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UNIVERSIDADE VALE DO RIO DOCE – UNIVALE


FACULDADE DE DIREITO, CIENCIAS ADMINISTRATIVAS E ECONOMICAS-
FADE
CURSO DE DIREITO

ANDRÉ LUIZ DE SOUZA

SENSORIAMENTO REMOTO E O DIREITO ESPACIAL

Governador Valadares - MG
2009
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ANDRÉ LUIZ DE SOUZA

SENSORIAMENTO REMOTO E O DIREITO ESPACIAL

Monografia apresentada ao curso de Direito da


Universidade Vale do Rio Doce - UNIVALE, como
requisito indispensável para a graduação em Direito.

Governador Valadares, 04 de novembro 2009

Banca Examinadora:

Prof. Afrânio Hilel Terra


Universidade Vale do Rio Doce - UNIVALE

Profª Sônia Maria Queiroz de Oliveira......................


Universidade Vale do Rio Doce - UNIVALE

Profª Sara Edwirges Barros Silva


Universidade Vale do Rio Doce - UNIVALE
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Dedico este trabalho aos tantos que contribuíram


com meu crescimento, e principalmente as inúmeras
dificuldades e provações que passei desde a minha
origem aqui nesta terra até os dias de hoje.
4

AGRADECIMENTO

Tamanha a estima que se firmou em meus sentimentos por esta Instituição, Universidade
Vale do Rio Doce, que tanto me acolheu, ensinando passos fundamentais para o meu
crescimento, não somente como acadêmico, mas como ser humano.

Aos meus familiares que sempre me incentivaram a buscar os meus ideais, prosseguindo
sobre as derrotas e me amparando para o recomeço, demonstrando para mim que homens
erram, mas poucos são capazes de dar a volta por cima.

Aos meus mestres educadores, que foram e são os meus exemplos de vida e motivação para
prosseguir persistindo como um Espartano, não recuando, não se rendendo às tormentas da
batalha em busca da vitória e da acepção do meu motivo de estar aqui.

E principalmente, sobre todas as coisas, o meu SENHOR JESUS CRISTO, que me carregou
por diversas vezes nos braços, quando as minhas pernas fraquejaram e a vida me sufocara, Ele
estava lá presente, ao meu lado, me dizendo, vamos lá rapaz, não temas, eu estou contigo.
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RESUMO

Este trabalho é uma análise da presença e a carência, bem como o significado dos conceitos
da cooperação para o desenvolvimento dos tratados, acordos, declarações e outros
documentos que compõem o Direito Espacial Internacional. Observa também as opiniões de
renomados juristas e cientistas políticos sobre o relacionamento e as implicações existentes
entre o chamado Direito ao relacionamento e as implicações existentes entre o chamado
Direito ao Desenvolvimento, de um lado, e a regulamentação das atividades espaciais e o
regime jurídico, do espaço exterior, inclusive a Lua e outros corpos celestes, de “conquista
espacial”, desde antes e depois do início da Era Espacial, em outubro de 1957, quando
predominavam preocupações estratégico-militares, até a última década do século XX e este
começo do0 século XXI, em que ganharam ímpeto e se intensificam projetos de
comercialização e privatização das atividades espaciais.

Palavras-chave: Acordos, Tratados, Direito Espacial Internacional, Exterior, Atividades


Espaciais.
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ABSTRACT

This work is an analysis of the presence and the lack, as well as the meaning of the concepts
of the cooperation for the development of the treated ones, agreements, declaration and other
documents that compose International the Space Right. It also observes the opinions of
famous jurists and scientists politicians on the relationship and the existing implications
between the Right call to the relationship and the existing implications between the Right call
to the Development, of a side, and the regulation of the space activities and the legal regimen,
of the exterior space, also the celestial Moon and other bodies, of “space conquest”, since
before and after the beginning of the Space Age, in October of 1957, when concerns
predominated strategical-military, until the last decade of century XX and this the 0 start of
century XXI, where they had gained impetus and if they intensify commercialization projects
and privatization of the space activities.

Word-key: Agreements, Treated, Right the Space International, Space Exterior, Activities.
7

SUMÁRIO

01 INTRODUÇÃO...............................................................................................
08
02 O ESPAÇO E AS NORMAS.........................................................................
15
2.1 ORIGEM E FUNDAMENTOS........................................................................
15
2.2 PRINCÍPIOS RELATIVOS AO SENSORIAMENTO REMOTO DA
TERRA A PARTIR DO ESPAÇO EXTERIOR.............................................. 16
03 DENOMINAÇÃO DO NOVO RAMO..........................................................
23
04 LIMITAÇÃO DO ESPAÇO...........................................................................
25
05 EFICÁCIA DA NORMA................................................................................
27
06 FASES DO DIREITO ESPACIAL...............................................................
29
07 A FASED BIPOLAR.......................................................................................
30
08 FASE UNIPOLAR..........................................................................................
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09 SENSORIAMENTO REMOTO....................................................................
36
10 O PODER DO DOMINÓ ESPACIAL.........................................................
37
10.1 DESEJO DOS PAÍSES EMERGENTES EM RELAÇÃO AO SRTS............
38
10.2 POSIÇÃO DO BRASIL AO SENSORIADORES..........................................
40
11 INTERPRETAÇÃO VIGENTE...................................................................
42
12 CONCLUSÃO................................................................................................
43
13 REFERÊNCIAS.............................................................................................
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INTRODUÇÃO

Há muitos anos a humanidade vem em busca da compreensão do cosmo,


procurando através de pesquisas, desbravar este local desconhecido. O cosmo sempre foi alvo
de questionamento desde o tempo da Grécia antiga (século VIII a.C.) passando pela idade
media (século XI), até os dias atuais (século XXl).
Jamais o homem em toda sua história evoluiu como nos últimos 100 anos (1909 a
2009). Podemos nos considerar privilegiados, neste lapso de tempo no qual existimos e
podemos indiscutivelmente observar tamanhas conquistas em todos os ramos de pesquisas,
sejam elas: física, química, biológica, industrial e diversas outras que tamanha infinidade não
tem como citar. Basta o leitor utilizar da imaginação e do raciocínio lógico que vai
compreender quais e que tipos de evolução se trata uma pesquisa relacionada com o espaço
cósmico e, no que trata a evolução da ciência jurídica.
Ciência jurídica, esta que, vem acompanhando a evolução humana passo a passo
desde os tempos romanos (século VIII a.C.), até os dias de hoje, (século XXl), em que esta
ciência torna se necessário entrelaçar-se a com a tecnologia física, a química e a biologia. Tal
entreleçamento se faz necessário, para regulamentar os passos do homem nas conquistas
advindas da criatividade sabedoria e inteligência que nos faz cada dia mais, donos de um
poder supremo e ao mesmo tempo frágeis. Os objetos sejam eles quais forem, advindos da
criação humana, podem ser fontes para nossa destruição. Assim sendo, a humanidade tem que
se auto policiar e esta se faz através das normas jurídicas.
Nesse contexto, operadores do direito, se mantêm fixados apenas naquilo que os
circunda, aparentemente, na prática do dia-a-dia. Ainda percebe-se, aqueles que acham que já
são o suficiente, aventurando-se em subestimar, rotular e discriminar idéias que fogem do
contexto costumeiro. Destarte, desprezam a vontade do saber abrangente e do aprendizado
daquilo que não os interessa, por achar que são alcançados por tais utopias aparentes. E ao
final, do contexto, acabam por perceber que são coisas utópicas, que mesmo assim, fazem
parte de vida deles.
Desta forma, através deste trabalho, perante o infinito desconhecido, abraçar uma
das peças importantes para a humanidade que, hoje é regida do alto e poucos observam; mas
são dependentes diretos desta evolução, pelos meios de comunicação tanto na imagem quanto
nas telecomunicações.
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Houve um tempo no período feudal (século XIV – XVI), época em que a


economia se fazia através do escambo e o homem nem sonhava que o espaço e o cosmo
poderiam um dia ser objeto financeiro da humanidade, e através dele o homem coordenar
economia. Neste momento deve-se estar perguntando onde quero chegar, a resposta anda nas
carteiras, no bolso e bolsas de pessoas do mundo todo. São seus cartões de créditos, tais
movimentações regidas por satélites, e, além disso, vem a telefonia móvel e fixa, também a
Internet que hoje é um mecanismo importante para a comunicação entre as pessoas de um
mundo globalizado.
Por este motivo busco aqui a idéia do direito frente à prevenção de um colapso
mundial, caso tudo isso acabe da noite para o dia, seja por uma guerra ou mesmo que esta
tecnologia torne em si um mecanismo para promover a escravidão em uma espécie nova de
sistema absolutista que pode dominar o mundo através de um piscar de olhos.
Falarei sobre a origem e fase desta corrida espacial, pontos que o Direito atua
nela. Examinarei aspectos centrais do papel exercido pelas potências hegemônicas mundiais
nos processos de criação e desenvolvimento do Direito Espacial desde o início da Era
Espacial anos 60 do século XX e acompanhar a trajetória que vai de experiências muito ricas,
mas cheias de falhas desde o início do sistema de hegemonia bilateral, até o sistema unipolar
de hoje, marcado por perturbadora paralisia no trabalho de elaboração do Direito Espacial. A
conclusão salienta a necessidade e a importância de se insistir na busca de um mundo
multipolar que, seguramente, terá impacto inovador e salutar também na área espacial, mundo
este que promove a idéia da globalização e igualdades de todos os povos da humanidade .

