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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO

INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS


DEPARTAMENTO DE GEOGRAFIA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GEOGRAFIA
MESTRADO EM GEOGRAFIA

JONATHAN ANDERSON DE PAULA CALDAS

ANÁLISE E MAPEAMENTO DAS ÁREAS VERDES DA


CIDADE DE CUIABÁ –MT, UTILIZANDO IMAGENS DE
ALTA RESOLUÇÃO ESPACIAL.

ORIENTADOR – PROF. DR. HDR. DEOCLECIANO BITTENCOURT ROSA

CUIABÁ, MT
ABRIL / 2014
JONATHAN ANDERSON DE PAULA CALDAS

ANÁLISE E MAPEAMENTO DAS ÁREAS VERDES DA


CIDADE DE CUIABÁ – MT, UTILIZANDO IMAGENS DE
ALTA RESOLUÇÃO ESPACIAL.

ORIENTADOR – PROF. DR. HDR. DEOCLECIANO BITTENCOURT ROSA

Dissertação de Mestrado em Geografia, para


obtenção do título de Mestre em Geografia, pela
Universidade Federal de Mato Grosso, Instituto
de Ciências Humanas e Sociais, Programa de
Pós- Graduação em Geografia.

Área de Concentração: Meio Ambiente e


Desenvolvimento Regional.

CUIABÁ, MT
ABRIL / 2014
Dados Internacionais de Catalogação na Fonte.

C145a Caldas, Jonathan Anderson de Paula.


ANÁLISE E MAPEAMENTO DAS ÁREAS VERDES DA
CIDADE DE CUIABÁ –MT, UTILIZANDO IMAGENS DE
ALTA RESOLUÇÃO ESPACIAL. / Jonathan Anderson de Paula
Caldas. -- 2014
261 f. : il. color. ; 30 cm.

Orientador: DEOCLECIANO BITTENCOURT ROSA.


Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Mato Grosso,
Instituto de Ciências Humanas e Sociais, Programa de Pós-
Graduação em Geografia, Cuiabá, 2014.
Inclui bibliografia.

1. Áreas Verdes. 2. Geoprocessamento. 3. Cuiabá. 4. GIS. 5.


Green Areas. I. Título.

Ficha catalográfica elaborada automaticamente de acordo com os dados fornecidos pelo(a) autor(a).

Permitida a reprodução parcial ou total, desde que citada a fonte.


ÍNDICE

Dedicatória
Agradecimentos
Epígrafe
Resumo
Abstract
I – Relação de Figuras
II - Relação de Tabelas
III - Relação de Quadros
Lista De Abreviaturas E Siglas
1. INTRODUÇÃO 1
2. PRESSUPOSTOS BIBLIOGRÁFICOS 6
2.1.1 Localização do perímetro urbano de Cuiabá -MT 6
2.1 GEOGRAFIA, ÁREAS VERDES E AMBIENTE, CONCEITOS. 8
2.1.1 Geografia, Espaço Geográfico e sua relação com o ambiente. 8
2.1.2 Revisão de conceitos sobre Áreas Verdes Urbanas. 12
2.2 CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO. 16
2.2.1 Quadro Geográfico da cidade de Cuiabá – MT 16
2.2.1.1 Quadro Geológico 16
2.2.1.2 Quadro Geomorfológico 17
2.2.1.3 Quadro de Solos 18
2.2.1.4 Quadro Climático 19
2.2.1.5 Quadro Hidrográfico 20
2.2.1.6 Quadro da Cobertura Vegetal 22
2.3 PLANO DIRETOR, PARQUES E PERÍMETRO URBANO DE CUIABÁ. 23
2.3.1 Plano Diretor de Desenvolvimento Estratégico de Cuiabá - MT 23
2.3.2 Parques Verdes Estaduais e Municipais situados em Cuiabá - MT. 26
2.3.3 Da Expansão Urbana ao Perímetro Urbano de Cuiabá - MT. 40
2.4 GEOPROCESSAMENTO, ANÁLISES GEOGRÁFICAS E CARACTERÍSTICAS
GERAIS. 43
2.4.1 Introdução ao geoprocessamento 43
2.4.2 Imagens World View II e suas aplicações no estudo de Áreas Urbanas 45
2.4.3 Bandas das imagens WV2 – Banda Vermelho e Infravermelho para o uso do NDVI.
(Normalized Difference Vegetation Index). 47
2.4.4 Segmentação não supervisionada e sua validação terrestre de acurácia. 48
2.4.5 Avaliação de precisão da segmentação pelo índice de KAPPA 49
3. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS 51
3.1 ABORDAGEM METODOLÓGICA 51
3.2 VISÃO GERAL DOS PROCEDIMENTOS TÉCNICO-OPERACIONAIS 51
3.3 CLASSIFICAÇÃO DAS ÁREAS VERDES 52
3.4 AQUISIÇÃO E PROCESSAMENTO DOS DADOS ESPACIAIS 57
3.4.1 Aquisição e organização de dados vetoriais 57
3.5 PROCEDIMENTOS TÉCNICO-OPERACIONAIS DE PDI 59
3.5.1 Fluxograma metodológico de PDI. 59
3.5.2 Aquisição e Pré-Processamento de dados matriciais 60
3.5.3 Análise de imagens baseada em objetos (OBIA). 62
3.5.4 PDI e definição de classes no InterIMAGEe descrição das Classes. 62
3.5.4.1 Clipping das Imagens com o uso do ENVI. 62
3.5.5 Segmentação do NDVI no Software InterIMAGE 66
3.5.5.1 REDE SEMÂNTICA. 66
3.5.5.2 PROCESSAMENTO NO SOFTWARE LIVRE InterIMAGE. 66
3.6 ORGANIZAÇÃO PÓS PROCESSAMENTOS DOS DADOS ESPACIAIS 69
3.6.1 Processamento de vetores provenientes de dados matriciais. 69
3.6.2 Validação de acurácia da classificação e avaliação com o índice de Kappa. 70
3.6.3 Processamento de vetores dos dados geográficos. 71
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES 76
4.1 Análise Espacial das Áreas Verdes da Capital e Cruzamento de Dados Populacionais
x Percentagem da Cobertura Vegetal Arbórea. 76
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS E PERSPECTIVAS 222
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 224
DEDICATÓRIA

A todos aqueles que sonham com um mundo ‘mais verde’,


e que, de alguma maneira, realizam este sonho.

A todos os tons e formas da nossa vegetação, fonte maior


de inspiração dos meus próprios sonhos.
AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus por me conceder saúde e sabedoria para fazer esta memória
de dissertação de mestrado.
Agradeço aos meus pais, minha mãe Rita Rodrigues de Paula fonte da minha inspiração e
exemplo de mãe e superação. E também ao meu querido pai Carlos Luiz Dorilêo Caldas, meu
orgulho. E a toda a família pela confiança, força e dedicação que sempre esteve presente;
Agradeço também a minha esposa Ana Paula Silva Assunção Caldas pela paciência, pela
ajuda e doçura nos momentos mais difíceis deste mestrado. Eu te amo.
Agradeço ao mestre Dr. HDR. Deocleciano Bittencourt Rosa que de pronto aceitou o desafio
em orientar este trabalho. Meu muito obrigado. Além de conhecer de perto uma grande pessoa,
ganhei um grande amigo. Obrigado pela confiança.
À banca examinadora: Dra. Cleusa Aparecida Gonçalves Pereira Zamparoni e Dr. Paulo
Pereira Martins Junior, por gentilmente terem aceitado comporem a banca, e assim me ajudado
a concluir este trabalho com suas críticas, sugestões e elogios.
Ao meu irmão Brunno César de Paula Caldas pelo apoio e força e também aos amigos
mestres que me ajudaram de alguma forma neste trabalho diretamente, Lidiane Costa, Helton
Campos, Valdenir Santana, Luciana Moraes, Larissa Galdino, Diego Quadros e Gilmar Acácio.
Aos meus amigos da empresa Tecnomapas que me deram suporte necessário para todo este
trabalho.
Aos meus amigos que de alguma forma depositaram confiança e oração para que este
trabalho fosse feito.
Aos amigos que fiz no mestrado obrigado pela companhia e obrigado pela amizade que
pretendo cultivá-la, um abraço para João Lira, André Portela e Valdiney Viera.
A CAPES pela concessão da bolsa, imprescindível para que transcorressem as pesquisas em
sua perfeita ordem. E ao Departamento de Geografia, bem como a UFMT, por ter me dado a
base teórica na graduação. E a POSGEO pela oportunidade recebida.
A todos que acreditaram neste trabalho o meu mais sincero muito obrigado.
EPÍGRAFE

"Olhar os mapas pode ser esclarecedor.


Olhar para eles de ângulos novos pode ser ainda mais esclarecedor.
Mas, se você quer libertar a sua mente de todas as ideias preconceituosas e preconcebidas,
que os planisférios tendem a produzir, provavelmente só terá um remédio:
Arranje um globo e mantenha-o sempre rodando.”
Autor: Basil Blackwell.
RESUMO
As áreas verdes exercem inúmeras funções no meio natural, sobretudo, no ambiente urbano,
pois, no contexto das cidades, são importantes para o bem-estar da população, contribuindo
para melhorar a qualidade de vida nos seguintes aspectos: recreação, paisagismo e preservação
ambiental, além de atenuar o calor do sol, absorver ruídos e aumentar a umidade do ar pela
evapotranspiração das plantas. Neste contexto este trabalho visa criar dados espaciais e
quantitativos que especifiquem índices concretos da real situação da área verde existente no
perímetro urbano da cidade de Cuiabá-MT, no ano de 2010. O mesmo será desenvolvido através
de análises, representação e distribuição geográfica com aplicação de técnicas de
geoprocessamento, usando o Sistema de Informações Geográficas (SIG), para facilitar a
localização e mapeamentos, além de imagens de satélites de alta resolução (World View II, com
0,50 cm de resolução espacial) utilizando-se de interpretação visual de todo o perímetro urbano.
A gravidade que o ambiente natural passa no momento atual nos traz a urgência de refletirmos
sobre as consequências do desrespeito ao ambiente urbano. Assim sendo, qualquer atitude que
minimize tais efeitos será muito significativa. As informações disponíveis, tanto no poder
público, como em pesquisas acadêmicas, fundamentais para a proposição de políticas que visam
reverter à situação detectada na cidade, encontravam-se dispersas e não sistematizadas. Este
quadro enfatiza a necessidade da criação de um modelo que viabilizasse estabelecer um índice
de áreas verdes para a cidade, que melhor atendesse aos quesitos aqui encontrados. Isto é, não
eliminasse a princípio todos os parques e jardins existentes, mas que evidenciasse a necessidade
de melhoria das condições atuais dos parques, praças e jardins existentes e que estabelecesse
novos parâmetros nas formações de novas áreas verdes. Estes princípios são evidenciados nos
objetivos iniciais de proposta de criação destes espaços livres, que podem ou não se inserirem
como áreas verdes.
Palavras-chave: Áreas Verdes, Geoprocessamento, Cuiabá.
ABSTRACT
Green areas exert numerous functions in the natural environment, especially in the urban
environment, as in the context of cities, are important for the welfare of the population,
contributing to improve the quality of life in the following areas: recreation, landscaping and
environmental preservation in addition to mitigating the sun's heat, absorb sound and increase
humidity by evapotranspiration from plants. Therefore, this work aims to create spatial and
quantitative data specifying concrete indices of the real situation existing green area within the
city limits of the city of Cuiaba-MT, in 2010. The same will be developed through analysis,
representation and geographical distribution with application of GIS techniques, using the
Geographic Information System (GIS) to facilitate localization and mapping, as well as images
of high-resolution satellites (World View II with 0.50 cm spatial resolution) using visual
interpretation of the entire urban area. The severity of the natural environment becomes the
present moment brings the urge to reflect on the consequences of disrespect towards the urban
environment. Therefore, any action that minimizes such effects will be very significant. The
information available in both the public power, as in academic, research essential to propose
policies to reverse the situation detected in the city, were scattered and unsystematic. This
framework emphasizes the need to create a model that enables creation establish an index of
green areas for the city, which best served to the questions found here. This is the principle not
eliminate all existing parks and gardens , but that identified the need to improve the current
conditions of the parks , squares and gardens existing and establish new standards in the training
of new green areas . These principles are evident in the initial objectives proposed creation of
these free spaces, which may or may not insert as green areas.

Keywords: Green Areas, GIS, Cuiabá.


