do Homem e do Cidadão, a abolição do
feudalismo e uma mudança fundamental das relações entre a França e Roma.[44] No início, o rei continuou
no trono ao longo dessas mudanças e gozou de uma popularidade razoável com o povo, mas a anti-realeza
crescia com o perigo de uma invasão estrangeira. Então o rei, sem poderes, decidiu fugir com a sua família,
mas ele foi reconhecido de volta a Paris. Em 12 de janeiro de 1793, sendo condenada a sua traição, ele foi
executado.
Em 12 de junho de 1812, Napoleão invadiu a Rússia com a sua Grande Armée de aproximadamente 700 000
soldados.[45] Após as vitórias em Smolensk e Borodino, Napoleão ocupou Moscovo, apenas para encontrá-la
queimada pelo exército russo em retirada. Assim, ele foi forçado a bater com seu exército em retirada. Na
volta o seu exército foi arrasado pelos cossacos e sofreu de doenças, fome e com o rigoroso inverno russo.
Apenas 20 000 soldados sobreviveram a essa campanha.[45] Em 1813, começou o declínio de Napoleão,
sendo derrotado pelo Exército das Sete Nações na Batalha de Leipzig em outubro de 1813. Ele foi forçado a
abdicar depois da Campanha dos Seis Dias e a ocupação de Paris. Sob o Tratado de Fontainebleau ele foi
exilado na Ilha de Elba. Retornou à França em 1 de março de 1815 e convocou um exército leal, mas foi
compreensivelmente derrotado por forças britânicas e prussianas na Batalha de Waterloo em 18 de junho de
1815.[45]
A paz iria apenas durar até que o Império Otomano declinasse suficientemente para se tornar alvo de
outros.[51] Isso incitou a Guerra da Crimeia em 1854,[52] e começou um tenso período de pequenos conflitos
entre as nações dominantes da Europa que deram o primeiro passo para a posterior Primeira Guerra Mundial.
Isso mudou uma terceira vez com o fim de várias guerras que transformaram o Reino da Sardenha e o Reino
da Prússia nas nações da Itália e da Alemanha, mudando significativamente o balanço do poder na Europa. A
partir de 1870, a hegemonia Bismarquiana na Europa pôs a França em uma situação crítica.[53] Ela devagar
reconstruiu suas relações internacionais, buscando alianças com a Grã-Bretanha e Rússia, para controlar o
crescente poder da Alemanha sobre a Europa. Desse modo, dois lados opostos se formaram na Europa,
incrementando suas forças militares e suas alianças ano a ano.[54]
Revolução Industrial
Guerras mundiais
Depois de aliar-se com a Itália de Mussolini no Pacto de Aço e assinar o pacto de não agressão com a União
Soviética, o ditador alemão Adolf Hitler começou a Segunda Guerra Mundial em 1 de Setembro de 1939
invadindo a Polónia, depois de uma expansão militar ocorrida no final da década de 1930. Após sucessos
iniciais (principalmente a conquista do oeste da Polónia, grande parte da Escandinávia, França e os Balcãs
antes de 1941), as forças do Eixo começaram a enfraquecer-se em 1941. Os principais oponentes ideológicos
de Hitler eram os comunistas da União Soviética, mas por causa da falha alemã em derrotar o Reino Unido e
das falhas italianas no norte da África e no Mediterrâneo, as forças do Eixo
se resumiram à Europa Ocidental, Escandinávia, além de ataques a África.
O ataque feito posteriormente à União Soviética (que junto com a
Alemanha dividiu a Europa central em 1939-1940) não foi feito com a força
necessária. Apesar de um sucesso inicial, o exército alemão foi parado perto
de Moscovo em dezembro de 1941.
O período foi marcado também por um industrializado e planeado genocídio de mais de 11 milhões de
pessoas, incluindo a maioria dos judeus da Europa e ciganos, assim como milhões de polacos e eslavos
soviéticos. O sistema soviético de trabalho forçado, as expulsões da população da União Soviética e a grande
fome da Ucrânia tiveram semelhante carga de mortes. Durante e depois da guerra, milhões de civis foram
afetados pelas forçadas transferências da população.
