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Planos de aula / História / 9º ano / Modernização, ditadura civil-militar e redemocratização: o Brasil após 1946

Direitos humanos e combate à homofobia


Por: Isis Fernanda Ferrari / 07 de Abril de 2019

Código: HIS9_26UND03

Sobre o Plano

Este plano de aula foi produzido pelo Time de Autores de Nova Escola

Professor: Isis Ferrari

Mentor: Fernando Menezes

Especialista: Sherol dos Santos

Assessor pedagógico: Oldimar Cardoso

Ano: 9º ano do Ensino Fundamental.

Unidade temática: Modernização, Ditadura civil-militar e redemocratização: o Brasil após 1946.

Objeto(s) de conhecimento: Os protagonismos da sociedade civil e as alterações da sociedade brasileira. A questão da violência contra populações
marginalizadas.

Habilidade(s) da BNCC: (EF09HI26) Discutir e analisar as causas da violência contra populações marginalizadas (negros, indígenas, mulheres,
homossexuais, camponeses, pobres etc.) com vistas à tomada de consciência e à construção de uma cultura de paz, empatia e respeito às pessoas.

Palavras-chave: Homofobia, direitos humanos.

Materiais complementares

Documento
Violência LGBTFóbicas no Brasil
https://nova-escola-producao.s3.amazonaws.com/nJpRP44CVkC5ammTWSsNcnrECu5dr3z4DDZ3UK5ty7dfqBFkxK37js9Daufp/violencia-
lgbtfobicas-no-brasil.pdf

Documento
Preconceito, Discriminação, Fobia
https://nova-escola-producao.s3.amazonaws.com/HK43KmuAvmMq2M32GX5gkbYwHhQ7az65jjFYJzfvYuvcDAWFXKR2ZaYPbnWe/preconceito-
discriminacao-fobia.pdf

Documento
Constituição da República Federativa do Brasil de 1988
https://nova-escola-producao.s3.amazonaws.com/Dcbqqu3uuUfMWbRxnCunqTpmCpUZhqz3CtjPwP4RbKcRkpMKGTsjZnYTkRD2/constituicao-
da-republica-federativa-do-brasil-de-1988.pdf

Documento
Pacto Nacional de Enfrentamento à Violência LGBTfóbica
https://nova-escola-producao.s3.amazonaws.com/ahTyZBekHKekznKBKEhQC7vqDxdqAX5pHHPykg2YAxCZP2YqjQpmtWSh4m54/pacto-
nacional-de-enfrentamento-a-violencia-lgbtfobica.pdf

Documento
Conselho de Direitos Humanos da ONU
https://nova-escola-producao.s3.amazonaws.com/EZXMGhjTeyV9uuG5YuTs5vXmJUXRqYAbrkJRUfzhGzDDB4MkAQa8AvW8EUpB/conselho-de-
direitos-humanos-da-onu.pdf

Documento
Reflexão
https://nova-escola-producao.s3.amazonaws.com/eKrkpMBfK6aw8aQ4GnsGeXX7ZtKBvUwjht8zsKcV3HzDXfZtBfHFpDTQXMPT/reflexao.pdf

