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TRABALHO

Racismo na Europa:

Durante anos, homens e mulheres negros foram assassinados mortos, mesmo pela polícia,
apenas por serem negros. Para nós, o homicídio de George Floyd é um lembrete de que a
violência de cunho racista resulta às vezes em morte. Os protestos em cidades americanas,
e agora até em algumas capitais europeias, são realmente sobre a frustração e o desespero
que os negros sentem diante do racismo institucional e estrutural. Não devemos nos iludir
pensando que isso é apenas um problema americano. Há um racismo generalizado contra
os negros no mundo ocidental.
Em 2011, aconteceram protestos em Londres depois que Mark Duggan, um negro, foi
baleado e morto pela polícia. Do outro lado do Canal da Mancha, na França, ocorreram
grandes manifestações e revoltas após a morte de dois adolescentes em 2005; Bouna
Traore e Zyed Benna foram eletrocutados numa subestação de eletricidade ao tentar
escapar de policiais, enquanto um terceiro adolescente, Muhittin Altun, sofreu queimaduras
graves, mas sobreviveu. No mesmo ano, Oury Jalloh, um requerente de refúgio de Serra
Leoa, morreu num incêndio dentro de uma cela da polícia em Dessau, na Alemanha.
Pode ser fácil para alguns europeus olhar para os incidentes nos EUA e dizer que isso não
acontece por lá, mas os negros do continente não têm esse luxo. Para eles, o racismo está
muito vivo na Europa, apesar do fato de que a violência policial pode não parecer tão
desmedida nos noticiários. Essa é uma das razões pelas quais o assassinato de George
Floyd desencadeou protestos generalizados para além das fronteiras americanas; os
acontecimentos de lá abrem velhas feridas na Europa.

Abordagem de Policiais em Pessoas Negras:

Um em cada dez negros residentes na União Europeia afirma já ter sido parado pela polícia
apenas por causa de sua cor, e 2% deles já foram vítimas de violência racista por parte de
um policial nos últimos cinco anos.
A violência policial contra negros está na origem de protestos que se espalharam por vários
países do mundo, depois que o americano George Floyd foi morto por um agente branco
nos EUA.
Os negros que moram na Áustria foram os que mais relataram violência por parte de
policiais (5% do total). Também na Áustria há a maior porcentagem de negros parados pela
polícia nos cinco anos anteriores à pesquisa (66%), e quase 4 em 10 (37%) consideram que
a ação teve como motivo a cor da pele.
A Itália, porém, tem a maior taxa motivação racista vista entre os que foram parados pelos
policiais: 60% dos casos, com a Áustria logo atrás (56%).
A percepção de racismo vem se intensificando no país: quando o período é limitado a 12
meses antes da pesquisa, são 70% os negros parados por agentes italianos que dizem que
a cor da pele motivou a ação.
Descriminação no Trabalho na Europa:

A Europa, e concretamente os membros da União Européia, elaboraram um dos mais


amplos e efetivos conjunto de normas sociais contra a discriminação no local de trabalho, e,
por isso, contam com grande experiência para tratar os casos práticos. No entanto, foi
demonstrada a existência de muitos casos de discriminação no mercado de trabalho,
sobretudo contra os imigrantes e minorias. Além disso, as tradicionais formas de
discriminação por gênero, raça, origem étnica, religião e idade persistem no local de
trabalho na Europa.
Profissionais não-brancos e imigrantes recebem menos retornos em processos seletivos
mesmo quando têm qualificação similar a de trabalhadores brancos e nativos, aponta um
estudo com dados de nove países europeus e norte-americanos.
Neste sentido, o surgimento de novas formas de discriminação pela orientação sexual,
deficiência, genética e estilo de vida apresenta aos países europeus o desafio de local de
trabalho. Os dados disponíveis sobre o período de 1995 a 2004 na União Européia
confirmam que a participação das mulheres na força de trabalho, estimada atualmente em
62%, e em trabalhos remunerados de 47,1% , continuou aumentou de forma considerável.

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