Problemática

A Federação Internacional de Astronáutica, assim como os textos internacionais


aprovados pela ONU, adotam a expressão Direito do Espaço Exterior, que por sua vez é
considerada pela majoritária doutrina como a mais próxima da adequada. Sob esta visão, a referida
expressão realmente é a mais próxima do ideal. Entretanto, o próprio Direito Internacional Público
ainda não conseguiu estabelecer uma definição física para a palavra "exterior", pois não há um
consenso a respeito do limite espacial entre o espaço aéreo e o exterior. Beirando estas linhas,
mesmo sem uma definição internacional consensual de onde começa e termina cada espaço,
acredita-se que a melhor definição seja a de Direito Espacial Exterior, a qual difere apenas no que
tange à forma em relação a anterior.
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Ocorre que por diversas vezes este desacordo reflete sobre a relação sensoriamento e
soberania dos Estados foram alvos de debates, existindo duas vertentes: alguns entendiam
que o fato que os sensoriadores infringiam a soberania e privacidade dos sensoriados, nesta
forma violando tais direitos relativos a informações sigilosa das nações sensoriadas .
A outra vertente defendia que tais limites são predeterminados como nas linhas de
demarcações marítimas, que o simples fato de sensoriar não violava qualquer preceitos
relativos a soberania e privacidade dos países sensoriados .
Nestes termos, um grande problema foi debatido por diversos estudiosos deste
ramo do Direito. Segue assim a problematização do sensoriamento remoto.
Conforme a ótica de Celso D. De Albuquerque Mello (2002), o espaço pode ser dividido
em aéreo e exterior, sendo este segundo ainda denominado de várias maneiras, dentre elas:
epi-atmosférico, extra-atmosférico ou até ultra-atmosférico, porém, neste momento,
dispensável se faz a exegese ou definição dos termos mencionados. Entretanto, é
indispensável para este estudo a definição "teórica" exata da limitação entre o espaço aéreo e
exterior, pois é a partir de um ou de outro que serão aplicadas às normas do Direito
Internacional direcionadas a cada caso. Assim como a delimitação da soberania vertical de
cada Estado. Diz-se "teórica" porque, na prática, se torna impossível definir com exatidão o
momento limítrofe entre um e outro espaço, cabendo à Ciência lograr fazê-lo em momento
oportuno. Juridicamente falando, vários autores, cada qual à sua convicção, limita a linha
imaginária entre o espaço aéreo e exterior. Alguns juristas fixam como limite entre os dois
espaços a convencional linha Karman, que toma por base o ponto colocado a 300 milhas de
altura em relação ao nível do mar. Enquanto isso, o professor Ming-Min-Peng, citado por
Amorin Araújo, entende que o espaço aéreo (interior) finda a partir do momento em que o
homem não consegue mais utilizá-lo, sendo, desta forma, indispensável qualquer tipo de
delimitação científica exata, reforçando ainda, sob o enfoque jurídico, que a Convenção de
Chicago abarca como espaço aéreo "todo o espaço acessível ao homem, muito além da
Terra.
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José Cretella Júnior e José Cretella Neto (1999), mencionam o Congresso da


Federação Aeronáutica Internacional, realizado em 1960, o qual definiu espaçonave como
todo aparelho que ultrapassa 62 milhas de altura em relação ao nível do mar. Porém, a maioria
dos projetos americanos tem usado como referência o valor de 90 milhas.
Outros autores ainda sustentam a teoria da soberania vertical infinita dos Estados, ou,
até mesmo, uma delimitação entre os espaços aéreo e exterior pelo limite de poder efetivo dos
Estados. Palavras estas que soam insanas frente a alguns estudiosos dos direitos humanos.
Não obstante, estas teorias também se tornam inaceitáveis sob a ótica de Mateesco, citado por
Celso Mello, tendo em vista que "pela rotação da Terra os Estados perderiam
continuamente sua soberania sobre porções do espaço, conforme as diversas posições
que nosso astro tomaria no tempo e na sua trajetória cósmica".Celso Mello, 2002, p.
1282.
Em 1979, no Comitê do Espaço Extra-atmosférico, a Rússia ainda teria tentado
estabelecer como fronteira entre os dois espaços na altitude de 110 km, a contar do nível do
mar, sendo que ainda seria permitido o sobrevôo de engenhos espaciais, abaixo da
mencionada altitude, quando estes estivessem sendo colocados em órbita ou retornando desta.
Sob o ponto de vista deste estudo, o que soaria mais plausível na aplicação do Direito
Espacial Exterior atual, seria a teoria das zonas defendida por Cooper e citada pelo professor
Celso D. De Albuquerque Mello, na qual o Estado teria uma soberania até certa altura;
posteriormente, haveria uma zona contígua onde o Estado teria direitos visando a sua
segurança e seria dado um direito de passagem aos engenhos não militares. Posteriormente,
então, viria uma zona inteiramente livre. (CELSO MELLO, Id. Ib., pg. 1282).
Todavia, embora raciocine em uma linha quase perfeita, Cooper ainda não se atreve
a mencionar valores para a delimitação de uma linha limítrofe entre os espaços. Sendo que, a
partir deste momento, poderiam se emprestar tais valores da teoria de Schachter, citado por
Celso Mello (Id. Ib., pg. 1282), pelo qual se entende como espaço aéreo a área acima de
20/25 milhas de altitude, contando-se do nível do mar, pois este é o limite científico pelo qual
a densidade do ar é considerada suficiente para suportar aviões, ou seja, o espaço acima
deste limite só poderia ser atingido pelos engenhos espaciais, onde justamente começaria a
área de estudo do Direito Espacial Exterior, embora este limite ainda esteja localizado na zona
atmosférica.

No tratado dos Estados ficou determinado no Art.6º o seguinte texto:


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Os Estados que operam satélites de sensoriamento remoto arcam com a


responsabilidade internacional por tais atividades e devem assegurar sua
condução em conformidade com estes princípios e com as normas do Direito
Internacional, independente de serem elas realizada por entidades governamentais
ou não governamentais, ou ainda por organizações internacionais de que os
referidos Estados são membros. Este princípio não afeta a aplicabilidade das
normas do Direito Internacional sobre a responsabilidade dos Estados pelas
atividades de sensoriamento remoto.

A jurista francesa Mireille Couston também viu nos Princípios "importante etapa no
sentido de se criar verdadeiro regime jurídico para o sensoriamento remoto". Este
“verdadeiro regime jurídico” resguardando o uso dos SRTS, no entanto, não foi elaborado.
Para o francês Leopold Peyrefitte, já se formou um costume internacional que
permite a tomada de imagens por SRTS, porque muitos países se dedicam a essa atividade e
os demais nunca protestaram.
A existência de concordância geral em torno de tal costume foi ratificada pela II
Unispace, a II Conferência das Nações Unidas sobre a Exploração e o Uso do Espaço
Exterior, realizada na cidade de Viena, em agosto de 1982, quando a liberdade de coletar
dados por meio do SRTS não foi contestada e tendo uma expectativa por alguns países em
desenvolvimento, interessados em seguir recebendo dados de satélites.
Os países em desenvolvimento, inclusive o Brasil defendiam, de início, o princípio
da autorização prévia, tanto para o sensoriamento de seus territórios quanto para a divulgação
dos dados obtidos.
Ou seja, antes de sensoriar um país, o país sensoriador deveria pedir licença a este
país. E também, antes de divulgar ou vender imagens tiradas de um país, o país sensoriador,
dona das imagens sobre o outro país, deveria consultar este país a respeito.
Já os países desenvolvidos sempre defenderam dois princípios: o da liberdade de
sensoriar qualquer ponto da Terra e o da livre circulação de informações. Em ambos os casos,
sem prévia autorização do país sensoriado.
No entanto os países em desenvolvimento argumentavam que o direito à soberania
permanente dos países sobre seus recursos naturais, consagrado na Declaração da Assembléia
Geral da ONU de 1962 . Para os países em desenvolvimento, este direito abarcaria não só os
próprios recursos naturais, como também os dados e informações a respeito destes recursos.
Logo, o país que se apropriasse, via SRTS, de informações sobre os recursos naturais de outro
país estaria violando a soberania deste país. A única forma de evitar esta violação seria o
pedido de autorização prévia do país para sensoriá-lo.
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O Brasil foi o primeiro país em desenvolvimento a renunciar, no Copuos, em 1982, ao