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Plano de aula

Direitos humanos e combate à homofobia

Slide 1 Sobre este plano


Este slide em específico não deve ser apresentado para os alunos, ele apenas resume o conteúdo da aula para que você possa se planejar.
Este plano está previsto para ser realizado em uma aula de 50 minutos (troque 50 por 100 se este plano for de 1º ou 2º anos). Serão abordados
aspectos que fazem parte do trabalho com a habilidade EF09HI26, de História, que consta na BNCC. Como a habilidade deve ser desenvolvida ao
longo de todo o ano, você observará que ela não será contemplada em sua totalidade aqui e que as propostas podem ter continuidade em aulas
subsequentes.
Materiais necessários: Cópias impressas do texto e da imagem e/ou projetor (se tiver disponível).
Contexto:
Link do gráfico: Violência LGBTFóbicas no Brasil
https://nova-escola-producao.s3.amazonaws.com/nJpRP44CVkC5ammTWSsNcnrECu5dr3z4DDZ3UK5ty7dfqBFkxK37js9Daufp/violencia-
lgbtfobicas-no-brasil.pdf
Link: Preconceito, discriminação, fobia
https://nova-escola-producao.s3.amazonaws.com/HK43KmuAvmMq2M32GX5gkbYwHhQ7az65jjFYJzfvYuvcDAWFXKR2ZaYPbnWe/preconceito-
discriminacao-fobia.pdf
Problematização:
Link Texto 1 - Constituição da República Federativa do Brasil de 1988
https://nova-escola-producao.s3.amazonaws.com/Dcbqqu3uuUfMWbRxnCunqTpmCpUZhqz3CtjPwP4RbKcRkpMKGTsjZnYTkRD2/constituicao-
da-republica-federativa-do-brasil-de-1988.pdf
Link Texto 2 - Pacto Nacional de Enfrentamento à Violência LGBTfóbica
https://nova-escola-producao.s3.amazonaws.com/ahTyZBekHKekznKBKEhQC7vqDxdqAX5pHHPykg2YAxCZP2YqjQpmtWSh4m54/pacto-
nacional-de-enfrentamento-a-violencia-lgbtfobica.pdf
Para você saber mais:
Ministério dos Direitos Humanos. Secretaria Nacional de Cidadania. Violência LGBTFóbicas no Brasil: dados da violência/elaboração de Marcos
Vinícius Moura Silva – Documento eletrônico – Brasília: Ministério dos Direitos Humanos, 2018, 79 p. Disponível em:
http://www.mdh.gov.br/biblioteca/consultorias/lgbt/violencia-lgbtfobicas-no-brasil-dados-da-violencia Acesso em: 15 de janeiro de 2019.
O Ministério Público e a igualdade de direitos para LGBTI : Conceitos e legislação/Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão, Ministério Público do
Estado do Ceará. – 2. ed., rev. e atual. – Brasília : MPF, 2017. Disponível em: http://www.mpf.mp.br/atuacao-tematica/pfdc/midiateca/nossas-
publicacoes/o-ministerio-publico-e-a-igualdade-de-direitos-para-lgbti-2017 Acesso em: 17 de janeiro de 2019.
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988:
Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm Acesso em: 15 de janeiro de 2019.
PORTARIA Nº 202, DE 10 DE MAIO DE 2018
Institui o Pacto Nacional de Enfrentamento à Violência LGBTfóbica:
Disponível em: http://www.mdh.gov.br/biblioteca/lgbt/portaria-no-202-2018-institui-o-pacto-nacional-de-enfrentamento-a-violencia-
lgbtfobica/view Acesso em: 15 de janeiro de 2019.

Slide 2 Objetivo
Tempo sugerido: 3 minutos.
Orientações: Escreva no quadro ou projete o objetivo da aula e leia em voz alta para os alunos. Esta ação é importante para apresentar o tema ou
conteúdo da aula aos alunos.
Para você saber mais:
Ministério dos Direitos Humanos. Secretaria Nacional de Cidadania. Violência LGBTFóbicas no Brasil: dados da violência/elaboração de Marcos
Vinícius Moura Silva – Documento eletrônico – Brasília: Ministério dos Direitos Humanos, 2018, 79 p. Disponível em:
http://www.mdh.gov.br/biblioteca/consultorias/lgbt/violencia-lgbtfobicas-no-brasil-dados-da-violencia Acesso em: 15 de janeiro de 2019.
O Ministério Público e a igualdade de direitos para LGBTI : Conceitos e Legislação/Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão, Ministério Público
do Estado do Ceará. – 2. ed., rev. e atual. – Brasília : MPF, 2017. Disponível em: http://www.mpf.mp.br/atuacao-tematica/pfdc/midiateca/nossas-
publicacoes/o-ministerio-publico-e-a-igualdade-de-direitos-para-lgbti-2017 Acesso em: 17 de janeiro de 2019.
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988:
Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm Acesso em: 15 de janeiro de 2019.
PORTARIA Nº 202, DE 10 DE MAIO DE 2018
Institui o Pacto Nacional de Enfrentamento à Violência LGBTfóbica:
Disponível em: http://www.mdh.gov.br/biblioteca/lgbt/portaria-no-202-2018-institui-o-pacto-nacional-de-enfrentamento-a-violencia-
lgbtfobica/view Acesso em: 15 de janeiro de 2019.