I – Relação de Figuras
Figura 1 - Esboço de mapa de localização da sede do perímetro urbano da cidade de Cuiabá-
MT. ----------------------------------------------------------------------------------------------------------- 7

Figura 2 - Esquema da perspectiva sistêmica do ambiente urbano. ---------------------------- 10

Figura 3 - Esquema de variáveis das classes de análises das categorias "sociedade e natureza"
na paisagem urbana. ------------------------------------------------------------------------------------- 11

Figura 4 - Praça principal do Parque Mãe Bonifácia, em Cuiabá. ----------------------------- 12

Figura 5 - Organograma sintético de definição do conceito de áreas verdes empregado no


trabalho. --------------------------------------------------------------------------------------------------- 14

Figura 6 - Croqui geológico da sede do perímetro urbano da cidade de Cuiabá-MT. ------- 17

Figura 7 - Croqui geomorfológico da sede do perímetro urbano da cidade de Cuiabá-MT. 18

Figura 8 - Croqui pedológico da sede do perímetro urbano da cidade de Cuiabá-MT. ------ 19

Figura 9 - Croqui da Bacia Hidrográfica da sede do perímetro urbano da cidade de Cuiabá-


MT. -------------------------------------------------------------------------------------------------------- 21

Figura 10 - Croqui de vegetação da sede do perímetro urbano da cidade de Cuiabá-MT. -- 22

Figura 11 - Escarpas do Parque de Chapada dos Guimarães. ------------------------------------ 27

Figura 12 - Parque Mãe Bonifácia, em Cuiabá. --------------------------------------------------- 27

Figura 13 - Croqui do Parque da Chapada dos Guimarães. -------------------------------------- 28

Figura 14 - Entrada do Parque Massairo Okamura, em Cuiabá. -------------------------------- 29

Figura 15 - Foto do Parque Antônio Pires de Campos, em Cuiabá. . --------------------------- 30

Figura 16 - Foto do Horto Florestal. Tote Garcia, em Cuiabá. ---------------------------------- 31

Figura 17 - Lago Quarta feira do futuro Parques das Águas, em Cuiabá. --------------------- 32

Figura 18 - Imagem aérea do Parque Dante de Oliveira, em Cuiabá. Imagem: World View II,
2010. ------------------------------------------------------------------------------------------------------ 33

Figura 19 - Parque da Saúde ou Parque Zé Bolo Flô, em Cuiabá. ------------------------------ 34

Figura 20 - Entrada do Parque da Tia Nair, em Cuiabá. ----------------------------------------- 34

Figura 21 - Zoológico da UFMT em dia de chuva, em Cuiabá. -------------------------------- 35


Figura 22 - Entrada do Parque Municipal Lagoa Encantada, em Cuiabá. --------------------- 36

Figura 23 - Fundos do Parque Urbano Vila Militar (em construção) em Cuiabá. ------------ 36

Figura 24 - Foto da Lagoa Trevisan em Cuiabá. -------------------------------------------------- 37

Figura 25 - Parque Memorial João Paulo II, ------------------------------------------------------- 38

Figura 26 - Parque Nossa Senhora Aparecida, ---------------------------------------------------- 38

Figura 27 - Croqui de localização dos Parques Urbanos no perímetro urbano de Cuiabá - MT,
. ------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 39

Figura 28 - Croqui da evolução do perímetro urbano de Cuiabá. ------------------------------- 42

Figura 29 - Esquema de fluxo do geoprocessamento. --------------------------------------------- 43

Figura 30 - Imagem World View II com o Zoom. ------------------------------------------------- 46

Figura 31 - Imagem World View II de Cuiabá - MT.---------------------------------------------- 46

Figura 32 - Gráfico de resposta espectral dos canais do WorldView-2. ------------------------ 47

Figura 33 - Fluxo Geral Metodológico. ------------------------------------------------------------- 52

Figura 34 - Organograma Completo de definição do conceito de áreas verdes empregado no


trabalho. --------------------------------------------------------------------------------------------------- 54

Figura 35 - Fluxo hierárquico da estrutura dos dados e seu esquema de agregação para
equiparação dos dados para a análise. ----------------------------------------------------------------- 58

Figura 36 - Croqui de agregação dos bairros para análise. --------------------------------------- 58

Figura 37 - Fluxo sintético metodológico de PDI. ------------------------------------------------ 60

Figura 38 - Ilustração da organização das imagens WVII. -------------------------------------- 61

Figura 39 - Croqui com espacialização da data do imageamento das imagens WVII em Cuiabá.
-------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 61

Figura 40 - Croqui com o limite dos recortes das imagens WVII para processamento. ----- 63

Figura 41 - Processo de abertura de imagem no software ENVI 4.8. --------------------------- 64

Figura 42 - Processo de inserção do vetor de recorte da imagem no software ENVI 4.8. --- 64

Figura 43 - Processo de recorte da imagem no software ENVI 4.8. ---------------------------- 65

Figura 44 - Processo de salvamento da imagem recortada no software ENVI 4.8. ----------- 65


Figura 45 - Processo de configura ção inicial do novo projeto no software InterIMAGE. -- 67

Figura 46 - Tela com a imagem carregada no software InterIMAGE. -------------------------- 67

Figura 47 - Processo de elaboração dos NÓS para configura r a rede semântica no software
InterIMAGE. ---------------------------------------------------------------------------------------------- 68

Figura 48 - Processo de configura ção do NDVI e das bandas a serem classificadas no software
InterIMAGE. --------------------------------------------------------------------------------------------- 68

Figura 49 - Processo de START na segmentação da cobertura vegetal no software


InterIMAGE. ---------------------------------------------------------------------------------------------- 69

Figura 50 - Figura ilustrativa da segmentação no InterIMAGE. -------------------------------- 69

Figura 51 - Demonstração da estrutura dos dados numa planilha com seus respectivos valores.
-------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 71

Figura 52 - Esquema de cores para o mapeamento de rendimentos dos bairros de Cuiabá. - 73

Figura 53 - Síntese de Esquema metodológico para adequação dos dados vetoriais para
elaboração da pesquisa. --------------------------------------------------------------------------------- 73

Figura 54 - Fluxograma metodológico Final. ------------------------------------------------------ 74

Figura 55 - Gráfico de percentagem da Cobertura Vegetal por grupos de Áreas Verdes. --- 78

Figura 56 - Gráfico de porcentagem da Cobertura Vegetal de Áreas Verdes do grupo D. -- 79

Figura 57 - Praças do Grupo D. Praças “S/N” do Bairro Verdão e do bairro Morada da Serra
respectivamente. ----------------------------------------------------------------------------------------- 79

Figura 58 - Gráfico de porcentagem da Cobertura Vegetal de Áreas Verdes do grupo C. -- 80

Figura 59 - Praças do Grupo C: Praça Naci Bucair, Praça dos Amigos e Praça Manuel
Murtinho, respectivamente. ---------------------------------------------------------------------------- 80

Figura 60 - Gráfico de porcentagem da Cobertura Vegetal de Áreas Verdes do grupo B. -- 81

Figura 61 - Praças do Grupo B: Praça 8 de Abril, Museu do rio, Praça Clóvis Cardoso e Praça
Falcãozinho, respectivamente. ------------------------------------------------------------------------ 81

Figura 62 - Praças do Grupo B: Praça Benjamim Constant, Praça Rachid Jaudy, Praça Popular
e Praça S/N (da Av. das Flores), respectivamente. ------------------------------------------------- 82

Figura 63 - Gráfico de porcentagem da Cobertura Vegetal de Áreas Verdes do grupo A. -- 82


Figura 64 - Parques Urbanos do Grupo A: Parque Municipal Lagoa Encantada, Parque
Massairo Okamura, Parque Paiaguás - Parque Das Águas, Parque Da Saúde - Zé Bôlo Flô,
Parque Mãe Bonifácia, Parque Memorial João Paulo II, Parque Federal da UFMT e Zoológico
Estadual e Parque Tote Garcia - Horto Florestal; respectivamente. ----------------------------- 83

Figura 65 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB da UFMT. ----------------------------------- 91

Figura 66 - Croqui da Cobertura Vegetal da UFMT. ---------------------------------------------- 91

Figura 67 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do bairro Coxipó.--------------------------- 92

Figura 68 - Croqui da Cobertura Vegetal do bairro Coxipó. ------------------------------------ 92

Figura 69 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do bairro Centro Político Administrativo.


-------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 93

Figura 70 - Croqui da Cobertura Vegetal do Bairro Centro Político Administrativo. -------- 93

Figura 71 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do bairro Duque de Caxias. --------------- 94

Figura 72 - Croqui da Cobertura Vegetal do Bairro Duque de Caxias. ------------------------- 94

Figura 73 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do bairro Bandeirantes. -------------------- 95

Figura 74 - Croqui da Cobertura Vegetal do Bairro Bandeirantes.------------------------------ 95

Figura 75 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do bairro Jardim Gramado. --------------- 96

Figura 76 - Croqui da Cobertura Vegetal do Bairro Jardim Gramado. ------------------------- 96

Figura 77 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do bairro Barra do Pari. ------------------- 97

Figura 78 - Croqui da Cobertura Vegetal do Bairro Barra do Pari. ----------------------------- 97

Figura 79 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do bairro Jardim Itália. -------------------- 98

Figura 80 - Croqui da Cobertura Vegetal do Bairro Jardim Itália. ------------------------------ 98

Figura 81 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do bairro Morada do Ouro. --------------- 99

Figura 82 - Croqui da Cobertura Vegetal do Bairro Morada do Ouro. ------------------------- 99

Figura 83 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do bairro Coophema. --------------------- 101

Figura 84 - Croqui da Cobertura Vegetal do Bairro Coophema. ------------------------------- 101

Figura 85 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do bairro Jardim das Américas. --------- 102

Figura 86 - Croqui da Cobertura Vegetal do Bairro Jardim das Américas. ------------------- 102
Figura 87 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do bairro Jardim Shangri-lá. ------------ 103

Figura 88 - Croqui da Cobertura Vegetal do Bairro Jardim Shangri-lá. ----------------------- 103

Figura 89 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do bairro Jardim Cuiabá. ----------------- 104

Figura 90 - Croqui da Cobertura Vegetal do Bairro Jardim Cuiabá. --------------------------- 104

Figura 91 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do Bairro Altos Do Coxipó. ------------- 106

Figura 92 - Croqui da Cobertura Vegetal do Bairro Altos Do Coxipó. ------------------------ 106

Figura 93 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do Bairro Alvorada. ----------------------- 107

Figura 94 - Croqui da Cobertura Vegetal do Bairro Alvorada. --------------------------------- 107

Figura 95 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do Bairro Araés. --------------------------- 108

Figura 96 - Croqui da Cobertura Vegetal do Bairro Araés. ------------------------------------- 108

Figura 97 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB da Área de Expansão Urbana – Região Leste.
------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 109

Figura 98 - Croqui da Cobertura Vegetal da Área de Expansão Urbana – Região Leste. -- 109

Figura 99 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB da Área de Expansão Urbana – Região Norte.
------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 110

Figura 100 - Croqui da Cobertura Vegetal da Área de Expansão Urbana – Região Norte. 110

Figura 101 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB da Área de Expansão Urbana – Região
Oeste. ----------------------------------------------------------------------------------------------------- 111

Figura 102 - Croqui da Cobertura Vegetal da Área de Expansão Urbana – Região Oeste. 111

Figura 103 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB da Área de Expansão Urbana – Região Sul.
------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 112

Figura 104 - Croqui da Cobertura Vegetal da Área de Expansão Urbana – Região Sul. --- 112

Figura 105 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do Bairro Primeiro de Março.---------- 113

Figura 106 - Croqui da Cobertura Vegetal do Bairro Primeiro de Março. -------------------- 113

Figura 107 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do Bairro Bela Marina. ----------------- 114

Figura 108 - Croqui da Cobertura Vegetal do Bairro Bela Marina. ---------------------------- 114

Figura 109 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do Bairro Bela Vista. -------------------- 115
Figura 110 - Croqui da Cobertura Vegetal do Bairro Bela Vista. ------------------------------ 115

Figura 111 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do Bairro Boa Esperança. -------------- 116

Figura 112 - Croqui da Cobertura Vegetal do Bairro Boa Esperança. ------------------------- 116

Figura 113 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do Bairro Bosque da Saúde. ------------ 117

Figura 114 - Croqui da Cobertura Vegetal do Bairro Bosque da Saúde. ---------------------- 117

Figura 115 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do Bairro Cachoeira das Garças. ------ 118

Figura 116 - Croqui da Cobertura Vegetal do Bairro Cachoeira das Garças.----------------- 118

Figura 117 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do Bairro Campo Velho.---------------- 119

Figura 118 - Croqui da Cobertura Vegetal do Bairro Campo Velho. -------------------------- 119

Figura 119 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do Bairro Campo Verde.---------------- 120

Figura 120 - Croqui da Cobertura Vegetal do Bairro Campo Verde. -------------------------- 120

Figura 121 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do Bairro Canjica. ----------------------- 121

Figura 122 - Croqui da Cobertura Vegetal do Bairro Canjica. ---------------------------------- 121

Figura 123 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do Bairro Carumbé. --------------------- 122

Figura 124 - Croqui da Cobertura Vegetal do Bairro Carumbé. -------------------------------- 122

Figura 125 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do Bairro Centro Norte.----------------- 123

Figura 126 - Croqui da Cobertura Vegetal do Bairro Centro Norte. --------------------------- 123

Figura 127 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do Bairro Centro Sul. ------------------- 124

Figura 128 - Croqui da Cobertura Vegetal do Bairro Centro Sul. ------------------------------ 124

Figura 129 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do Bairro Cidade Alta. ------------------ 125

Figura 130 - Croqui da Cobertura Vegetal do Bairro Cidade Alta. ---------------------------- 125

Figura 131 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do Bairro Cohab São Gonçalo. -------- 126

Figura 132 - Croqui da Cobertura Vegetal do Bairro Cohab São Gonçalo.------------------- 126

Figura 133 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do Bairro Coophamil. ------------------- 127

Figura 134 - Croqui da Cobertura Vegetal do Bairro Coophamil. ----------------------------- 127

Figura 135 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do Bairro da Lixeira. -------------------- 128
Figura 136 - Croqui da Cobertura Vegetal do Bairro da Lixeira. ------------------------------ 128

Figura 137 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do Bairro Despraiado. ------------------- 129

Figura 138 - Croqui da Cobertura Vegetal do Bairro Despraiado. ----------------------------- 129

Figura 139 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do Bairro Distrito Industrial. ----------- 130

Figura 140 - Croqui da Cobertura Vegetal do Bairro Distrito Industrial. --------------------- 130

Figura 141 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do Bairro do Areão. --------------------- 131

Figura 142 - Croqui da Cobertura Vegetal do Bairro do Areão. -------------------------------- 131