princípio da autorização prévia do país a ser sensoriado.
Ele passou a propor os princípios do acesso prioritário e do acesso em base não
discriminatória do país sensoriado aos dados obtidos a seu respeito pelos países
sensoriadores. Assim outros países apoiaram a mudança, mas como não e possível agradar a
todos, o acesso prioritário foi recusado pelos países desenvolvidos. Estes países só admitiram
o princípio do acesso em base não discriminatória.
Questionados sobe o assunto os países desenvolvidos relataram sete diferentes
motivos que fundamentava o uso sem censura dos sensores:
1) Para eles, os direitos de soberania de um país vigoram só no chamado "espaço aéreo" de
cada país e não se estendem ao espaço exterior, que pode ser usado livremente por todos os
países. Como o sensoriamento remoto é feito a partir do espaço exterior, ela é atividade lícita
e não requer autorização do país sensoriado.
2) Os direitos de soberania de um país materializam-se, sobretudo, na liberdade de ação.
Como o SRTS dos recursos naturais de um país não afeta o direito e a liberdade deste país de
possuir e gerir como quiser seus recursos e riquezas naturais, a coleta de informações por
satélite não fere seus direitos soberanos.
3) O SRTS é passivo. Capta as ondas eletromagnéticas refletidas ou emitidas pelos objetos na
Terra. Quando, porém, usa-se técnica ativa, como a de radar que transmite raios, há, sim, certa
invasão do território nacional e o caso então pode ser avaliado de outro modo.
4) Nenhum país, nem seu povo como coletividade, têm o direito à 'privacidade' em virtude de
sua soberania. O livre intercâmbio de informações e idéias é a melhor garantia de manutenção
da paz e da segurança internacionais e de desenvolvimento de relações de amizade e da
cooperação entre as nações.
5) É difícil, senão impossível, ligar e desligar um satélite de sensoriamento remoto, conforme
o país que ele esteja focalizando e que permita ou não ser sensoriado.
6) A exigência de autorização prévia levantaria barreiras burocráticas muito prejudiciais ao
desenvolvimento do SRTS.
7) Os países dispostos a não autorizar o sensoriamento por satélite de seu território,
seguramente, não teriam meios técnicos para impedir essa operação.
Depois de tanto debate questionamento, novamente nesta guerra de direitos
prevaleceu o do mais forte como sempre foi na história da humanidade O princípio da
autorização prévia não foi incorporado aos Princípios da ONU. Prevaleceu o princípio da
liberdade de sensoriar, como queriam os países desenvolvidos.
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A redação final dos Princípios deu clara vantagem aos países desenvolvidos, detentores
das tecnologias de SRTS.
É preciso notar que estes países têm meios e recursos para garantir a si o usufruto da
liberdade de sensoriar. Já os países em desenvolvimento, para garantir o usufruto de seus
direitos no caso, dependem inteiramente de negociações a serem realizadas com os países
desenvolvidos.
A situação é de desigualdade entre as partes questão complexa e de difícil solução. Mas,
em princípio, parece óbvio que seria necessário criar um mecanismo internacional
compensatório, capaz de garantir acesso, oportunidades e possibilidades aos países
sensoriados em níveis equiparáveis à liberdade que os países sensoriadores têm de sensoriar o
mundo inteiro sem restrições.
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2 O ESPAÇO E AS NORMAS

2.1 ORIGEM E FUNDAMENTOS

Este ramo do Direito Internacional Público que se relaciona com o espaço, foi
elaborado visando, sobretudo, resguardar a Terra. Vale lembrar que ele surgiu, junto com o
início das atividades espaciais, no inicio da Guerra Fria, nos anos 1950.
O confronto nuclear entre as superpotências dos Estados Unidos e União Soviética, teria
destruído a vida no Planeta.
No entanto, tais rivais tiveram o bom senso de deixar o espaço cósmico fora da
briga como fizeram, aliás, com a Antártida tornando-a área de uso comum, totalmente
desmilitarizada.
O Direito Espacial de fato reúne os tratados, acordos, resoluções criadas para
estabelecer o status jurídico do espaço exterior e dos corpos celestes, e para regular as
atividades dos Estados, e de suas entidades públicas e privadas, destinadas a estudar e usar o
novo meio. Amparo legal é o Tratado sobre Princípios Reguladores das Atividades dos
Estados na exploração e uso do espaço cósmico, inclusive a Lua e demais corpos celestes.
Conhecido como o Tratado do Espaço, foi adotado em 1967 dez anos após a
inauguração da Era Espacial pelo Sputnik I, em 1957 sendo que agora em 2009
comemoraram-se seus 42 anos de vigência.
É considerado o código, a "Carta Magna do Espaço". Dele derivaram quatro
acordos: sobre salvamento e restituição de astronautas e Objetos Espaciais, de 1968, versando
também sobre Responsabilidade por Danos Causados por Objetos Espaciais em 1972,
também sobre os registros de Objetos Espaciais em 1976; também sobre as Atividades dos
Estados na Lua e outros Corpos Celestes, em 1979, e mais cinco declarações de princípios
aprovadas pela Assembléia-Geral da ONU sobre uso de satélites para transmissão direta de
TV internacional.
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2.2 PRINCÍPIOS RELATIVOS AO SENSORIAMENTO REMOTO DA TERRA A PARTIR


DO ESPAÇO EXTERIOR

Previsto na Resolução 41/65 da Assembléia Geral da ONU, de 09 de dezembro de


1986.

PRINCÍPIO I
Para os fins destes Princípios relativos às atividades de sensoriamento remoto:
a) O termo «sensoriamento remoto» significa o sensoriamento remoto da
superfície da Terra a partir do espaço que utiliza as propriedades das ondas eletromagnéticas
emitidas, refletidas ou difracionadas pelos objetos sensoriados, para melhorar a gestão dos
recursos naturais, o uso da terra e a proteção do meio ambiente;
b) o termo «dados primários» refere-se às informações brutas colhidas pelos
sensores remotos transportados por um objeto espacial e transmitidos ou enviados do espaço à
Terra por telemetria na forma de sinais eletromagnéticos, filme fotográfico, fita magnética ou
qualquer outro meio;
c) o termo «dados processados» compreende os resultados obtidos com o
processamento dos dados primários, necessários para torná-los utilizáveis;
d) o termo «informação analisada» significa a informação resultante do tratamento
dos dados processados, relacionados com dados e conhecimentos de outras fontes;
e) o termo «atividades de sensoriamento remoto» refere-se às operações dos
sistemas espaciais de sensoriamento remoto, das estações de coleta e armazenamento de
dados primários e dos centros de processamento, tratamento e difusão dos dados processados.

PRINCÍPIO II
As atividades de sensoriamento remoto deverão ter em mira o bem e o interesse
de todos os Estados, qualquer que seja o estágio de seu desenvolvimento econômico, social,
científico e tecnológico, levando em especial consideração as necessidades dos países em
desenvolvimento.
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PRINCÍPIO III
As atividades de sensoriamento remoto deverão efetuar-se em conformidade com
o Direito Internacional, inclusive com a Carta das Nações Unidas, o Tratado sobre Princípios
Reguladores das Atividades dos Estados na Exploração e Uso do Espaço Cósmico, inclusive a
Lua e demais Corpos Celestes, e os documentos pertinentes da União Internacional de
Telecomunicações.

PRINCÍPIO IV
As atividades de sensoriamento remoto deverão efetuar-se em conformidade com
os princípios enunciados no artigo 1º do Tratado sobre Princípios Reguladores das Atividades
dos Estados na Exploração e Uso do Espaço Cósmico, inclusive a Lua e demais Corpos
Celestes, o qual estabelece, em particular, que a exploração e o uso do espaço cósmico
deverão ter em mira o bem e o interesse de todos os países, qualquer que seja o estágio de seu
desenvolvimento econômico e científico, e fixa o princípio da liberdade de exploração e uso
do espaço cósmico em condições de igualdade. Tais atividades deverão efetuar-se com base
no respeito ao princípio da soberania plena e permanente de todos os Estados e povos sobre
suas riquezas e recursos naturais, com a devida consideração aos direitos e interesses de todos
os Estados e entidades sob sua jurisdição, em conformidade com o Direito Internacional.
Estas atividades não poderão ser efetuadas de modo a prejudicar os direitos e interesses dos
Estados sensoriados.

PRINCÍPIO V
Os Estados que realizam atividades de sensoriamento remoto deverão promover a
cooperação internacional nestas atividades. Para isso, deverão possibilitar a participação nelas
de outros Estados. Tal participação será sempre baseada em condições eqüitativas e
mutuamente aceitáveis.

PRINCÍPIO VI
Para permitir o máximo acesso aos benefícios das atividades de sensoriamento
remoto, os Estados deverão ser estimulados, sempre que viável, a estabelecer e operar, através
de acordos e outros entendimentos, estações de coleta e armazenamento de dados, bem como
centros de processamento e tratamento de dados, especialmente no marco de acordos ou
entendimentos regionais.
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PRINCÍPIO VII
Os Estados que realizam atividades de sensoriamento remoto deverão colocar
assistência técnica à disposição dos outros Estados interessados, em condições mutuamente
aceitáveis.

PRINCÍPIO VIII
A Organização das Nações Unidas e os organismos competentes das Nações
Unidas deverão promover a cooperação internacional, incluindo assistência técnica e
coordenação, na área de sensoriamento remoto.

PRINCÍPIO IX
Em conformidade com o artigo 4º da Convenção sobre o Registro de Objetos
Lançados ao Espaço Cósmico e com o artigo 11 do Tratado sobre Princípios Reguladores das
Atividades dos Estados na Exploração e Uso do Espaço Cósmico, inclusive a Lua e demais
Corpos Celestes, o Estado que realiza um programa de sensoriamento remoto deverá informar
a respeito ao Secretário-Geral da Organização das Nações Unidas. Ele deverá, também, na
medida mais ampla e viável possível, tornar acessível qualquer outra informação pertinente a
qualquer outro Estado que o solicitar, especialmente a qualquer país em desenvolvimento
atingido pelo programa.

PRINCÍPIO X
O sensoriamento remoto deverá promover a proteção do meio ambiente natural da
Terra. Para esse fim, os Estados participantes de atividades de sensoriamento remoto que
tenham identificado, em seus domínios, informações capazes de prevenir qualquer fenômeno
nocivo ao meio ambiente natural da Terra deverão transmiti-las aos Estados interessados.
PRINCÍPIO XI
O sensoriamento remoto deverá promover a proteção da humanidade contra as
catástrofes naturais. Para esse fim, os Estados participantes de atividades de sensoriamento
remoto que tenham identificado, em seus domínios, dados processados e informações
analisadas capazes de serem úteis a Estados vítimas de catástrofes naturais, ou que
provavelmente serão atingidos por catástrofes naturais, deverão transmitir estes dados e
informações aos Estados concernentes, o mais rapidamente possível.
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PRINCÍPIO XII
O Estado sensoriado deverá ter acesso aos dados primários e processados relativos
ao território sob sua jurisdição, assim que forem produzidos, em base não discriminatória e a
um custo razoável. O Estado sensoriado deverá ter acesso, também, em base não
discriminatória e nas mesmas condições e termos, à informação analisada relativa ao território
sob sua jurisdição, disponível nos domínios de qualquer outro Estado participante de
atividades de sensoriamento remoto, levando-se em especial consideração as necessidades e
interesses dos países em desenvolvimento.