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Plano de aula

Direitos humanos e combate à homofobia

Slide 3 Contexto
Tempo sugerido: 12 minutos.
Orientações: Este primeiro momento da aula tem a função de preparar o aluno para o tema. Para isso imprima ou projete o gráfico do Ministério dos
Direitos Humanos. Solicite aos alunos que observem o gráfico e que escrevam no caderno suas interpretações e hipóteses. Oriente os alunos para que
observem as linhas azul e vermelha do gráfico. A linha azul apresenta o número de denúncias nos anos de 2011 a 2016. A linha vermelha representa o
número de violações que ferem os direitos humanos. O objetivo é refletir sobre a quantidade de denúncias e sua relação com a violação dos direitos
humanos, que neste caso passa por preconceito, discriminação e violência relacionados à homofobia. Peça para um dos alunos apresentar suas
hipóteses e interpretações. Se for necessário corrija possíveis equívocos e complete com outras informações que possam auxiliar na atividade sobre o
tema. Controle o tempo, para que esta etapa não ultrapasse os 10 minutos sugeridos.
Gráfico:
O gráfico demonstra o quantitativo de denúncias de violações de direitos humanos contra lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e
transgêneros registradas nos últimos sete anos. Ao observar o gráfico oriente os alunos na comparação entre as linhas vermelha e azul.
A linha vermelha corresponde a violações que ferem os direitos humanos e a Constituição brasileira, seus números são superiores à sua denúncia
(linha azul).
Peça a sala que levantem hipóteses e selecione um aluno para apresentá-las.
Neste momento pode ser feito um breve debate sobre intolerância e preconceito em relação à orientação sexual e sua diversidade.
Se necessário apresente o conceito de homofobia e preconceito.
A linha azul do gráfico representa a quantia de denúncias feitas ao Disque 100 (canal de comunicação para verificação e combate a violação dos
direitos humanos e dos cidadãos).
Oriente os alunos para que percebam a relação entre o aumento das violações e das denúncias (quanto maior a quantidade de violação maiores são as
denúncias ao Disque 100).
Observação:
O primeiro link apresenta o gráfico deste slide com as explicações sobre sua construção e sua importância. Este texto é de uso exclusivo do professor
para auxiliar no desenvolvimento da atividade.
O segundo link apresenta os conceitos de homofobia e preconceito publicados pela Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão e pelo Ministério
Público do Estado do Ceará. O objetivo deste texto é ser um parâmetro para repertoriar o professor nesta atividade.
Link do gráfico: Violência LGBTFóbicas no Brasil
https://nova-escola-producao.s3.amazonaws.com/nJpRP44CVkC5ammTWSsNcnrECu5dr3z4DDZ3UK5ty7dfqBFkxK37js9Daufp/violencia-
lgbtfobicas-no-brasil.pdf
Link: Preconceito, discriminação, fobia
https://nova-escola-producao.s3.amazonaws.com/HK43KmuAvmMq2M32GX5gkbYwHhQ7az65jjFYJzfvYuvcDAWFXKR2ZaYPbnWe/preconceito-
discriminacao-fobia.pdf
Para você saber mais:
Ministério dos Direitos Humanos. Secretaria Nacional de Cidadania. Violência LGBTFóbicas no Brasil: dados da violência/elaboração de Marcos
Vinícius Moura Silva – Documento eletrônico – Brasília: Ministério dos Direitos Humanos, 2018, 79 p. Disponível em:
http://www.mdh.gov.br/biblioteca/consultorias/lgbt/violencia-lgbtfobicas-no-brasil-dados-da-violencia Acesso em: 15 de janeiro de 2019.
O Ministério Público e a igualdade de direitos para LGBTI : Conceitos e Legislação/Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão, Ministério Público
do Estado do Ceará. – 2. ed., rev. e atual. – Brasília : MPF, 2017. Disponível em: http://www.mpf.mp.br/atuacao-tematica/pfdc/midiateca/nossas-
publicacoes/o-ministerio-publico-e-a-igualdade-de-direitos-para-lgbti-2017 Acesso em: 17 de janeiro de 2019.

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Plano de aula

Direitos humanos e combate à homofobia

Slide 4 Problematização

Tempo sugerido: 25 minutos.


Orientações: Divida os alunos em grupos de quatro a cinco integrantes cada. Distribua os textos impressos para os grupos. Há dois trechos de
documentos que foram divididos como Texto 1 (Constituição da República Federativa do Brasil de 1988), Texto 2 (Pacto Nacional de Enfrentamento
à Violência LGBTfóbica) Texto 3 (Conselho de Direitos Humanos da ONU adota resolução pedindo fim da homofobia/Publicado em 29/9/2014.)
Projete ou escreva no quadro as orientações da atividade e leia para a classe. Apresente sinteticamente o conceito de um cartaz (a intenção não é
ministrar uma aula sobre cartaz, mas lembrar os alunos que o Cartaz é uma forma de linguagem que apresenta características informativas que pode
ser produzido com frases, dados estatísticos, imagens, desenhos etc.). O objetivo desta etapa da aula é relacionar os documentos (Constituição,
Pacto Nacional de Enfrentamento à Violência LGBTfóbica e o artigo Conselho de Direitos Humanos da ONU adota resolução pedindo fim da
homofobia seguindo as orientações do slide) ao combate a LGBTfobia. Proporcionar a construção da habilidade de relacionar os direitos humanos e a
luta contra homofobia no Brasil. A produção de um cartaz é uma atividade que auxilia na construção da autonomia e protagonismo dos alunos.
Assim, esta etapa da aula prevê a produção do cartaz com base na análise dos documentos e gráficos sobre a violação dos direitos humanos,
preconceito e homofobia. Para isso peça para que os alunos interpretem os textos da Constituição, Pacto Nacional de Enfrentamento à Violência
LGBTfóbica e o artigo Conselho de Direitos Humanos da ONU adota resolução pedindo fim da homofobia seguindo as orientações do slide. Pode ser
que haja dúvidas principalmente sobre os textos que servirão de base para a construção dos cartazes. Peça para os alunos estabelecerem relações com
o que aprenderam na aula e o que sabem sobre preconceito e homofobia. Neste slide há três perguntas para reflexão, este momento pode auxiliar os
alunos a entender a gravidade da homofobia e a necessidade de leis que garantem o bem-estar da população sem preconceito ou discriminação de
origem, raça, sexo, cor, idade etc. A criatividade na produção do cartaz é essencial. Enquanto os alunos desenvolvem a atividade circule entre os
grupos. Se possível deixe disponível lápis de cores diversas. Controle o tempo.
Link Texto 1 - Constituição da República Federativa do Brasil de 1988
https://nova-escola-producao.s3.amazonaws.com/Dcbqqu3uuUfMWbRxnCunqTpmCpUZhqz3CtjPwP4RbKcRkpMKGTsjZnYTkRD2/constituicao-
da-republica-federativa-do-brasil-de-1988.pdf
Link Texto 2 - Pacto Nacional de Enfrentamento à Violência LGBTfóbica
https://nova-escola-producao.s3.amazonaws.com/ahTyZBekHKekznKBKEhQC7vqDxdqAX5pHHPykg2YAxCZP2YqjQpmtWSh4m54/pacto-
nacional-de-enfrentamento-a-violencia-lgbtfobica.pdf
Link Texto 3: Conselho de Direitos Humanos da ONU
https://nova-escola-producao.s3.amazonaws.com/EZXMGhjTeyV9uuG5YuTs5vXmJUXRqYAbrkJRUfzhGzDDB4MkAQa8AvW8EUpB/conselho-de-
direitos-humanos-da-onu.pdf
Observação: Foram construídos parâmetros de respostas com o objetivo de nortear o trabalho do professor no momento da reflexão para a
construção do cartaz contra a homofobia. Estes parâmetros podem ser acessados por meio do link abaixo:
Link para os parâmetros de respostas da Reflexão:
https://nova-escola-producao.s3.amazonaws.com/eKrkpMBfK6aw8aQ4GnsGeXX7ZtKBvUwjht8zsKcV3HzDXfZtBfHFpDTQXMPT/reflexao.pdf
Para você saber mais:
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988:
Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm Acesso em: 15 de janeiro de 2019.
PORTARIA Nº 202, DE 10 DE MAIO DE 2018
Institui o Pacto Nacional de Enfrentamento à Violência LGBTfóbica:
Disponível em: http://www.mdh.gov.br/biblioteca/lgbt/portaria-no-202-2018-institui-o-pacto-nacional-de-enfrentamento-a-violencia-
lgbtfobica/view Acesso em: 15 de janeiro de 2019.
Conselho de Direitos Humanos da ONU adota resolução pedindo fim da homofobia:
Disponível em: https://nacoesunidas.org/conselho-de-direitos-humanos-da-onu-adota-resolucao-pedindo-fim-da-homofobia/ Acesso em: 9
de fevereiro de 2019.
O que são os direitos humanos?:
Disponível em: https://nacoesunidas.org/direitoshumanos/ Acesso em: 9 de fevereiro de 2019
Conheça a Lei para Homofobia:
Disponível em: https://new.safernet.org.br/content/conhe%C3%A7a-lei-para-homofobia Acesso em: 9 de fevereiro de 2019.