Figura 143 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do Bairro do Baú. ------------------------ 132

Figura 144 - Croqui da Cobertura Vegetal do Bairro do Baú. ---------------------------------- 132

Figura 145 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do Bairro do Porto. ---------------------- 133

Figura 146 - Croqui da Cobertura Vegetal do Bairro do Porto. -------------------------------- 133

Figura 147 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do Bairro do Quilombo. ---------------- 134

Figura 148 - Croqui da Cobertura Vegetal do Bairro do Quilombo. --------------------------- 134

Figura 149 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do Bairro do Terceiro. ------------------ 135

Figura 150 - Croqui da Cobertura Vegetal do Bairro do Terceiro. ----------------------------- 135

Figura 151 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do Bairro Dom Aquino.----------------- 136

Figura 152 - Croqui da Cobertura Vegetal do Bairro Dom Aquino. --------------------------- 136

Figura 153 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do Bairro Dom Bosco. ------------------ 137

Figura 154 - Croqui da Cobertura Vegetal do Bairro Dom Bosco. ---------------------------- 137

Figura 155 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do Bairro Goiabeiras. ------------------- 138

Figura 156 - Croqui da Cobertura Vegetal do Bairro Goiabeiras. ------------------------------ 138

Figura 157 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do Bairro Grande Terceiro. ------------ 139

Figura 158 - Croqui da Cobertura Vegetal do Bairro Grande Terceiro. ----------------------- 139

Figura 159 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do Bairro Jardim Aclimação. ---------- 140

Figura 160 - Croqui da Cobertura Vegetal do Bairro Jardim Aclimação. --------------------- 140

Figura 161 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do Bairro Jardim Califórnia. ----------- 141
Figura 162 - Croqui da Cobertura Vegetal do Bairro Jardim Califórnia.---------------------- 141

Figura 163 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do Bairro Jardim Comodoro. ---------- 142

Figura 164 - Croqui da Cobertura Vegetal do Bairro Jardim Comodoro. --------------------- 142

Figura 165 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do Bairro Jardim das Palmeiras. ------- 143

Figura 166 - Croqui da Cobertura Vegetal do Bairro Jardim das Palmeiras. ----------------- 143

Figura 167 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do Bairro Jardim dos Ipês. ------------- 144

Figura 168 - Croqui da Cobertura Vegetal do Bairro Jardim dos Ipês. ------------------------ 144

Figura 169 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do Bairro Jardim Eldorado. ------------ 145

Figura 170 - Croqui da Cobertura Vegetal do Bairro Jardim Eldorado. ----------------------- 145

Figura 171 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do Bairro Jardim Europa. --------------- 146

Figura 172 - Croqui da Cobertura Vegetal do Bairro Jardim Europa. ------------------------- 146

Figura 173 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do Bairro Jardim Florianópolis. ------- 147

Figura 174 - Croqui da Cobertura Vegetal do Bairro Jardim Florianópolis. ------------------ 147

Figura 175 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do Bairro Jardim Fortaleza. ------------ 148

Figura 176 - Croqui da Cobertura Vegetal do Bairro Jardim Fortaleza.----------------------- 148

Figura 177 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do Bairro Jardim Imperial. ------------- 149

Figura 178 - Croqui da Cobertura Vegetal do Bairro Jardim Imperial.------------------------ 149

Figura 179 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do Bairro Jardim Industriário. --------- 150

Figura 180 - Croqui da Cobertura Vegetal do Bairro Jardim Industriário. -------------------- 150

Figura 181 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do Bairro Jardim Leblon. --------------- 151

Figura 182 - Croqui da Cobertura Vegetal do Bairro Jardim Leblon. ------------------------- 151

Figura 183 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do Bairro Jardim Mariana. ------------- 152

Figura 184 - Croqui da Cobertura Vegetal do Bairro Jardim Mariana. ------------------------ 152

Figura 185 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do Bairro Jardim Mossoró. ------------- 153

Figura 186 - Croqui da Cobertura Vegetal do Bairro Jardim Mossoró. ----------------------- 153

Figura 187 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do Bairro Jardim Passaredo. ----------- 154
Figura 188 - Croqui da Cobertura Vegetal do Bairro Jardim Passaredo. ---------------------- 154

Figura 189 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do Bairro Jardim Paulista. -------------- 155

Figura 190 - Croqui da Cobertura Vegetal do Bairro Jardim Paulista. ------------------------ 155

Figura 191 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do Bairro Jardim Petrópolis. ----------- 156

Figura 192 - Croqui da Cobertura Vegetal do Bairro Jardim Petrópolis.---------------------- 156

Figura 193 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do Bairro Jardim Presidente. ----------- 157

Figura 194 - Croqui da Cobertura Vegetal do Bairro Jardim Presidente. --------------------- 157

Figura 195 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do Bairro Jardim Santa Isabel. --------- 158

Figura 196 - Croqui da Cobertura Vegetal do Bairro Jardim Santa Isabel. ------------------- 158

Figura 197 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do Bairro Jardim Santa Marta. --------- 159

Figura 198 - Croqui da Cobertura Vegetal do Bairro Jardim Santa Marta. ------------------- 159

Figura 199 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do Bairro Jardim Tropical. ------------- 160

Figura 200 - Croqui da Cobertura Vegetal do Bairro Jardim Tropical.------------------------ 160

Figura 201 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do Bairro Jardim Ubirajara. ------------ 161

Figura 202 - Croqui da Cobertura Vegetal do Bairro Jardim Ubirajara. ---------------------- 161

Figura 203 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do Bairro Jardim Universitário. ------- 162

Figura 204 - Croqui da Cobertura Vegetal do Bairro Jardim Universitário. ------------------ 162

Figura 205 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do Bairro Jardim Vitória. --------------- 163

Figura 206 - Croqui da Cobertura Vegetal do Jardim Vitória. ---------------------------------- 163

Figura 207 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do Bairro Jordão. ------------------------ 164

Figura 208 - Croqui da Cobertura Vegetal do Bairro Jordão. ----------------------------------- 164

Figura 209 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do Bairro Lagoa Azul. ------------------ 165

Figura 210 - Croqui da Cobertura Vegetal do Bairro Lagoa Azul. ----------------------------- 165

Figura 211 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do Bairro Morada da Serra. ------------ 166

Figura 212 - Croqui da Cobertura Vegetal do Bairro Morada da Serra. ----------------------- 166

Figura 213 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do Bairro Morada dos Nobres.--------- 167
Figura 214 - Croqui da Cobertura Vegetal do Bairro Morada dos Nobres. ------------------- 167

Figura 215 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do Bairro Nossa Senhora Aparecida. - 168

Figura 216 - Croqui da Cobertura Vegetal do Bairro Nossa Senhora Aparecida.------------ 168

Figura 217 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do Bairro Nova Conquista. ------------- 169

Figura 218 - Croqui da Cobertura Vegetal do Bairro Nova Conquista. ----------------------- 169

Figura 219 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do Bairro Nova Esperança. ------------- 170

Figura 220 - Croqui da Cobertura Vegetal do Bairro Nova Esperança. ----------------------- 170

Figura 221 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do Bairro Novo Colorado. -------------- 171

Figura 222 - Croqui da Cobertura Vegetal do Bairro Novo Colorado. ------------------------ 171

Figura 223 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do Bairro Novo Horizonte. ------------- 172

Figura 224 - Croqui da Cobertura Vegetal do Bairro Novo Horizonte. ----------------------- 172

Figura 225 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do Bairro Novo Mato Grosso. --------- 173

Figura 226 - Croqui da Cobertura Vegetal do Bairro Novo Mato Grosso. -------------------- 173

Figura 227 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do Bairro Novo Paraíso. ---------------- 174

Figura 228 - Croqui da Cobertura Vegetal do Bairro Novo Paraíso. -------------------------- 174

Figura 229 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do Bairro Novo Terceiro. --------------- 175

Figura 230 - Croqui da Cobertura Vegetal do Bairro Novo Terceiro. ------------------------- 175

Figura 231 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do Bairro Osmar Cabral.---------------- 176

Figura 232 - Croqui da Cobertura Vegetal do Bairro Osmar Cabral. -------------------------- 176

Figura 233 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do Bairro Paiaguás. ---------------------- 177

Figura 234 - Croqui da Cobertura Vegetal do Bairro Paiaguás. -------------------------------- 177

Figura 235 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do Bairro Parque Atalaia.--------------- 178

Figura 236 - Croqui da Cobertura Vegetal do Bairro Parque Atalaia. ------------------------- 178

Figura 237 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do Bairro Parque Cuiabá. --------------- 179

Figura 238 - Croqui da Cobertura Vegetal do Bairro Parque Cuiabá. ------------------------- 179

Figura 239 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do Bairro Parque Geórgia. ------------- 180
Figura 240 - Croqui da Cobertura Vegetal do Bairro Parque Geórgia. ------------------------ 180

Figura 241 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do Bairro Parque Ohara. ---------------- 181

Figura 242 - Croqui da Cobertura Vegetal do Bairro Parque Ohara. -------------------------- 181

Figura 243 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do Bairro Pascoal Ramos. -------------- 182

Figura 244 - Croqui da Cobertura Vegetal do Bairro Pascoal Ramos. ------------------------ 182

Figura 245 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do Bairro Pedra 90. ---------------------- 183

Figura 246 - Croqui da Cobertura Vegetal do Bairro Pedra 90. -------------------------------- 183

Figura 247 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do Bairro Pedregal. ---------------------- 184

Figura 248 - Croqui da Cobertura Vegetal do Bairro Pedregal. -------------------------------- 184

Figura 249 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do Bairro Pico do Amor. --------------- 185

Figura 250 - Croqui da Cobertura Vegetal do Bairro Pico do Amor. -------------------------- 185

Figura 251 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do Bairro Planalto. ---------------------- 186

Figura 252 - Croqui da Cobertura Vegetal do Bairro Planalto. --------------------------------- 186

Figura 253 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do Bairro Poção. ------------------------- 187

Figura 254 - Croqui da Cobertura Vegetal do Bairro Poção. ----------------------------------- 187

Figura 255 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do Bairro Popular. ----------------------- 188

Figura 256 - Croqui da Cobertura Vegetal do Bairro Popular. --------------------------------- 188

Figura 257 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do Bairro Praeirinho. -------------------- 189

Figura 258 - Croqui da Cobertura Vegetal do Bairro Praeirinho. ------------------------------ 189

Figura 259 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do Bairro Praeiro. ------------------------ 190

Figura 260 - Croqui da Cobertura Vegetal do Bairro Praeiro. ---------------------------------- 190

Figura 261 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do Bairro Recanto dos Pássaro. ------- 191

Figura 262 - Croqui da Cobertura Vegetal do Bairro Recanto dos Pássaro. ------------------ 191

Figura 263 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do Bairro Residencial Coxipó. --------- 192

Figura 264 - Croqui da Cobertura Vegetal do Bairro Residencial Coxipó. ------------------- 192

Figura 265 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do Bairro Residencial Itamarati. ------- 193
Figura 266 - Croqui da Cobertura Vegetal do Bairro Residencial Itamarati. ----------------- 193

Figura 267 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do Bairro Residencial Santa Inês. ----- 194

Figura 268 - Croqui da Cobertura Vegetal do Bairro Residencial Santa Inês. --------------- 194

Figura 269 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do Bairro Residencial São Carlos. ---- 195

Figura 270 - Croqui da Cobertura Vegetal do Bairro Residencial São Carlos. --------------- 195

Figura 271 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do Bairro Ribeirão da Ponte. ----------- 196

Figura 272 - Croqui da Cobertura Vegetal do Bairro Ribeirão da Ponte. --------------------- 196

Figura 273 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do Bairro Ribeirão do Lipa. ------------ 197

Figura 274 - Croqui da Cobertura Vegetal do Bairro Ribeirão do Lipa. ---------------------- 197

Figura 275 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do Bairro Santa Cruz. ------------------- 198

Figura 276 - Croqui da Cobertura Vegetal do Bairro Santa Cruz. ----------------------------- 198

Figura 277 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do Bairro Santa Laura. ------------------ 199

Figura 278 - Croqui da Cobertura Vegetal do Bairro Santa Laura. ---------------------------- 199

Figura 279 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do Bairro Santa Rosa. ------------------- 200

Figura 280 - Croqui da Cobertura Vegetal do Bairro Santa Rosa. ----------------------------- 200

Figura 281 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do Bairro São Francisco. --------------- 201

Figura 282 - Croqui da Cobertura Vegetal do Bairro São Francisco. -------------------------- 201

Figura 283 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do Bairro São Gonçalo Beira Rio. ---- 202

Figura 284 - Croqui da Cobertura Vegetal do Bairro São Gonçalo Beira Rio. --------------- 202

Figura 285 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do Bairro São João Del Rey. ----------- 203

Figura 286 - Croqui da Cobertura Vegetal do Bairro São João Del Rey. --------------------- 203

Figura 287 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do Bairro São José. ---------------------- 204

Figura 288 - Croqui da Cobertura Vegetal do Bairro São José. -------------------------------- 204

Figura 289 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do Bairro São Roque. ------------------- 205

Figura 290 - Croqui da Cobertura Vegetal do Bairro São Roque. ------------------------------ 205

Figura 291 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do Bairro São Sebastião.---------------- 206
Figura 292 - Croqui da Cobertura Vegetal do Bairro São Sebastião. -------------------------- 206

Figura 293 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do Bairro Sol Nascente. ---------------- 207

Figura 294 - Croqui da Cobertura Vegetal do Bairro Sol Nascente. --------------------------- 207

Figura 295 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do Bairro Terra Nova. ------------------- 208

Figura 296 - Croqui da Cobertura Vegetal do Bairro Terra Nova. ----------------------------- 208

Figura 297 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do Bairro Tijucal. ------------------------ 209

Figura 298 - Croqui da Cobertura Vegetal do Bairro Tijucal. ---------------------------------- 209

Figura 299 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do Bairro Três Barras. ------------------ 210

Figura 300 - Croqui da Cobertura Vegetal do Bairro Três Barras. ----------------------------- 210

Figura 301 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do Bairro Vista Alegre. ----------------- 211

Figura 302 - Croqui da Cobertura Vegetal do Bairro Vista Alegre. --------------------------- 211

Figura 303 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB da Zona de Expansão Urbana do Manduri.
------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 212

Figura 304 - Croqui da Cobertura Vegetal da Zona de Expansão Urbana do Manduri. ---- 212

Figura 305 - Croqui dos bairros com IAV maior que 12 m²/hab. ------------------------------ 213

Figura 306 - Croqui do Valor médio da Renda Per Capita dos bairros de Cuiabá. ---------- 214

Figura 307 - Croqui da Média dos Valores do IPTU de Cuiabá. ------------------------------- 215

Figura 308 - Croqui do Valor médio da Renda Nominal dos bairros de Cuiabá. ------------ 215

Figura 309 - Croqui dos valores da Média Geométrica entre os valores do Nominal, per capita
e IPTU. --------------------------------------------------------------------------------------------------- 217

Figura 310 - Gráfico de percentual de cobertura vegetal do perímetro urbano de Cuiabá-MT.