PRINCÍPIO XIII
Para promover e intensificar a cooperação internacional, especialmente tendo em
vista as necessidades dos países em desenvolvimento, o Estado que realiza sensoriamento
remoto e partir do espaço exterior deverá, quando solicitado, iniciar consultas com o Estado,
cujo território é sensoriado, para permitir sua participação nessas atividades e ampliar os
benefícios mútuos delas decorrentes.

PRINCÍPIO XIV
Em conformidade com o artigo 6º do Tratado sobre Princípios Reguladores das
Atividades dos Estados na Exploração e Uso do Espaço Cósmico, inclusive a Lua e demais
Corpos Celestes, os Estados que operam satélites de sensoriamento remoto deverão assumir a
responsabilidade internacional por tais atividades e assegurar sua realização de acordo com as
normas do Direito Internacional, sejam essas atividades efetuadas por entidades
governamentais ou não-governamentais ou ainda por organizações internacionais de que os
referidos Estados sejam membros. Este Princípio não afeta a aplicação das normas de Direito
Internacional sobre a responsabilidade dos Estados por atividades de sensoriamento remoto.

PRINCÍPIO XV
Qualquer controvérsia resultante da aplicação destes Princípios deverá ser
resolvida por meio dos procedimentos estabelecidos para a solução pacífica das
controvérsias.
Em 1982 sensoriamento remoto da Terra por satélite, de 1986 uso da energia
nuclear no espaço, de 1992; cooperação internacional, de 1996; e conceito de Estado
Lançador, de 2004.
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Desta forma o Direito Espacial trata assim do espaço, da Lua, Marte e outros
planetas, satélites naturais e asteróides. Onde quer que seja o alcance destas odisséias, a
espécie humana estará amparada legalmente, não importa a órbita ou o ponto do Universo,
junto vai também o Direito Espacial, lavrado aqui na Terra base de todos os acordos e
desacordos, mesa de paz e arena de luta. Zelar pela Terra pode não ser a matéria especifica do
Direito Espacial, mas é sem dúvida, sua missão política maior, é sua própria sobrevivência.
Os princípios fundamentais do Direito Espacial como em todos os ramos do direito é a base
para organização destas normas. O Tratado do Espaço foi ratificado por 1998 e firmado por
27 dos 192 países membros da ONU.
O artigo 1º do tratado do Espaço reza: A exploração e o uso do espaço cósmico,
inclusive da Lua e demais corpos celestes, deverão ter em mira o bem e interesse de todos os
países, qualquer que seja o estágio de seu desenvolvimento econômico e cientifico, e é
incumbência de toda a humanidade.
E pelo artigo 3º, as atividades espaciais deverão efetuar-se em conformidade com
o Direito Internacional, inclusive a Carta das Nações Unidas, com a finalidade de manter a
paz e a segurança internacional e de favorecer a cooperação e a compreensão internacionais.
A meta é beneficiar incondicionalmente todos os países e toda a humanidade
garantindo a paz, segurança, cooperação e compreensão entre as nações da Terra.
E quando o Artigo 4º proíbe a colocação em órbita de armas de destruição em
massa nuclear, químicas e biológicas, a idéia é evitar a poluição espacial, claro, mas acima de
tudo, proteger a Terra e seus habitantes de uma catástrofe muito pior que a de Hiroxima e
Nagasaki.
O mesmo artigo, a seguir, desmilitariza por completo a Lua, Marte e todos os
outros corpos celestes, destinando-os para uso exclusivamente pacífico vedando ali bases,
fortificações e manobras militares, além de testes com armas.
É defeso o uso de armas na órbita de tais locais, contrário da Terra, eles poderão
ter uma história sem guerras.
Dentro de 20-30 anos, chegarmos ao solo da Lua e em Marte, deveremos,
obrigatoriamente, estar desarmados uma novidade na trajetória de nossa civilização.
O Artigo 9º, por seu turno, manda que o espaço e os corpos celestes sejam
estudados e usados de modo "a evitar os efeitos prejudiciais de sua contaminação, assim como
as modificações nocivas no meio ambiente da Terra, resultantes da introdução de substâncias
extraterrestres". A ordem, pois, é não contaminar o espaço e os corpos celestes, nem permitir
a contaminação da Terra. Ocorre que neste Ano 50 da Era Espacial, graças a pesquisas da
21

ONU, da qual participaram 600 especialistas de 40 países, ficamos sabendo com absoluta
certeza que, devido à mudança do clima e ao aquecimento global provocados pela ação
humana, a Terra corre gravíssimos perigos. Assim sendo, versa em tomar todas as medidas
possíveis para reduzir os efeitos das calamidades que já nos maltratam e que devem se
intensificar cada vez mais.
O Direito Espacial tem relevante papel a desempenhar nesta jornada. Quatro
grandes desafios, hora que, a prioridade maior é defender a Terra. Desafios estes:
Aperfeiçoar, ampliar e dar a maior efetividade possível a todos os acordos, e produzir
princípios, normas e recomendações dirigidos a proteger o Planeta. Vários Princípios do
Sensoriamento Remoto da Terra por Satélite, de 1986, precisam ser modernizados e
detalhados, para se tornarem mais eficientes e consistentes com as necessidades atuais do
mundo.
As atividades de sensoriamento remoto são hoje vitais. Logo, já não basta dizer,
como faz o Principio V, que os paises que realizam tais atividades deverão possibilitar a
participação nelas de outros Estados e que tal participação será sempre fundada em condições
eqüitativas e mutuamente aceitáveis. É imperioso criar todo um programa de cooperação pró-
ativa para equipar e estimular os países a se beneficiarem o máximo possível do
sensoriamento remoto.
Também já não é suficiente estabelecer que os Estados participantes de atividades
de sensoriamento remoto que tenham identificado, em seus domínios, informações capazes de
prevenir qualquer fenômeno nocivo ao meio ambiente natural da Terra deverão transmiti-los
aos Estados interessados, como reza o Principio X. Ou afirmar, como faz o Princípio XI, que
"O sensoriamento remoto deverá promover a proteção da Humanidade contra as catástrofes
naturais. Para esse fim os Estados participantes de atividades de sensoriamento remoto que
tenham identificado, em seus domínios, dados processados e informações analisadas capazes
de serem úteis a Estados vítimas de catástrofes naturais, ou que provavelmente serão atingidos
por catástrofes naturais, deverão transmitir estes dados e informações aos Estados
concernentes, o mais rapidamente possível".
Desta forma, existe uma ação coletiva, coordenada, permanente e constantemente
renovada para estudar, prevenir, impedir, evitar e enfrentar em escala global – as cadeias de
fenômenos nocivos e catástrofes naturais.
O plano de criação, em dez anos, dos Sistemas de Observação Global da Terra,
adotado em 16 de Fevereiro de 2005 e hoje apoiado por 66 países, inclusive o Brasil e a União
Européia, é prova cabal da necessidade de um trabalho com a comunidade mundial para
22

entender como a Terra funciona em seu todo. Tempo, clima, oceanos, atmosfera, água, solo,
geodinâmica, recursos naturais, ecossistemas e desastres induzidos ou naturais. Isso é tão
importante que, ante a nova emergência planetária, a implantação do Sistema dos Sistemas
deveria ser acelerada, protelando assim, o prazo temporal destes fenômenos com a prevenção
desocupação de áreas e outros meios para vencer esta batalha.
Conceber novos princípios e regras práticas de fomento a cooperação para equipar
todos os paises com a infra-estrutura indispensável para receber, processar, analisar usar
dados de satélite em planos nacionais de desenvolvimento sustentável.
Regulamentar a questão dos dejetos espaciais, cujo volume aumenta
sistematicamente e pode causar danos inestimáveis não apenas aos satélites ativos em órbitas
do nosso Planeta, mas também aos serviços essenciais que eles prestam a Terra, inclusive os
de monitoramento e proteção ambiental.
Barrar a instalação de armas exorbita enquanto há tempo e impedir a conversão do
espaço em campo de batalha. Guerra no espaço era só o que faltava para coroar o tempo das
catástrofes já visíveis e previsíveis na Terra. Mas o avanço e a eficácia do Direito Espacial,
como de todo Direito, dependem da vontade e determinação política dos governos e da
opinião publica. Sem essa força propulsora, ele ate poderá ser uma conquista cultural valiosa
e imperecível, mas não passará de uma norma escrita sem eficácia plena.
23