Slide 5 Sistematização

Tempo sugerido: 10 minutos.


Orientações: Nesta etapa da aula o objetivo é sistematizar o conhecimento construído pelos alunos. Para isto, selecione dois grupos para apresentar
seu cartaz para a classe. Nesta apresentação verifique se o cartaz apresenta minimamente os debates feitos em aula, os textos que deixam claro a
importância de garantir em lei uma sociedade sem preconceito e discriminação; e a importância do pacto LGBTFóbico para o Brasil. Finalize o tema
ressaltando a importância de garantir direitos a todos cidadãos respeitando nossa Constituição e a Declaração dos Direitos Humanos. Se possível
cole os cartazes pela escola é uma forma de valorizar o trabalho dos alunos e apresentar as informações sobre preconceito e homofobia.
Para você saber mais:
Conselho de Direitos Humanos da ONU adota resolução pedindo fim da homofobia:
Disponível em: https://nacoesunidas.org/conselho-de-direitos-humanos-da-onu-adota-resolucao-pedindo-fim-da-homofobia/ Acesso em: 9
de fevereiro de 2019.
O que são os direitos humanos?:
Disponível em https://nacoesunidas.org/direitoshumanos/ Acesso em: 9 de fevereiro de 2019.

Apoiador Técnico

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Dados do Poder Público Federal: 
 
(...) 
No  ano de 2011 o Disque Denúncia Nacional, o Disque 100, continua com gestão 
chamada  tripartite  (sistema  de  partida  e  contrapartida  a  partir do cumprimento 
de  condicionalidades)  que  consiste  na  divisão  de  responsabilidades  de  três 
instâncias:  uma  governamental,  a  SDH,  uma  empresarial,  a  Petróleo  Brasileiro 
S.A-  Petrobrás  e  uma  organizada  pela  sociedade  civil,  portanto,  não 
governamental  (ONG).  Desta  maneira  o  Disque  100  se  torna  o  principal  centro 
nacional  de  recebimentos  de  denúncias  de  violação  de direitos humanos contra 
a  população  LGBT.  Os  dados  do  Disque  Direitos  Humanos  - Disque 100 indicam 
um  cenário  de  abusos  cotidianos dos mais variados tipos contra essa população 
no  Brasil.  Este  órgão  não  é  o  único  que  produz  informação  acerca  deste  grupo, 
entretanto  é  o  que  possui  a  série  histórica  com  o  maior  número  de  variáveis,  o 
que  torna  a  sua  base  de  dados  indicada  para  pautar  políticas  públicas.  Além de 
deixar  claro  o  fluxo  da  informação  desde  o  recebimento  da  denúncia  até  a 
produção  da  estatística  final.  O  gráfico  abaixo  apresenta  o  total  de 
denúncias/violações recebidas pelo Disque 100 relacionadas à população LGBT.  
 

 
O gráfico acima apresenta a série histórica de denúncias e violações contra LGBT 
recebidas  pelo  Disque  100  ao  longo  período  de  2011  a  2016.  Desde  que  o 
serviço  foi  criado,  o  número  de  denúncias  teve  um  pico  no  ano  posterior  a  sua 
criação  e  depois  constante  queda  até  2014,  apresentando,  em  2015,  um 
aumento  de  821  denúncias  em  relação  ao  ano  anterior  e  em  2016  uma  queda 
de 107 denúncias.  
Se  no  período  inicial  o  atendimento  era  voltado  somente  para  a  população 
jovem,  em  2010  o  leque  de  proteção  se  ampliou,  passando  a  contemplar 
também  demandas  de  minorias  que  se  sentiam  desprotegidas,  com 
necessidade  de  um  canal  de  comunicação  e  resolução  de  conflito,  tais  como 
LGBT,  população  em  situação  de  rua,  população  negra,  pessoa  idosa  e  pessoas 
com deficiência. 
 