Ano:2010. ------------------------------------------------------------------------------------------------ 219

Figura 311 - Gráfico de índices das áreas verdes de Cuiabá em relação ao proposto por SBAU
e ONU/OMS. -------------------------------------------------------------------------------------------- 219

Figura 312 - Gráfico de percentual de cobertura vegetal nas áreas verdes de Cuiabá, MT. 220

Figura 313 - Croqui de espacialização dos Parques e Praças Urbanas em Cuiabá. ---------- 221
II - Relação de Tabelas
Tabela 1 - Informações das classes utilizadas na classificação no InterIMAGE. ---- 70
Tabela 2 - Índice de Kappa e Exatidão Global. Elaborado no software ENVI. -------- 70
Tabela 3 -Índice de área verde de Cuiabá-MT.---------------------------------------------- 218
III - Relação de Quadros
Quadro 1 - Demonstração de qualidade da segmentação (KAPPA). ------------------- 50

Quadro 2 -Ranking de IAVB por Bairro, Ano base 2010. ----------------------------------- 84


LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

4G = Quarta Geração
CNPq = Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico.
CONAMA = Conselho Nacional Do Meio Ambiente
DGM = Divisão de Geologia e Mineralogia.
DNPM = Departamento Nacional da Produção Mineral.
DSG = Diretoria de Serviço Geográfico do Ministério do Exército.
Ed. = Editora, Edição, Editor.
EMBRAPA = Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária.
EMPAER = Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural S/A.
FAPEMAT = Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Mato Grosso.
FIFA 2014 = Fédération Internationale de Football Association, 2014.
GEOPLANC = Grupo de Estudos Geocientíficos, de Planejamentos e Consultorias.
IAV = Índice de área verde total
IAVB = Índice de área verde total
IBAMA = Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis.
IBGE = Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.
ICHS = Instituto de Ciências Humanas e Sociais.
ICV = Índice de cobertura vegetal por bairro
ICVB = Índice de cobertura vegetal por bairro
INPE = Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais.
IPDU= Instituto de Planejamento e Desenvolvimento Urbano.
km² = Quilometro quadrado
m² = Metro quadrado
MME = Ministério de Minas e Energia.
n. = número.
Orgs. = organizadores.
p. = páginas.
PAVB = Percentual de área verde por bairro
PAVU = Percentual de área verde utilizável
PAVUB = Percentual de área verde utilizável por bairro
PCBAP = Plano de Conservação da Bacia do Alto Rio Paraguai.
PIBIC = Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica.
PMC= Prefeitura Municipal de Cuiabá.
Rel. = Relatório.
Rev. = Revista.
SBAU = Sociedade Brasileira de Arborização Urbana
SEMA = Secretaria Estadual de Meio Ambiente.
UFG = Universidade Federal de Goiás.
UFMT = Universidade Federal de Mato Grosso.
UFRGS = Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
UFRJ = Universidade Federal do Rio de Janeiro.
UnB = Universidade de Brasília.
UNESP = Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho.
USP = Universidade de São Paulo.
V. = Volume.
VLT = Veículo Leve sobre Trilho
WVII = World View II
Introdução CALDAS, Jonathan Anderson de P.

1. INTRODUÇÃO
Atualmente, a qualidade ambiental e de vida nos centros urbanos estão em evidência e são
conceitos ligados à degradação ao ambiente urbano e rural, resultado da ação humana. A
sociedade que habita as cidades depende, para seu bem estar, da consideração dos parâmetros
éticos e sociais, mas também dos fatores ambientais, neste contexto, a análise e quantificação
das áreas verdes que se destaca como um atributo ambiental fundamental na dinâmica e no
planejamento da cidade.
Com a intensificação do uso do solo urbano sem considerar a dinâmica do ambiente natural,
tornaram-se frequentes eventos urbanos como enchentes, movimentos de massa, ilhas de calor
e efeito estufa, dentre outros que são potencializados pelo uso e ocupação do solo urbano sem
levar em consideração a sua natureza. Estes eventos poderiam ser minimizados, se os espaços
urbanos fossem planejados levando também em consideração os fatores naturais. As áreas
verdes neste contexto possuem uma função primordial, pois a partir delas muitos problemas
seriam amenizados ou resolvidos e, portanto, a cobertura vegetal, tanto em termo qualitativo
como quantitativo e também sua distribuição espacial no ambiente urbano, devem ser
considerados no planejamento urbano.
Este estudo objetiva analisar e caracterizar de maneira espacial e posteriormente de maneira
quantitativa, a área verde urbana1 do perímetro urbano da cidade de Cuiabá, MT, gerando
índices de áreas verdes que possam fornecer subsídios para o planejamento e aplicação de
medidas mitigadoras em condições tropicais.
O índice de áreas verdes é aquele que expressa à quantidade de espaços livres de uso público,
em quilômetros quadrados ou metros quadrados, pela quantidade de habitantes que vivem em
determinada cidade. Ainda em relação aos índices é importante ressaltar que está difundida e
arraigada no Brasil à assertiva de que a ONU - Organização das Nações Unidas e a OMS -
Organização Mundial de Saúde consideram ideal que cada cidade disponha de 12 (doze) metros
quadrados de área verde por habitante. Ainda a SBAU – Sociedade Brasileira de Arborização
Urbana defende que para um melhor ambiente aos habitantes, a cidade deve ter 15 metros
quadros de área verde.

1
Área Verde Urbana: espaços, públicos ou privados, com predomínio de vegetação, preferencialmente nativa, natural ou
recuperada, previstos no Plano Diretor, nas Leis de Zoneamento Urbano e Uso do Solo do Município, indisponíveis para
construção de moradias, destinados aos propósitos de recreação, lazer, melhoria da qualidade ambiental urbana, proteção dos
recursos hídricos, manutenção ou melhoria paisagística, proteção de bens e manifestações culturais.
Introdução CALDAS, Jonathan Anderson de P.

Segundo Castro Júnior (2008) em Cuiabá possui cerca de 2.914 hectares de áreas verdes, o
que representa mais de 50 metros quadrados por habitantes. No plano diretor nota-se que a
cidade de Cuiabá possui instrumentos legais suficientes para favorecer a existência de espaços
públicos, que funcionem como áreas verdes2, que propiciem o bem-estar da população, a
exemplo da Lei Complementar n.º 003, de 24/12/1992, que fornecem diretrizes específicas do
desenvolvimento urbano na área de meio ambiente e recursos naturais da cidade, conforme
previsto em seu Artigo 10, inciso III, “criar mecanismos legais e econômicos que incentivem e
compensem a preservação de áreas verdes com atributos naturais significativos”; ou em seu
inciso IV, em “estabelecer programas de conservação e manejo de áreas verdes; arborização
urbana, educação ambiental, recuperação e conservação de praças públicas”.
A presente pesquisa visa criar dados espaciais e quantitativos que especifiquem índices
concretos da real situação da área verde existente no perímetro urbano da cidade de Cuiabá-
MT, no ano de 2010. Para melhor estruturar este trabalho, foi feito um levantamento da
cobertura vegetal da capital utilizando imagens de satélites de alta resolução (World View II,
com 0,50 cm de resolução espacial) com método de segmentação de NDVI para a classificação
de áreas verde e posteriormente interpretação visual de todo o perímetro urbano. Nele foram
empregadas técnicas e metodologia já testadas em trabalhos de outros autores. Este trabalho,
por sua vez, visa um foco maior em análise dos dados obtidos com o mapeamento.
O objetivo geral dessa dissertação é o mapeamento associado a análise espacial das áreas
verdes do perímetro urbano da sede da cidade de Cuiabá, utilizando imagens de alta resolução
(World View II).
Temos como objetivo específicos a elaboração de levantamento de índices que auxiliem a
indicação da ocupação dos espaços urbanos pela vegetação; A investigação de diferentes
funções das áreas verdes, classificando-as com as suas características; O correlacionamento de
dados de índices de áreas verdes com dados populacionais da capital mato-grossense; A
elaboração do mapeamento bairro a bairro com a incidência de cobertura vegetal e
espacialização das áreas verdes; E também a identificação e sugestões de manutenção,
conservação e segurança das áreas verdes.
As áreas verdes exercem inúmeras funções no meio ambiente natural, mas, sobretudo, no
ambiente urbano, pois, no contexto das cidades, são importantes para o bem-estar da população,
contribuindo para melhorar a qualidade de vida nos seguintes aspectos: recreação, paisagismo,
preservação ambiental, além de atenuar o calor do sol, absorver ruídos e aumentar a umidade

2A Lei do Gerenciamento Urbano, Lei Complementar nº 004, de 24/12/1992 traz em seu artigo 524, o conceito de áreas
verdes, enquanto “Unidades de Manejo Sustentável”.
Introdução CALDAS, Jonathan Anderson de P.

do ar pela transpiração das plantas. Essas áreas servem também de escape nos finais de semana
às pessoas que estão acostumadas a enfrentar uma longa jornada de trabalho diariamente,
tráfego intenso nas grandes cidades, superlotações no transporte público, entre outras situações,
diminuindo, dessa forma, o estresse da vida cotidiana.
O intenso processo de ocupação do seu sítio urbano gera situações de difícil reversão, tais
como a supressão de áreas com cobertura vegetal natural, comprometendo os refúgios de fauna
e flora; a impermeabilização excessiva do solo, potencializando os episódios de enchentes, de
processos erosivos, de movimentos de massa, de perda de solo, de perda da qualidade dos
mananciais de abastecimento, de alteração do clima da cidade, evidenciando a ocorrência de
microclimas urbanos, dentre outros.
Em particular, as áreas verdes aqui entendidas como sendo áreas com predomínio de
vegetação, preferindo-se a presença de árvores, com funções ecológicas, de lazer e estéticas,
com o predomínio de uso do solo permeável (sem concreto ou laje), com acesso irrestrito a toda
a população e que deve propiciar condições para recreação. Estas características são
evidenciadas e propostas por (BUCCHERI FILHO e NUCCI, 2006 apud CAVALHEIRO et al.
1999). Estas áreas, portanto, podem ser consideradas cruciais para a qualidade de vida da
cidade, porém sofre com a sua drástica redução ou não implantação em novos loteamentos, que
envolve toda a cidade de Cuiabá. Neste trabalho são consideradas áreas verdes, praças que
apresentam percentual mínimo de cobertura vegetal arbórea (PCVA) de 40%, percentual
máximo de impermeabilização de 15% e com a presença de equipamentos para lazer e parques
urbanos que têm como característica a criação por Lei, com área mínima de 1 ha (Cavalheiro,
1992) predominância de elementos naturais, principalmente cobertura vegetal arbórea e
percentual máximo de impermeabilização de 10%.
As informações disponíveis, tanto no poder público, como em pesquisas acadêmicas,
fundamentais para a proposição de políticas que visam reverter à situação detectada na cidade,
encontravam-se dispersas e não sistematizadas. Este quadro enfatiza necessidade de criação de
um modelo que viabilizasse estabelecer um índice de áreas verdes para a cidade, que melhor
atendesse aos quesitos aqui encontrados. Isto é, não eliminasse a princípio todos os parques e
jardins existentes, mas que evidenciasse a necessidade de melhoria das condições atuais dos
parques, praças e jardins existentes e que estabelecesse novos parâmetros nas formações de
novas áreas verdes.
O trabalho está estruturado em 5 partes principais de acordo com as normas técnicas adotadas
pelo Programa de Pós Graduação do Departamento de Geografia – UFMT. E nele apresentam-
Introdução CALDAS, Jonathan Anderson de P.

se os aspectos fundamentais e as considerações relacionadas aos resultados obtidos por meio


da pesquisa realizada.
A dissertação começa com a INTRODUÇÃO, Nela onde está apresentado o trabalho de
forma sucinta. Nela o leitor poderá obter informações importantes sobre a temática e
perspectiva dessa dissertação. Nela apresentam o objetivo geral e específicos e também
justificativas do trabalho. Nele também está descrito um pequeno resumo dos próximos
capítulos desta dissertação.
Na segunda parte desta dissertação, intitulada PRESSUPOSTOS BIBLIOGRÁFICOS, é
apresentada uma síntese da bibliografia fundamental relacionada às questões teórico-
conceituais que permeiam a temática deste estudo. São tratados assuntos desde a caracterização
da área de estudo, localização e aspectos fisiográficos, como as questões conceituais das áreas
verdes e geografia. Questões legais como Plano diretor da cidade e sobre Parques Verdes
Urbanos e sobre o perímetro urbano de Cuiabá. Permeiam também sobre os conceitos da
introdução ao geoprocessamento e análises geográficas, para fomentar e teorizar o leitor sobre
a temática desenvolvida nesta dissertação. Temos também informações sobre técnicas usadas
de sensoriamento remoto e também sobre as imagens utilizadas no trabalho, como a
WorldView-2.
Já na quarta parte, o capítulo recebeu o título de PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS,
nele é descrita a metodologia adotada para desenvolvimento do trabalho e são expostos os
procedimentos adotados para cada etapa da pesquisa como a Visão geral dos procedimentos
técnico-operacionais e a descrição da classificação das áreas verdes. Há também procedimentos
técnico-operacionais como o fluxograma metodológico de PDI, segmentação de imagens por
algoritmos implementado no software livre InterIMAGE por NDVI. Por fim, temos toda a
organização pós processamentos dos dados espaciais descrita em detalhes e com fluxogramas
para um melhor esclarecimento.
A quinta parte, intitulada RESULTADOS E DISCUSSÕES, é dedicada principalmente a
análise e ao mapeamento, bem como do cálculo dos índices de áreas verdes urbanas do
perímetro urbano de Cuiabá, sendo importante para a compreensão dos resultados apresentados
com o feedback dos autores citados na terceira parte deste trabalho. Neste capítulo o leitor pode
identificar os mapeamentos dos bairros com maiores índices de IAV de Cuiabá, e toda a análise
conjugada feita com os mapas analíticos preparados com dados da PMC (Prefeitura Municipal
de Cuiabá) e IBGE. Além disso, Nele estão toda a discussão e resultados obtidos neste trabalho.
Introdução CALDAS, Jonathan Anderson de P.