3 DENOMINAÇÃO DO NOVO RAMO

Primeiramente, este novo ramo do Direito Internacional que será exposto nas
próximas páginas, tem sua definição confeccionada pelo mestre, citado por Oliveiros Litrento
(2003), como “o conjunto de regras jurídicas que regem as relações internacionais decorrentes
da exploração e das diferentes formas de utilização do espaço ‘‘ portanto, nestas linhas,
entende-se que este novo ramo poderia ser denominado de Direito Espacial Exterior”.
Entretanto, encontram-se facilmente mais de dez denominações a respeito do tema, dentre
elas, algumas merecem destacada exegese, tendo em vista que ainda não se chegou a um
consenso em relação à definição do nome a se utilizar.
Direito interplanetário, é um dos termos aplicados por doutrinas que abordam tal
direito. Exemplo: José Monserrat Filho (1998), que tem desempenhado um importante papel
no estudo jurídico relacionado ao Espaço.
Entretanto, ao observar a definição da palavra interplanetária, que é: situado entre
planetas, verifica-se que o objeto de estudo a que pretende o ramo do direito em questão é
demasiadamente amplo, no qual aborda outros corpos celestes além dos planetas, como os
asteróides, cometas, estrelas e o próprio espaço utilizado pelos satélites.
É de fato que a humanidade sempre em suas histórias desde as primícias do
homem sempre ocorrera a questão do espaço e neste contexto estava o homem nas mesmas
condições atuais sem saber praticamente nada, entre todas estas questões o que fascina o
espírito humano, são aquelas sobre nossa origem, de onde viemos e para onde vamos, estão
certamente entre as mais presentes no nosso pensamento. Quando Nicolau Copérnico,
Johannes Kepler e Galileo Galilei, mostraram que, na realidade, é nosso planeta Terra que
gravita e não o Cosmos, o ser humano descobriu a existência de um espaço infinito em torno
de si. Esta cruciante verdade nos levou o entender que somos apenas um ponto no meio do
infinito assim das descobertas humanas, esta provavelmente foi a maior revolução no
pensamento humano em que somos praticamente obrigados a tomar conhecimento do que é
infinitamente grande e do que é infinitamente pequeno, em meio a átomos e o Universo está o
Ser Humano, dentre uma partícula elementar e a galáxia encontra se o planeta Terra.
Direito Cósmico, também depara com algumas limitações, pois a definição de
cosmos é: o Universo, e não oponente, verifica-se o sentido de "Universo" como: anexo de
tudo quanto existir; todo o espaço e a matéria nele contida galáxias, estrelas, planetas,
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cometas, satélites, quasares e buracos negros, se consideramos a Terra como um dos planetas,
sendo que os planetas existem dentro da definição de Universo, ainda, tem o mesmo valor
conceitual de Cosmos, tornaríamos impróprio o escopo jurídico dado pela expressão Direito
Cósmico. O planeta Terra não poderia fazer parte de tal ordenamento, pois este novo ramo do
direito tem por objetivo estudar precisamente as relações internacionais advindas da
exploração e das distintas formas de utilização do espaço exterior. Tendo por baseamento a
definição da palavra espaço como extensão indefinida; vácuo situado além da atmosfera da
Terra, onde se encontram todos os corpos celestes do Universo, não seria correspondente
denominar este ramo do direito por Cósmico. Nesta via, não poderíamos incluir o planeta
Terra nesta definição, pois este já possui seu próprio ordenamento jurídico. Tendo que focar a
definição apenas no que se refere ao espaço situado além de nossa atmosfera.
25

4 LIMITAÇÃO DO ESPAÇO

Conforme a ótica de Celso D. de Albuquerque Mello (1998)

O espaço pode ser dividido em aéreo e exterior, sendo este segundo ainda
denominado de várias maneiras, dentre elas: epi-atmosférico, extra-
atmosférico ou até ultra-atmosférico, porém, neste momento, dispensável se
faz a exegese ou definição dos termos mencionados. (MELLO, 1998)

Entretanto, é indispensável para este estudo a definição "teórica" exata da


limitação entre o espaço aéreo e exterior, pois é a partir de um ou de outro que serão aplicadas
às normas do Direito Internacional direcionadas a cada caso. Assim como a delimitação da
soberania vertical de cada Estado. Diz-se "teórica" porque, na prática, se torna impossível
definir com exatidão o momento limítrofe entre um e outro espaço, cabendo à Ciência lograr
fazê-lo em momento oportuno. Juridicamente falando, vários autores, cada qual à sua
convicção, limitam a linha imaginária entre o espaço aéreo e exterior.
Alguns juristas fixam como limite entre os dois espaços a convencional linha
Karman, que toma por base o ponto colocado a 300 milhas de altura em relação ao nível do
mar.
Enquanto isso, o professor Ming-Min-Peng, citado por Amorim Araújo ( 1992),
entende que:

O espaço aéreo (interior) finda a partir do momento em que o homem


não consegue mais utilizá-lo, sendo, desta forma, indispensável
qualquer tipo de delimitação científica exata, reforçando ainda, sob o
enfoque jurídico, que a Convenção de Chicago abarca como espaço
aéreo todo o espaço acessível ao homem, muito além da Terra. (Peng
1992, ARAÚJO)

José Cretella Júnior (1960), menciona o Congresso da Federação Aeronáutica


Internacional, realizado em 1960, o qual definiu espaçonave como todo aparelho que
ultrapassa 62 milhas de altura em relação ao nível do mar, porém, a maioria dos projetos
americanos tem usado como referência o valor de 90 milhas. Outros autores ainda sustentam a
teoria da soberania vertical infinita dos Estados, ou, até mesmo, uma delimitação entre os
espaços aéreo e exterior pelo limite de poder efetivo dos Estados. Em 1979, no Comitê do
Espaço Extra-atmosférico, a Rússia ainda teria tentado estabelecer como fronteira entre os
dois espaços na altitude de 110 km, a contar do nível do mar, sendo que ainda seria permitido
26

o sobrevôo de engenhos espaciais, abaixo da mencionada altitude, quando estes estivessem


sendo colocados em órbita ou retornando desta. Sob o ponto de vista deste estudo, o que
soaria mais plausível na aplicação do Direito Espacial Exterior atual, seria a teoria das zonas
defendida por Cooper e citada pelo professor Celso D. de Albuquerque Mello, na qual o
Estado teria uma soberania até uma certa altura; posteriormente, haveria uma zona contígua
onde o Estado teria direitos visando a sua segurança e seria dado um direito de passagem aos
engenhos não militares. Posteriormente, então, viria uma zona inteiramente livre.
Entretanto, embora raciocine em uma linha quase perfeita, a partir deste momento,
poderia se emprestar tais valores, pela qual entende-se como espaço aéreo a área acima de
20/25 milhas de altitude, contando-se do nível do mar, pois este é o limite científico pelo qual
a densidade do ar é considerada suficiente para suportar aviões. Define assim, o espaço acima
deste limite só poderia ser atingido pelos engenhos espaciais, onde justamente começaria a
área de estudo do Direito Espacial Exterior, embora este limite ainda esteja localizado na zona
atmosférica.
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5 EFICACIA DA NORMA

O exame feito a partir da apreciação do texto de uma série de documentos: 1)


Carta da Organização das Nações Unidas; 2) instrumentos internacionais que abordam,
direta ou indiretamente, questões jurídicas atinente ao desenvolvimento nacional; 3) tratados
em vigor e declarações aprovadas pela Assembléia Geral da ONU sobre matéria espacial; 4)
acordos bilaterais e regionais sobre programas espaciais relevantes; 5) leis, estatutos e
programas de agências espaciais nacionais, inclusive o Plano Nacional de Atividades
Espaciais do Brasil. São também escolhidas classificadas e analisadas manifestações
expressas por estudiosos a respeito das idéias de desenvolvimento e, exclusivo, de
desenvolvimento sustentado, no âmbito dos empreendimentos espaciais e da cooperação
internacional no setor. Entre os resultados do trabalho estão algumas comprovações
marcantes: as atividades espaciais, sobretudo com o fim da Guerra Fria a partir da segunda
metade dos anos 80, evoluíram com especial rapidez para se tornarem absolutamente
indispensáveis a qualquer esforço efetivo de desenvolvimento sustentável nos países, não
obstante, a idéia de desenvolvimento nacional vinculado aos benefícios e atividades espaciais
é relativamente nova. Assim que as implicações das atividades espaciais sobre o
desenvolvimento nacional dos mais distintos países, necessitam ser estudadas de maneira
ampla e profunda, para que se possa e possibilite perfeita suas experiências e formas mais
eficazes, bem sucedidas e justas, já acumuladas.
Evidencia-se ainda que o uso militar do espaço cósmico e a instalação de armas
em órbitas da Terra, com o fim de estabelecer autoridade ou dominação unilateral no espaço e
condicionar de modo despótico o direito de acesso a ele para outros países, são conflitantes
com o direito de todos os países ao incremento na área espacial.
Percebe-se então que a comunidade internacional de países já aceita um princípio
de relações efetivo entre o Direito Espacial e o Direito ao Desenvolvimento, mas que esta
posição ainda não dispõe de consistente amparo legal e terá que se fortalecer ainda mais, para
ganhar autoridade jurídica e política, podendo assim influenciar positivamente o andamento
das atividades espaciais de maior impacto na vida de todas as nações, no sentido da
consagração determinante do princípio da exploração e uso do espaço excepcionalmente para
fins pacíficos e construtivos.
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Tendo que ressaltar e estudar aspectos centrais do papel exercido pelas potências
hegemônicas mundiais nos processos de criação e desenvolvimento do Direito Espacial desde
o início da Era Espacial. Acompanha o andamento que vai das experiências abrangentes, mas
existe um vazio, do sistema de hegemonia bilateral, até o sistema unipolar de hoje. A
conclusão salienta a necessidade de insistir na procura de um mundo multipolar que,
certamente, terá impacto inovador e saudável também na área espacial.
29

6 FASES DO DIREITO ESPACIAL

Este ramo do Direito dispõe duas fases: a bipolar que se enfoca muito pela ordem
jurídica, e a unipolar, que é o presente dos dias de hoje, ocasião essa que formam
fundamentos para o crescimento do direito quanto ao espaço.
O sistema bipolar trouxe ao mundo a possibilidade de regulamentação das normas
referidas nos tratados referente a este tema tendo o mundo a oportunidade de não observar a
corrida espacial tornar uma batalha cinematografia.
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7 A FASE BIPOLAR