Guerra Fria
Reunificação e integração
Um tratado estabelecendo uma constituição para a UE foi assinado em Roma em 2004, com a intenção de
substituir todos os antigos tratados com apenas um só documento. Entretanto, a sua ratificação nunca foi feita
devido à rejeição de franceses e holandeses, via referendo. Em 2007, concordou-se em substituir aquela
proposta com um novo tratado reformado, o Tratado de Lisboa, que iria entrar como uma emenda em vez de
substituir os tratados existentes.[65] Esse tratado foi assinado em 13 de dezembro de 2007 e entraria em vigor
em janeiro de 2009, se ratificado até essa data. Isso daria à União Europeia seu primeiro presidente e ministro
de relações exteriores.[65]
Os Bálcãs são a região do continente que mais desejam aderir à União Europeia, com a Croácia sendo o
último país a ser aceito no bloco, em 2013. As negociações formais para a entrada da Albânia e Macedônia
do Norte estão em andamento.[66][67]
Geografia
Fisiograficamente, a Europa é o componente noroeste da maior massa de terra do planeta, conhecida como a
Eurásia, ou Eurafrásia: a Ásia ocupa a maior parte leste dessa porção de terra contínua e todos partilham uma
plataforma continental comum. A fronteira oriental da Europa agora é comumente definida pelos montes
Urais, na Rússia.[16] O geógrafo do século I d.C. Estrabão, considerava o rio Dom (Tánais) como o limite
para o mar Negro,[68] como diziam as primeiras fontes judaicas.
A fronteira sudeste com a Ásia não é universalmente definida, sendo que o rio Ural, ou, alternativamente, o
rio Emba servem mais comummente como limites possíveis. O limite continua até ao mar Cáspio, a crista das
montanhas do Cáucaso, ou, alternativamente, o rio Cura no Cáucaso, e o mar Negro, Bósforo, o mar de
Mármara, o estreito de Dardanelos, o mar Egeu concluem o limite com a Ásia. O mar Mediterrâneo ao sul
separa a Europa da África. A fronteira ocidental é o oceano Atlântico, a Islândia, embora mais perto da
Gronelândia (América do Norte) do que da Europa continental, são geralmente incluídos na Europa.
Por causa das diferenças sócio-políticas e culturais, existem várias
descrições de fronteira da Europa, sendo que em algumas fontes
alguns territórios não estão incluídos na Europa, enquanto outras
fontes incluem-nos. Por exemplo, os geógrafos da Rússia e de outros
países pós-soviéticos geralmente incluem os Urais na Europa,
incluindo o Cáucaso na Ásia. Da mesma forma, o Chipre é mais
próximo da Anatólia (ou Ásia Menor), mas é muitas vezes
considerado parte da Europa e atualmente é um estado membro da
UE. Além disso, Malta já foi considerado uma ilha da África ao
longo de vários séculos.[69]
Hidrografia
Clima
A Europa encontra-se principalmente nas zonas de clima temperado,
sendo submetido a correntes de ventos do oeste. O clima é mais
ameno em comparação com outras áreas da mesma latitude de todo o
mundo devido à influência da Corrente do Golfo.[75] A Corrente do
Golfo é o apelido de "aquecimento central da Europa", porque torna
o clima da Europa mais quente e mais húmido do que seria de outra
maneira. A Corrente do Golfo não só leva água quente à costa da
Europa, mas também aquece os ventos que sopram de oeste em todo
o continente do Oceano Atlântico. Mapa climático da Europa de acordo
com a classificação climática de
Portanto, a temperatura média durante todo o ano de Nápoles, é de 16 Köppen-Geiger
°C (60,8 °F), enquanto ela fica a apenas 12 °C (53,6 °F), em Nova
Iorque, que é quase na mesma latitude. Berlim, na Alemanha;
Calgary, no Canadá, e Irkutsk, na parte asiática da Rússia, estão em torno da mesma latitude, as temperaturas
de janeiro, em Berlim, são em média em torno de 8 °C (15 °F), mais elevadas do que aquelas registradas em
Calgary, e são quase 22 °C (40 °F) mais elevadas do que as temperaturas médias em Irkutsk.[75]
Demografia
Desde o Renascimento, a Europa teve uma grande influência na
cultura, economia e movimentos sociais no mundo. As invenções
mais significativas tiveram origem no mundo ocidental,
principalmente na Europa e nos Estados Unidos.[77] Algumas
questões atuais e passadas na demografia europeia incluíram
emigração religiosa, relações raciais, imigração econômica, a taxa de
natalidade decrescente e o envelhecimento da população.
