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APRECIAÇÃO MUSICAL – AULA 8

FORMA E ESTRUTURA (III)

FUGA
A fuga é uma obra polifônica - vocal, instrumental ou ambos - num número específico de vozes ou
partes, geralmente três ou quatro. É caracteristicamente monotemática e imitativa.
O tema, ou sujeito, como é geralmente chamado, entra em uma voz após a outra, a primeira das
quais sem acompanhamento algum.
Há um espessamento gradual da textura à medida em que as vozes entram, com entradas alternadas
nos níveis da tônica e da dominante.
Seguindo-se o grupo inicial de entradas, imitações do sujeito aparecem mais ou menos
regularmente, alternado com episódios. Um episódio é uma seção na qual o sujeito completo não
aparece, e no qual há desenvolvimento de material novo e/ou previamente exposto.
Até o ponto ondo o primeiro episódio aparece, uma fuga é quase que indiferençável de um cânone;
A fuga representa um maior desafio à imaginação e à técnica do compositor.
Além do sujeito identifica-se na fuga também a resposta que pode ser real ou tonal. A resposta real
consiste em uma imitação rigorosa do sujeito à 5a superior. A resposta tonal é uma imitação do
sujeito que porta mutações melódicas com finalidades à sua adequação tonal.
Pode haver também o contra-sujeito, um tema subsidiário que acompanha o sujeito.
Utiliza-se na fuga o termo stretto quando o sujeito é apresentado em uma voz e imitado em uma ou
mais vozes, com a imitação iniciando-se antes que o sujeito inicial tenha terminado de soar.
Ao final de uma fuga é freqüente o uso de nota pedal de tônica, geralmente no baixo. Pedal de
dominante é freqüente, também, antes da seção final, como que elevando a tensão, antes da
reexposição do sujeito.
INVENÇÃO: As invenções são semelhantes às fugas só que são consideravelmente mais simples.
Consistem, basicamente, de uma pequena exposição, um desenvolvimento maior e uma pequena
recapitulação, caso tenha uma. A principal diferença é que as invenções não contêm uma resposta
ao sujeito na tonalidade dominante, como no caso da fuga.
Exemplos de fuga: Bach: The Well Tempered Clavier

DIVERTIMENTO
O divertimento é uma forma musical que era popular durante o século XVIII , composta por um
pequeno número de instrumentos. Tem sempre um estilo descontraído e alegre.
Exemplo: Divertimento in B flat major KV 137 - Mozart

FANTASIA
Trata-se de um gênero musical de forma livre, com seu desenvolvimento deixado à critério dos
compositores.
Exemplo: Wolfgang Amadeus Mozart - K.397, Fantasia in D minor

POEMA SINFÔNICO
Poema Sinfônico - composição orquestral, de um só movimento, geralmente baseado em algum
poema, romance ou mesmo um quadro.
Exemplo: Rachmaninoff - Isle of the Dead (sobre a série de quadros de mesmo nome de Arnold
Böcklin - Suíça -1827–1901)

RAPSÓDIA
Rapsódia - peça não muito longa, escrita geralmente para piano ou orquestra, baseada em temas
populares. As "Rapsódias Húngaras" de Liszt são um exemplo. Baseiam-se nas populares danças
húngaras. Exemplo: Rhapsodie Hongroise n°2 de F. Liszt

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