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FUNDO PARTIDÁRIO E FUNDO ESPECIAL DE FINANCIAMENTO DE

CAMPANHA
ALUNAS: AMANDA PACHECO TEIXEIRA E BÁRBARA FERNANDES TELEZ
DISCIPLINA: DIREITO ELEITORAL
PERÍODO: 10º

O Congresso aprovou o Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias para


2022 (PLDO/22) que foi encaminhado para sanção do presidente da
República. Nele consta, dentre diversas determinações financeiras, o
seguinte item que gerou acalorado debate pela mídia: alocação de R$ 5,7
bilhões para um Fundo Eleitoral, visando custear as eleições gerais que
ocorrerão em 2022, nas quais 1.628 mandatos políticos estarão em
disputa
 
Sobre o tema, disserte sobre a natureza jurídica do fundo aprovado e
como ele será repartido entre os partidos políticos?

O Fundo Especial de Financiamento de Campanha, mais conhecido


como Fundo Eleitoral, é um fundo público criado em 2017 pelas Leis nº 13.487
e 13.488, aprovadas pelo Congresso Nacional, sendo uma das principais
fontes de receita para a realização das campanhas eleitorais.
Este fundo foi criado em virtude da proibição, pelo STF, de empresas
custearem campanhas políticas. Os recursos do fundo têm origem no Tesouro
Nacional, sendo transferidos ao Tribunal Superior Eleitoral, que distribui os
valores aos diretórios nacionais dos partidos políticos.
A LDO de 2020 previu um orçamento de R$2,03 bilhões, enquanto o
Projeto de Lei para o ano de 2022 trouxe a previsão de R$5,7 bilhões às
campanhas políticas, o que foi motivo de veto pelo presidente Jair Bolsonaro.
Entretanto, vários partidos políticos, liderados pelo Centrão,
desencadearam um movimento nos últimos dias a fim de derrubar o veto do
presidente ao aumento do Fundo. O grupo, inclusive, vem impedindo a
liberação de recursos adicionais para o governo ainda este ano, além de não
votar o orçamento do próximo ano antes da análise do veto. O valor aprovado
pelo presidente para o Fundo ficou em R$2.1 bilhões para 2022.
A legislação prevê que os recursos do FEFC devem seguir a seguinte
regra de distribuição pelo TSE aos diretórios nacionais dos partidos: 48% dos
recursos são destinados aos partidos de proporcionalmente ao número de
representantes na Câmara dos Deputados na última eleição geral; 35% vão
para os partidos proporcionalmente aos votos válidos obtidos pelas siglas que
tenham pelo menos um representante na Câmara; 15% vão para as legendas
na proporção do número de representantes no Senado e 2% são divididos de
forma igualitária entre todos os partidos registrados no TSE.
Segundo os cálculos, caso seja derrubado o veto do presidente e o
orçamento fique em R$5,7 bilhões para 2022, os partidos que mais se
beneficiarão serão: PT, com R$563,8 milhões; PSL, com R$558,6 milhões;
MDB, com R$415,3 milhões; PP, com R$394 milhões e PSD, com R$389
milhões aproximadamente.
A verba será destinada a 32 partidos, sendo que pelo menos a metade
deles receberá mais de R$100 milhões e 6 partidos, que receberão o mínimo,
embolsarão R$3,5 milhões de reais.

REFERÊNCIAS
COLAVITTI, Fernanda. Saiba como fica a divisão para cada partido em 2022
com o novo fundo eleitoral. CNN Brasil, São Paulo, 20 de jul. de 2021. Seção
Política. Disponível em: <https://www.cnnbrasil.com.br/politica/saiba-como-fica-
a-divisao-para-cada-partido-em-2022-com-o-novo-fundo-eleitoral/>. Acesso
em: 14 de dez. de 2021.
VASCONCELLOS, Jorge; SOARES, Ingrid. Saiba como funciona a divisão do
Fundo Eleitoral e quais partidos devem receber mais. Correio Braziliense, São
Paulo, 27 de jul. de 2021. Disponível em:
<https://www.correiobraziliense.com.br/politica/2021/07/4939954-saiba-como-
funciona-a-divisao-do-fundo-eleitoral-e-quais-partidos-devem-receber-
mais.html> >. Acesso em: 14 de dez. de 2021.

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