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DE SOCIEDADES
UNIDADE III
TAXA DE DESCONTO
Elaboração
Anderson Fumaux Mendes de Oliveira
Produção
Equipe Técnica de Avaliação, Revisão Linguística e Editoração
SUMÁRIO
UNIDADE III
TAXA DE DESCONTO............................................................................................................................................................................ 5
CAPÍTULO 1
CUSTO DE CAPITAL....................................................................................................................................................................... 5
CAPÍTULO 2
CUSTO DE CAPITAL DE TERCEIROS........................................................................................................................................ 7
CAPÍTULO 3
CUSTO DE CAPITAL PRÓPRIO................................................................................................................................................... 8
CAPÍTULO 4
COEFICIENTE BETA..................................................................................................................................................................... 10
CAPÍTULO 5
EMPRESAS DE CAPITAL FECHADO...................................................................................................................................... 12
REFERÊNCIAS................................................................................................................................................14
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TAXA DE DESCONTO UNIDADE III
Capítulo 1
CUSTO DE CAPITAL
1.1. Introdução
Determinar o custo do capital de uma empresa é fundamental para a avaliação do seu
valor de mercado.
Custo de capital é a remuneração mínima que os credores e acionistas esperam pelo custo
de oportunidade de investimento de seus recursos, sendo estabelecido pelas condições
com que a empresa obtém seus recursos financeiros.
Em função das várias fontes de capitais obtidas e cada uma delas com custos específicos,
o custo de capital de uma empresa geralmente é representado pelo WACC (Weighted
Average Cost of Capital) ou, simplesmente, CMPC (Custo Médio Ponderado de Capital).
Cabe ressaltar que o WACC pode ser empregado como taxa de desconto, quando o risco
do projeto for similar ao risco dos ativos existentes; quando isso não ocorrer, há que se
procurar outra taxa compatível com o risco do projeto novo.
Onde:
Kd = Custo da dívida antes do IR (Capital de terceiros)
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UNIDADE III | Taxa de desconto
Alíquota de IR = 34%
Logo, teremos:
O custo médio ponderado da empresa é de 9,564% a.a. Esse percentual poderá ser
utilizado como taxa de desconto para trazer seus fluxos de caixa a valor presente.
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Capítulo 2
CUSTO DE CAPITAL DE TERCEIROS
2.1. Introdução
É o retorno exigido pelos financiadores da empresa que corresponde à taxa de juros
paga pelas dívidas da empresa com terceiros.
Tendo em vista que os juros são despesas dedutíveis para fins de Imposto de Renda, paga-
se menos IR (Benefício Fiscal) e esse montante deverá ser levado em consideração
no cálculo do custo através da seguinte fórmula:
Kd líquido = Kd x (1 – IR)
Onde:
IR = Alíquota de IR.
Exemplo:
Benefício fiscal:
Custo Efetivo:
Ou seja, quando existe uma a despesa financeira dedutível, paga-se menos IR.
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Capítulo 3
CUSTO DE CAPITAL PRÓPRIO
3.1. Introdução
O custo de capital próprio, também conhecido como “Ke”, representa o custo da empresa
para obter recursos com os investidores e remunerá-los.
Ke = Rf + [β x (Rm - Rf)]
Onde:
Rm = Retorno do mercado.
Ke = 0,134 (13,40%)
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Taxa de desconto | UNIDADE III
Em alguns casos, torna-se necessária a inclusão do prêmio de risco Brasil nos cálculos
do custo de capital próprio, devido ao elevado grau de incerteza no ambiente
político-econômico no país. Convém adotar um prêmio de risco Brasil.
Nesse contexto, utiliza-se como estimativa a diferença entre a média das taxas de
emissões de títulos brasileiros, menos o retorno oferecido pelo T-Bond Americano.
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Capítulo 4
COEFICIENTE BETA
4.1. Introdução
É uma medida do risco sistemático (não diversificável), utilizada para se calcular o
custo do capital próprio. Estuda o comportamento de determinado título em relação
ao mercado, representando a medida de volatilidade de seus retornos equiparados aos
retornos do mercado como um todo.
Para sua identificação, busca-se no mercado uma amostra de empresas do mesmo setor
e com características, tanto operacionais como financeiras, semelhantes à da empresa
avaliada.
Quanto maior o Beta de uma ação, maior será o risco e o seu retorno ao mercado, sendo
compreendido da seguinte forma:
β > 1,0 (O risco da ação é mais elevado que o risco do retorno de mercado).
β = Cov(ra , rp)
Var(rp)
Onde:
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Taxa de desconto | UNIDADE III
Fonte: https://br.investing.com/equities/ambev-pn.
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Capítulo 5
EMPRESAS DE CAPITAL FECHADO
5.1. Introdução
No caso de empresas listadas em bolsa, o coeficiente Beta é facilmente identificado, no
entanto, em empresas de capital fechado, não é possível estimar diretamente o Beta,
uma vez que suas taxas de retorno históricas não são conhecidas.
Deve-se inicialmente levantar empresas de capital aberto (com ações em bolsa) que
são comparáveis à empresa avaliada. Desta maneira, levantamos o β de cada uma das
empresas comparáveis e “desalavancamos” o β de cada uma das empresas analisadas
de acordo com a sua estrutura de capital conforme fórmula a seguir:
Onde:
βd = Beta desalavancado
βa = Beta alavancado
D (Debt) = Endividamento
E (Equity) = Patrimônio Líquido
T = Alíquota de imposto sobre a renda
Exemplo:
Imagine que estamos avaliando uma empresa chamada A, de capital fechado e que
precisamos calcular o beta para esta empresa. Levantamos seis empresas comparáveis
no mercado acionário, com seus respectivos betas abaixo:
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Taxa de desconto | UNIDADE III
βa = 1,04
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REFERÊNCIAS
ASSAF NETO, Alexandre. Matemática Financeira e Suas Aplicações. 14. ed. São Paulo: Atlas, 2019.
ASSAF NETO, Alexandre. Valuation: métricas de valor & avaliação de empresas. 3. ed. São
Paulo: Atlas, 2019.
CABRAL, Fernando D. Avaliação de empresas e os desafios que vão além do fair value. Editora
Lura. 1. ed., 2020.
MYERS, Stewart. Princípios de finanças corporativas. Editora Bookman. 10. ed., 2013.
PÓVOA, Alexandre. Valuation: como precificar ações. Editora Elsevier. 2. ed., 2019.
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