Segundo a projeção de população da ONU, a população da Europa pode cair para cerca de 7% da população
mundial até 2050, ou 653 milhões de pessoas (variante média, 556 a 777 milhões em baixa e alta variante,
respetivamente/respectivamente).[4] Neste contexto, existem disparidades significativas entre regiões em
relação às taxas de fertilidade. O número médio de filhos por mulher em idade reprodutiva é de 1,52.[81] De
acordo com algumas fontes,[82] essa taxa é maior entre os europeus muçulmanos. A ONU prevê o declínio
contínuo da população de vastas áreas da Europa Oriental.[83] A população da Rússia está diminuindo em
pelo menos 700 mil pessoas a cada ano.[84] O país tem hoje 13 mil aldeias desabitadas.[85]
A Europa é o lar do maior número de migrantes de todas as regiões do mundo, em 70,6 milhões de pessoas,
segundo um relatório da OIM.[86] Em 2005, a UE teve um ganho líquido global de imigração de 1,8 milhão
de pessoas, apesar de ter uma das maiores densidades populacionais do mundo. Isso representou quase 85%
do crescimento populacional total da Europa.[87] A União Europeia pretende abrir centros de emprego para
trabalhadores migrantes legais da África.[88][89]
Emigração da Europa começou com os colonos espanhóis e portugueses no século XVI, e com colonos
franceses e ingleses no século XVII.[90] Mas os números mantiveram-se relativamente pequenas até ondas de
emigração em massa no século XIX, quando milhões de famílias pobres, deixaram a Europa.[91]
Hoje, uma grande população de ascendência europeia é encontrada em todos os continentes. A ascendência
europeia predomina na América do Norte e, em menor grau, na América do Sul (principalmente na
Argentina, Chile, Uruguai e Centro-Sul do Brasil). Além disso, a Austrália e a Nova Zelândia têm grandes
populações de descendentes europeus. A África não tem países de maioria de descendentes de europeus, mas
há minorias significativas, como a dos brancos sul-africanos. Na Ásia, as populações descendentes de
europeus (mais especificamente russos) predominam no Ásia Setentrional.
Línguas
Muitas outras línguas fora dos três grupos principais grupos existem
na Europa. Outras línguas indo-europeias incluem o grupo do Báltico
(ie, Letã e Lituana), o grupo Céltico (ie, Irlandês, Gaélico Escocês,
Manês, Galês, Córnico e Bretão),[92] Grego, Albanês, e Arménio. Mapa das línguas da Europa
Um grupo diferente de línguas urálicas são o Estónio, Finlandês e
Húngaro, falado nos respetivos/respectivos países, bem como em partes da Roménia, Rússia, Sérvia e
Eslováquia.
Outras línguas não indo-europeias são o maltês (a única língua oficial semita da UE), o Basco, Geórgio,
Azerbaijão, Turco no leste da Trácia Oriental e as línguas das nações minoritárias na Rússia.
O multilinguismo e a proteção das línguas regionais e minoritárias são objetivos políticos reconhecidos na
Europa de hoje. A Convenção para a Proteção das Minorias Nacionais e a Carta Europeia das Línguas
Regionais ou Minoritárias do Conselho da Europa estabelecem um quadro jurídico para os direitos
linguísticos na Europa.
Línguas europeias
não pertencentes ao
Mapa cronológico que mostra o grupo indo-
Mapa linguístico simplificado com as desenvolvimento das línguas do europeu:Basco
nações do Conselho Europeu sudoeste da Europa (língua
isolada)EstonianoFinlan
Religião
Historicamente, a religião na Europa tem tido uma grande influência na arte, cultura, filosofia e direito
europeu. A religião maioritária na Europa é o cristianismo praticado por católicos, ortodoxos orientais e
protestantes.
