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CUSTOS PARA

CONTROLE:
histórico e padrão
OBJETIVOS

1 2 3 4
Conhecer e Saber tomar
justificar o uso do conhecimento da Identificar
oportunamente os Proporcionar à administração
custo-padrão como realidade de custos informações oportunas que lhe
instrumento de e compará-la com desvios e tomar possibilitem tomadas de decisões
controle à aquilo que deveria providências para ótimas, fixando uma base de
administração da ser em termos corrigi-los. comparação entre o que ocorreu
empresa. ideais. (custo real) e o que deveria ter
ocorrido (custo ideal).
SISTEMAS DE CUSTEIO

É a forma de registrar os custos podendo ser por


custo histórico ou por custo-padrão.
Podem ser usados com qualquer sistema de
acumulação de custos e com qualquer método de
custeio.
CUSTO PADRÃO

O custo-padrão é o custo planejado para a


produção de um bem.
Funciona como uma forma de
planejamento, dentro de condições
previstas.
CUSTO PADRÃO

Também serve de medida de eficiência do


processo produtivo, já que, ao ser
comparado com o custo real, identifica os
pontos em que podem ocorrer ineficiências
ou desvios de recursos.
CUSTO PADRÃO

É aquele que pode ser alcançado quando


um produto entra em processo de
fabricação, pois é calculado de acordo
com as condições normais de operação
da empresa.
CUSTO PADRÃO

É aquele que se pode determinar a priori


e é possível de alcançar, pois leva em
consideração eventuais imperfeições
nas condições ambientais, empresariais
e de mercado.
SISTEMAS DE CUSTO

A apuração de custos
com base em padrões
preestabelecidos (custo
padrão ou standard), que
muitas empresas adotam
como instrumento de
controle de gestão.
SISTEMAS DE CUSTO

Será aceito para efeitos fiscais, desde que:

O padrão incorpore todos os elementos constitutivos do Custeio por Absorção;

As variações de custos (negativas ou positivas) sejam distribuídas aos produtos, de


modo que a avaliação final dos estoques não difira da que seria obtida com o
emprego do custo real;

As variações de custos identificadas em nível de item final de estoque, de forma a


permitir a verificação do critério de neutralidade do sistema adotado de custos
sobre a valoração dos inventários.
PARECER NORMATIVO CST Nº 6/1979
OBJETIVO

Proporcionar um instrumento de controle à


administração da empresa.
Fixar uma base de comparação entre ocorrido
e o que deveria ocorrer.
CONCEITO

Custo Padrão ou Custo


Standard é aquele
determinado a priori como
sendo o custo normal de um
produto.
CONCEITO

É o custo estabelecido pela empresa como meta


para os produtos de sua linha de produção.
Consideram-se as características tecnológicas do
processo produtivo de cada um dos produtos, os
preços dos insumos, a quantidade, bem como o
respectivo volume dessa produção.
CONCEITO
O método de custeio-padrão apresenta as seguintes
características essenciais:

utilização pela
contabilidade, com
valor do custo prefixado
ajustes periódicos
com base no histórico ou facilidade de apuração
levando em conta
em metas a serem do balancete de
variações de custo para
perseguidas pela verificação.
acompanhar o valor
empresa;
efetivo real (pelo método
do custeio por absorção);
CONCEITO

O valor-padrão de custo é determinado com


base em padrões técnicos de produção, que
são definidos mediante a quantificação do
consumo de materiais diretos, mão-de-obra e
outros gastos necessários à fabricação de uma
unidade.
CONCEITO

A quantificação do consumo de materiais


engloba todos os materiais necessários, tais
como a matéria-prima, materiais auxiliares que
compõem o produto e ainda material de
embalagem normal.
CONCEITO

Os padrões técnicos de mão de obra são


quantificados por cronometragem de tempo
das operações produtivas, segundo princípios
estatísticos de amostragem, tendentes a
conferir elevado grau de exatidão a esses
tempos.
FINALIDADES

✓ Estabelecer um padrão de comportamento dos


custos;
✓ Criar condições para controle dos custos;
✓ Avaliar a eficiência do processo produtivo;
✓ Reduzir custos;
✓ Auxiliar na formação de preço de venda.
COMPONENTES

O custo de produção desdobra-se em três componentes:

Padrão de materiais;

Padrão de mão-de-obra;

Padrão de custos indiretos de fabricação.


