Você está na página 1de 25

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ

CAMPUS TOLEDO

Centro de Engenharias e Ciências Exatas


Curso de Engenharia Química

PROJETO DE REATORES ISOTÉRMICO E NÃO-


ISOTÉRMICO PARA A CONVERSÃO HIDROTÉRMICA DE
GLICEROL EM ÁCIDO LÁTICO EM REATOR BATELADA

Disciplina Análise e Cálculo de Reatores


Prof. Dr. Veronice Slusarski Santana

Matheus Soares Benatti


Letícia Macedo

TOLEDO – 2021
2

SUMÁRIO
1 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ....................................................................... 3
1.1 PRINCIPAIS APLICAÇÕES DO ÁCIDO LÁTICO ....................................... 3
1.2 OBTENÇÃO DO ÁCIDO LÁTICO ............................................................... 5
1.3 PRODUÇÃO DE ÁCIDO LÁTICO ATRAVÉS DE CONVERSÃO
HIDROTÉRMICA DO GLICEROL UTILIZANDO CATÁLISE HOMOGÊNEA ........ 5
2 JUSTIFICATIVA DE REATOR ISOTÉRMICO E NÃO-ISOTÉRMICO ............. 7
3 ALGORITMO DO PROJETO DE REATORES ................................................ 8
4 DIFICULDADES ENCONTRADAS E APRENDIZADO ADQUIRIDO ............ 23
5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .............................................................. 24

2
3

1 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

1.1 PRINCIPAIS APLICAÇÕES DO ÁCIDO LÁTICO

O interesse na produção de ácido lático tem aumentado consideravelmente no


decorrer dos últimos anos. A presença de um grupo carboxílico e um hidroxílico na
estrutura molecular do ácido lático possibilitam uma grande variedade de transformações
químicas, estabilidade química, estabilidade térmica e biodegradabilidade (Ryu et al.,
2006). Além disso, o ácido lático é reconhecido como produto não tóxico, certificado pela
agência federal do departamento de saúde e serviços humanos dos Estados Unidos, a
FDA (Food and Drug Administration). Desta forma, o ácido lático possui aplicações em
vários tipos de indústria, destacando-se a alimentícia, química, médica, farmacêutica e
até mesmo de cosméticos.
Segundo Datta et al (1995), a indústria de alimentos consome cerca de 85% do
ácido lático produzido mundialmente, uma vez que este ácido orgânico é utilizado como
acidulante, flavorizante, tamponante e para prolongar o tempo de vida de alimentos,
agindo como inibidor de bactérias deteriorantes em diversos produtos processados, tais
como, pães e produtos de panificação, bebidas, sopas, produtos lácteos, cerveja, doces
e geleias, maionese e ovos.
Na indústria química o ácido lático está entre as 30 moléculas mais importantes
produzidas a partir de biomassa, em uma estrutura de biorrefinaria integrada, para serem
utilizadas como blocos de construção (WERPY & PETERSEN, 2004). Por serem
considerados blocos de construção, moléculas com múltiplos grupos funcionais, tem alto
potencial quimicamente, já que podem ser transformados em novas famílias de
moléculas úteis.
Os polímeros de ácido lático (PLA) tem sido alvo de pesquisa na indústria médica
devido a sua natureza biorreabsorvível, que faz com que estes materiais possam ser
absorvidos pelo corpo humano sem causar danos significativos aos tecidos, tornando-os
insumos ideais para a produção de suturas e próteses, além de revestimento para
cápsulas de liberação prolongada de medicamentos.
Na indústria farmacêutica, o ácido lático é amplamente utilizado para nutrição
parenteral. O fato do corpo humano o aceitar facilmente, torna o lactato um veículo ideal
para a introdução de minerais terapêuticos e, além da boa tolerância, essas preparações
ainda possuem a vantagem de apresentar um sabor agradável ou neutro (quando

3
4

aplicadas topicamente). Em geral, os principais lactatos mineiras são o ferroso (anemia),


lactato de cálcio (osteoporose, hipertensão, cárie dentária), lactato de manganês
(intolerância à glicose), lactato de magnésio (hipertensão e fraqueza muscular) e lactato
de zinco (doenças de pele) (ALSAHEB et al., 2016).
Na indústria de cosméticos, o ácido lático é mais popularmente utilizado na
produção de pomadas, loções e soluções hidratantes, agentes de clareamento,
rejuvenescimento, antiacne e anti-tártaro. Além de poder ser empregado para controle
de pH e no tratamento de deficiência de cálcio (NARAYANAN et al., 2004).
Em geral, a partir das moléculas derivadas do ácido lático é possível gerar
produtos fundamentais para diversos tipos de indústrias, tais como resinas, colas,
solventes, adesivos, perfumes, hidratantes, tintas, espumas, lubrificantes, pesticidas,
fraldas e plásticos, como demonstrado no diagrama da Figura 1.