A Europa é um continente relativamente secular e tem o maior número e proporção de pessoas sem religião,
agnósticas e ateias no mundo ocidental, com um número particularmente elevado de pessoas que se
autodescrevem como não religiosas na República Checa, Estónia, Suécia, Alemanha (Oeste) e França.[93]
Política
União Europeia
Uma união constituída por mais de uma dezena de países, que fazem transações comerciais utilizando uma
moeda única - Euro - e cujos interesses são representados por instituições comuns. Essa nova Europa
começou a ganhar corpo em dezembro de 1991, quando os 12 países-membros da União Europeia
concluíram o Tratado de Maastricht, que objetivava a união política, económica e monetária dos participantes,
sem fechar espaço para novas adesões.[94]
Através desse acordo, Alemanha, Bélgica, Dinamarca, Espanha, França, Grécia, Irlanda, Itália, Luxemburgo,
Países Baixos, Portugal e Reino Unido iniciaram a caminhada da integração europeia. Áustria, Finlândia e
Suécia são uns dos mais novos membros e vários outros países já entraram com seu pedido de adesão.[94]
Irlanda Unido
Dinamarca
Bielorrússia
desenvolvimento
econômico dos Países Baixos Polónia
três países- Bélgica
Alemanha Ucrânia
Rep.
A Comunidade Económica Europeia (CEE) ou Mercado Comum Europeu (MCE) foi o embrião da atual
União Europeia (UE). Seus países membros são: Alemanha, Áustria, Bélgica, Dinamarca, Espanha,
Finlândia, França, Grécia, Irlanda, Itália, Luxemburgo, Países Baixos, Portugal, Reino Unido e Suécia.[95]
Quando de sua formação, em 1957, a entidade era constituída apenas por Alemanha, Bélgica, França, Itália,
Luxemburgo e Países Baixos. Em 1973, ingressaram a Dinamarca, a Irlanda e o Reino Unido; em 1981, a
Grécia, e em 1986, Espanha e Portugal. Em 1995, a chamada Europa dos Doze cresceu ainda mais,
ganhando a adesão de Áustria, Finlândia e Suécia.[96]
A partir de 1994, os países-membros da Comunidade Económica Europeia, que adotou então o nome de
União Europeia, se integrariam para formar um mercado único, em que seriam abolidos os sistemas
alfandegários e as diferentes taxas de impostos, além das restrições ao comércio, serviços e à circulação de
capitais. Isso significaria, entre outras coisas, que os habitantes da União Europeia teriam trânsito livre em
todos os países-membros, inclusive para trabalho; os impostos seriam aos poucos unificados e haveria livre
acesso às mercadorias e serviços de todos os países-membros dentro da comunidade.[96]
Desde 1995, para facilitar a circulação de pessoas por alguns países da União Europeia, entrou em vigor um
acordo entre Portugal, Espanha, França, Bélgica, Países Baixos, Luxemburgo e Alemanha para eliminar as
barreiras alfandegárias e a obrigação da apresentação do passaporte entre esses países. Essa área recebeu o
nome de Espaço Schengen, tirado da cidade luxemburguesa onde o acordo foi assinado.[96]
No sentido da integração económica, outro passo importante seria a utilização de uma moeda comum. O
ECU (European Currency Unity ou Unidade Monetária Europeia) circula, desde 1993, como padrão em
operações financeiras e, apesar da discordância de alguns membros, pretendeu-se que, gradualmente, ele
fosse adotado nas operações cotidianas até 1999, quando o euro entrou em vigor como moeda escritural e
como moeda oficial desde 2002.[96]
Todos os países que integram a União Europeia apresentam economia desenvolvida, ainda que existam
diferenças extraordinárias entre eles, como entre Irlanda e Alemanha, por exemplo, ou Grécia e Dinamarca.
A meta, no entanto, é reduzir esses contrastes, tornando a comunidade cada vez mais homógena.[97]
Apesar das metas em comum, há divergências entre os países-membros da União Europeia e são frequentes
os atritos e necessários os ajustes para garantir a execução de tais metas. O ano de 1994 foi de provas para a
integridade da União Europeia, já que ocorreram, nos países, plebiscitos para ratificar seus objetivos e
confirmar ou não a adesão à União.