COMPONENTES
As variações entre o custo-padrão e o custo real da produção são
estabelecidas também separadamente para esses três
componentes:

Variação de materiais;

Variação de mão-de-obra;

Variação de custos indiretos de


fabricação.
VARIAÇÃO

Custo Padrão X Custo Real


Custo Padrão: Custo total por unidade = R$ 340,00
Custo Real: Custo total por unidade = R$ 385,00
A diferença entre Custo padrão e custo real =
Variação.
COMPONENTES

Para determinar o custo real da produção e as


variações dos três componentes, há necessidade de se
apurar:
Quantidades efetivamente
Consumo real de materiais;
produzidas;

Gastos reais de fabricação, por


Mão-de-obra e encargos;
natureza.
VARIAÇÃO

Variação de Quantidade = Diferença de Quantidade x Preço-padrão

Variação de Preço: Diferença de Preço x Quantidade-padrão

Variação Mista = Diferença de Quantidade x Diferença de Preço


O custo real é o custo efetivo incorrido pela
empresa num determinado período de
produção.
Caso o custo real seja superior ao custo-padrão,
a variação (diferença) será dita desfavorável;
caso contrário, a variação será considerada
favorável.
VARIAÇÃO

Custo Padrão X Custo Real


Variação pode ser: Favorável ou
Desfavorável
Neste caso a variação é de?
R$ 45,00 desfavorável.
Consumo Real > Padrão, a variação será
desfavorável.
Custo-padrão R$ R$/UN
Materiais Diretos 170
Mão de obra Direta 95
CUSTO PADRÃO Custos Indiretos
Custo Real
75
R$
340
R$/UN

x Materiais Diretos
Mão de obra Direta
Custos Indiretos
185
105
95 385

CUSTO REAL Variação Total


Materiais Diretos
R$
15 D
R$/UN

Mão de obra Direta 10 D


Custos Indiretos 20 D 45 D
D – Desfavorável
F – Favorável
TIPOS DE
CUSTO-PADRÃO
CUSTO-PADRÃO IDEAL

Supõe a utilização com a máxima eficiência dos


recursos produtivos (MD, MOD e CIF) e não leva em
consideração desperdícios normais de MD,
diminuições no ritmo de trabalho dos operários,
nem possíveis quebras de equipamentos.
CUSTO-PADRÃO ESTIMADO

É aquele determinado através de uma projeção de


uma média dos custos observados no passado, sem
qualquer preocupação em se avaliar se ocorreram
ineficiências na produção (por exemplo, se o nível de
desperdício dos materiais poderia ser diminuído, se
a produtividade da mão de obra poderia ser
melhorada, se os preços pagos pelos insumos
poderiam ser menores etc.).
CUSTO-PADRÃO CORRENTE

Leva em consideração um desempenho possível de


ser alcançado, considerando perdas de Material
Direto (MD), queda na produtividade e possíveis
quebras nos equipamentos.
As variações entre o custo-padrão e o custo
histórico são obtidas da seguinte maneira:
Variação do MD = variação no preço do material direto + variação na
quantidade de material direto.

Variação da MOD = variação na taxa de MOD + variação no tempo de


MOD.

Variação do CIF = variação no custo do CIF + variação no volume do CIF.


