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BACABAL-MA
2018
DISTRIBUIÇÃO DE RENDA E CRESCIMENTO ECONÔMICO
BACABAL-MA
2018
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Momentos de crescimento são resultados de expectativas positivas por parte dos de-
mandantes finais de recursos (empresas e famílias), que tendem a afetar também posi-
tivamente as expectativas das instituições financeiras. Isso permite o crescimento da
alavancagem das instituições financeiras e do endividamento das empresas e famílias
– mas também uma expansão da fragilidade financeira.
Em apenas cinco meses, entre outubro de 1973 e março de 1974, o preço do petróleo
aumentou 400%, causando reflexos poderosos nos Estados Unidos e na Europa e de-
sestabilizando a economia por todo o mundo. É justamente este momento que coin-
cide com o fim do milagre econômico ocorrido na ditadura militar no Brasil. A crise
do petróleo que barrou os altos índices de crescimento do Brasil, foram fundamen-
tais para a população começar a se rebelar contra o regime militar no país, fazendo
aumentar as críticas e transparecer os abusos que o governo encobria ao longo dos
anos com a máscara do crescimento nacional. (ANTÔNIO GASPARETTO JUNI-
OR, 2013).
Com a aproximação desta nova crise mundial tendo essa como protagonista o petróleo,
gera uma instabilidade na economia mundial, criando um efeito ciranda no qual os detentores
do liquido precioso, o Golfo Pérsico, após o aumento grotesco do valor do barril em curto
período em aproximadamente 400%, obrigasse os países que buscavam restabelecer-se eco-
nomicamente pela crise sofrida em 1929, a endividar-se novamente para suprir suas necessi-
dades petroleiras, tomando empréstimos bancários cada vez maiores, onde começa o ciclo,
compradores de petróleo pedem dinheiro aos bancos, os vendedores recebem os valores e com
um montante substancial, surge a necessidade de resguardá-los nos bancos, até o momento em
que o México pediu moratória, decidiu sair da roda e quebrou a máquina, trazendo para a rea-
lidade da situação e impulsionando a valorização da economia interna. Assim ressalta Canuto
(2004, p. 158).
A fragilidade financeira implica não haver uma rentabilidade e um valor presente
dos fluxos líquidos de caixa esperados, associados ao patrimônio, que sejam de-
finíveis em termos reais. Em um mundo de expectativas racionais e de equilíbrio
geral permanente, uma viabilidade exante em termos reais da estrutura patrimo-
nial traduz-se em agentes continuamente dispostos a sustenta-la. Já em um modo
onde a incerteza e a preferência pela liquidez afetam a decisões de alocação de
portfólio, a viabilidade das estruturas de ativos não é independente dos termos de
acesso à liquidez corrente.
Por ser uma fonte natural não renovável, o petróleo (nessa época considerado o “ouro
negro”) teve uma alta demasiada em seu preço, afetando a economia global. Partindo deste
ponto, observa-se que o país mergulhou em uma crise quase sem fim, porém em 1982, foram
negociados os devidos ajustes nas dívidas junto ao Fundo, dívidas essas, que o Estado três
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anos depois declararia sua suspensão, através do fenômeno conhecido por moratória unilate-
ral, que basicamente retém o pagamento dos serviços das dívidas externas.
Contudo, não se pode realizar uma abordagem crítica que trate de crescimento
econômico e distribuição de renda numa perspectiva histórica contextualizada com cenários
econômicos e sociais sem aproximá-la do conceito de desenvolvimento econômico, que em-
bora em algumas situações sejam abordados como semelhantes, são conceitos distintos e com
impactos diferentes dentro de um contexto social.
tão pública a consolidação de igualdade social é uma idealização quase utópica, que gera dis-
cussões intermináveis, pois a máquina bem administrada tem autonomia para equilibrar essa
desordem. O fantasma que sonda a máquina pública nos dias atuais é a corrupção, e os escân-
dalos que circulam na mídia revelam que os recursos são destinados, mas que pelas vielas do
caminho não chegam, então notasse que a desigualdade na distribuição de renda vai além do
clichê de “muitos com pouco e poucos com muito” é entranhada na rotina por falta de um
equilíbrio solido gerido por pessoas competentes para assim estagnar na plenitude econômica
e social. Não somente está nos holocaustos vivenciados no tempo discorrido apriore, mas na
forma unilateral de gestão.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS