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ESCOLA ESTADUAL JOSÉ MARIA HUGO RODRIGUES Ensino Médio

Professora: Nancy Cristina Leigues Landivar 1º Anos H, I, J, K

Aluno(a): nº Data: 24/11/2020

ATIVIDADE INTERPRETATIVA DE LÍNGUA PORTUGUESA Nota:

PROPOSTA DE REDAÇÃO

GERAÇÃO TIPO ASSIM

Imagens comparativas e novas gírias reacendem a discussão sobre a erosão da linguagem entre os jovens.

Ao adolescente dos anos 90 que não consegue entender o que se conversa numa roda de contemporâneos, resta o
consolo de não pertencer aos grupos acusados de promoverem a chamada erosão da linguagem. Para esses grupos,
segundo estudiosos como o poeta, tradutor e ensaísta José Paulo Paes, tem sido cada vez mais cômodo seguir o
caminho das imagens comparativas, evitando expor o próprio potencial intelectual ao risco de um raciocínio elaborado.
Não é à toa que um dos recursos mais usados hoje para facilitar a explicação de uma ideia é o “tipo assim” (“Ele é um
cara tipo assim...”). [...]

Enquanto a discussão volta a mobilizar estudiosos, novas gírias são criadas e absorvidas numa velocidade
impressionante. [...] “A conversa de adolescentes é feita de diálogos exclamativos e sem fluência, próprios de quem
apenas reafirma um comportamento de grupo”, alerta Paes. O poeta reconhece, no entanto, que “existem gírias muito
saborosas”. Mas restringe: “Gíria é coisa de moda. Muitas vezes você substitui uma boa intensão verbal de gírias
anteriores sem que haja ganhos expressivos.”

Em outra vertente, o escritor Affonso Romano de Sant´Anna acha normal que cada grupo social crie sua própria
linguagem. “E os jovens que passaram a existir socialmente a partir dos anos 60, coma emergência do poder juvenil,
também tem a sua linguagem”, diz. “Esse é um fato que não recrimino nem reprovo, mas sua constatação é inevitável.” O
escritor vê a leitura como única solução para as divergências entre as linguagem usadas por jovens e adultos. “É lendo
que você aumenta seu vocabulário”, sugere.

Enquanto a discussão volta a mobilizar estudiosos, novas gírias são criadas e absorvidas numa velocidade
impressionante. [...] “A conversa de adolescentes é feita de diálogos exclamativos e sem fluência, próprios de quem
apenas reafirma um comportamento de grupo”, alerta Paes. O poeta reconhece, no entanto, que “existem gírias muito
saborosas”. Mas restringe: “Gíria é coisa de moda. Muitas vezes você substitui uma boa intensão verbal de gírias
anteriores sem que haja ganhos expressivos.”

Em outra vertente, o escritor Affonso Romano de Sant´Anna acha normal que cada grupo social crie sua própria
linguagem. “E os jovens que passaram a existir socialmente a partir dos anos 60, coma emergência do poder juvenil,
também tem a sua linguagem”, diz. “Esse é um fato que não recrimino nem reprovo, mas sua constatação é inevitável.” O
escritor vê a leitura como única solução para as divergências entre as linguagem usadas por jovens e adultos. “É lendo
que você aumenta seu vocabulário”, sugere.

Affonso Romano observa que hoje os jovens não são a única tribo a usar uma linguagem própria, de difícil entendimento
por quem está de fora: “O mesmo acontece, por exemplo, com o pessoal que mexe com computador. Sua linguagem é
restrita, falava em códigos.” [...]

Os adolescentes não veem problema no uso de gírias e expressões recém-criadas, e julgam seu vocabulário “inofensivo”.
“As gírias são um meio muito legal de se comunicar e simplificar as coisas. Além disso, é irado falar de um jeito que os
professores e o pessoal lá de casa não entendam”, diz Thiago, 16 anos.

“A moda não muda? A de coração não muda? Qual é o problema de atualizar também o vocabulário?”, questiona Tatiana,
17 anos. Sua colega Maíra, 16 anos, tenta explicar o uso frequente de expressões, como o tipo assim: “Você quer falar
alguma coisa e descobre uma expressão que consegue resumir seu pensamento. O tipo assim é o espaço que a gente
usa para pensar e articular as palavras. É impossível contar uma história sem usar pelo menos um aí”.