Figura 1. Ácido lático como bloco de construção na indústria química.


Fonte: BENEVENUTI, 2016.

4
5

1.2 OBTENÇÃO DO ÁCIDO LÁTICO

O ácido lático pode ser produzido industrialmente por dois caminhos diferentes:
síntese química e fermentação microbiana. Atualmente, cerca de 90% da produção
mundial é realizada pela rota fermentativa devido a acessibilidade de matéria-prima, uma
vez que a obtenção do ácido lático pode ser feita pela fermentação de uma grande
variedade matérias-primas, subprodutos ou até mesmo resíduos industriais. Contudo, a
baixa eficiência e produtividade deste processo, assim como alto custo da etapa de
purificação do produto e descarte do substrato residual, faz com que a busca por
métodos mais eficientes pela rota química seja alvo constante de pesquisa.
As sínteses químicas são baseadas principalmente na conversão de lactonitrilo,
um subproduto da síntese de acrilonitrilo, e só podem produzir o ácido lático racêmico,
diferente da rota fermentativa, que possibilita a produção dos isômeros do ácido lático
separadamente. No entanto, devido à restrição de matérias-primas e os custos de
transformação, a conversão química ocorre apenas em menor escala (DATTA E HENRY,
2006).
Apesar dos métodos sintéticos de produção do ácido lático serem em geral mais
caros que métodos fermentativos, a principal vantagem competitiva deste processo está
no menor custo de purificação do produto da reação. Além disso, o fato de a síntese
química gerar a mistura racêmica do ácido lático em concentrações iguais, permite
alcançar uma porcentagem maior do mercado, uma vez que cada isômero pode servir
como insumo para manufatura de produtos de valor agregado distintos.

1.3 PRODUÇÃO DE ÁCIDO LÁTICO ATRAVÉS DE CONVERSÃO HIDROTÉRMICA


DO GLICEROL UTILIZANDO CATÁLISE HOMOGÊNEA

A produção mundial de glicerol teve um grande aumento a partir do ano 2000,


devido ao crescimento da indústria de biodiesel, visto que cerca de 10% em peso do
produto formado na reação do biocombustível é composto deste coproduto.
As enormes quantidades de glicerol impostas pela produção de biodiesel, não são
absorvidas por completo, apesar da demanda substancial deste produto, fazendo com
que a necessidade de desenvolvimento tecnológico para atribuir esta matéria-prima à
processos que obtenham produtos de valor agregado seja cada vez maior. Segundo
Umpierre et al (2013), há diversas rotas químicas para a valorização do glicerol, mas o

5
6

problema que se apresenta é de caráter tecnológico: desenvolver tecnologias de


valorização viáveis economicamente em níveis industriais. Uma significativa vantagem é
que o glicerol pode ser empregado como matéria-prima em quase todos os tipos de
indústrias. Atualmente, sua maior aplicação se dá em indústrias de medicamentos,
indústria de alimentos e bebidas, produtos de higiene bucal e indústria de cosméticos.
O glicerol pode ser convertido em ácido lático a partir de processos hidrotérmicos
Kishida et al (2005). Este processo pode ser realizado em meios alcalinos utilizando
hidróxidos como catalisadores homogêneos, tais como Hidróxido de Sódio (NaOH) e
Hidróxido de Potássio (KOH), ou por catálise heterogênea através de uma variedade de
óxidos, como óxidos de cobre, zinco, cálcio, níquel etc.
A conversão de glicerol em ácido lático (ou seu lactato) pelo processo alcalino,
através de catálise homogênea por NaOH prossegue através das reações:

Reação 1 𝐶3 𝐻8 𝑂3 + 𝐻2 𝑂 → 𝐶3 𝐻6 𝑂3 + 𝐻2 𝑂 + 𝐻2 (1)
Glicerol Ác. Lático

Reação 2 𝐶3 𝐻6 𝑂3 + 𝑁𝑎𝑂𝐻 → 𝐶3 𝐻5 𝑂3 𝑁𝑎 + 𝐻2 𝑂 (2)


Ác. Lático Lactato de Sódio

Reação 3 𝐶3 𝐻6 𝑂3 → 𝐶2 𝐻4 𝑂 + 𝐶𝐻2 𝑂2 (3)


Ác. Lático Acetaldeído Ác. Fórmico

A Equação 1 descreve o principal caminho do processo, em que é feita a formação


do ácido lático a partir do glicerol. Após a formação do ácido láctico, o produto irá reagir
instantaneamente com a base na solução, como exibido na Equação 2, formando lactato
de Sódio. Esta etapa ajuda a proteger o ácido láctico da decomposição do produto sob
as condições do reator. O processo de decomposição do ácido lático está descrito na
Equação 3, que ocorre através da clivagem oxidativa e da desidratação do ácido lático.

