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ENSAIO DE IMPACTO

Nome: Lavinia Rosa Coura RA: 191322261

Assinale a Turma: Materiais ( X)321 ( ) ESP1 Instruções

Iniciais:

1. Estas questões farão parte da avaliação do Laboratório da Disciplina de Propriedades


dos Materiais. Antes de realizar as atividades é fundamental ter assistido o vídeo
enviado.
2. Se não houver a entrega da atividade será apontada 3 faltas no seu diário de classe.
3. As respostas devem ser bem formuladas. Podem ser inseridos gráficos, tabelas e figuras
se acharem necessário;
4. Como este trabalho fará parte da avaliação deverá ser realizado individualmente. No
caso de questões com respostas semelhantes e compartilhamento de arquivos o seu
trabalho terá a nota zerada.
5. Para o envio, após a resolução gerar um arquivo PDF. O nome do arquivo devera iniciar
pela sigla da sua turma (Prod 321 ou Prod 322) seguido do seu nome completo.
Exemplo: Prod 321 Valdir Alves Guimarães ou Prod 322 João Maria de Aquino.
6. O arquivo deverá ser enviado no classroom até a data marcada.
7. Estarei disponível para solucionar dúvidas pelo WhatsApp na forma de mensagens
texto, áudio ou ligações de vídeo.

INTRODUÇÃO
A temperatura é um fator importante a ser considerado na seleção de um
material, quando a seleção se baseia na tenacidade ao entalhe ou na tendência à fratura
frágil. Os materiais são ditos frágeis, quando se rompem com pouca ou nenhuma
deformação plástica.
Os aços com baixos teores de carbono (inferiores a 0,25%), também conhecidos
como aços doces, normalmente, se comportam de maneira dúctil, porém, sob certas
condições, ou seja, na presença de entalhes e quando submetidos a baixas temperaturas
e altas velocidades de carregamento ou de deformação podem se tornar frágeis.
Os principais fatores responsáveis pela maioria das falhas do tipo frágil, que
ocorrem em serviço, são a presença de entalhes e baixas temperaturas.
Os ensaios de impacto são realizados em corpos de prova entalhados. A
velocidade do pêndulo no instante do impacto atinge uma velocidade da ordem de 5
m/s e o corpo de prova é forçado a se dobrar e fraturar a uma taxa de deformação de
aproximadamente 103 mm/mm/s.
No ensaio de impacto, além de se determinar a energia necessária para fraturar
o corpo de prova, uma outra avaliação importante pode ser feita, observando-se
superfície de fratura, para avaliar o tipo de fratura predominante, que poderá ser fibrosa
(fratura dúctil) ou brilhante (fratura frágil), ou uma mistura das duas. Os dois modos de
fratura são distinguíveis mesmo a olho nu. A superfície que corresponde a fratura frágil
caracteriza-se pela elevada refletividade da luz incidente e apresenta um aspecto
facetado de aparência brilhante, enquanto que a superfície da fratura dúctil caracteriza-
se pelo aspecto fibroso (formada por “dimples” - pequeníssimas cavidades), que
absorvem a luz incidente e conferem o aspecto escuro.
A maneira clássica de representar os resultados dos ensaios de impacto é por
meio de uma curva de energia absorvida em função da temperatura. Na figura 1 estão
apresentados resultados de ensaios de impacto para alguns aços onde pode-se verificar
para cada um deles a região de patamar superior, onde a fratura se deu com alta
absorção de energia, a região de patamar inferior com baixa absorção de energia e a
região de transição caracterizada por uma acentuada dispersão dos resultados do
ensaio.

Figura 1 – Curvas características de impacto para alguns aços carbonos

OBJETIVOS

Estudar a tendência de um aço de médio teor de carbono em se comportar de


maneira frágil em função da temperatura. Determinar as energias absorvidas no ensaio
de impacto, em diversas temperaturas, obter a faixa de temperatura de transição e a
temperatura de transição dúctil para frágil, ou vice-versa, para o aço.