A Sexta e última parte, recebeu o nome de CONSIDERAÇÕES FINAIS E PERSPECTIVAS


que apresenta as considerações sobre a metodologia proposta para mapeamento e análise das
áreas verdes urbanas de Cuiabá, além de sugestões para pesquisas futuras.
Pressupostos Bibliográficos CALDAS, Jonathan Anderson de P. 6

2. PRESSUPOSTOS BIBLIOGRÁFICOS
2.1.1 Localização do perímetro urbano de Cuiabá -MT

A área de estudo em questão constitui-se da cidade de Cuiabá, sede do perímetro urbano da


capital do Estado de Mato Grosso. O município com a área territorial de 3.538 km² segundo o
IBGE, Cuiabá está localizada no Centro Geodésico da América do Sul, na porção centro sul do
Estado, possui cerca de 551.098 habitantes segundo o censo do ano de 2010, e está a uma
altitude de 177 metros acima do nível do mar. A média das temperaturas é de 24 graus Celsius.
A Grande Cuiabá, formada pela vizinha Várzea Grande que é o portão de entrada não só para
o Pantanal, mas também para Águas Quentes, Chapada dos Guimarães, Vila Bela da Santíssima
Trindade e muitas outras belas regiões deste Estado. Essas são cidades-irmãs, unidas pelo rio
Cuiabá.
Num contexto mais abrangente, constitui-se num entroncamento aéreo-rodoviário-fluvial
interligando o norte do Brasil e o oeste da América do Sul (Bolívia e Peru). É também
alternativa mais viável para a ligação portuária com o Pacífico através das cidade de Cáceres,
San Matias, Santa Cruz de La Sierra e portos do Chile e Peru.
A município de Cuiabá limita-se ao norte com Rosário Oeste, a noroeste com Acorizal, a
sudoeste com Várzea Grande ao sul com Santo Antônio do Leverger, a leste com Campo Verde
e a nordeste com Chapada dos Guimarães.
Considerando a dinâmica territorial podemos considerar que os aspectos econômicos estão
diretamente relacionados com a espacialização das áreas verdes legalizadas pelo Estado, já que
muitas dessas áreas verdes não existiam pretensão econômica e por muito tempo ficaram as
margens das políticas públicas. O município tem sido afetado por uma série de processos
socioeconômicos que são impactantes no ambiente regional, assim como em grande parte dos
municípios brasileiros. O processo de crescimento urbano tem sido acelerado e incentivado na
capital mato-grossense, após a confirmação da vinda do evento mundial futebolístico a Copa
do mundo da Fifa 20143, o governo e iniciativas privadas vem-se investindo na capital com

3Copa do Mundo da FIFA, muitas vezes simplesmente a Copa do Mundo, é uma competição internacional de futebol
associação contestado por equipes nacionais dos membros da Fédération Internationale de Football Association (FIFA). O
campeonato tem sido atribuído a cada quatro anos desde o torneio inaugural em 1930, exceto em 1942 e 1946, quando não foi
realizada por causa da Segunda Guerra Mundial. Os atuais campeões são a Espanha, que venceu o torneio de 2010 na África
do Sul. Copa do Mundo FIFA de 2014 ou World Cup FIFA 2014, será a vigésima edição do evento e terá como país-anfitrião
o Brasil. É a segunda vez que este torneio é realizado no país, depois da Copa do Mundo FIFA de 1950. A competição será
disputada entre 12 de junho e 13 de julho de 2014 e ocorrerá pela quinta vez na América do Sul, a primeira após 36 anos já que
Pressupostos Bibliográficos CALDAS, Jonathan Anderson de P. 7

abertura de grandes lojas, shopping, hotéis, fábrica de cimento, Internet 4G, condomínios
horizontais e verticais, viadutos, pontes, trincheiras, novas vias, reforma no aeroporto,
construção da Arena Multiuso Pantanal, e também o VLT (Veículo Leve sobre Trilhos).
Neste trabalho vai capturar características e aspectos da cidade antes das obras de
mobilidade, e das grandes construções que estão sendo feitas na cidade de Cuiabá, motivo pelo
qual a imagem que está sendo trabalhada e utilizada para a classificação da cobertura vegetal é
do ano de 2010. As grandes mudanças hoje existentes na configuração urbana e territorial vêm
intensificando na sua grande maioria a partir do ano de 2011, com o começo da construção das
grandes obras de mobilidade como as trincheiras, viadutos e pontes e principalmente o do
estádio da Arena Pantanal para a Copa do Mundo FIFA 2014. Por fim, a cidade de Cuiabá está
entre as latitudes 15° 37’ e 15° 43’ Sul e longitudes de 56° 03’ e 56° 08’ a oeste de Greenwich,
abrangendo uma área total de 254,57 km² de perímetro urbano (IPDU, 2007). ( Figura 1)

Figura 1 - Esboço de mapa de localização da sede do perímetro urbano da cidade de Cuiabá-MT. Elaborado por
Jonathan Anderson de Paula Caldas, a partir de dados fornecidos pelo IBGE, 2010.

a Argentina acolheu o evento em 1978. Foi a última sede de Copa do Mundo escolhida através da política de rodízio de
continentes implementada pela FIFA, iniciado a partir da escolha da Copa do Mundo de 2010 na África do Sul.
Pressupostos Bibliográficos CALDAS, Jonathan Anderson de P. 8

No perímetro urbano de Cuiabá, no sentido sul iniciam os primeiros declives do Pantanal


Mato-grossense, que tem como característica o aspecto de acumulação de sedimentos recentes,
enquanto que a direção norte e nordeste tem como o seu entorno as áreas serranas do Planalto
do Guimarães (ROSS e SANTOS, 1982). De acordo com as cartas do RADAMBRASIL.4
O acesso da área de estudo é possibilitado através das Rodovias Federais BR- 163, BR-364,
BR-070, BR-251 e Rodovias Estaduais MT-251, MT-010, MT-040, MT-246, MT-351, MT-
400, MT-401, MT-402, MT-407 e MT-444. E tem como municípios limítrofes os de: Rosário
Oeste (N), Chapada dos Guimarães (NE), Campo Verde (E), Santo Antônio do Leverger (S),
Várzea Grande (SW), Acorizal (NW).

2.1 GEOGRAFIA, ÁREAS VERDES E AMBIENTE, CONCEITOS.

Para alcançar os objetivos propostos neste trabalho foi realizada uma reflexão teórica das
questões referentes à área verde, ao papel da natureza na relação com a sociedade, a importância
de tal, e a Geografia enquanto ciência capaz de oferecer encaminhamentos e trazer sua
contribuição para a compreensão da relação da sociedade com a natureza no espaço urbano
atual.

2.1.1 Geografia, Espaço Geográfico e sua relação com o ambiente.

As áreas urbanas das cidades brasileiras refletem enormes desigualdades sociais e grandes
modificações no ambiente natural. O geógrafo na sua essência tem uma visão mais integrada
da paisagem e que permite o planejamento da mesma, considerando os aspectos naturais, sociais
e econômicos. O pensamento moderno e contemporâneo, responsável pela fragmentação do
conhecimento, promoveu a ideia de uma natureza objetiva e exterior ao homem. Sabemos que
natureza não pode se distanciar do homem e vice versa, neste prisma a geografia reforça a
interação que há entre o homem e o meio. Rodrigues (1998) afirma que o debate da questão
ambiental extrapola a cidade e compreende, por sua vez, a própria forma como a sociedade se
relaciona com a natureza. Muitas vezes se associam as “questões ambientais” apenas às

4Projeto Radambrasil, que operou entre 1970 e 1985, foi dedicado à cobertura de diversas regiões do território brasileiro (em
especial a Amazônia) por imagens aéreas de radar, captadas por avião. O uso do radar permitiu colher imagens da superfície,
sob a densa cobertura de nuvens e florestas. Com base na interpretação dessas imagens, foi realizado um amplo estudo integrado
do meio físico e biótico das regiões abrangidas pelo projeto, que inclui textos analíticos e mapas temáticos sobre geologia,
geomorfologia, pedologia, vegetação, uso potencial da terra e capacidade de uso dos recursos naturais renováveis, que até hoje
é utilizado como referência nas propostas de zoneamento ecológico da Amazônia brasileira. A equipe que realizou este
levantamento e todo o acervo técnico encontram-se, atualmente, incorporados ao Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE).
Pressupostos Bibliográficos CALDAS, Jonathan Anderson de P. 9

“questões naturais”. Entretanto, o ambiente não se restringe às dinâmicas e processos naturais,


mas contempla as relações entre estes e as dinâmicas e processos sociais.
O ambiental é, portanto, a síntese entre o natural e o social e deve ser visto a partir da
dimensão temporal. Estamos diante de duas escalas temporais diferentes que se articulam e que
também são conflitantes: a da natureza e a da sociedade.
A cidade é resultado da capacidade social de transformar o espaço natural. Portanto,
submetida às dinâmicas e processos naturais. As cidades são ao mesmo tempo estruturas:
Socioeconômicas; Físicas e Biológicas.
Para Rodrigues (1998), o ambiente urbano pode ser compreendido pelo conjunto das
edificações, com suas características construtivas, sua história e memória, seus espaços
segregados, a infraestrutura e os equipamentos de consumo coletivos. Ao mesmo tempo,
significa imagens, símbolos e representações subjetivas e/ou objetivas. Compreende, também,
o conjunto de normas jurídicas que envolvem o conjunto das atividades exercidas na cidade,
incluindo as atividades públicas e políticas, podendo, ainda, ser representado pela problemática
ambiental, o que torna cada vez mais fundamental pensar o passado, o presente e o futuro,
pautado na análise da produção sócio espacial.
Mas, o ambiente urbano deve estar integrado à qualidade de vida, isso significa que no
crescimento urbano ela deve acompanhar a dinâmica dos recursos naturais, para que a qualidade
de vida não fique comprometida. Questões como clima urbano, destinação dos resíduos sólidos,
tratamento ineficiente ou inexistentes de esgoto, poluição do ar, água, solo e subsolo,
deslizamento de vertentes e ainda áreas verdes são pontos importantíssimos dentro do
“complexo” chamado cidade.
Destas questões mencionadas daremos o enfoque para as áreas verdes, mas como um padrão
para a qualidade ambiental na cidade.
O ambiente natural vem sofrendo profundas transformações, constituindo-se em um
ambiente construído, adaptado às necessidades da aglomeração, transformado em habitat da
população e das atividades humanas aglomeradas (MOREIRA, 1999).
Com isso, conforme Rodrigues (1998), o ambiente “natural” está cada vez mais ausente no
“ambiente urbano” porque dele foi banido por meio das formas concretas de desenvolvimento
(enterrando-se rios, derrubando-se a vegetação, impermeabilizando-se terrenos, calçadas, ruas,
edificando-se em altura – criando solo urbano, etc.). Em decorrência disso a degradação
ambiental é observada com maior intensidade nas cidades, como resultado de uma tendência
acelerada do aumento da população urbana.
Pressupostos Bibliográficos CALDAS, Jonathan Anderson de P. 10

As cidades provocam modificações profundas e os problemas aumentam quando não se


possui a preocupação de planejar os espaços urbanos com um “olhar” para o ambiente como
um todo, ou seja, considerando-se os aspectos sociais, econômicos e também ambientais. No
Brasil há uma dicotomia entre o ambiente natural e o urbano, gerando incompatibilidade entre
planejamento urbano e planejamento ambiental. Assim, refletir sobre os conflitos existentes no
ambiente construído com relação ao ambiente natural é um exercício necessário, tendo em vista
a importância de se constituir políticas públicas mais integradas e eficientes. Abaixo na Figura
2 seguinte temos um esquema da perspectiva sistêmica do ambiente urbano, segundo
MENDONÇA (2004).