O lançamento do Sputnik I, em 04 de outubro de 1957, inaugura a era espacial há


45 anos, atrás dando início a dois distintos sistemas de hegemonia mundial, sendo eles o
bipolar, em que se confrontaram as lideranças União das Repúblicas Socialistas Soviéticas e a
dos Estados Unidos da América; e o unipolaridade vigorante atualmente, sob a hegemonia
incontrastável é a dos EUA, um domínio imperial como nunca foi visto. Os dois sistemas se
caracterizam por impactos bem distintos sobre o processo de criação do Direito Espacial.
Quase todo o Corpus Iuris Spatialis é criado sob o primeiro sistema, que se romper com a
falência da URSS, em 1991. Nos anos de 1960 e de 1970, em especial, surge e avança um
intenso trabalho de elaboração de acordos que gera resultados acentuados, a uma velocidade
extraordinária. Passando por um único plenário legislativo, o Comitê das Nações Unidas para
o Uso Pacífico do Espaço Exterior, com seus dois subcomitês, o Jurídico e o Científico-
Técnico. Órgão este que é moldado e regulamentado no efetivo pela imprescindível
convenção entre os EUA e a URSS.
Bem sucedidos na Segunda Guerra Mundial, as duas superpotências, separadas
por intensa competitividade política e estratégica, adversárias desde os anos de 1940 numa
guerra fria, capaz de aquecer a qualquer momento, com a utilização de armas de destruição
em massa, armas que são inicialmente transportadas por aviões, exemplo do ataques dos EUA
a Hiroshima e Nagasaki em agosto de 1945, Conclui se que o melhor seria lançá-las por meio
de mísseis balísticos intercontinentais. Os EUA e a URSS se lançam, então, impetuosos, à
corrida pela criação do primeiro míssil balístico intercontinental. O desígnio de ambos é
tornar-se a primeira potência espacial do mundo. Tornado o espaço a única fronteira para a
ostentação de autoridade nacional e poderio. Os EUA e a URSS evidenciaram sua liderança
perante outros Estados fazendo a guerra das propagandas, adotando sua superioridade
tecnológica e militar, mostrar-se a elevação e a excelência essencial a seus atinentes regimes,
o liberal democrático e o comunista, época esta que também desvenda enorme empenho civil
pela pesquisa científica espacial. No entanto, embora o lançamento do Sputnik integre o
histórico evento, o início da Era Espacial não se deve ao primeiro satélite artificial, mas aos
planos estratégico-militares de cada superpotência com inclusão à outra. Mil vezes mais
importante que o satélite posto em órbita. Mas sim o importante para eles foi a criação do
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primeiro míssil balístico intercontinental, devidamente testado e qualificado 8 de novembro


de 1957, o governo soviético anuncia o teste de nova bomba de hidrogênio.
Obviamente que, se a Rússia tinha potencial para lançar um satélite no espaço,
dominava também lançamento de um dispositivo equipado com bomba atômica ou de
hidrogênio. Assim, diante isso, os americanos perceberam, como nunca antes, que o país deles
encontrava-se agora ao alcance dos foguetes russos, foguetes estes que poderiam transportar
armas nucleares terrivelmente destrutivas, de continente ao outro. Este foi o clima em que se
inaugurou a Era Espacial, começando assim a base do Direito Espacial, das regulamentações
das atividades espaciais. O Direito Espacial é fruto da Guerra Fria.
Iniciaram com a seguinte decisão: ambos concordam em que a novas questões
espaciais sejam debatidas e regulamentadas pela Organização das Nações Unidas, criando-se,
no ano de 1959, o Comitê das Nações Unidas determinando o uso Pacífico do Espaço
Exterior, sua composição elaborada por 24 países na época hoje são 65. Isso proporcionou o
tratamento transparente e amplo possível à época ligada às tensões e à corrida armamentista
das superpotências, porém, problemas militares com sérias implicações espaciais foram
resolvidos por entendimentos bilaterais entre as duas superpotências. Nascendo assim o
Tratado de Proscrição das Experiências com Armas Nucleares na Atmosfera, no Espaço
Cósmico e sob a Água, concretizado em Moscou, em 1963. Tratado sobre Limitação dos
Sistemas de Defesa Antimíssil firmado em 1972 apenas pela URSS e pelos EUA e a
Convenção que trata a Proibição do uso de técnicas de modificação do Meio Ambiente com
fins militares ou quaisquer outros fins ameaçadores à humanidade em 1977, aplicando-se
também ao ambiente espacial. Decidindo se assim por ambas as partes retirar as questões
militares espaciais do Copuos, transferindo-as à Comissão de Desarmamento e depois para a
Conferência de Desarmamento da ONU, privando o Copuos da mais categórica das pautas,
da qual depende o uso pacífico do espaço que consta no próprio nome do Comitê o Governo
dos EUA, percebe que o regime jurídico internacional mais conveniente para o espaço é
aquele que o deixasse livre e aberto a todos os países, com intuito de usar satélites para
observar os inimigos, a começar pela URSS.
32

8 FASE UNIPOLAR

Esta fase posso dizer ser uma fase de dominações tecnológicas; um monopólio
onde os Estados mais desenvolvidos sobrelevam sua tecnologia sobre os paises emergentes,
fazendo muito pelo Direito Espacial, mas também deixa sérias lacunas e neste momento da
monografia que começa a deliberação a contradição na qual se torna demagógica a posição
dos países, sobrepondo os outros. Por exemplo, não versa desmilitarizar o espaço na mesma
extensão em que desmilitarizou a Antártida. Pelo Artigo 1º do Tratado de 1959, a Antártida só
pode ser utilizada para fins pacíficos, estando proibidas medidas de natureza militar, como o
estabelecimento de bases e fortificações, a realização de manobras militares, bem como as
experiências com armas. Em contra partida o condomínio EUA-URSS produziu muito mais
pelo desenvolvimento da ordem jurídica espacial do que o presente sistema unipolar, pelo que
se observa desde dos anos de 1990 até hoje, e pelas perspectivas que se desenham visando o
futuro nada de concreto . Com efeito, o que parece caracterizar melhor o sistema unipolar é a
impossibilidade de se promover esforço e acordo para o desenvolvimento do Direito Espacial,
segundo as exigências dos novos tempos, o entendimento de hoje têm se manifestado,
sucessivas vezes, em desfavor de qualquer proposta de emenda aos tratados vigentes. Não
importa evidenciar-se cada vez mais a necessidade de se preencherem espaços vazios que, se
no passado podiam ser relevadas, hoje impedem aprimoramentos e avanços imprescindíveis.
As atividades espaciais, tanto militares como civis, estão agora num estágio muito distinto do
existente, quando as principais fontes do Direito Espacial foram elaboradas. O contexto sócio-
político e científico-tecnológico de nossos dias supera em muito o marco jurídico vigente.
Atualizá-lo é demanda certa urgente que só faz crescer a propagação do direito nos passos da
humanidade. A busca de uma concordância entre os paises é indispensável para se iniciar
uma discussão sobre a viabilidade e a necessidade de uma convenção geral única sobre o
Direito Espacial Internacional, a exemplo do alcançado, de forma tão frutuoso, no Direito do
Mar, com a Convenção de 1982. Também a necessidade de uma convenção sobre o
sensoriamento remoto da Terra por satélite, a partir do conjunto de princípios. O debate
certamente abriria novos caminhos e soluções para aproximar procedimentos coerentes para
consolidar os princípios centrais e as mais valiosas conquistas do Direito Espacial
Internacional constante no texto já abraçado, além de completar as lacunas existentes e
designar novas normas adequadas frente aos diversos problemas espaciais ainda não
regulamentados. Unipolaridade revela-se inapto para admitir para habituar-se-a com uma
33

tarefa de tamanha amplidão. É como se ele perdesse o domínio do processo legislativo sendo
obrigado a descer de sua posição predominante para negociar, em termos de igualdade
jurídica, com países com nível peculiares e tecnológicos inferiores. O Copuos parece não ter
mais a mesma relevância de tempos passados, a observando de fato que as atividades
espaciais hoje são, efetivamente, muito mais intensas e de supra importância para toda a
humanidade, pois existe uma dependência do ser humano com fatores tecnológicos advindos
de tal atividade, como por exemplo, trabalho a questão da comunicação da internet, sistemas
de rádio, telefonia, sistema de GPS, televisão, sistema de valores como bolsa de valores e a
conduta inclusive dos cidadãos de toda a terra na sua maioria com a utilização dos cartões de
crédito, na previsão do tempo e na proteção da natureza, através do monitoramento remoto
produzindo identificação localização de mapa para aqueles que buscam se localizar. Enfim, o
homem de hoje é altamente dependente dessa tecnologia. A unipolaridade, por sua própria
natureza, não precisa, necessariamente, opor-se à continuidade de fóruns deste tipo, quando
ela começou na corrida espacial, os sonhos destes Estados eram justamente chegarmos onde
estamos obviamente que naquele momento existia um interesse comum de uma competição
para definir quem seria a maior potência do mundo. Bastando não atribuir a eles um papel
realmente criativo e produtivo. Quando muito, abre-lhes a possibilidade de ratificar algum
projeto já previamente articulado no essencial, para que ele possa exibir uma base de apoio
mais ampla. No geral, porém, não vê conveniência nem interesse verdadeiro no debate e na
busca multilateral de soluções. Essa abertura, a seu ver, envolve o risco de complicações e
dissabores desnecessários. A hegemonia única repousa e se resguarda no poder de rejeitar
qualquer iniciativa que ela julgue afetar de algum modo seus interesses e diretrizes, sem que
seja preciso contrapor uma argumentação convincente e bem fundamentada. É o frio e
renovado direito de veto, em que, não raro, se converteu a regra da aprovação por consenso.
A unipolaridade tende irresistivelmente cair no desrespeito pela opinião alheia e
na recusa a agrupar uma ampla concepção de justiça. O risco que representam os grandes
líderes desta hegemonia é que sua política externa é toda feita de forma acelerada, mas sem
freio. Não contribuindo assim para a resolução dos crescentes conflitos entre o interesse
nacional da superpotência hegemônica e os interesses da comunidade internacional, que se
pretende minimizar taxando-a de superficial.
Resultando isso em uma dificuldade de compreensão dos "bens públicos globais",
entre os quais estão a ordem pública internacional e o uso do espaço exterior. Devendo ser
observado também que os poderosos, em um apelo demasiado estreito aos bens públicos
globais arriscam converter-se numa ideologia do interesse próprio, obtendo a propriedade
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podendo gerar conseqüências disso na prática espacial, na medida em que as políticas