6
7

2 JUSTIFICATIVA DE REATOR ISOTÉRMICO E NÃO-ISOTÉRMICO

Do ponto de vista de viabilidade industrial, é necessário avaliar o tipo de reator e


as condições operacionais para qual este será submetido, a fim de obter a maior
seletividade e conversão possível. Para a conversão hidrotérmica de glicerol para ácido
lático, podem ser utilizados reatores do tipo batelada e CSTR.
No presente trabalho, o reator batelada foi escolhido para realizar a operação.
Esta é uma opção versátil para as indústrias, uma vez que um único vaso pode ser
utilizado para diferentes operações, o que neste caso em específico favorece a próxima
etapa do processo, que é a purificação do lactato de Sódio. Além disso, este reator
requer pouca instrumentação e é relativamente simples de operar. Conforme Kishida et
al. (2006), o reator batelada é o mais utilizado para o processo de conversão hidrotérmica
do glicerol em ácido lático, principalmente devido as altas conversões proporcionadas
por batelada. As principais desvantagens associadas ao uso do reator batelada em
escala industrial incluem os altos custos de mão-de-obra e custos de manipulação de
materiais envolvidos no preenchimento e esvaziamento do reator.
A temperatura é a variável de maior influência na conversão global e rendimento
da reação, visto que ela interfere diretamente nas constantes de velocidade das três
reações. Dessa forma, baseando-se em experimentos realizados por Kishida et al.
(2006) e Chen (2011), decidiu-se utilizar a temperatura de 220ºC para a operação do
reator. A faixa de 250ºC-290ºC também foi alvo de estudo para estes pesquisadores,
contudo descobriu-se que este salto de temperatura favorece majoritariamente as
reações não desejadas dentro do reator no tempo de reação estudado. Além disso, a
utilização de altas temperaturas em meio alcalino, devido a presença do catalisador
hidróxido de sódio, pode promover uma alta corrosão do equipamento de inox, fazendo
com que não seja recomendado a operação nessas faixas de temperatura.
Outro parâmetro que possuí grande influencia na viabilidade da reação é a
concentração inicial de glicerol e hidróxido de sódio que serão inseridos no reator.
Estudos recentes observaram que a maior concentração inicial do glicerol promove o
melhor rendimento da reação, sendo testadas faixas de 0,51 até 16,9 mol/L. Dessa
forma, nesse trabalho optou-se por utilizar uma concentração de 16,9 mol/L de glicerol e
uma razão molar de NaOH/glicerol de 1,75, devido ao alto rendimento proporcionado
para a reação, assim como sua disponibilidade.

7
8

Os valores de referência para as constantes de velocidade e energias de ativação


foram estudados por Kishida et al. (2006) para as faixas de temperatura de 160 a 220ºC,
auxiliando na obtenção dos valores requeridos para o projeto através da equação de
Arrhenius. Os valores de Cp foram encontrados para cada uma das substâncias
envolvidas, com o auxílio do Handbook de Química, PERRY’S, para cada substância, foi
calculado um valor de Cp, de acordo com a temperatura de trabalho do reator. Para os
cálculos de cada ΔH, foi necessário, buscar na literatura os valores para o ΔH° de
formação de cada reagente, que combinados com um valor de ΔCp de cada reação e
com a temperatura, geraram um valor de ΔHR(t).

3 ALGORITMO DO PROJETO DE REATORES

Os primeiros gráficos descrevem os perfis de concentração dos principais


produtos envolvidos na reação para o reator isotérmico e não-isotérmico
respectivamente, sendo eles o Glicerol, Ácido Lático, NaOH e Lactato de Sódio. Como
pode-se perceber, as concentrações dos dois principais reagentes caem juntamente
conforme a concentração de ambos os produtos aumenta.
Como explicado anteriormente, após a primeira reação da formação de ácido
lático, este reage instantaneamente com o hidróxido de sódio formando o lactato de
sódio. Este comportamento é evidenciado nas curvas vermelha e roxa, que iniciam o
processo acompanhando uma a outra e, no decorrer da reação, se separam, sendo o
favorecimento direcionado a formação do lactato de sódio, que é o produto desejado
dessa reação.

8
9

Figura 2. Perfis de concentração dos principais produtos para o reator isotérmico e não-
isotérmico respectivamente.

O segundo gráfico explica o comportamento dos subprodutos na reação, sendo


eles a Água, H2, Acetaldeído e Ácido Fórmico. O comportamento das curvas azul e verde
ocorre devido a primeira reação de formação de ácido lático. Também é possível
perceber que para os parâmetros utilizados, a reação indesejada de decomposição de
ácido lático é desfavorecida, uma vez que o produto final não apresenta quase nenhuma
concentração de Acetaldeído e Ácido Fórmico.