Figura 2 - Esquema da perspectiva sistêmica do ambiente urbano. Fonte: MENDONÇA (2004).

A paisagem urbana engloba problemas complexos e pode ser compreendida também como
reflexo da cultura internalizada, seja de forma arquitetônica nas construções, como na própria
visão e relação da sociedade com este espaço, que resulta de fatores econômicos, sociais,
políticos e ambientais. Alguns fatores podem ser associados à influência na queda da qualidade
ambiental nas paisagens urbanas como a:
 Redução de áreas verdes, o que implica na excessiva impermeabilização do solo e na
multiplicação de áreas críticas de ocorrências de enchentes, com impactos negativos na
cidade;
 A falta de medidas práticas mais definidas, de curto prazo e de políticas para controlar a
poluição do ar;
Pressupostos Bibliográficos CALDAS, Jonathan Anderson de P. 11

 Falta de investimento no transporte público, de forma a possibilitar uma redução no uso do


automóvel;
 A ausência do verde urbano interfere no microclima, no conforto térmico e na diminuição
da absorção de partículas em suspensão no ar, considerado um indicador importante para a
qualidade ambiental e de vida da população urbana;
 A contaminação da maioria dos mananciais de água e dos rios dentro das cidades, e o risco
que isto significa para a população, principalmente nas áreas de enchentes;
Diante disso o que fazer? Neste trabalho foi levantado indicadores ambientais, que
identificaram características ambientais da cidade de Cuiabá, e que por fim com esses resultados
poderão ser utilizados como aporte para novos projetos na cidade, como a construção de novos
parques verdes. A análise de qualidade ambiental depende da determinação de técnicas e
métodos que podem ser utilizados, incorporando os conceitos para a compreensão do estado
atual da qualidade ambiental em paisagens urbanas. A análise da qualidade ambiental depende
da escolha de indicadores ambientais que possam representar todos os segmentos da paisagem
urbana para sua inter-relação e cruzamento de suas informações. Portanto, os indicadores
ambientais são parâmetros que podem ter a capacidade de descrever um estado ou situação dos
fenômenos que ocorrem no ambiente. Abaixo na Figura 3 esquema de como pode ser
compreendida a análise desses indicadores que podem ser qualitativos e quantitativos.

Figura 3 - Esquema de variáveis das classes de análises das categorias "sociedade e natureza" na
paisagem urbana. Fonte: LIMA (2007).
Pressupostos Bibliográficos CALDAS, Jonathan Anderson de P. 12

Essas variáveis apresentadas na Figura 3 acima são quesitos que devem ser levantados para
um planejamento urbano/ambiental de uma cidade. É para este fim que este trabalho dará
substanciais indicadores, principalmente o que tange a parte natural.

2.1.2 Revisão de conceitos sobre Áreas Verdes Urbanas.

Atualmente há várias definições para áreas verdes, e é necessário discutir como foram
contabilizadas e classificadas as áreas verdes neste trabalho. Sobre este tema pertinente,
diversos autores trazem definições distintas sobre o que considerar como área verde.

A definição que guia este estudo é oferecida por Demattê (1997), que define: “áreas verdes”
acabam por ser um vocábulo que exprime diversos tipos de locações urbanas que têm em
comum o fato de serem abertos e acessíveis à população, correlacionando-se à saúde e
recreação, tanto ativa quanto passiva, proporcionando interação de atividades antrópicas com o
meio ambiente. Abaixo na (Figura 4) a principal praça do principal parque urbano da cidade de
Cuiabá.

Figura 4 - Praça principal do Parque Mãe Bonifácia, em Cuiabá. (Fotografia: Jonathan Anderson de
Paula Caldas, 2014.)

De acordo com Llardent (1982), áreas, zonas, espaços ou equipamentos verdes são espaços
livres onde predominam áreas plantadas de vegetação, correspondendo, em geral, ao que se
conhece como parques, jardins ou praças.
Pressupostos Bibliográficos CALDAS, Jonathan Anderson de P. 13

As praças5 são lugares comunitários, que tem como característica principal a sua cobertura
vegetal. São pontos de encontro cuja principal função é incentivar a vida comunitária nos
bairros. São áreas verdes com dimensões, em geral, entre 100 m² a 10 ha. Porém, não se pode
padronizar a praça, quanto ao tamanho, sem conhecer antes o seu entorno (DEMATTÊ, 1997;
PORTO ALEGRE, 2001).
Para Nucci (2001), uma questão muito discutida quando se fala em vegetação urbana é o
que se diz a respeito ao índice das áreas verdes. Muitas cidades procuram aumentar seus índices
colocando todo espaço não construído como área verde e considerando a projeção das copas
das árvores sobre as calçadas (CAVALHEIRO e NUCCI, 1998).
Enquanto alguns trabalhos envolvem o cadastramento de árvores para elaboração de bancos
de dados informatizados ou da avaliação das condições fitossanitárias da vegetação, existem
aqueles que se preocupam com a avaliação da utilização do espaço pelo público, do perfil dos
usuários e dos aspectos perceptivos em relação à arborização (OLIVEIRA, 1996).
Ainda Nucci (2001) afirma que, para calcular o índice de área verde, devem ser
consideradas somente as áreas verdes públicas localizadas na zona urbana e ligadas ao uso
direto da população residente nessa área. Os termos Áreas/Espaços livres, verde urbano,
arborização urbana, são utilizados frequentemente para designar a vegetação intraurbana no
meio científico.
Porém, a maioria desses termos empregados não são sinônimos, e não necessariamente
refere-se aos mesmos elementos. Essa falta de consenso dificulta entre outras coisas o
mapeamento e categorização/classificação dessas áreas. Lembrando que APP (Área de
Preservação Permanente) e as ZIA (Zonas de Interesse Ambiental) que contam no plano diretor
da cidade não correspondem como área verde e não é classificada como área verde.
Para este trabalho foi adotada a classificação elaborada e adaptada a partir de Bargos (2010),
na Figura 5, a seguir, temos um organograma das principais características para serem definidas
como área verde. Podemos observar que no organograma o que tiver de “verde” corresponde a
áreas potencialmente área verde, e o que está de “cinza” são características que não
correspondem como áreas verdes para este estudo.

5
Praça é qualquer espaço público urbano livre de edificações e que propicie convivência e/ou recreação para seus
usuários. Normalmente, a apreensão do sentido de "praça" varia de população para população, de acordo com a
cultura de cada lugar. Em geral, este tipo de espaço está associado à ideia de haver prioridade ao pedestre e não
acessibilidade de veículos, mas esta não é uma regra. No Brasil, a ideia de praça normalmente está associada à
presença de ajardinamento, neste trabalho as praças em geral está caracterizado como área verdes do grupo B e C.
Pressupostos Bibliográficos CALDAS, Jonathan Anderson de P. 14

Figura 5 - Organograma sintético de definição do conceito de áreas verdes empregado no trabalho.


Elaborado por Jonathan Anderson de Paula Caldas apud Bargos (2010).

Na Figura 5 acima consta toda a estrutura de como foi definida a classificação de áreas verdes
para este trabalho. A primeira premissa é que o objeto de estudo é uma área constituída dentro
do perímetro urbano do município de Cuiabá, sendo que pode ser uma área urbanizada e/ou
área de expansão urbana, onde, esses espaços devem ser livres de edificação e/ou com
porcentagem mínima de edificação, e principalmente com o predomínio de vegetação arbórea.
Devem ter espaços destinados à preservação ou implantação de vegetação ou ao lazer público.
Podem ser públicos ou particulares e são abertos, acessíveis e relacionados com saúde e
Pressupostos Bibliográficos CALDAS, Jonathan Anderson de P. 15

recreação. Tais áreas verdes devem ter funções definidas como: Função Ecológica, Lazer e/ou
Estética.
A quantificação da área arbórea é de suma importância neste trabalho, pois, nela foi possível
conhecer os valores quantitativos destas áreas, e principalmente, com esses dados foi possível
fazer várias análises espaciais.
A quantificação através de indicadores independentes e dependentes e da demografia,
expressos, respectivamente, em termos de superfície de área verde/habitante (IAV = Índices de
Áreas Verdes) e/ou percentual do solo ocupado pela arborização (PAV = Percentual de Áreas
Verdes) (OLIVEIRA, 1996).
Cavalheiro e Del Picchia (1992) discutiram a existência do índice de 12 m² de área
verde/habitante considerado ideal, difundido no Brasil como o valor ideal de áreas verde por
metro quadrado dentro das cidades e foi atribuído à ONU (Organização das Nações Unidas),
OMS (Organização Mundial da Saúde) ou FAO (Organização das Nações Unidas para
Agricultura e Alimentação). Os autores citados afirmaram que esse índice não é conhecido por
aquelas instituições e supõem que deve se referir somente às categorias de parques de bairro e
distritais/setoriais, ou seja, áreas públicas com possibilidades de lazer ao ar livre, tal
característica importante na classificação de áreas verdes. A Sociedade Brasileira de
Arborização Urbana (SBAU) propôs como índice mínimo para áreas verdes públicas destinadas
à recreação o valor de 15 m²/habitante (SBAU, 1996).
A questão da categorização e definição de áreas verdes adotadas por vários autores
brasileiros torna ainda mais complexa uma avaliação sobre aquilo que se poderia chamar de
“índices mínimos de cobertura vegetal” (OLIVEIRA, 1996). Vale lembrar, que este trabalho
proposto classifica áreas verdes com algumas características, como vimos anteriormente. E
posteriormente já com essas áreas classificadas seria possível fazer o levantamento da cobertura
vegetal para que os índices fossem levantados e posteriormente analisados espacialmente com
dados do PMC, IBGE, SEPLAN e outros.
O autor Jantsen (1973), citado por Cavalheiro e Del Picchia (1992), propôs que as áreas
verdes, além de quantitativamente, deveriam ser classificadas de acordo com a faixa etária dos
habitantes que frequentam, o tamanho mínimo do espaço, a distância da residências etc. Ainda
segundo Nucci (2001), outros índices devem ser calculados, como: índice de cobertura vegetal,
em que se consideram todas as manchas de vegetação, por exemplo, as copas das árvores; e
índice de áreas verdes utilizáveis, quando a área verde não apresenta condições de uso e, após
a qualificação das áreas verdes, dever-se-ia recalcular o índice de áreas verdes, indicando a
quantidade delas utilizáveis pela comunidade de acordo com suas qualificações.
Pressupostos Bibliográficos CALDAS, Jonathan Anderson de P. 16

2.2 CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO.

2.2.1 Quadro Geográfico da cidade de Cuiabá – MT

Para uma melhor análise das áreas verdes no perímetro urbano de Cuiabá, abaixo estão os
quadros geográficos com aspectos fisiográficos como quadro geológico, quadro
geomorfológico, quadro de solos, quadro climático, quadro hidrográfico e quadro da cobertura
vegetal da área de estudo.

2.2.1.1 Quadro Geológico

A região onde está circunscrita está situada sobre litologias deformadas pertencentes ao
Grupo Cuiabá, constituídas principalmente por rochas de baixo grau de metamorfismo, tais
como filitos, filitosardosianos, filitos calcíferos, contendo intercalações de meta-renitos, meta-
arcóseos, metadiamictitos, meta-ssiltitos, com xistosidade bem desenvolvida e intensamente
dobrada e fraturadas durante vários ciclos tectônicos de idade Pré-cambriana.
Bittencourt Rosa et al. (1992, 2002), acrescentaram regionalmente à ocorrência de quartzo-
xistos e quartzitos nas regiões de Morros Grande e Santo Antônio no município de Santo
Antônio de Leverger, circunvizinhos do município de Cuiabá.
Os primeiros trabalhos que descreveram os aspectos geológicos das rochas do Grupo Cuiabá
e a constatação da existência de estruturas dobradas nas regiões da Província Serrana e Baixada
Cuiabana estão relatados a Evans (1894) que citou o Conde de Castelnau (1850). A
individualização do Grupo Cuiabá, como unidade lito estratigráfica, foi feita por Almeida
(1954).
Na Figura 6 seguinte apresentamos um croqui com informações geológicas de fontes
consultado, assim como os mapas temáticos elaborados pelo Projeto RADAMBRASIL, ou seja,
as Folhas SD.21/Cuiabá na escala 1:1.000.000, de Barros et al. (1982), geologia, de Ross e
Santos (1982), geomorfologia, de Amaral et al. (1982), vegetação e Oliveira e Loreiro. (1982).
Pressupostos Bibliográficos CALDAS, Jonathan Anderson de P. 17

0 2 4 km

Figura 6 - Croqui geológico da sede do perímetro urbano da cidade de Cuiabá-MT. Elaborado por
Jonathan Anderson de Paula Caldas, a partir de dados fornecidos pelo IBGE, 2012.

É importante ressaltar que, na década de 70, o Departamento Nacional de Produção Mineral


(DNPM) e a Companhia Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM) realizaram inúmeros
trabalhos de mapeamentos geológicos sistemáticos em regiões onde ocorre o Grupo Cuiabá.

2.2.1.2 Quadro Geomorfológico

Predomina-se relevos de baixa amplitudes com altitudes que variam de 146 a 250 metros na
área da própria cidade. A Baixada Cuiabana (Almeida, 1954), e também denominada Depressão
Cuiabana por (Ross e Santos, 1982) faz parte da Morfoestrutura Metassedimentar do Grupo
Cuiabá e constitui uma superfície arrasada gerada a partir do rebaixamento do nível de base
regional, com a instalação da Bacia Sedimentar do Pantanal.
Abaixo na Figura 7 podemos conferir um croqui geomorfológico do perímetro urbano de
Cuiabá.
Pressupostos Bibliográficos CALDAS, Jonathan Anderson de P. 18

0 2 4 km

Figura 7 - Croqui geomorfológico da sede do perímetro urbano da cidade de Cuiabá-MT. Elaborado por
Jonathan Anderson de Paula Caldas, a partir de dados fornecidos pelo IBGE, 2012.

