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REGIONAL DA LEOPOLDINA
em face de BANCO ITAU CARD S.A, pessoa jurídica de direito privado, com CPF/CNPJ
de nº 17.192.451/0001-70, com sede na Praça Alfredo Egydio de Souza Aranha, 100 - Torre
Olavo Setubal, 7º andar, Parque Jabara, CEP: 04344-902, SÃO PAULO/SP, pelas razões de
fato e de direito que passa a aduzir e no final requer:
DA JUSTIÇA GRATUITA
DOS FATOS
Insta salientar, que após o pagamento da primeira parcela não houve a retirada do
SERASA, mesmo após da quitação de todas as parcelas, a empresa ré não realizou a retirada
do nome da autora do cadastro de inadimplentes.
Desta forma a autora ainda recebeu e-mails de cobrança e informando que haveria
negativação do seu nome, porém imaginou que fosse algum erro, tendo em vista que as
parcelas estavam quitadas.
Urge esclarecer, que o valor do débito estava na monta de 1.519,25 (mil, quinhentos e
dezenove reais e vinte e cinco centavos), conforme extratos em anexo, verifica-se que houve o
pagamento de todas as parcelas.
Após 1 ano e 2 meses a autora solicitou crédito e seu nome estava negativado em
virtude DA NÃO RETIRADA DO NOME DA AUTORA DO SPC E SERASA.
Em período de crise financeira, onde muitos brasileiros não beiraram a miséria, pois
houve a concessão de crédito, conseguindo assim reduzir os efeitos da pandemia, a autora
ficou impossibilitada de gozar de tais recursos, pois seu nome encontrava-se negativado de
FORMA INDEVIDA.
O certo é que até o presente momento, a AUTORA permanece com seu nome
registrado no cadastro do SERASA conforme extrato em anexo, por conta de um débito JÁ
QUITADO,
O certo é que até o presente momento, a AUTORA permanece com seu nome
registrado no cadastro do SERASA conforme extrato em anexo, por conta de um débito JÁ
QUITADO.
Sua conduta, sem dúvida, causou danos à imagem, à honra e ao bom nome do Autor
que permanece nos cadastros do SERASA, de modo que se encontra com uma imagem de
“PÉSSIMO PAGADOR” perante a sociedade, de forma absolutamente indevida, eis que nada
deve.
Desta forma, não tendo providenciado a retirada do nome do AUTOR dos cadastros
dos serviços de proteção ao crédito, não pode a empresa requerida se eximir da
responsabilidade pela reparação do dano causado, pelo qual responde.
Dessa forma, claro é que a empresa requerida, ao cometer imprudente ato, afrontou
confessada e conscientemente o texto constitucional acima transcrito, devendo, por isso, ser
condenada à respectiva indenização pelo dano moral sofrido pela Autora.
Diante do narrado, fica claramente demonstrado o absurdo descaso e negligência por parte da
requerida, que permaneceu com o nome da AUTORA até o presente momento inserido no
cadastro do SERASA, fazendo-o passar por um constrangimento lastimável.
A única conclusão a que se pode chegar é a de que a reparabilidade do dano moral puro não
mais se questiona no direito brasileiro, porquanto uma série de dispositivos, constitucionais e
infraconstitucionais, garantem sua tutela legal.
Ato ilícito, causado pelo agente, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência;
Evidente, pois, que devem ser acolhidos os danos morais suportados, visto que, em razão de
tal fato, decorrente da culpa única e exclusiva da EMPRESA RÉ, este teve a sua moral
afligida e sofreu constrangimento de ordem moral, o que inegavelmente consiste em meio
vexatório.
“Art. 927. Aquele que, por ato ilícito, causar dano a outrem, fica
obrigado a repará-lo”.
Indubitavelmente, feriu fundo à honra do autor ver seu nome protestado por um título
JÁ QUITADO E PRESCRITO, espalhando por todo e qualquer lugar que fosse a falsa
informação de que é inadimplente.
Em que pese o grau de subjetivismo que envolve o tema da fixação da reparação, vez
que não existem critérios determinados e fixos para a quantificação do dano moral, a
reparação do dano há de ser fixada em montante que desestimule o ofensor a repetir o
cometimento do ilícito.
Bem se vê, à saciedade, ser indiscutível a prática de ato ilícito por parte do requerido,
configurador da responsabilidade de reparação dos danos morais suportados pelo autor.
DA TUTELA ANTECIPADA
A tutela pretendida nesta demanda deverá ser concedida de forma antecipada, posto
que a parte autora preencha os requisitos do artigo 273 do NCPC, pois dentre os documentos
juntados se encontram provas suficientes DA REALIZAÇÃO DO PAGAMENTO DA
DÍVIDA.
Por outro lado, também há fundado receio de dano irreparável, ou de difícil reparação
tendo em vista a negativação do nome da autora gerar na sociedade a “IMPRESSÃO DE
UMA MAL PAGADORA” na pessoa do AUTORA
Assim sendo, pelos motivos acima discutidos e demonstrados, desde já, requer seja
concedida a TUTELA ANTECIPADA, onde a empresa Ré, deverá imediatamente retirar do
quadro de devedores o nome do AUTOR, sob pena de agravar-se ainda mais a situação.
DOS PEDIDOS
a) Seja deferido o pedido de antecipação dos efeitos da tutela, para que a empresa ré retire o
nome da Autora do banco de dados do Serviço de Proteção ao Crédito, sob pena de multa
diária a ser arbitrada por este douto juízo;
b) Seja notificada a empresa reclamada para, querendo, contestar a presente, devendo
comparecer, sendo antecipada o julgamento, conforme orientação do próprio CNJ, tendo em
vista ao ato normativo da pandemia.
Termos em que,
Pede Deferimento.
OAB/RJ 234.528
OAB/RJ 176.154