Na Dinamarca e no Reino Unido, as opiniões estavam muito divididas, mas o apoio à comunidade
prevaleceu. Na Noruega, entretanto, sua população decidiu não ingressar na União Europeia, apesar da
solicitação de adesão feita anteriormente.[97]
Outras organizações
Os países europeus ocidentais estão vinculados a importantes organizações que agregam países de outros
continentes, como a OTAN e a OCDE.[98]
A Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), criada em 1949, tem caráter militar. Além de países
europeus, inclui outros dois banhados pelo oceano Atlântico Norte: Canadá e Estados Unidos. Seu objetivo
fundamental é a cooperação militar e a defesa de seus membros, no caso de agressão internacional.[98]
Com o fim da Guerra Fria, o papel da OTAN tem estado em segundo plano. A aliança assumiu um caráter
preponderantemente político em 1990, desenvolvendo o papel de resolver crises localizadas. Vários países do
Leste Europeu solicitaram o ingresso à OTAN.[98]
A OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico) foi estabelecida em 1961 para
promover bem-estar econômico e social entre seus membros e harmonizar a qualidade de vida nos países em
desenvolvimento. Além de 18 países europeus, engloba também Austrália, Canadá, Japão, Nova Zelândia e
Estados Unidos.[98]
Subdivisões
De acordo com definições diferentes, os territórios podem ser sujeitos
a várias categorizações. Os 27 Estados Membros da União Europeia
são altamente integrados economicamente e politicamente, a própria
União Europeia faz parte da geografia política da Europa. A tabela
abaixo mostra o esquema de sub-regiões geográficas utilizado pela
Organização das Nações Unidas,[99] ao lado do grupo regional
publicado no CIA World Factbook.
Luxemburgo Cidade de
2 586 448 569 173,5
Luxemburgo
Macedônia do Norte 25 333 2 054 800 81,1 Escópia
Malta 316 397 499 1 257,9 Valetta
Moldávia 33 843 4 434 547 131,0 Quixinau
Mónaco 1,95 31 987 16 403,6 Mônaco
Montenegro 13 812 616 258 44,6 Podgoritza
Noruega 324 220 4 525 116 14,0 Oslo
Países Baixos 41 526 16 318 199 393,0 Amsterdã
Polónia 312 685 38 625 478 123,5 Varsóvia
Portugal 91 568 10 409 995 110,1 Lisboa
Reino Unido 244 820 61 100 835 244,2 Londres
Chéquia 78 866 10 256 760 130,1 Praga
Roménia 238 391 21 698 181 91,0 Bucareste
Rússia 17 075 400 142 200 000 26,8 Moscou
San Marino 61 27 730 454,6 San Marino
Sérvia[100] 88 361 7 495 742 89,4 Belgrado
Suécia 449 964 9 090 113 19,7 Estocolmo
Suíça 41 290 7 507 000 176,8 Berna
Turquia 783 562 71 517 100 93 Ancara
Ucrânia 603 700 48 396 470 80,2 Kiev
Vaticano 0,44 900 2 045,5 Cidade do Vaticano
Dentro dos referidos Estados existem várias regiões, desfrutando de ampla autonomia, bem como de vários
países independentes de facto com reconhecimento internacional limitado ou reconhecido, nenhum deles é
membro da ONU:
População Densidade
Área
Regiões
De acordo com os pontos de vista espacial e económico, podemos dividir o continente em: Europa Ocidental,
Europa Setentrional, Europa Centro-Oriental e Europa Meridional. Sendo:
Europa Ocidental: região que abrange alguns
dos chamados países atlânticos, ou seja,
banhados pelo oceano Atlântico (Reino Unido,
Irlanda e França); os que mantêm relação
direta com o Atlântico através do mar do Norte:
Países Baixos, Bélgica e Alemanha; e os
países sem saída para o mar, mas que estão
direta ou indiretamente vinculados ao Ocidente
(Áustria, Suíça, Luxemburgo e Liechtenstein).
Europa Setentrional: região que engloba a
Noruega e a Suécia, localizadas na península
Escandinava, além da Finlândia, Islândia e
Dinamarca; abrange também a Estônia,
Letônia e Lituânia, que a partir de 1990 se
tornaram independentes da então União
Soviética. A inclusão desses países na região
justifica-se por motivos económicos e pela sua
proximidade étnica e cultural com os
finlandeses. Grupos regionais de Europa
Europa Centro-Oriental: É formada pelo
conjunto dos antigos países socialistas do Leste - Polónia, Chéquia, Eslováquia, Hungria,
Roménia, Bulgária, Albânia, Sérvia, Montenegro, Kosovo, Eslovénia, Croácia, Bósnia e
Herzegovina e Macedónia do Norte - e pelas repúblicas que constituíam a antiga União
Soviética, em sua parte europeia: Bielorrússia, Ucrânia, Moldávia, Geórgia, Arménia,
Azerbaijão e a Rússia Europeia.