americanas baseadas na segurança nacional mantêm uma distância entre o ter espacial dos
Estados Unidos da América e o não ter de outros países e, assim, amplia o alcance
tecnológico e econômico entre as duas partes, políticas estas que geram, simultaneamente,
efeitos ameaçadores à paz, à segurança e estabilidade afetando não somente os interesses
econômicos, políticos e de segurança, mas também os interesses correspondentes da
comunidade mundial como um todo. Examinando mais especificamente as obstruções
unilaterais na indústria e na transferência de tecnologia de lançamentos espaciais, conclui-se
que leis, diretrizes e práticas que virtualmente excluem a cooperação, neste setor fundamental
das atividades espaciais, infringem o espírito do Tratado do Espaço de 1967 e a Declaração da
Assembléia Geral da ONU, de 1996, sobre os Benefícios do Espaço Exterior, na qual requer
que todos os Estados se empenhem, na máxima extensão possível, na cooperação
internacional no que se trata exploração e uso do espaço. Mas a maior ameaça da
unipolaridade está no propósito, nunca antes tão determinado e de certa maneira já em
marcha, de militarizar totalmente o espaço exterior, com inclusão do uso de armas nucleares.
Já não bastam a exploração e o uso do espaço para ações militares, consideradas passivas,
auxiliares e não agressivas – inter alia - de observação, telecomunicações, reconhecimento,
localização e exatidão de tiro, profundamente desenvolvidas na fase da bipolaridade. Estas
acepções são visivelmente controversas. Certo modo, todas essas atividades já não são
consideradas suficientes. A unipolaridade em sua formulação contemporânea, vai
arriscadamente além. Admite o princípio de o uso militar ativo do espaço e vê como
necessário a concepção de um sistema de defesa que compreenda a instalação de armas no
espaço exterior, e também sustenta armas instaladas em solo adequadas para destruir objetos
espaciais. E para justificar esta política, um grande número de juristas militares é mobilizado
atarefando se de produzir uma interpretação das lacunas existentes nos tratados do Direito
Espacial, no intuito de fundamentar uma base legal para o uso militar do espaço sem
restrições. Atualmente vivemos episódios de paz mesclados a guerras esporádicas por justo
interesse de agir da soberania, sobrepondo interesses econômicos e sim de demonstração de
domínio a idéia é imaginar uma guerra sanguinária ou coisa parecida, mas, no entanto, foge
do contexto. Seria um silêncio ao mundo caso todos os satélites em órbita fossem abatidos,
provavelmente o homem voltaria no mínimo 30 anos na forma de vivência, isso também é
uma forma de guerra, a importância das normas jurídicas espaciais vão além do que a grande
maioria dos juristas atuais si quer preocupariam em pensar, só seria pensado no momento em
que não mais obtivessem seus aparelhos celulares, not books, siscon acompanhamento on line
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dos processos nos precatórios aguardarem os correios, sem notícias de decisões STF, STJ etc.
Digo isto pois é questionável o porque de todas estas palavras e um tema tão distante
aparentemente tão irrelevante, mas que vive dentro das nossas casas, e um grande detalhe
ultrapassa fronteira e legislações este trabalho cientifico, visa a população mundial não está
pré limitado a uma pequena parte da humanidade engloba um todo.
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9 SENSORIAMENTO REMOTO

Sensoriamento Remoto - conceitos básicos:

O que é Sensoriamento Remoto; Comportamento espectral de alvos naturais;


Tipos de sensores remotos; Resolução de um sistema sensor; Características das imagens de
satélite; Níveis de coleta de dados; Mapas de órbita; Elementos de interpretação.
37

10 PODER DO DOMINIO ESPACIAL

Esta idéia de conquista espacial trás ao todos nos uma compreensão existente em a
prevalência do sistema unipolar observando que ao longo destas décadas de pesquisas e
investimentos esta nação desbravadora do espaço se viu sem qualquer rejeição mundial a
posse do espaço lunar e o envio de vários astronautas a em diversas expedições da NASA,
fato em que muitos sinistros ocorreram e astronautas perderam suas vidas em busca desta
conquista tão sonhada tanto dos lideres quanto da população daquele pais .

Pertencemos a um território, não o possuímos, guardamo-lo, habitamo-lo,


impregnamo-nos dele. Além disso, os viventes não são os únicos a ocupar o
território, a presença dos mortos marca-o mais do que nunca com o signo do
sagrado. Enfim, o território não diz respeito penas à função ou ao ‘ter’, mas
ao ‘ser’. Esquecer este princípio espiritual e não material é se sujeitar a não
compreender a violência trágica de muitas lutas e conflitos que afetam o
mundo de hoje: perder seu território é desaparecer.
(Bonnemaison e Cambrèzy, 1996. apud: Haesbaert, 2002)

Esta expansão espacial transforma o dia-a-dia de todos os terráqueos, com este


avanço da tecnologia, possibilitando observação por satélites, elaborando imagens de diversos
locais do planeta, fato este que vem criando muitos questionamentos baseado na soberania de
cada Estado.
Temos as normas estabelecidas no tratado dos Estados na qual versa sobre este
tema em seu art 6º relatando a seguinte norma: "os Estados que operam satélites de
sensoriamento remoto arcam com a responsabilidade internacional por tais atividades e devem
assegurar sua condução em conformidade com estes princípios e com as normas do Direito
Internacional, independente de serem elas realizada por entidades governamentais ou não
governamentais, ou ainda por organizações internacionais de que os referidos Estados são
membros. Este princípio não afeta a aplicabilidade das normas do Direito Internacional sobre
a responsabilidade dos Estados pelas atividades de sensoriamento remoto". Norma esta de
eficácia limitada, pois não possui eficácia perante as sanções imposta fato que causa violações
quanto a imagem e soberania sendo utilizados por meios de espionagem.
Não há qualquer alusão ao uso militar do SRTS. A Convenção de Moscou
tampouco mencionava este uso, Fazer de conta que as questões militares não existiam era
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comum durante o período da Guerra Fria. Estes assuntos eram considerados segredos de
Estado.
Hoje, a comunidade de países em geral admite os satélites de reconhecimento
militar. A eles é atribuído, em princípio, caráter defensivo, não agressivo. Nenhum satélite de
reconhecimento jamais foi destruído por um Estado.
O consenso geral que se dispõe sobre sensioramento foi confirmado pela II
Unispace, a II Conferência das Nações Unidas sobre a Exploração e o Uso do Espaço
Exterior, reunida em Viena, em agosto de 1982, quando a liberdade de coletar dados por meio
do SRTS não foi contestada e ao contrário, foi ate estimulada por países em
desenvolvimento, com interesse em continuar recebendo tais dados de satélites. No início
omitiram as atividades militares de SRTS, mas é racional supor que a matéria que relata sobre
estas atividades deverão ser regulamentadas, dada sua importância para a garantia de todos os
Estados e principalmente para a paz mundial.

