Revestimento argamassados: Função: proteger os elementos de vedação dos
edifícios da ação direta dos agentes agressivos; auxiliar as vedações no
cumprimento das suas funções como, por exemplo, o isolamento termo-acústico
e a estanqueidade à água e aos gases; regularizar a superfície dos elementos de
vedação, servindo de base regular e adequada ao recebimento de outros
revestimentos ou constituir-se no acabamento final; contribuir para a estética da
fachada. Características da argamassa: no estado fresco: trabalhabilidade,
retenção de água, aderência inicial, retração na secagem. No estado endurecido:
aderência à base, absorver deformações, resistência mecânica, permeabilidade,
fissuras, durabilidade. Projeto de revestimento deve definir: o tipo de
revestimento (número de camadas); o tipo de argamassa; espessuras das
camadas; os detalhes arquitetônicos e construtivos; as técnicas mais adequadas
para a execução; o padrão de qualidade dos serviços. Espessura para
argamassa de revestimento paredes Int(5 a 20 mm) ext(20 a30) tetos(>20).
Etapas de execução: Preparação da base, a definição do plano de revestimento,
aplicação da argamassa, o acabamento das camadas e a execução dos detalhes
construtivos. Preparação da base: atividades como limpeza da estrutura e
alvenaria (através da escovação, lavagem ou jateamento de areia), eliminação de
irregularidades. O chapisco deve ser sempre aplicado nas fachadas e nas
superfícies de concreto, de acordo com as especificações do projeto. Ele serve
para regularizar a absorção da base e melhorar a aderência. Chapisco:
Tradicional: elevado índice de desperdício, pode ser aplicado sobre alvenaria e
estrutura. Chapisco industrializado: Aplicado com desempenadeira dentada
somente sobre a estrutura de concreto, apresenta elevada produtividade e
rendimento. Chapisco rolado: Aplicado com um rolo para textura acrílica em
demãos, pode ser aplicado na fachada, tanto na estrutura quanto na alvenaria,
proporciona elevada produtividade e um maior rendimento do material.
Execução dos detalhes construtivos: Juntas de trabalho, as quinas e cantos,
os peitoris, as pingadeiras e o reforço com tela pode ser realizada antes do inicio
da execução do revestimento ou logo após seu desempeno e camurçamento,
dependendo do tipo de detalhe. No caso de revestimento do tipo emboço e
reboco, ainda deve ser feita a execução do reboco após todas as etapas. O
reboco é aplicado através da desempenadeira, fazendo um movimento
ascensional. Tempo de sarrafeamento: teste do dedão: pega o dedo e aperta,
se o dedo afunda não é tempo de sarrafeamento, se só marcar é o tempo de
sarrafeamento. No revestimento externo o tempo de sarrafeamento é menor, pois
a água evapora mais rápido, o ar incorpora mais rápido e a hidratação é mais
rápida. Juntas de controle: tem como função permitir a existência de uma região
que concentre as tensões direcionando o aparecimento da fissura, caso as
tensões sejam maiores do que a capacidade resistente do material. No máximo
50% da espessura do revestimento. Pode ser feita durante a execução do
emboço ou cortada posteriormente. Formar essa junta na horizontal e na vertical
em cada pé direito, entre viga e alvenaria, formar panos de 24m^2. Não fechar
com material rígido, caso seja fechado, usar elastômeros ou algo flexível. Juntas
estruturais: máxima: 20m entre lajes e pilares. Pode-se usar EPS (isopor), mas
externamente usa-se mastiques ou elastômeros. Reforço com tela metálica gv:
Deve ser feito nas regiões de elevadas tensões. Onde? Encontro da alvenaria
com a estrutura nos primeiros dois pavimentos quando sobre pilotis. Últimos dois
pavimentos do edifício, em função da variação da temperatura. Encontro de
elementos construtivos diversos (pré-moldados). Essa solução também é adotado
no caso de revestimentos com espessuras superiores ao limite máximo
recomendado por norma. Argamassa armada: A tela fica imersa na camada do
revestimento,Chapisco + massa única. É recomendada em revestimentos com
espessura >/= a 30mm. Ponte de transição: A tela é chumbada na alvenaria ou
concreto por meio de fixadores e é usada uma fita de polietileno na interface
estrtura-alvenaria para que as tensões sejam efetivamente distribuídas pela tela
ao longo do revestimento. Espessura de no mínimo 20mm. Pingadeiras: devem
ter 7 % de inclinação,feitas após o emboço, deve passar da alvenaria(obs deve
ser aberto um corte na embaixo da pingadeira).
Patologias: podem acontecer por falta de projetos (tamanho da junta, tipo de
revestimento, manutenção) ou por má execução. Principais: machamento,
fissuras, descolamentos entre camadas e queda do revestimento. Manchas de
umidade: Geralmente quando é argamassa com cal. Ocorre mancha
eflorescente (pó branco). Manchas brancas (eflorescência): são sais presentes
no cimento ou na argamassa colante que com a presença de água (umidade) ele
sai para fora através das juntas. Há ácidos que reduzem a mancha, mas só se
controla, porém não resolve o problema. Manchas da chuva: a pingadeira serve
p/ soltar a água da chuva para fora da fachada, deve ser inclinada (i Max = 7%) e
deve trespassar a largura da esquadria. Abrir rasgo embaixo para a água não
retornar. Descola: Argamassa: conjunto argamassado muito espesso, má
execução, juntas. Placa cerâmica: falta de junta de movimentação, assentamento
da placa (não sabem usar desempeno, não colam a quantidade correta. Fissuras
de retração: é mapeada ocorre na vertical e horizontal, concentradas ou não.