CUSTO PADRÃO

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EXEMPLO

O custo-padrão para uma unidade do Produto A é o seguinte:


Componentes Quantidade Preço Unitário Custo Total
MP 3 kg R$ 4,00 R$ 12,00
MOD 4 horas R$ 5,00 R$ 20,00
CIF variável 2 hs/máquinas R$ 4,00 R$ 8,00
CIF fixo R$ 112.500,00
Quantidade-padrão 4.500
EXEMPLO

Dados reais do período


Matérias-primas compradas no período: 10.000 kg a R$ 5,00 por
quilo = R$ 50.000,00
Matérias-primas consumidas para fabricar 4.000 unidades = 16.000
kg
Mão de obra incorrida: 20.000 horas a R$ 7,00 = R$ 140.000,00

CIF:
Variáveis = 12.000 horas-máquina a R$ 5,00 = R$ 60.000,00
Fixos = R$ 130.000,00
Solução

Com essas informações podemos obter o custo real unitário:

Componentes Quantidade Preço Unitário Custo Total


MP 4 kg R$ 5,00 R$ 20,00
MOD 5 horas R$ 7,00 R$ 35,00
CIF variável 3 hs/máquinas R$ 5,00 R$ 15,00
CIF fixo – – R$ 130.000,00
Solução

Variação entre padrão e real

Componentes Padrão Real Variação

MP R$ 12,00 R$ 20,00 R$ 8,00


MOD R$ 20,00 R$ 35,00 R$ 15,00
CIF R$ 33,00 R$ 47,50 R$ 14,50
Total R$ 65,00 R$ 102,50 R$ 37,50
Solução

A variação unitária total entre padrão e real de R$ 37,50 é devida à variação


de R$ 8,00 na MP, R$ 15,00 na MOD e R$ 14,50 no CIF.
Solução

O custo-padrão da MP é Pp × Qp = 4 × 3 = R$ 12,00
O custo real da MP é Pr × Qr = R$ 5 × 4 = R$ 20,00

A variação pode ser calculada pelas seguintes fórmulas:

Variação de preço = Qp (Pp – Pr) = 3 × (R$ 4 – R$ 5) = R$ 3 Desfavorável

Variação de quantidade = Pp (Qp – Qr) = R$ 4 (3 – 4) = R$ 4 Desfavorável

Variação de quantidade e preço = (Pp – Pr) (Qp – Qr) = (R$ 4 – R$ 5) (3 – 4) = R$ 1 Desfavorável

Variação total unitária na matéria-prima = R$ 8 Desfavorável


Solução
Assim, temos a variação em virtude do preço da matéria-prima, a variação em
virtude da quantidade consumida e a variação em virtude da quantidade e do
preço.

Como a variação de quantidade e preço (mista) é geralmente pequena e é


difícil atribuí-la a algum responsável, pois inclui variação de preço e
quantidade, na prática, ela pode ser incluída na variação de preço.
No exemplo anterior, as variações seriam calculadas da seguinte forma:

Variação de preço = Qr (Pp – Pr) = 4 (R$ 4 – R$ 5) = R$ 4 Desfavorável

Variação de quantidade = Pp (Qp – Qr) = 4 (3 – 4) = R$ 4 Desfavorável

Variação total = R$ 8 Desfavorável


Solução

Variação na MOD
O custo-padrão da MOD – Tp × Hp = 5 × 4 = R$ 20,00

O custo real da MOD – Tr × Hr = 7 × 5 = R$ 35,00

A variação pode ser calculada da seguinte maneira:

Variação na taxa de MOD = Hp (Tp – Tr) = 4 × (R$ 5 – R$ 7) = R$ 8 desfavorável

Variação no tempo de MOD = Tp (Hp – Hr) = 5 (4 – 5) = R$ 5 desfavorável

Variação na taxa e no tempo = (Tp – Tr) (Hp – Hr) = (5 – 7) (4 – 5) = R$ 2 desfavorável

Variação total unitária na MOD = R$ 15 desfavorável


Solução

A variação mista também pode ser incluída na variação de preço.