PROCEDIMENTO:

1. Procedimento Inicial
Elevar o pêndulo da máquina de ensaio CHARPY até a altura inicial
preestabelecida e travá-lo nesta posição.
Posicionar o ponteiro no disco graduado para capacidade de máxima de energia
potencial da máquina (30 kgfxm).
Em seguida, soltar o pêndulo da altura inicial, para conferir e ajustar o "ponto
zero" da escala e freá-lo.

2. Procedimento para Realização do Ensaio


Elevar o pêndulo novamente até a altura da capacidade máxima da máquina e
travá-lo nesta posição.
Posicionar o corpo de prova Charpy no local e na posição correta do
equipamento.
Soltar o pêndulo e, após rompido o corpo de prova, freá-lo até parar, em seguida, anotar
a energia absorvida no impacto registrada pelo ponteiro na escala graduada (em kgf.m).
Repetir este procedimento para cada corpo de prova, conforme indicado na
tabela 1.
O corpo de prova deverá ser novamente resfriado ou reaquecido, se demorar
mais de cinco segundos, entre a retirada do meio em que ele se encontra e a realização
do ensaio. O tempo de permanência do corpo de prova no meio (frio ou quente) deve
ser igual a 15 minutos no mínimo.

CORPO DE PROVA
ASTM E 23 - tipo A (com entalhe em V)

MATERIAIL
Aço ABNT 1045, conforme fornecido

RESULTADOS

Tabela 1. Temperaturas de ensaio e respectivas energias de impacto médias


TEMPERATURA ENERGIA DE IMPACTO (Kgf.m)
°C Ensaio 1 (cdp 1) Ensaio 2 (cdp 2)
-190 0,30 0,40
-20 0,50 0,60
0 0,80 1,0
20 2,40 2,20
100 6,60 4,40
200 6,70 7,0

ATIVIDADES:

a) Preencher a tabela de dados convertendo os valores de energia absorvida de


kgf.m para Joules. Para isto basta multiplicar cada um dos resultados obtidos pela
aceleração da gravidade G=9,8m/s2.

Tabela 2. Temperaturas de ensaio e respectivas energias de impacto médias em Joules


TEMPERATURA ENERGIA DE IMPACTO (Joules)
°C Ensaio 1 (cdp 1) Ensaio 2 (cdp 2) Média
-190 2,94 3,92 3,43
-20 4,90 5,88 5,39
0 7,84 9,80 8,82
20 23,52 21,56 22,54
100 64,68 43,12 53,90
200 65,66 68,60 67,13

b) Construir um gráfico de Energia [J] x Temperatura [°C] com os dados da tabela 2.


Traçar a curva característica do ensaio. Lembre-se que a curva deve ser ajustada sempre
com um formato de S de acordo com a figura 1.

Inserir aqui o gráfico:


c) Estimar a partir do gráfico a temperatura de transição para o aço 1045 baseado
no critério de 20 Joules (2,0 kgf .m) de absorção de energia.
Reposta:

De acordo com o critério de 20 joules, a temperatura de transição para o aço 1045 seria
próximo de 20°C. Para ter um valor mais preciso, fiz a seguinte regra de três:

22,54 𝐽 − 20 °𝐶
20 𝐽 − 𝑥 °𝐶
400
22,54𝑥 = 400 → 𝑥 = = 17,75°𝐶
22,54

d) Indique de acordo com a sua avaliação qual seria a faixa de temperatura segura
para a utilização deste aço em uma aplicação estrutural.
Resposta:

A faixa de temperatura segura para o uso do aço para fins estruturais seria a partir de
100°C até cerca de 180°C, pois quanto maior for a temperatura, maior será a energia
de impacto e, com isso, a ductilidade do material aumenta. Além disso, observa-se no
gráfico que, a partir de 100°C ocorre a transição para fratura dúctil do material.

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