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de Macedo
Apostila de
Ensino médio
Módulo IV
Arte Naif
A arte naïf costuma ser mais associada à pintura e foi instituída no século XIX,
apesar de seus atributos estarem presentes nas pinturas rupestres do
paleolítico.
O pintor francês Henri Rousseau (1844-1910) é considerado o precursor do
estilo e foi reconhecido dessa forma quando expôs suas obras no “Salão dos
Independentes” na França, em 1886.
A tela Um dia de Carnaval (1886), chamou a atenção de vários artistas
modernistas da época, dentre eles Pablo Picasso (1881-1973), Léger (1881-
1955) e também representantes do surrealismo, como Joan Miró.
A tela Um dia de Carnaval, de Henri Rousseau, foi exibida no "Salão dos
Independentes", em 1886
Henri Rousseau
Henri Rousseau foi um artista francês que nasceu em 1844. Sem formação
acadêmica, o pintor foi autodidata teve sua produção julgada na época, pois
segundo os críticos, eram obras consideradas "infantis".
Entretanto, ao final de sua vida, teve o reconhecimento das vanguardas
artísticas europeias. Ele é considerado o precursor da arte naïf.
Camille Bombois
Antes de entrar no picadeiro (1935), de Camille Bombois
Djanira da Motta e Silva nasceu no interior de São Paulo em 1914. Foi uma
importante artista da primeira metade do século XX e sua obra mescla
religiosidade, paisagens brasileiras e o cotidiano das pessoas comuns.
Maria Auxiliadora
Mestre Vitalino
Nomes da MPB
Literatura de cordel
A literatura de cordel foi popularizada no Brasil por volta do século 18 e
também ficou conhecida como poesia popular, porque contava histórias com
os folclores regionais de maneira simples, possibilitando que a população mais
simples entendesse. Seus autores ficaram conhecidos como poetas de
bancada ou de gabinete. Aqui no Brasil, a literatura de cordel popularizou-se
por meio dos repentistas (ou violeiros), que se assemelham muito
aos trovadores medievais por contarem uma história musicada e rimada nas
ruas das cidades, popularizando os poemas que depois viriam a ser os cordéis.
Origem
A literatura de cordel como conhecemos hoje teve sua origem ainda
em Portugal com os trovadores medievais (poetas que cantavam poemas no
século 12 e 13), os quais espalhavam histórias para a população, que, na
época, era em grande parte analfabeta. Na Renascença, com os avanços
tecnológicos que permitiram a impressão em papéis, possibilitou-se a grande
distribuição de textos, que, até então, eram apenas cantados.
Essas pequenas impressões de poemas rimados que eram apresentadas
penduradas em cordas – ou cordéis, como é chamado em Portugal –
chegaram ao Nordeste brasileiro junto com os colonizadores portugueses,
dando origem à literatura de cordel como conhecemos hoje, famosa em
Pernambuco, Ceará, Paraíba, Bahia e Rio Grande do Norte.
Principais características
O texto é escrito com métrica fixa e rimas que fazem a musicalidade dos
versos;
É de grande importância para o folclore, já que os cordéis tratam dos costumes
locais, fortalecendo as identidades regionais;
A literatura de cordel é muito conhecida por suas xilogravuras (gravuras em
madeira), que ilustram as páginas dos poemas.
Principais autores
Leandro Gomes de Barros
Conforme documentos, foi o primeiro brasileiro a escrever cordéis, produzindo
240 obras campeãs de vendas. Seus cordéis são muito populares no
imaginário popular do Nordeste brasileiro, tendo Ariano Suassuna, grande
dramaturgo nordestino, popularizado a todo Brasil as histórias de Leandro em
sua peça ‘Auto da compadecida’, que contava com cordéis de Leandro: ‘O
testamento do cachorro’ e ‘O cavalo que defecava dinheiro’.
João Martins de Athayde
Fazendo parte da primeira geração de autores que tinham sua própria editora
especializada em cordéis, ficou popular por utilizar imagens de artistas de
Hollywood.
João Martins de Athayde, após a morte de Leandro Gomes de Barros, comprou
os direitos de publicar vários dos cordéis do autor. A verdadeira autoria de
Leandro foi recentemente descoberta, mas nem por isso a figura de João
Athayde é de menor importância.
Banca que vende cordéis no Rio de Janeiro.**
Resumo
A literatura de cordel veio para o Brasil com os portugueses, criando no
Nordeste brasileiro essa cultura do cordel, que ainda hoje é tradicional. Por ser
uma literatura local, sua existência fortalece o folclore e o imaginário regional,
além de incentivar a leitura. Hoje, a literatura de cordel é reconhecida como
patrimônio cultural imaterial, tendo até mesmo uma Academia Brasileira de
Literatura de Cordel. Graças à impressão em grande quantidade, o cordel
popularizou-se por imprimir em papel as histórias rimadas dos repentistas que
improvisavam rimas nas ruas e, depois, continuou sendo muito popular por
contar histórias de maneira simplificada para seus leitores.
XILOGRAVURA
Xilogravura é a técnica de gravura na qual se utiliza madeira como matriz e
possibilita a reprodução da imagem gravada sobre o papel ou outro suporte
adequado. É um processo muito parecido com um carimbo.
É uma técnica em que se entalha na madeira, com ajuda de um instrumento
cortante, a figura ou forma (matriz) que se pretende imprimir. Após este
procedimento, usa-se um rolo de borracha embebida em tinta, tocando só as
partes elevadas do entalhe. O final do processo é a impressão em alto
relevo em papel ou pano especial, que fica impregnado com a tinta, revelando
a figura. Entre as suas variações do suporte pode-se gravar
em linóleo (linoleogravura) ou qualquer outra superfície plana. Além de
variações dentro da técnica, como a "xilogravura de topo".
Litogravura
Essa técnica de gravura envolve a criação de marcas (ou desenhos) sobre
uma matriz (pedra calcária) com um lápis gorduroso. A base dessa técnica é o
princípio da repulsão entre água e óleo.