2.2.1.3 Quadro de Solos

A cidade de Cuiabá tem a cobertura pedológica a ocorrência de solos rasos, com base de
mapas disponibilizados pela SEPLAN, e ainda presentes na Folha SD-21/Cuiabá.
BRASIL/Ministério de Minas e Energia. (Projeto RADAMBRASIL), os solos são formados
principalmente por:
LVd - Latossolo Vermelho-Amarelo distrófico e álico - Denominados solos bem drenados,
caracterizados pela ocorrência de horizonte B latossólico de cores vermelhas a vermelho-
amareladas, com teores de Fe2O3 igual ou inferior a 11% e normalmente maiores que 7%,
quando a textura é argilosa ou muito argilosa.
SCCa - Solos Concrecionários Câmbicosálicos e distróficos - Denominados solos minerais,
bem drenados, profundos, caracterizados por apresentar um horizonte B câmbico e presença de
concreções de ferro ao longo do perfil em quantidade maior que 50% por volume na massa do
solo.
Na Figura 8 abaixo está um croqui pedológico da área de estudo.
Pressupostos Bibliográficos CALDAS, Jonathan Anderson de P. 19

0 2 4 km

Figura 8 - Croqui pedológico da sede do perímetro urbano da cidade de Cuiabá-MT. Elaborado por
Jonathan Anderson de Paula Caldas, a partir de dados fornecidos pelo IBGE, 2012.

2.2.1.4 Quadro Climático

O primeiro estudo sobre Clima Urbano de Mato Grosso foi desenvolvido por Maitelli et al
(1991) o qual teve como objetivo investigar a possível ocorrência da ilha de calor e sua
localização na cidade de Cuiabá. Os resultados mostraram a formação de ilha de calor na área
central de Cuiabá, com intensidade de 2,5ºC, observada durante a noite. Os estudos
desenvolvidos por Maitelli (1994) sobre a cidade de Cuiabá indicaram a formação de ilha de
calor no centro da cidade com intensidade de até 5ºC. Zamparoni (1995) mostrou que em Barra
do Bugres/MT os valores identificados da ilha de calor foram de 2ºC na estação chuvosa e 3.6ºC
na estação seca. Para a cidade de Tangará da Serra/MT os valores da ilha de calor foram de 4ºC
na estação chuvosa e 5.4ºC na estação seca. Sette (1996) estudou o clima da cidade de
Rondonópolis-MT e evidenciou que a máxima magnitude da ilha de calor na cidade de
Rondonópolis acontecia durante o dia, nos horários de máximo aquecimento tanto na estação
chuvosa quanto na estação seca. Costa (1999) mostrou que no centro de Cuiabá, os valores de
temperaturas atingiram diferenças máximas de até 7,2ºC no período noturno em relação ao
Parque Mãe Bonifácia. Rosa (1999) estudou a ilha de calor na cidade de Sinop identificando
esse fenômeno, com uma diferença 4,7ºC, na estação seca, e 3,6ºC, na estação chuvosa.
Dourado (2000) constatou ilhas de calor que variaram de 1,3ºC, na estação chuvosa, e 3,9ºC,
na estação seca na cidade de Sinop/MT. Pinho (2003) demonstrou a evolução da ilha de calor
Pressupostos Bibliográficos CALDAS, Jonathan Anderson de P. 20

em Cuiabá, sendo observada a maior intensidade de 5,7°C no período noturno durante a estação
seca. Souza (2004) identificou uma ilha de calor de 7°C em Várzea Grande na estação
seca.Zamparoni (2005) realizou um estudo intraurbano em Chapada dos Guimarães e detectou
uma diferença de 1ºC. Pinho (2008) dando sequência aos estudos climáticos sobre a cidade de
Cuiabá-MT identificou uma de ilha de calor, 6,9ºC, no horário das 20h00min. Vasconcelos
(2009) estudou os efeitos da urbanização no microclima do bairro Morada da Serra e apontou
uma amplitude térmica durante a estação seca de 5,1°C.
Assim sendo, a expansão produção do espaço urbano gera a substituição das áreas
verdes e dos espelhos d´água pelo capeamento asfáltico e concreto, resultando em áreas
impermeabilizadas que favorecem a ocorrência do fenômeno das ilhas de calor pelas alterações
nos mecanismos do balanço de energia.

2.2.1.5 Quadro Hidrográfico

A Bacia do rio Cuiabá é drenada pelo rio Cuiabá e seus afluentes, dos quais se destacam o
Rio Coxipó e inúmeros córregos, tais como: Ribeirão dos Peixes, Córrego Caite, Córrego do
Tambor, Córrego do Moinho, Córrego Fundo, Rio Cuiabá, Córrego Três Barras, Córrego do
Machado, Córrego Sapateiro, Córrego Quarta Feira, Córrego Barbado, Córrego Fortaleza,
Córrego Castelhano, Córrego Tijucal, Córrego Gumitá, Ribeirão do Lipa, Córrego Engole
Cobra, Córrego Ouro Fino, Córrego Caju, Córrego Escuro, Córrego Gambá, Córrego Baú,
Córrego Para Tudo, Córrego José Broaca, Córrego Bangue, Córrego Santa Isabel, Córrego da
Pinheira, Córrego S. José do Sapateiro, Córrego Aricá, Córrego Mané Pinto, Córrego
Figueirinha, Córrego da Prainha, Córrego Lavrinha, Córrego Figueirinho, Córrego Imbauva,
Córrego do Barbado, Córrego São Gonçalo e Córrego Vassoral.
Na Figura 9 abaixo pode ser conferido o croqui da bacia hidrográfica da área estudada:
Pressupostos Bibliográficos CALDAS, Jonathan Anderson de P. 21

Figura 9 - Croqui da Bacia Hidrográfica da sede do perímetro urbano da cidade de Cuiabá-MT.


Elaborado por Jonathan Anderson de Paula Caldas, a partir de dados fornecidos pelo IBGE, 2012.
Pressupostos Bibliográficos CALDAS, Jonathan Anderson de P. 22

2.2.1.6 Quadro da Cobertura Vegetal

A cobertura vegetal da área de estudos tem como principal característica seis formações,
dentre elas o que mais se destaca é o Cerrado (Savana) com presença de: Campo Cerrado
(Savana Arbórea Aberta), Campo Sujo (Savana Parque), Campo Limpo (Savana Gramino–
Lenhosa), Matas, Cerradão (Savana Arbórea Densa) e Áreas Desmatadas (AMARAL et al.
1982, PRADO, 2000 e BITTENCOURT ROSA et al. 1996, 2002).
A seguir na Figura 10 podemos conferir um croqui com o tipo predominante de vegetação
da área de estudo.

Figura 10 - Croqui de vegetação da sede do perímetro urbano da cidade de Cuiabá-MT. Elaborado por
Jonathan Anderson de Paula Caldas, a partir de dados fornecidos pelo IBGE, 2012.
Pressupostos Bibliográficos CALDAS, Jonathan Anderson de P. 23

Com a vegetação constituída principalmente pelo cerrado, a mata ciliar aparece próximo aos
córregos. Nas áreas periféricas da cidade domina-se a vegetação com árvores de até 4 metros
de altura, com o caule e ramos retorcidos, suberosos, folhas ceriáceas, com copas que se tocam
e cerradão. A mata semi-decídua e a mata de encosta, com espécies arbóreas, com estratos
contínuos de 10 metros de altura, acorrem mescladas aos demais tipos de vegetação e nas áreas
de relevo mais acentuado. Assim, a vegetação nativa da região e espécies remanescentes do
cerrado formam um verdadeiro cinturão verde em torno da área urbanizada de Cuiabá
(GUARIM, 1990).

2.3 PLANO DIRETOR, PARQUES E PERÍMETRO URBANO DE CUIABÁ.

2.3.1 Plano Diretor de Desenvolvimento Estratégico de Cuiabá - MT

Os prefeitos das cidades quando se elegem tem como principal característica a promessa de
“cuidar” da cidade. E quando a mesma cidade não tem um plano diretor6 definido, cabe o gestor
municipal a elaboração do Plano Diretor de Desenvolvimento Estratégico. Assim, em 2008 a
cidade de Cuiabá, inaugurou com seu prefeito da época o Plano Diretor da cidade.Tal
documento é o instrumento básico de um processo de planejamento municipal para a
implantação das políticas de desenvolvimento urbano, norteando a ação dos agentes públicos e
privados. (ABNT, 1991)
No plano diretor de Cuiabá, há diretrizes que o gestor municipal deve implantar no seu
governo. Neste documento há 10 pontos de ação e abrangência do plano diretor de Cuiabá, são
eles: a) disciplina do parcelamento, do uso e da ocupação do solo, b) zoneamento ambiental,
c) plano plurianual, d) diretrizes orçamentárias e orçamento anual, e) gestão orçamentária
participativa, f) plano de mobilidade e de transporte integrado urbano, g) plano de habitação,
h) planos de desenvolvimento econômico e social, i) planos, programas e projetos setoriais e
j) carta geotécnica de Cuiabá.
Neste capítulo de revisão bibliográfica vamos focar na disciplina do parcelamento do uso e
ocupação no solo, pois, é nele que detém as diretrizes sobre em que áreas são destinadas a áreas
verdes. Revisaremos também sobre o zoneamento ambiental e ainda um pouco sobre o plano
de desenvolvimento econômico e social.

6
Plano diretor é um documento que sintetiza e torna explícitos os objetivos consensuados para o Município e
estabelece princípios, diretrizes e normas a serem utilizadas como base para que as decisões dos atores
envolvidos no processo de desenvolvimento urbano convirjam, tanto quanto possível, na direção desses
objetivos. (SABOYA, 2007, p. 39)
Pressupostos Bibliográficos CALDAS, Jonathan Anderson de P. 24

No Plano diretor de Cuiabá podemos destacar a legislação sobre o Uso, Ocupação e

Parcelamento do Solo Urbano que é pautada nas seguintes diretrizes específicas:

a) definir “áreas preferenciais” e “áreas restritas à ocupação urbana”,


compatibilização com a acessibilidade de infraestrutura, serviços e equipamentos
urbanos, condições geotécnicas e elementos indutores do crescimento urbano,
notadamente os geradores de emprego, conforme o art. 3º, § 4º alínea j;
b) incorporar os rios e córregos do município, suas margens e áreas inundáveis
como elementos estruturais e composição, através de formas de uso e ocupação
adequados à sua preservação, conforme o art. 3º, § 4º alínea j;
c) definir sistema de retenção de águas pluviais em lotes a serem edificados,
visando à recarga de aquíferos e à redução da sobrecarga em galerias pluviais;
d) proporcionar uma melhor distribuição das atividades urbanas e redução de
deslocamentos pessoais pelo estímulo ao surgimento e/ou consolidação de
subcentros;
e) definir índices urbanísticos e categorias de usos para corredores em Zonas de
Interesse Ambiental 1 – ZIA 1;
f) revisar as Categorias de Uso dos Corredores de Tráfego;
g) promover estudos para redefinição de funções de uso, ocupação e
parcelamento do centro da cidade;
h) revisar a definição de ZIH para possibilitar a inclusão de outras áreas além
daquelas sob tombamento e seu entorno em âmbito federal; (Cuiabá, 2008)

Neste trecho acima fica claro que a prefeitura tem o dever de definir áreas preferenciais para
o uso da população e também o dever de definir áreas restritas. Boa parte dos municípios
brasileiros define o seu perímetro urbano de acordo com a progressão da “mancha urbana7”.
Elas devem ser por meio de Lei Municipal. No perímetro urbano é determinada a área de
interesse do Poder Público Municipal onde se concentrarão os investimentos públicos para
manutenção e ampliação da infraestrutura urbana e de equipamentos públicos. Neste trecho
também deixa claro que a definição de Zonas de interesse ambiental, deve ser definida pelo
gestor municipal.Quanto os rios e córregos serão incorporados no município como elementos
naturais, ou seja, cabe o poder municipal elaborar ações para retenção e recarga das água
pluviais. E também cabe a ele distribuir as atividades urbanas, e suas funções de uso do centro
da cidade.
O plano diretor é uma forma de garantir a todos os habitantes do Município acesso e
condições seguras de qualidade do ar, do solo, da água e de alimentos, de circulação e habitação
em áreas livres de resíduos, de poluição visual e sonora, de uso dos espaços abertos e verdes.
Nele o gestor deve focalizar bases para promover a proteção, preservação e recuperação do
meio ambiente natural e construído, do patrimônio cultural, histórico, artístico, paisagístico,
arqueológico e urbanístico. Para a parte ambiental podemos destacar as diretrizes específicas

