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I – Conhecendo a Gestão de Pessoas
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1.2 As origens do gestor de pessoas
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Figura 1 – Raízes do enfoque comportamental
Psicologia industrial
Marximismo
Enfoque
Estudo do fator humano Comportamental
Experimento de
Hawthorne
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3 - Manutenção de Recursos Humanos: Trata dos aspectos da ARH
que visam manter os colaboradores na empresa. A manutenção dos recursos
humanos exige uma série de cuidados especiais, entre os quais sobressaem
os planos de compensação monetária, de benefícios sociais e de higiene e
segurança do trabalho.
4 - Desenvolvimento de Recursos Humanos: Os processos de
desenvolvimento de pessoas envolvem as atividades de treinamento,
desenvolvimento de pessoas e desenvolvimento organizacional. Representam
os investimentos efetuados nas pessoas pela organização.
5 - Monitoração de Recursos humanos: Os processos de monitoração
de recursos humanos permitem que diversas partes da organização possam
assumir adequadamente sua responsabilidade de linha em relação ao pessoal.
O controle visa assegurar que as diferentes unidades (ou partes da
organização) estejam trabalhando de acordo com o previsto e ajuda a verificar
se as unidades (ou partes) estão em harmonia e no mesmo ritmo. O processo
Monitorar de ARH visa verificar se os processos estão sendo executados de
acordo com o que se planejou (CHIAVENATO, 2004)
Enfim a ARH envolve todos os processos de gestão de pessoas
que hoje conhecemos, ela parte do princípio de que as pessoas devem
ser administradas pela organização ou por um órgão central de ARH. Com
as influências da globalização, forte competitividade no mundo dos
negócios e ambiente em constante mudança, as organização melhor
sucedidas não administram recursos humanos e sim, administram com
pessoas. Isso corresponde tratá-las como agentes ativos e proativos
dotados de inteligência e criatividade, iniciativa e decisão, habilidades e
competências e não apenas de capacidades manuais, intelectuais, físicas
ou artesanais, ou seja, as pessoas não são vistas como recursos que a
organização consome e utiliza e que produzem custos, ao contrário, as
pessoas constituem um poderoso ativo que impulsiona a competitividade
organizacional (CHIAVENATO, 2004).
Neste novo contexto da ARH, Chiavenato (2004) acredita ser mais
adequado o termo Administração de Pessoas, onde é preciso considerar:
a) as pessoas são diferentes entre si e dotadas de personalidade própria;
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b) as pessoas são elementos vivos e impulsionadores da organização e
influenciam com seu talento e aprendizagem; c) as pessoas são parceiras
da organização e únicas capazes de conduzi-las a excelência.
Já para Fischer (2002) o termo mais adequado para definir o
processo de gerenciamento de pessoas nas empresas modernas é
Gestão de Pessoas. Para o autor:
...entende-se por modelo de gestão de pessoas a maneira
pela qual uma empresa se organiza para gerenciar e orientar o
comportamento humano no trabalho. Para isso, a empresa se
estrutura definindo princípios, estratégias, políticas e práticas
ou processos de gestão. Através desses mecanismos,
implementa diretrizes e orienta os estilos de atuação dos
gestores em sua relação com aqueles que nela trabalham.
(Fischer, 2002, p. 12).
Obstáculos:
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trabalho, riscos de acidentes, infração à Legislação Trabalhista, nível
salarial ou de benefícios inadequados, etc.).
f) Difícil mensuração de resultados da ARH em vista da complexidade de
suas atividades (CHIAVENATO, 2004)
Expectativas:
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(a) reduzir o quadro funcional, mantendo os empregados altamente
qualificados indispensáveis no Norte e importando insumos das áreas de baixo
custo; ou
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opção contrária aos movimentos de esquerda, crescendo sua hostilidade ao
sindicalismo combativo (CHIAVENATO, 2004)
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Concluímos, portanto, que o novo cenário que se estabeleceu ao longo
dos tempos, e a que todos estão submetidos, é um verdadeiro desafio aos
administradores que, através de suas atitudes e decisões, necessitam
colaborar com o nivelamento de interesses entre os atores do processo, e
ainda, envidar esforços para criar um clima amistoso e produtivo dentro das
organizações.
2 - Princípios e Valores
Fischer (2002) explica que a Gestão de Pessoas deve focar em
questões que apóiem os resultados da organização fazendo com que se torne
imprescindível em seus resultados. Para isso, a Gestão de Pessoas deve focar
as seguintes áreas de atuação:
1) Planejamento da alocação das pessoas no trabalho: uso de
técnicas que estabeleçam um elo entre a estratégia de negócios da
empresas e as pessoas.
2) Comunicação com os empregados: adotar como focos de atuação a
comunicação direta e a negociação permanente com os
empregados.
3) Sentimentos dos funcionários: a gestão deveria concentrar-se na
satisfação das pessoas e em tudo que possa interferir na cultura
organizacional da empresa.
4) Gestão dos empregados: ocorreria por meio dos mecanismos
tradicionais de recursos humanos, na seleção, no treinamento e na
compensação dos funcionários.
5) Gestão de custos e benefícios: contemplaria os esforços orientados
para a redução dos custos com mão-de-obra, tais como redução da
rotatividade, do absenteísmo e outros fatores que interferem na
efetividade organizacional.