10.1 DESEJO DOS PAISES EMERGENTES EM RELAÇÃO AO SRTS

Seria inevitável as conseqüências dos países em desenvolvimento, inclusive o


Brasil, que defendiam, de começo, o princípio da autorização prévia, para o sensoriamento
dos territórios pertinentes a eles e também para a divulgação dos dados obtidos nos mesmos,
obviamente com intuito de resguardar a sua soberania. No princípio, antes de sensoriar um
país, o país sensoriador necessitava da concessão de licença a este país. E também, antes de
propalar ou comercializar imagens extraídas de um país, o sensoriador, proprietário das
imagens obtidas sobre o outro país, deveria consultar este país a respeito de futuras
divulgações e comercialização das mesmas.
No entanto os Estados desenvolvidos sucessivamente defenderam dois princípios
que são; o da liberdade de sensoriar qualquer ponto da Terra e o da livre circulação de
informações, ambos os casos, sem prévia autorização do país sensoriado.
Portanto os Estados em desenvolvimento argumentavam que o direito à soberania
inflexível dos países sobre seus recursos naturais, consagrado na Declaração da Assembléia
Geral da ONU de 1962. Para estes Estados em desenvolvimento, direito esse usurparia não só
os próprios recursos naturais, como também os dados e informações a respeito destes
recursos. Entende que, tais países que se apropriassem, via SRTS, de informações sobre os
recursos naturais de outro país estaria violando a soberania deste país. A única forma de evitar
esta violação seria o pedido de autorização prévia do país para sensoriá-lo. Argüidos sobre o
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contexto os Estados desenvolvidos exporão sete diferentes motivos que fundamentava o uso
sem censura dos sensores:
1) na concepção deles os direitos de soberania de um país vigoram só no espaço
aéreo de cada um , não se estendendo ao espaço exterior, que poderia ser utilizado de forma
livre por todos os países.
Observando que o sensoriamento remoto é realizado a partir do espaço exterior,
ela assim se torna atividade lícita e não requerendo assim previa autorização do país
sensoriado.
2) As soberanias dos Estados materializam-se, sobretudo, na liberdade de ação.
Como o SRTS dos recursos naturais de um país não afeta o direito e a liberdade deste país de
possuir e gerir como quiser seus recursos e riquezas naturais, a coleta de informações por
satélite não fere seus direitos soberanos.
3) A utilização do SRTS é passiva captando as ondas eletromagnéticas refletidas
ou emitidas pelos objetos na Terra. Porém, usa-se técnica ativa, por exemplo, a de radar que
transmite raios, ocorrendo sim, certa invasão do território nacional e o caso então podendo ser
avaliado de outro modo.
4) Nenhum Estado, nem sua população na coletividade, possui direitos à
privacidade em virtude de sua soberania. livre intercâmbio de informações e idéias é o melhor
garantidor de manutenção da paz e de segurança internacionais do desenvolvimento de
relações de amizade e da cooperação entre as nações.
5) É complexo, senão impraticável, ligar e desligar um satélite de sensoriamento
remoto, conforme o país que ele esteja focalizando e que permita ou não ser sensoriado seria
uma aberração.
6) A reivindicação de autorização prévia levantaria empecilhos burocráticos
prejudiciais ao desenvolvimento do SRTS, pois tais exigências poderia criar diversos
embaraços diplomáticos.
7) Estados dispostos a não autorização do sensoriamento por satélite de seus
territórios, certamente, não teriam meios técnicos para prevenir essa operação.
Depois de tanto debate questionamento e novamente nesta guerra de direitos
prevaleceu o do mais forte como sempre foi na história da humanidade O princípio da
autorização prévia não foi incorporado aos Princípios da ONU. Prevaleceu o princípio da
liberdade de sensoriar, como queriam os países desenvolvidos.
A redação final dos Princípios deu clara vantagem aos países desenvolvidos,
detentores das tecnologias de SRTS.
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Percebe se que estes países têm meios e recursos para garantir a si o usufruto da
liberdade de sensoriar. Já os demais em desenvolvimento, para garantir o usufruto de seus
direitos no caso, dependem absolutamente de negociações a serem realizadas com os países
desenvolvidos. A situação é de clara desigualdade entre as partes tendo que observar o quanto
pode ser feito na área da saúde da humanidade através das imagens sensoriadas, mas, no
entanto, essa soberania sobrepõe as normas de igualdade e encontra-se no sistema absolutista
da tecnologia espacial dos EUA . A questão é complexa e de difícil solução. Mas, em
princípio, parece claro que seria necessário criar um mecanismo internacional compensatório,
capaz de assegurar acesso, oportunidades e possibilidades aos países sensoriados em níveis
equiparáveis à liberdade que os países sensoriadores têm de sensoriar o mundo inteiro sem
restrições. Segundo Florenzano (2002), os novos parâmetros curriculares reforçam a
importância do uso de novas tecnologias, como a do sensoriamento remoto que se destaca da
maioria dos recursos educacionais, pela possibilidade de se extraírem informações
multidisciplinares, uma vez que dados contidos em uma única imagem podem ser utilizados
para multifinalidades.

Imagens de satélite podem contribuir para o estudo dos problemas de saúde


pública, relacionados com a contaminação das águas, como a cólera e a
leptospirose, e a poluição atmosférica, como as doenças respiratórias. A
partir da interpretação desses dados e com o auxílio da Biologia, Química,
Geografia e História, é possível relacionar a distribuição dessas doenças e
das condições que as favorecem com as características ambientais,
econômicas e sociais da área em estudo. Florenzano, (2002, p. 87)

10.2 POSIÇÃO DO BRASIL AO SENSORIADORES

O Brasil foi o primeiro país em desenvolvimento a renunciar, no Copuos, em


1982, ao princípio da autorização prévia, ele passou a propor os princípios do acesso
prioritário e do acesso em base não discriminatória do país sensoriado aos dados obtidos a seu
respeito pelo país sensoriador. Muitos países apoiaram a mudança, mas como não e possível
agradar a todos. O princípio do acesso prioritário foi recusado pelos países desenvolvidos.
Estes países só admitiram o princípio do acesso em base não discriminatória, lavrado no
Princípio XII. Atualmente existe o SERFA (Sensoriamento Remoto das Forças Armadas) é
organizado pelo Instituto de Estudos Avançados (IEAv) desde sua primeira edição, em 1997,
e tem colaborado para a exposição e a sinergia das atividades de sensoriamento remoto
ligadas à Defesa no país, observando assim que o Brasil alem de aceitar se organiza para a
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defesa da sua soberania apoiado por tratados amparando assim com a tecnologia a defesa da
nação .
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11 INTERPRETAÇÃO VIGENTE

Pela interpretação vigente, o acesso não discriminatório aos dados de SRTS


significa que estes dados:
1) devem estar sempre disponíveis, nem que seja à venda e neste caso não podem
ser retirados arbitrariamente de mercado;
2) devem estar sempre disponíveis em condições iguais a todos os interessados,
em direito de uso e em preço;
3) não podem se tornar exclusivos de um único comprador;
4) não podem ser vendidos a preços que dificultem sua compra pelos países
menos desenvolvidos.
Porém esses princípios não são absolutamente respeitados, nem todos os dados e
imagens de satélite são sempre e livremente disponibilizados a qualquer país, pelos países
sensoreadores. Interesses estratégicos e políticos não raro suplantam os comerciais.
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12 CONCLUSÃO

Diante o exposto neste trabalho cientifico, podemos observar em um pequeno


instante a grandeza de coisas desconhecidas para muitos e estudadas por poucos, praticada por
uma minoria. Quando falo de coisas, digo fatores gerais que envolvem o homem e sua
evolução.
O direito hoje versa por vários ramos e cada vez mais sobrepõe a sua capacidade
de absorver todos aqueles atos que possam gerar motivação para amparo legal, não estamos
mais naqueles tempos em que juristas poderiam se dar o gosto de entender apenas de
processo, ou que sua inteligência fosse abrigada conforme a quantidade de artigos que
decoravam.
Hoje o mundo quer mais, a vida pede muito mais, além de bons advogados,
deveremos ser bons cientistas. O mundo caminha com passos rápidos, no oculto acabamos
por demais ignorando assuntos que não nos interessa deliberar, mergulhando fundo na
ignorância, ao ignorarmos, e por demais vezes chegamos a ridicularizar certos meios por
acharmos que nossa vida não esta interligada a um todo. Mas, os cientistas do direito não
devem se embasar na deficiência do achar, na prepotência do saber e tão pouco acreditar que
sua vivencia aqui é um lapso temporal significativo. Acredito existir dois tipos de homens,
aqueles que vieram ao mundo para perder a viagem e aqueles que vieram aqui para consagrar
sua permanência por gerações, tanto para o uso do bem quanto para o mau, todos podemos ser
como grandes pensadores filósofos cientistas, enfim quem conhece a história do mundo
estuda e busca esse conhecimento, numa simples citação sabe bem claro quando se relaciona
sobre por ex: Leônidas de Esparta, Julio Cezar de Roma, Aquiles da Grécia, Alexandre o
Grande Rei da Macedônia, Napoleão líder do exército Francês, Hitler ditador nazista da
Alemanha, Einstein grande cientista criador dos estudos sobre os átomos, Mandela líder negro da áfrica, Virgulino cangaceiro do sertão conhecido como
cabra macho, Lampião, Isabel princesa portuguesa que aboliu a escravidão com a lei áurea em 1888. Enfim, relatei tais nomes, pois, na sua grande maioria os
mesmos não se encontram mais aqui, no entanto, sobreporão a barreira do tempo para deixar na memória os atos praticados pelas vontades sonhadas. Assim
empenhado neste tema que aparentemente é tão superficial venho apreciar idéias de anos passados como a curiosidade sobre o espaço que existia para grandes

nomes da Grécia antiga como Sócrates, Aristóteles, Epicuro, Platão, Plutarco, Tales, Antístenes,
Parmênides, Heráclito, Empédocles, Anaxágoras. Enfim tamanhos foram os questionamentos
deles, óbvio que a busca era a mesma mas, no entanto, o homem e a tecnologia sobrepôs os
tempos e nos últimos 60 anos mudamos os caminhos sonhados por muitos no passado,
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atualmente quando precisamos de provar matéria na âmbito cível ou criminal e demais ramos
das ciências jurídicas buscamos as provas, e os meios utilizando do mais simples como os
mais sofisticados.
O ministério público do Estado do Pará, que através do sensoreamento, obtém
fotos que provam crimes ambientais praticados naquela região. Assim vemos que o direito de
uma coisa deriva outra que busca outra e assim vai sem freios nas cabeças pensantes em busca
da justiça, quando pensamos em soberania buscamos principalmente a capacidade do saber
dos cidadãos e o raciocínio destes que formam grandes nações. O saber é a base de tudo e a
humildade de poder buscar compreensão em tudo que exista relacionando o homem e sua
vivencia neste planeta, é a grandeza de quem ainda tem muito a aprender .
A experiência adquirida ao fim deste trabalho foi de extraordinário potencial de
aprendizado não somente no saber literário quanto na reflexão da escola da vida e o que ela
pode nos mostrar quando buscamos ser aquilo que sonhamos.
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REFERÊNCIAS

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Assembléia geral da ONU em 5 de dezembro de 1979, aberto à assinatura em 18 de
dezembro de 1979, em vigor desde 11 de julho de 1984. Tem 9 ratificações e 5 assinaturas. O
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