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Artigo História 2
Artigo História 2
Deveria constituir a ordenação mais nobre de uma cidade e atingir uma beleza para além de toda
imaginação. É essa inebriante beleza que desperta sensações sublimes e suscita piedade religiosa no
povo; tem efeito purificador e determina aquele estado de inocência que agrada ao Senhor. Qual
será, pois, essa beleza perturbadora que age com tanta força? Segundo bem conhecida definição
matemática albertiana, fundada em Vitrúvio, a beleza consiste na integração racional de todas as
partes de um edifício.
(Ibid., 1968, p.391)
Além dos termos tectônicos, a abobada era imbuída de um ideal de perfeição condizente
com a dignidade das igrejas, pois lhe asseguram duração perante o tempo. Há, nesse sentido,
dentre outros fatores, uma tentativa de delimitação do espaço através do organismo plástico
aberto correspondente a abobada. Assim, em contraponto á Brunelleschi, o qual sintetizava a
estrutura arquitetônica á estrutura espacial, para Alberti o monumento cristão, por definição,
deve expressar valores ideológicos e históricos (ARGAN,1968,p.207). Essa historicidade é
concretizada através da estabilidade geométrica e a delimitação do espaço.
Com isso em vista, em um contexto onde o ideal civil norteava a produção arquitetônica
e artística, em especial na Inglaterra Iluminista, a arquitetura de Palladio é um esforço e
conciliação da história eterna com o presente, em um processo dialético onde a natureza humana
é mesclada a natureza divina através de recursos cromáticos e luminosos em um valor espacial
absoluto e uniforme. Com a preponderância de um pensamento civil, a contexto urbano
paisagístico era considerado como premissa no processo de definição da forma do templo, o
qual possuía uma definição tipológica Palladiana. O culto ,nesse momento, é tido como parte
da vida pública e sendo assim, a luz é utilizada como meio de mitigar a atmosfera de mistério.
ARGAN, Giulio Carlo. “História da arte italiana: De Giotto a Leonardo” . Tradução de Vilma
deKatinszky.4.ed .São Paulo: Cosac Naify,2003. vol.1
ARGAN, Giulio Carlo. “História da arte italiana: De Giotto a Leonardo”. Tradução de Vilma
deKatinszky.4.ed .São Paulo: Cosac Naify,2003. vol.2