“As gírias mudam e não vão deixar de existir. A gente não fala mais é uma brasa, mora? Que era moda nos anos 70. No
lugar disso, falamos outras coisas”, justifica o estudante Marcos, 17 anos. “O mais legal disso tudo é que ampliamos o
nosso vocabulário”, opina Thiago, afirmando em seguida: “Eu também sei falar formalmente, mas não gosto. Não me dirijo
ao padre do colégio com um, aí velhinho. Estou apto a usar a linguagem formal, quando necessário.”
A babel de gírias também afeta os diferentes grupos da mesma geração. “Tenho amigos que convivem com o pessoal que
frequenta bailes funk. Eles usam gírias próprias e eu não entendo nada”, conta Tatiana. “Não vejo problema nenhum no
fato das tribos não se entenderem. A gente traduz e aprende cada vez mais”, assegura Gabriel, 17 anos.

Jornal do Brasil, Caderno B, 5 maio 199, p. 7.

(O sobrenome dos adolescentes citados e o nome do colégio em que estudam foram omitidos.)

Entendendo o texto:

01 – Identifique a data em que a reportagem foi publicada, observe as palavras com que ela começa e responda:
a. A reportagem se refere a adolescentes de que época?
Dos anos 90 século xx
b. Quanto tempo separa os adolescentes de que época?
De 20 a 30 anos
c. Os adolescentes atuais também tem um modo próprio de usar a língua, como os adolescentes da reportagem?
Tem opiniões semelhantes às dos adolescentes citados na reportagem?
Sim!até hoje usamos gírias

02 – Releia a primeira frase da reportagem: ela se refere a um adolescente par quem resta um consolo.
a. Se resta um consolo, significa que esse adolescente tem um problema de que precisa ser consolado; qual é o
problema?
Não consegue entender a conversa de outros adolescentes como ele.

b. Que consolo resta ao adolescente? Por que isso é um consolo?O consolo de não pertencer aos grupos acusados
de promoverem a erosão da linguagem. É um consolo porque esses grupos são criticados e censurados.

03 – As opiniões de José Paulo Paes citadas na reportagem coincidem com as que ele dá na entrevista reproduzida
reproduzida nas páginas 169-170? Comprove sua resposta comparando palavras do escritor na reportagem e na
entrevista.

04 – Observe a expressão que introduz o terceiro parágrafo:

“Em outra vertente...”


a. Que relação essa expressão estabelece entre o que se vai dizer em seguida e o que se disse antes?
Relação de oposição, de contraste, de divergência.
b. Cite outras expressões que poderiam ser usadas para introduzir o terceiro parágrafo.

05 – Confronte as palavras de Affonso Romano de Sant´Anna com as de José Paulo Paes:


a. Os dois escritores tem opiniões diferentes em relação à linguagem dos jovens: qual é a diferença?José Paulo Paes
recrimina, censura a linguagem dos jovens; Affonso Romano acha normal que os jovens tenham sua própria
linguagem.

b. Com qual dos dois escritores você concorda? Ou não concorda com nenhum dos dois? Justifique sua resposta.
Affonso pois cada um tem sua personalidade seu jeito de falar e é isso que nós faz ser oq somos, pois se todos nós
falassemos de linguagem formal seríamos um robô. Cada um tem seu vocabulário próprio!
· Após a leitura e análise das questões propostas, elabore um texto, expondo sua opinião, bem como suas
conclusões, sobre o texto analisado: GERAÇÃO TIPO ASSIM.
· Mínimo 20 e máximo 30 linhas;
· Dê um título bem criativo.

Meu vocabulário!
Cada um decide o Modo que irá falar, se irá ser com gírias ou não, pois é isso que nos define! Quando lembramos de
algum conhecido nos lembramos do seu cabelo do seu sorriso e do seu olho, e de seu Modo de falar.

nós principalmente jovens criamos nosso próprio vocabulário e é bem comum até outras pessoas mais velhas usarem
"gírias" ou outro do modo de falare as vezes acabamos dificultando que outras pessoas diferentes da nossa idade
entendam oque estamos falando mais acredito que todos nós deveríamos estuduar tanto a "linguagem do jovem"
quanto a do "mais idosos ".
Pois assim fica fácil o nosso entendimento tanto para o jovem para saber se comunicar com os mais idosos quanto ao
mais velho. Ao saber se comunicar com o jovens.

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