Ministério dos Direitos Humanos. Secretaria Nacional de Cidadania. Violência 
LGBTFóbicas no Brasil: dados da violência/ elaboração de Marcos Vinícius Moura 
Silva – Documento eletrônico – Brasília: Ministério dos Direitos Humanos, 2018, 
79 p. p. 13 e 14. Disponível em: 
http://www.mdh.gov.br/biblioteca/consultorias/lgbt/violencia-lgbtfobicas-no-bra
sil-dados-da-violencia​ Acesso em: 15 de janeiro de 2019. 
“II - Preconceito, discriminação, fobia 
 
O  uso  adequado  das  palavras  é  importante  para  definir  o  tipo  de  atuação 
jurídica apropriada em cada caso. 
Por  “preconceito”  entende-se  um  conjunto  de  ideias  preconcebidas  (anteriores, 
portanto,  à  própria  experiência  individual),  a  respeito  de  certos  assuntos, 
pessoas ou grupos. 
Tais  ideias  podem  permanecer  na  esfera  íntima  do  pensamento,  mas  podem 
também  ser  exteriorizadas  na  forma  de  manifestações  verbais  ou  escritas,  ou 
mesmo na forma de violência física. 
O  preconceito  exteriorizado  na  forma  de ofensas, agressões, ações ou omissões 
discriminatórias  com  relação  ao  igual  exercício  dos  direitos  fundamentais  nas 
esferas  pública  e  privada  constitui  um  fato  juridicamente  ilícito  que  deve  ser 
sancionado  pelas  leis  civis,  administrativas  e  eventualmente  penais  (se, 
evidentemente, constituírem um crime). 
Segundo  o  documento  internacional  “Princípios  de  Yogyakarta”  (2006),  a 
discriminação  com  base  na  orientação  sexual  ou  na  identidade  de  gênero inclui 
qualquer  distinção,  exclusão,  restrição  ou  preferência  baseada  na  orientação 
sexual  ou  identidade  de  gênero  que  tenha  o  objetivo  ou  efeito  de  anular  ou 
prejudicar  a  igualdade  perante  a  lei  ou  proteção  igual  da  lei,  ou  ainda  o 
reconhecimento, gozo ou 
exercício,  em  base  igualitária,  de  todos  os  direitos  humanos  e  das  liberdades 
fundamentais. 
A  discriminação  baseada  na  orientação  sexual  ou  identidade  de  gênero  pode 
ser,  e  comumente  é,  agravada  por  discriminação  decorrente  de  outras 
circunstâncias,  inclusive  aquelas  relacionadas  ao  gênero,  raça,  idade,  religião, 
necessidades especiais, situação de saúde e status econômico. 
Assim,  por  exemplo,  quando  alguém  agride  um  casal  homossexual  na  rua  pelo 
simples  fato  de  serem  homossexuais,  está  ilicitamente  impedindo  a  utilização 
igualitária  do  espaço  público,  motivado  por  opiniões  discriminatórias  e 
preconceituosas  a  respeito  da  sexualidade  alheia.  Da  mesma  forma,  quando  os 
gestores  de  uma escola se omitem na proteção de uma criança contra o bullying 
homofóbico,  estão  contribuindo  para  que  o  direito  à  educação  dessa  criança 
seja  afetado  de  forma  discriminatória.  Ou  quando  uma  travesti  tem  seu  direito 
de  acesso  ao  mercado  de  trabalho  negado,  pelo  simples  fato  de  não  usar 
vestimentas correspondentes ao seu sexo biológico. 
Como  distúrbios  psicológicos  associados  ao  pavor,  desprezo,  antipatia,  aversão 
ou  ódio  irracional  contra  homossexuais,  bissexuais  ou  transgêneros,  a 
homofobia  e  a  transfobia  não  pertencem,  propriamente,  ao  campo  de  saberes 
jurídicos. 
Os  termos  homofobia  e  transfobia,  porém,  vêm  sendo  utilizados,  de  forma 
geral,  para  se  referir  a  manifestações  de  preconceito  e  discriminação  em  razão 
de orientação sexual e contra transgêneros.” 
 