Variação de preço = Hr (Tp – Tr) = 5 (5 – 7) = R$ 10 desfavorável

Variação de quantidade = Tp (Hp – Hr) = 5 (4 – 5) = R$ 5 desfavorável

Variação total = R$ 15 desfavorável


Solução

.
Solução

.
Solução

.
Solução

Quando se adota o custo-padrão, é necessário realizar-se


a análise das variações dos materiais e da MOD.
As variações de materiais têm nomenclatura diferente das
variações da MOD.
A única variação que tem a mesma nomenclatura para os
dois custos é a variação mista.
VARIAÇÃO DE QUANTIDADE
(OU DE EFICIÊNCIA)

É igual ao produto da diferença entre a quantidade real e


a padrão pelo preço-padrão.
É a variação que existiria caso o preço-padrão fosse igual
ao real e apenas a quantidade de horas por unidade de
produto variasse.
Fórmula:
VQ = (quantidade real – quantidade-padrão) × preço-padrão
VARIAÇÃO DE PREÇO

É resultante apenas do aumento do preço da hora de


mão de obra, isto é, aquela que teria ocorrido caso a
quantidade real fosse igual à padrão, havendo apenas
variações no custo da hora de mão de obra.
Fórmula:
VP = (preço real – preço-padrão) × quantidade-padrão
VARIAÇÃO MISTA

É decorrente da variação do preço e de quantidade.

Fórmula:
VM = (quantidade real – quantidade-padrão) × (preço real – preço-padrão)
CONSIDERAÇÕES FINAIS
CONSIDERAÇÕES

O termo padrão possui inúmeros significados e


implicações.
Todos os custos padrões são oriundos de uma pré-
determinação, porém nem todos os custos orçados com
antecedência podem ser classificados como tal.
Os custos-padrões são estabelecidos segundo estudos de
engenharia e cuidadosamente apurados, levando-se em
conta o presente e o passado.
CONSIDERAÇÕES

Para a determinação dos custos padrões, há


necessidade de seguir alguns critérios:

estudos de tempo e estudos de


seleção minuciosa do
desempenho das engenharia sobre
material utilizado na
operações equipamentos e
produção;
produtivas; operações fabris.
CONSIDERAÇÕES

Os custos históricos são obtidos através de


gastos médios ou que não levem em conta uma
base científica do método de produção, não
podem ser classificados como custos estimados.
O custo-padrão sintetiza, em seu valor, o custo
para se produzir um bem ou serviço.
CONSIDERAÇÕES

Definições para entendimento do assunto:

MÉTODO DO
PADRÃO CUSTO-PADRÃO
CUSTO-PADRÃO
medida de valor do material, no ramo contábil,
quantidade, peso, mão-de-obra ou gastos compara os custos
valor e qualidade, gerais de fabricação atuais com o custo
estabelecida por cuidadosamente padrão, testando as
uma autoridade; apurados, necessários justificativas
à elaboração de um
produto ou serviço;
possíveis para as
variações ocorridas.
CONSIDERAÇÕES

VANTAGENS:
controle e redução de custos;
promover e medir a eficiência do sistema produtivo;
simplificação dos processos de custo;
avaliação dos inventários.
PERGUNTAS?

silvio@crepaldi.adv.br
crepaldi.adv.br
ADVERTÊNCIA E PROIBIÇÃO

A gravação de aulas sem autorização viola o art. 46, IV,


da Lei n° 9.610/1998, que trata dos direitos autorais.
Tantos as aulas, quanto o material de apoio produzido
pelo docente, como slides e apostilas, não podem ser
divulgados ou reproduzidos sem prévia autorização. O
estudante ou qualquer pessoa que ignorar essa regra
estará sujeito à indenização que pode ser exigida pelo
professor e pela IES em ação judicial própria.
ADVERTÊNCIA E PROIBIÇÃO

A gravação de aulas sem autorização viola o art. 46, IV,


da Lei n° 9.610/1998, que trata dos direitos autorais.
Tantos as aulas, quanto o material de apoio produzido
pelo docente, como slides e apostilas, não podem ser
divulgados ou reproduzidos sem prévia autorização. O
estudante ou qualquer pessoa que ignorar essa regra
estará sujeito à indenização que pode ser exigida pelo
professor e pela IES em ação judicial própria.
OBRIGADO!

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