6) Gestão de desenvolvimento: corresponde à preocupação com a
criação de competências necessárias para o futuro da empresa
(FISCHER, 2002, p.. 22-23).
Vê-se portanto, que a Gestão de Pessoas abarca um número grande
de atividades. E está sempre focada em princípios que permitam aos lados
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envolvidos ganhos mútuos. Sendo assim, algumas atividades foram
conceituadas pelos estudiosos, tais como:
“atração, manutenção, motivação, treinamento e desenvolvimento de
pessoas de um grupo de trabalho” (TOLEDO, 1978, p. 22)
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XEROX DO BRASIL: “A Xerox deve ser capaz de atrair e reter
profissionais qualificados para diversas funções do negócio. Para isso, o
mercado (outras empresas) é acompanhado continuamente, visando
alinhar nossa estrutura de salários e conjunto de benefícios às empresas
mais modernas do mercado”.
RHODIA: “Visão sistêmica, foco nos processos, organização que
aprende, valorização das pessoas e gerenciamento interfuncional”.
Outras empresas importantes no Brasil e no mundo também publicam
seus princípios relacionados à Gestão de Pessoas e de negócios, tais como:
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sustentável, integração, resultados, prontidão para mudanças,
empreendedorismo e inovação, ética e transparência, respeito à vida,
diversidade humana e cultural e pessoas” (PETROBRAS, 2011).
3 - Processos de mudança
Para Borges (2007) as grandes transformações que vêm ocorrendo no
mundo dos negócios impactam a economia mundial e o ambiente empresarial.
As mudanças são impulsionadas de fora para dentro da organização “pelo
avanço tecnológico, pelo processo de globalização e pela competição acirrada
no mercado de trabalho que impõem novas formas de liderar/motivar as
pessoas para produzirem mais e mais, trabalharem em times e atenderem
melhor um cliente cada vez mais exigente. Nunca se precisou tanto da
interação humana para se obter resultado” (p. 02). Borges (2007, p. 2) cita
ainda Rocha e Salles (2005), para os quais “as mudanças aceleradas que
estão ocorrendo no mundo tem exigido das organizações adaptação e
respostas rápidas aos novos desafios”.
Moura e Bitencourt (2006) comparam os processos de mudanças como
sendo racionalista e interpretativista, ou seja, que as organizações do passado
tinham como principal objetivo produzir com racionalidade, mas que, com as
mudanças do mercado, amparadas pela mudança do comportamento do
consumidor, obrigou as organizações a interpretarem mais as tendências, seja
no processo de produção, de vendas ou de entender o novo consumidor.
Assim construíram o quadro abaixo:
Quadro 1 – Proposta racionalista versus relativista
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Fonte: Moura e Bitencourt, 2006, p. 6
Dutra (2002, p. 23) confirma estes autores, ao citar que “as mudanças
por que passam as organizações não estão limitadas as suas estruturas
organizacionais, seus produtos ou seus mercados, mas afetam principalmente
seus padrões comportamentais ou culturais e seus padrões políticos ou
relações internas e externas de poder. Essas mudanças não são de natureza
episódica, mas processos contínuos na vida das empresas”.
Para Borges (2007) a Gestão de Pessoas passa ser a chave para o
sucesso organizacional, a transformação de pessoas de meras fornecedoras
de mão-de-obra para fornecedoras de conhecimento é a mais nova revolução
que está ocorrendo nas organizações. Isso decorre de uma nova cultura e de
uma nova estrutura organizacional na qual se privilegiam o capital intelectual
que somente as pessoas podem proporcionar. E afirma:
São as pessoas que criam, inovam, produzem, vendem, atendem
ao cliente, tomam decisões, lideram, motivam e gerenciam os
negócios nas organizações. O talento humano passou a ser tão
importante quanto o próprio negócio, pois é o elemento essencial
para sua preservação, consolidação e o sucesso organizacional.
As organizações estão buscando um relacionamento melhor entre
as pessoas, incentivando o trabalho em equipe, a harmonia no
grupo e enfatizando a importância dos líderes para o
desenvolvimento destes talentos. (BORGES, 2007, p. 3).
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e como um pedaço de massa plasmática que cobre as cidades e as
organizações quando se pensa regionalmente, cuja massa se move
continuamente. Ou seja, começa numa organização, passa para outras
próximas e logo se dirige para outras mais longínquas, podendo o novo
paradigma, ser até mais valorizado e mais desenvolvido numa região diferente
daquela em que surgiu.
As mudanças não têm começo e nem fim, simplesmente são o que
são, e a Gestão de Pessoas, ao mesmo tempo em que é estrela neste
complexo de relações humanas e comerciais, é também coadjuvante, e por
isso necessita estar em constante aperfeiçoamento.
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Referência Bibliográfica
Dinâmica:
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- Tema: “O desafio de confiar nos colegas de trabalho”. Dinâmica: “Cego em meio às
barreiras”. Material/Estrutura necessários: espaço, objetos para barreira – carteiras,
por exemplo – vendas para os olhos. Autor: Adolfo Plínio Pereira.
Exercício do dia:
- Em dupla, com base nos conhecimentos adquiridos, citem ou criem uma “situação
problema” em termos de Gestão de Pessoas que está ocorrendo, ou ocorreu, numa
organização que vocês conhecem.
- As possíveis soluções para os casos formulados serão discutidas pelo grupo.
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