O  Ministério  Público  e  a  Igualdade  de  Direitos  para  LGBTI:  Conceitos  e 
Legislação/Procuradoria  Federal  dos  Direitos  do  Cidadão,  Ministério  Público  do 
Estado  do  Ceará.  –  2.  ed.,  rev.  e  atual.  –  Brasília  :  MPF,  2017.  Disponível  em: 
http://www.mpf.mp.br/atuacao-tematica/pfdc/midiateca/nossas-publicacoes/o-
ministerio-publico-e-a-igualdade-de-direitos-para-lgbti-2017  Acesso  em:  17  de 
janeiro de 2019. 
 
 
Texto 1  
 
Presidência da República 
Casa Civil 
Subchefia para Assuntos Jurídicos 
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988 
 
PREÂMBULO 
Nós,  representantes  do  povo  brasileiro,  reunidos  em  Assembléia  Nacional 
Constituinte  para  instituir  um  Estado  Democrático,  destinado  a  assegurar  o 
exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-estar, 
o  desenvolvimento,  a  igualdade  e  a  justiça  como  valores  supremos  de  uma 
sociedade  fraterna,  pluralista  e  sem  preconceitos, fundada na harmonia social e 
comprometida,  na  ordem  interna  e  internacional,  com  a  solução  pacífica  das 
controvérsias, promulgamos, sob a proteção de Deus, a seguinte  
 
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL. 
 
TÍTULO I 
DOS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS 
(...) 
Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil: 
I - construir uma sociedade livre, justa e solidária; 
(...) 
IV  -  promover  o  bem  de  todos,  sem  preconceitos  de  origem,  raça,  sexo,  cor, 
idade e quaisquer outras formas de discriminação. 
(...) 
 
Disponível  em: 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm  Acesso  em: 
15 de janeiro de 2019. 
 
Texto 2 
 
GABINETE DO MINISTRO 
PORTARIA Nº 202, DE 10 DE MAIO DE 2018 
Institui o Pacto Nacional de Enfrentamento à Violência LGBTfóbica. 
 
O  MINISTRO  DE  ESTADO  DOS  DIREITOS  HUMANOS,  no  uso  das  atribuições  que 
lhe  foram  conferidas  pelo  art.  87, parágrafo único, incisos I e IV, da Constituição, 
e  considerando  o  disposto  no  Decreto  nº  9.122,  de  9  de  agosto  de  2017;  e 
CONSIDERANDO  a  necessidade  de  fortalecimento  das  políticas  públicas  de 
enfrentamento  à  violência  LGBTfóbica  em  todas  as  esferas  de  governo; 
CONSIDERANDO  o  caráter  descentralizado  da  execução  da  prevenção  e  do 
combate  à  violência  LGBTfóbica,  a  necessidade  de  articulação  e  colaboração 
federativa  e  o  papel  estratégico  dos  estados  e  do  Distrito  Federal; 
CONSIDERANDO  as  recomendações  do  Conselho  dos  Direitos  Humanos  das 
Nações  Unidas,  de  2017,  contidas  na  Revisão  Periódica  Universal,  no  tocante  às 
Recomendações  136.39,  136.40,  136.41,  136.42,  136.43,  136.44,  136.45,  136.66, 
136.67,  136.90  e  136.196;  CONSIDERANDO  o  constante  no  Objetivo  Estratégico 
V,  da Diretriz 10  -  Garantia da Igualdade na Diversidade, do Programa Nacional 
de  Direitos  Humanos  3,  instituído  pelo  Decreto  nº  7.037,  de  21  de  dezembro de 
2009;  e  CONSIDERANDO  os  conteúdos  constantes  nos  documentos 
internacionais aos quais o Brasil ratificou a saber: 
a) Declaração Universal dos Direitos Humanos; 
b) Pacto Internacional sobre Direitos Civis e Políticos, 
c)  Resoluções  da  Organização  dos  Estados  Americanos  sobre  direitos  humanos, 
orientação  sexual  e  identidade  de  gênero:  i)  2435/2008;  ii)  2504/2009;  iii) 
2600/2010; iv) 2653/2011; v) 
2721/2012;  2807/2013;  e  d)  Declaração  da  ONU  condenando  violações  dos 
direitos  humanos  com  base  na  orientação  sexual  e  identidade  de  gênero  - 
A/63/635, de 22 de dezembro de 2008, resolve: 
 
Art. 1º Instituir o Pacto Nacional de Enfrentamento à Violência LGBTfóbica. 
 