Figura 3. Perfis de concentração dos subprodutos para o reator isotérmico e não-isotérmico


respectivamente.

9
10

As seletividades de lactato de sódio em relação ao glicerol obtidas foram de 50%


para ambos os reatores. Contudo, o processo de purificação do lactato de sódio para
ácido lático não é de extrema complexidade, uma vez que os principais subprodutos da
reação são de fácil destilação. Para a produtividade da reação, observou-se um elevado
aumento do reator não-isotérmico (84%) em relação ao isotérmico (74%), principalmente
pela elevação da temperatura de operação devido a reação exotérmica.

Figura 4. Perfis de seletividade dos subprodutos para o reator isotérmico e não-isotérmico


respectivamente.

Abaixo estão descritos os algoritmos aplicados no programa Maple 17 para


obtenção da representação gráfica da operação no reator batelada projetado
isotermicamente e não-isotermicamente.

10
11

11
12

12
13

13
14

14
15

15
16

16
17

17
18

18
19

19
20

20
21

21
22

22
23

4 DIFICULDADES ENCONTRADAS E APRENDIZADO ADQUIRIDO

As principais dificuldades para a realização do trabalho surgiram no momento de


encontrar parâmetros de referência para o projeto, também encontramos dificuldades
para encontrar material de referência para aplicações práticas do ácido lático na
indústria. O uso do software Maple para resolver as equações foi de difícil manuseio e
entendimento quando levado em consideração o balanço de energia para reações
múltiplas complexas.
Por outro lado, foi possível um entendimento melhor sobre o impacto do
desenvolvimento de novas tecnologias, ainda mais levando em consideração a produção
de substâncias como o ácido lático que é de suma importância no mercado atual. Foi
possível uma visualização mais prática do comportamento de um reator através dos
gráficos gerados e melhor percepção sobre as reações múltiplas que podem ocorrer em
um reator.

23
24

5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ABD ALSAHEB, RAMZI ATA. OPTIMIZATION OF MEDIUM AND CULTIVATION


CONDITIONS FOR D-LACTIC ACID PRODUCTION USING CASSVA STARCH. 2016.

BENEVENUTI, Carolina Santos Jordani; PEREIRA JR, Nei. Prospecção tecnológica da


produção de ácido lático no contexto de biorrefinaria: Tendências e
oportunidades. Revista ESPACIOS| Vol. 37 (Nº 23) Ano 2016, 2016.

Chen, L. Conversion of Glycerol to Lactic Acid under Low Corrosive Conditions with
Homogeneous and Heterogeneous Catalysts. Master's Thesis, University of Tennessee,
2011.

Datta, R., Tsai, S. P. Lactic acid production and potential uses: a technology and
economics assessment. ACS Symp. Ser. Fuels and Chemicals from Biomass, v. 666, p.
224–236, 1997.

Datta, R., Henry, M. Lactic acid: recent advances in products, processes and
technologies - a review. Journal of Chemical Technology and Biotechnology 1119-1129,
2006.

Green, D. W., & Southard, M. Z. (2019). Perry's chemical engineers' handbook. McGraw-
Hill Education.

KIRK, R. E.; OTHMER, D. F. Encyclopedia of Chemical Technology. 3 ed. New York:John


Willey & Sons, 1981. V.13, p. 80-90.

Kishida, H., Jin, F., Zhou, Z., Moriya, T., Enomoto, H. Conversion of glycerine into lactic
acid by alkaline hydrothermal reaction. Chemical Letters 34(11): 1560–1561, 2005.

LEVENSPIEL, O. "Engenharia das Reações Químicas", Vols. 1 e 2, Edgard Blucher Ltda,


São Paulo, 1972.

24
25

LIMA, U.A. Biotecnologia industrial: Processos fermentativos e enzimáticos. Vol. 3 Ed.


Edgard Blucher. p 616. 2002.

Narayanan, Niju, Pradip K. Roychoudhury, and Aradhana Srivastava. "L (+) lactic acid
fermentation and its product polymerization." Electronic journal of Biotechnology 7.2
(2004): 167-178.

Ryu, H. W., Oh, H., Wee, Y. J., Yun, J. S. Lactic Acid Production Through Cell-Recycle
Repeated-Batch Bioreactor. Applied Biochemistry and Biotechnology. v.3, p.105–108,
2003.

SOUZA, Delma Sarmento. Intensificação do processo hidrotérmico do glicerol catalisado


para produção de ácidos lático e acrílico. MS thesis. Universidade Federal de
Pernambuco, 2018.

Umpierre, A. P., Machado, F. Gliceroquímica e valorização do glicerol. Revista Virtual de


Química, v. 5, n. 1, p. 106-116, 2013.

Werpy, T. Value Added Products from Glucose via Thermal Conversion. Biomass Office
Program Review, 2002.

25

Você também pode gostar