Não aparece depois de 7 dias. Velocidade de perda de água da argamassa
depende das condições ambientais, capacidade de sucção da base e de retenção
de água. Causa tensões no revestimento e se essas tensões forem maiores que
a resistência mecânica do revestimento ocorrem as fissuras. A fissuração
excessiva compromete a capacidade de aderência, estanqueidade, durabilidade,
acabamento superficial. É tolerável um baixo índice de fissuras, desde que a
aderência não esteja comprometida. Maiores aberturas da fissura são mais
preocupantes do que grandes comprimentos. Corrige com massa corrida,
material flexível, fita poliéster TNT depois massa corrida (fissuras muito mais
abertas). Para obter um emboço sem fissuras é necessário baixa qtd de vazios,
argamassa compactada (aperto após emboço e desempeno), desempeno e
sarrafeamento no momento adequado para minimizar o volume de vazios,
argamassa de baixo modulo, painéis de pequenas dimensões. Funge tem uma
resina que penetra no emboço e isso compromete a aderência.
Referencias do plano de revestimento: É necessário que o plano de
revestimento esteja em prumo e obedeça as espessuras admissíveis. A definição
das espessuras da fachada é feita através do mapeamento. A etapa seguinte é o
taliscamento, que consiste na fixação de cacos cerâmicos, com a mesma
argamassa utilizada para o revestimento, em pontos específicos e respeitando a
espessura definida, serve de referencia para a execução das mestras, que são
faixas estreitas e continuas de argamassa feitas entre duas taliscas, que servem
de guia para execução do revestimento. Sobre as mestras a régua metálica é
apoiada para realizar o sarrafeamento. Aplicação da argamassa: de forma
manual ou mecânica. Depois deve ser feita uma compressão com a colher do
pedreiro, eliminando os espaços vazios e alisando a superfície. No caso do
revestimento ser de massa única, a aplicação deve ocorrer logo após a execução
das mestras, já nos revestimentos do tipo emboço e reboco isso não é
imprescindível. Acabamento superficial: após ser aplicada a argamassa e
atingido o tempo de sarrafeamento, segue a atividade do sarrafeamento, que
consiste no aplainamento da superfície revestida, com um régua de alumínio
apoiada nas referencias de espessura, fazendo um movimento de vaivém de
cima para baixo. Concluída essa etapa as taliscas podem ser retiradas e o
espaço deixado por elas preenchidos. Depois de um espaço de tempo adequado
é feito o desempeno e o camurçamento. O desempeno consiste na
movimentação circular da desempenadeira sobre a massa única ou superfície do
emboço, colocando-se certa pressão (talvez seja necessário respingar água). O
camurçamento consiste na fricção da superfície do revestimento com um pedaço
de esponja ou desempenadeira com espuma, através de movimentos circulares.
Proporciona uma textura mais lisa e circular para a superfície e é recomendado
para acabamento final.
Prazos: Antes do inicio da execução dos revestimentos internos deverão ser
executados: as alvenarias de 3 ou 4 pavimentos acima, com fixação; Os
contramarcos; enclausuramento das instalações. É desejável executar contrapiso
dos pavimentos. Antes do inicio da execução dos revestimentos externos
deverão ser executados: todas as alvenarias com fixação interna, os
contramarcos, enclausuramento das instalações. É desejável executar contrapiso
dos pavimentos e os revestimentos verticais internos. Entre cada etapa: Emboço
3 dias após o chapisco; reboco 7 dias após o emboço. Pintura com tintas
minerais: à base de cimento 15 dias e à base de cal 7 dias. Pintura com tintas à
base de resinas PVA e acrílicas 30 dias. Revestimento texturado 30 dias.
Inspeção e ensaio dos revestimentos: aspecto visual, aderência e dureza da
superfície, resistência de aderência à base e superficial. Para o rastreamento da
argamassa industrializada deve ser feita a divisão das fachadas em lotes.
Avaliação do painel: no estado endurecido – após de 28 dias, verificação da
existência de fissuras, verificação do estado superficial pelo método expedito do
prego, resistência de aderência a tração em seis corpos de prova cilíndricos de
5cm. Dureza: para cada lote de revestimento aplicado na fachada, em uma área
mínima de 1m^2: Por risco: executar riscos cruzados com um prego de aço e
observar a profundidade do sulco produzido. Quanto mais profundo for o sulco,
menor é a dureza e resistência da superfície. Por lixamento: executada sobre os
riscos da avaliação anterior, e tem o objetivo de confirmar, ou não, os resultados
obtidos por risco. Sobre a superfície já riscada aplica-se um lixamento (lixa nº
120), com movimentos de vai e vem (por 10 vezes) provocando assim, um
desgaste na superfície. Quando a superfície apresenta baixa resistência à
abrasão, os riscos são apagados (desgaste maior). Aderência: por meio de
percussão realizada por impactos leves, não contundentes, de martelo com
cabeça de plástico, verificamos se ocorre sons cavos. Ensaio de arrancamento:
Exigências: externa: 0,3 MPa e Interna: 0,2 MPa. Se romper no bloco ou no
chapisco: ótimo (está aderido). Ensaio: 9 pontos, distantes +/- o diâmetro da
pastilha longe dos cantos.