Art.  2º  O  Pacto  Nacional  de  Enfrentamento  à  Violência  LGBTfóbica  tem  por 
objetivo  promover  a  articulação  entre  a  União,  Estados  e  Distrito  Federal  nas 
ações de prevenção e combate à LGBTfobia. 
Parágrafo  único.  A coordenação do pacto será realizada pela Secretaria Nacional 
de Cidadania do Ministério dos Direitos Humanos. 
 
Disponível em: 
http://www.mdh.gov.br/biblioteca/lgbt/portaria-no-202-2018-institui-o-pacto-nac
ional-de-enfrentamento-a-violencia-lgbtfobica/view​ Acesso em: 15 de janeiro de 
2019. 
Disponível em: 
https://nacoesunidas.org/conselho-de-direitos-humanos-da-onu-adota-resoluca
o-pedindo-fim-da-homofobia/​ Acesso em: 9 de fevereiro de 2019. 
 
“Os direitos humanos são direitos inerentes a todos os seres humanos, 
independentemente de raça, sexo, nacionalidade, etnia, idioma, religião  
ou qualquer outra condição. Disponível em: 
https://nacoesunidas.org/direitoshumanos/​ Acesso em: 9 de fevereiro de 2019.  
Estes  parâmetros  de  respostas  têm  o  objetivo  de  nortear  o  trabalho  do 
professor  no  momento  da  reflexão  para  a  construção  do  cartaz  contra  a 
homofobia. 
 
Nossa  Constituição  garante  o  bem-estar  de  todos  brasileiros sem preconceitos de 
origem, raça, sexo, cor, idade?  
O 3º artigo da Constituição explicita os objetivos fundamentais de nossa República.  
O inciso IV deixa claro o que o Estado deve promover: 
“TÍTULO I 
DOS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS 
(...) 
Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil: 
I - construir uma sociedade livre, justa e solidária; 
(...) 
IV  -  promover  o  bem  de  todos,  sem  preconceitos  de  origem,  raça,  sexo,  cor,  idade  e 
quaisquer outras formas de discriminação.”  
(Disponível  em:  ​http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm 
Acesso em: 15 de janeiro de 2019.) 
 
Qual  a  necessidade  de  criar  uma  lei  que  garante  o  enfrentamento  à  violência 
LGBTfóbica? 
O  gráfico  (debatido  no  contexto  desta  aula)  é  um  ótimo  parâmetro  para  apresentar  o 
cenário de abusos cotidianos contra a população LGBT no Brasil. 
Os  abusos  são  diversos,  o  que  demonstra  a  quantidade  de  violações  dos  direitos 
humanos que este grupo sofre. 
Assim,  o  gráfico  deixa  claro  que  mesmo  que  nossa  Constituição  promova  o  bem  de 
todos,  sem  preconceitos  de  origem,  raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de 
discriminação  (3º  artigo  inciso  IV),  o  poder  público,  ainda,  precisa  criar  outros 
mecanismos  legais,  que  garantam  a  proteção  destas  minorias  políticas  (Pacto  Nacional 
de Enfrentamento à Violência LGBTfóbica)​. 
O  que  nos  faz  concluir,  por  meio  dos  dados  apresentados  pelo  gráfico,  que  o  Brasil  é 
um país que apresenta altos índices de preconceito e homofobia. 
 
Qual  a  importância  do  Conselho  de  Direitos  Humanos  da  ONU  no  combate  à 
violência LGBTfóbica?  
O  Conselho  de  Direitos  Humanos  da  ONU  tem  a  função  de  garantir  os  Direitos 
Humanos  em  todo  território  global.  Um  ótimo  parâmetro  para  esta  pergunta  é  a 
definição  que  a  ONU  Brasil  traz de direitos humanos: “Os direitos humanos são direitos 
inerentes  a  todos  os  seres  humanos,  independentemente  de raça, sexo, nacionalidade, 
etnia,  idioma,  religião  ou  qualquer  outra  condição.”  (Disponível  em 
https://nacoesunidas.org/direitoshumanos/​ Acesso em: 9 de fevereiro de 2019.) 

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