Europa Meridional: região que, também chamada de mediterrânea, compreende os países
situados no sul do continente, quase todos banhados pelo mar Mediterrâneo: Portugal,
Espanha, Itália, Grécia e Turquia europeia, além de vários micro-estados - Vaticano, San
Marino, Mónaco, Malta e Andorra.
Economia
Como um continente, a economia da Europa é atualmente a maior do
planeta e é a região mais rica como medido por ativos sob gestão,
com mais de 32,7 trilhões de dólares em relação ao 27,1 trilhões de
dólares da América do Norte.[101] Tal como acontece com outros
continentes, a Europa tem uma grande variação da riqueza entre os
seus países. Os países mais ricos tendem a estar no Ocidente,
enquanto algumas das economias do Leste ainda estão emergindo do
As nações europeias segundo o seu colapso da União Soviética e da Iugoslávia.
PIB (nominal) per capita em 2002
A União Europeia, um organismo intergovernamental composto por
28 estados europeus, compreende o maior espaço económico único
no mundo. Atualmente, para 19 países da UE, o euro é a moeda comum. Cinco países europeus classificam-
se entre as dez maiores economias nacionais do mundo por PIB (PPC). Isso inclui (classificação de acordo
com a CIA): Alemanha (5), Reino Unido (6), Rússia (7), França (8) e Itália (10).[102]
O capitalismo tem sido dominante no mundo ocidental desde o fim do feudalismo.[103] Da Grã-Bretanha, que
gradualmente se espalhou pela Europa.[104] A Revolução Industrial começou na Europa, mais concretamente
ao Reino Unido no final do século XVIII,[105] e no século XIX impulsionou a industrialização da Europa
ocidental. Economias foram interrompidas pela Primeira Guerra Mundial, mas até o início da Segunda Guerra
Mundial já tinham se recuperado e estavam tendo que competir com a crescente força económica dos Estados
Unidos. A Segunda Guerra Mundial, novamente, danificados muito as indústrias europeias.
Os estados que mantiveram um sistema de livre mercado foram agraciados com uma grande quantidade de
ajuda dos Estados Unidos ao abrigo do Plano Marshall.[111] Os Estados ocidentais mudaram para ligar as
suas economias em conjunto, fornecendo a base para a UE e o aumento do comércio transfronteiriço. Isso
ajudou-os a desfrutar de uma rápida melhora de suas economias, enquanto os estados da COMECON
estavam lutando em grande parte devido ao custo da Guerra Fria. Até 1990, a Comunidade Europeia foi
ampliado de 6 para 12 membros fundadores. A ênfase na ressurreição da economia da Alemanha Ocidental
levou a ultrapassagem do Reino Unido como a maior economia da Europa.
1991-2013: O crescimento da UE
Na mudança do milênio, a União Europeia dominou a economia da Europa, que inclui os cinco maiores
economias europeias da época a Alemanha, Reino Unido, França, Itália e Espanha. Em 1999, 12 dos 15
membros da UE aderiram à Zona Euro substituindo suas antigas moedas nacionais pelo euro comum. Os três
que optaram por permanecer fora da zona euro foram Reino Unido Dinamarca e Suécia.
2008-2009: Recessão
A Zona Euro entrou em sua primeira recessão oficial no terceiro trimestre de 2008, os números oficiais
confirmados em janeiro de 2009.[112] A crise econômica do final dos anos 2000, que teve início nos Estados
Unidos, propagou-se de forma rápida para a Europa e afetou grande parte da região.[113] A taxa de
desemprego oficial nos 16 países que usam o euro subiu para 9,5% em maio de 2009.[114] Os jovens
trabalhadores da Europa têm sido especialmente atingidos.[115] No primeiro trimestre de 2009, a taxa de
desemprego na UE-27 para pessoas entre 15-24 anos foi de 18,3%.[116]
Cultura
A cultura europeia pode ser melhor descrita como uma série de culturas sobrepostas e que envolve questões
de Ocidente contra Oriente e Cristianismo contra Islão. Existem várias linhas de ruptura culturais através do
continente e movimentos culturais inovadores discordam uns dos outros. De acordo com Andreas Kaplan, o
continente Europeu pode ser definido como "diversidade cultural máxima a uma distância geográfica
mínima".[117] Assim, uma "cultura comum europeia" ou "valores comuns europeus", é algo cuja definição é
mais complexa do que parece.
Desporto
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