7Mancha Urbana é o núcleo urbano. Área efetivamente ocupada pela urbanização. Área densamente ocupada por casas,
comércios, indústrias e similares, com presença ou não de áreas em processo de urbanização (como loteamentos).
Pressupostos Bibliográficos CALDAS, Jonathan Anderson de P. 25

do desenvolvimento estratégico na área de Meio Ambiente e Recursos Naturais, que com o


plano diretor deve-se criar uma política municipal para promover a integração das Políticas
Ambientais entre o Município, o Estado e a União. Abaixo estão os trechos a serem discutidos:
a) proteger as áreas de fragilidade ambiental e impróprias para ocupação;
b) recuperar áreas degradadas em todo o território municipal;
c) arborizar logradouros e equipamentos de uso público;
d) regulamentar as espécies a serem utilizadas no paisagismo urbano e na
arborização, priorizando a utilização de espécies nativas;
e) elaborar um programa de monitoramento de áreas verdes em loteamentos e
condomínios residenciais;
VIII – garantir a produção e divulgação do conhecimento sobre o meio ambiente
por um sistema de informações integrado ao Sistema de Informação de
Planejamento e Gestão;
IX – estabelecer o zoneamento ambiental para o Município de Cuiabá;
X – integrar o Zoneamento Socioeconômico-Ecológico, a partir de um SIG
(Sistema de Informações Geográficas);
XI – estabelecer incentivos visando à preservação, conservação e recuperação do
patrimônio cultural e ambiental;
XII – garantir uma política de recuperação dos rios Cuiabá e Coxipó, com
aproveitamento de todos os seus potenciais paisagístico, turístico, recreativo, de
lazer e ambiental;
XIII – definir um plano de gerenciamento para o patrimônio natural do município
de Cuiabá, com ênfase nas unidades de conservação, as áreas de preservação
permanente, os fragmentos de vegetação nativa e nas áreas verdes;
XVI – incentivar as comunidades de baixa renda, especificamente aquelas
residentes na periferia da cidade, visando evitar o desperdício de água potável;
XVII – declarar como patrimônio natural da cidade de Cuiabá as unidades de
conservação, as áreas de preservação permanente, os fragmentos florestais
urbanos, as áreas verdes, as margens dos rios Coxipó e Cuiabá e demais cursos
d’água;
XIX – proibir os processos urbanísticos em áreas sujeitas a inundações, no intuito
de proteger as populações e o meio natural de eventuais catástrofes;
XX – mapear e monitorar as áreas verdes do município de Cuiabá;
XXI – criar mecanismos legais e econômicos que incentivem e compensem a
preservação de áreas verdes com atributos naturais significativos;
XXII – estabelecer programas de conservação e manejo de áreas verdes,
arborização urbana, recuperação e conservação de praças públicas;
XXIII – elaborar estudos para a definição do percentual mínimo de áreas verdes
estabelecendo, como valor mínimo, o determinado pela Organização Mundial de
Saúde, de 12m² (doze metros quadrados) por habitante;
XXIV – incentivar o plantio e a manutenção de espécies. (Cuiabá, 2008).

O plano diretor salienta que cabe ao município proteger as áreas de fragilidade ambiental,
que muitas vezes são utilizadas como moradia da população menos favorecida. Além disso,
cabe a ele a recuperação das áreas degradadas, e arborização no espaço urbano, rege também
que deve haver um plano de monitoramento dos loteamentos e condomínio residenciais quanto
à criação e preservação de áreas verdes que está prevista de acordo com a Lei n 12.651 de
Maio de 20128no CONAMA. Ele também instiga o município a definir um plano de

8Lei nº 12.651 de 25 de Maio de 2012: Dispõe sobre a proteção da vegetação nativa; altera as Leis nos 6.938, de 31 de agosto
de 1981, 9.393, de 19 de dezembro de 1996, e 11.428, de 22 de dezembro de 2006; revoga as Leis nos 4.771, de 15 de setembro
Pressupostos Bibliográficos CALDAS, Jonathan Anderson de P. 26

gerenciamento no âmbito ambiental, para que as unidades de conservação, áreas de preservação


permanente, cobertura vegetal e área verdes sejam contempladas com políticas de conservação
e preservação. A Resolução XX do Plano diretor de Cuiabá deixa claro que cabe ao município
também estabelecer formas de mapeamento e monitoramento das áreas verdes do município e
formas de manejo e recuperação dessas áreas. E também cabe a definição do percentual mínimo
de áreas verdes por habitantes.

2.3.2 Parques Verdes Estaduais e Municipais situados em Cuiabá - MT.

Parques Urbanos são diferentes das Unidades de Conservação que são porções do território
nacional ou de suas águas marinhas que é instituída pelo poder público municipal, estadual ou
federal, como área sob regime especial de administração. Isso se dá pelo reconhecimento desta
área possuir características naturais relevantes, à qual se aplicam garantias de proteção de seus
atributos ambientais. Têm-se parques cujo objetivo principal não é a preservação da natureza.
Esses parques são classificados como Parques Urbanos e têm como finalidade principal oferecer
opções de lazer à população. Os Parques Urbanos são grandes espaços verdes localizados em
áreas urbanizadas de uso público, com o intuito de propiciar recreação e lazer aos seus
visitantes. Há Unidades de Conservação e Parques Urbanos, abaixo estão elas listadas:

Parque Nacional de Chapada dos Guimarães, criado pelo Decreto Federal nº. 97.656 de 12
de abril de 1989. Com cerca de 33.000 ha, abrange os municípios de Cuiabá e Chapada dos
Guimarães. Aproximadamente 80% do Parque encontra-se no município de Cuiabá. Abaixo na
Figura 11 as escarpas da Chapada dos Guimarães.

de 1965, e 7.754, de 14 de abril de 1989, e a Medida Provisória no 2.166 -67, de 24 de agosto de 2001; e dá outras providências.
Art. 25. O poder público municipal contará, para o estabelecimento de áreas verdes urbanas, com os seguintes instrumentos:
I - o exercício do direito de preempção para aquisição de remanescentes florestais relevantes, conforme dispõe a Lei no 10.257,
de 10 de julho de 2001;
II - a transformação das Reservas Legais em áreas verdes nas expansões urbanas
III - o estabelecimento de exigência de áreas verdes nos loteamentos, empreendimentos comerciais e na implantação de
infraestrutura; e
IV - aplicação em áreas verdes de recursos oriundos da compensação ambiental.
Pressupostos Bibliográficos CALDAS, Jonathan Anderson de P. 27

Figura 11 - Escarpas do Parque de Chapada dos Guimarães, Fonte: Internet.

Parque Mãe Bonifácia, criado como Unidade de Conservação pela Lei nº. 004 de 24 de
dezembro de 1992, Lei Complementar Municipal de Gerenciamento Urbano. Posteriormente,
o governo do Estado, pelo Decreto nº. 1.470 de 09 de junho de 2000, criou o Parque da Cidade.
Com área de aproximadamente 77 ha, localiza-se na Av. Miguel Sutil, Região Oeste de Cuiabá.
O parque Mãe Bonifácia é o parque mais importante da capital cuiabana. Na Figura 12 abaixo
pode ser avistada o parque pela Avenida Miguel Sutil.

Figura 12 - Parque Mãe Bonifácia, em Cuiabá. (Fotografia: Jonathan Anderson de Paula Caldas, 2014)
Pressupostos Bibliográficos CALDAS, Jonathan Anderson de P. 28

Área de Preservação Ambiental (APA) da Chapada dos Guimarães, criada pelo Decreto
nº. 537, de 21 de novembro de 1995, do Poder Executivo Estadual, conta com 251.848 ha,
abrangendo porções dos municípios de Cuiabá, Campo Verde, Chapada dos Guimarães e Santo
Antônio do Leverger. Aproximadamente 29% das terras da APA da Chapada dos Guimarães
situam-se no município de Cuiabá. Esta APA não está inserida dentro do perímetro urbano de
Cuiabá. Portanto, ela não está contabilizada como áreas verdes da cidade. Abaixo na Figura 13
está um croqui elaborado pelo Serviço Geológico do Brasil da localização da APA da Chapada
dos Guimarães.

Figura 13 - Croqui do Parque da Chapada dos Guimarães. Fonte: CPRM, 2010.


Pressupostos Bibliográficos CALDAS, Jonathan Anderson de P. 29

Estrada-Parque Cuiabá, Chapada dos Guimarães criada pelo Decreto nº. 1473, de 09 de junho
de 2000, a estrada-parque tem início no entroncamento das rodovias MT-251 e MT-351,
compreendendo o trecho Cuiabá, Chapada dos Guimarães Mirante (km 15), incluindo faixa
marginal de 300 metros de cada lado da rodovia, a partir do seu eixo. Boa parte desta estrada
parque não está inserida dentro do perímetro urbano de Cuiabá. Portanto, ela também não será
contabilizada como área verde dentro da cidade de Cuiabá.
Parque Massairo Okamura, com área de 53,75 há, localiza-se na Região Norte da cidade,
próximo ao Centro Político e Administrativo, onde funcionam os órgãos públicos estaduais.
Criado pela Lei Municipal nº. 2.681, de 06 de junho de 1989, como reserva ecológica, foi
enquadrado na categoria de Parque pela Lei Estadual nº. 7.506 de 21 de setembro de 2002.
Abaixo na Figura 14 está a porta de entrada do Parque Massairo Okamura.

Figura 14 - Entrada do Parque Massairo Okamura, em Cuiabá. (Fotografia: Jonathan Anderson de


Paula Caldas, 2014.)

Parque Antônio Pires de Campos ou Morro da Luz, localizado na porção mais central da
cidade, no Bairro dos Bandeirantes, chamado popularmente Morro da Luz, recebeu a
denominação de Parque Antônio Pires de Campos pela Lei Municipal nº. 1.315 de 22 de agosto
de 173. Pelo Decreto nº. 870, de 13 de dezembro de 1983, foi declarado Patrimônio Histórico,
Paisagístico e Ecológico do município. No ano de 1987 passou por processo de urbanização.
Atualmente, o parque é utilizado em atividades de educação ambiental pelo CEAM (Centro de
Pressupostos Bibliográficos CALDAS, Jonathan Anderson de P. 30

Educação Ambiental Municipal) e é conservado por meio de parceria entre a Prefeitura de


Cuiabá e a empresa concessionária de energia elétrica do Estado. A seguir na Figura 15 temos
a foto do Parque Antônio de Campos, mais conhecido como Morro da Luz.

Figura 15 - Foto do Parque Antônio Pires de Campos, em Cuiabá. (Fotografia: Jonathan Anderson de
Paula Caldas, 2014).

Parque Jardim Zoobotânico e/ou Horto Florestal Tote Garcia, em 21 de setembro de 1939
o então Prefeito Isaac Póvoas instalou o atual Horto Florestal de Cuiabá na margem esquerda
do rio Coxipó. Em 4 de fevereiro de 1953, através da iniciativa do então prefeito Manoel José
de Arruda, o município de Cuiabá assumiu a exclusiva responsabilidade administrativa da
unidade de conservação, que antes era uma parceria com o Ministério da Agricultura. Em 14
de maio de 1982 foi transformado em Parque Zôo-botânico e em 19 de junho de 1989 por Lei
municipal foi denominado Tote Garcia e possui área de 17 ha. Abaixo na Figura 16 temos uma
foto de dentro do Horto Florestal.
Pressupostos Bibliográficos CALDAS, Jonathan Anderson de P. 31

Figura 16 - Foto do Horto Florestal. Tote Garcia, em Cuiabá. (Fotografia: Luciano da Silva Santos,
2014)

APA Municipal Aricá-Açú, criada pela Lei nº. 3.874, de 05 de julho de 1999, está localizada
no município de Cuiabá, numa zona de transição entre as formações florestais do planalto dos
Guimarães e as da planície do Pantanal. Possui área de aproximadamente 73.195 ha e não faz
limite dentro do perímetro urbano de Cuiabá, portanto não está contabilizado como áreas verdes
urbanas.

Parque Paiaguás ou Parque das Águas, parque ainda em fase de projeto, localizado no
Córrego Quarta Feira. O parque terá 270 mil m², com 1.500 metros de pista de corrida e
caminhada, 1.600 metros de ciclovia, dois quiosques, duas academias ao ar livre, dois
parquinhos infantis e um mirante. A partir das 20h, os visitantes poderão conferir um espetáculo
com fontes luminosas no centro da lagoa, que possui 80 mil metros quadrados de lâmina d’água.
Além disso, será construído um estacionamento para mil vagas e haverá três acessos ao local,
pelo Centro Político Administrativo (CPA), em frente à Assembléia Legislativa, pelo bairro
Paiaguás e pela Avenida Dr. Hélio Ribeiro. Abaixo na Figura 17 está uma foto do local onde
será feito o Parque das Águas.
Pressupostos Bibliográficos CALDAS, Jonathan Anderson de P. 32

Figura 17 - Lago Quarta feira do futuro Parques das Águas, em Cuiabá. (Fotografia: Jonathan Anderson
de Paula Caldas, 2014.)

Parque Dante de Oliveira, o Parque Municipal Dante Martins de Oliveira ainda em fase de
implementação ficará localizado no bairro Ribeirão do Lipa, ao lado do bairro Santa Rosa. O
parque tem a proposta de servir como opção de lazer (esportes náuticos, campo de futebol
society, tênis, pista para equitação e equoterapia com baias, museu, serpentário, borboletário e
aviário).
O grande atrativo, entretanto, será o museu com a temática do ex-governador Dante de
Oliveira. Este, contará sua história política em fotos e vídeos, terá ainda um auditório para 1000
pessoas, salão para exposições temporárias, gabinete verde do prefeito e escritório de
administração do parque. Abaixo na Figura 18 temos uma imagem com a localização e limite
do futuro parque urbano.
Pressupostos Bibliográficos CALDAS, Jonathan Anderson de P. 33

Figura 18 - Imagem aérea do Parque Dante de Oliveira, em Cuiabá. Imagem: World View II, 2010.
Elaboração: Jonathan Anderson de Paula Caldas, 2014.

Parque da Saúde ou Parque Zé Bolo Flô, criado em 2001 e visa oferecer uma opção de lazer
aos moradores do Grande Coxipó, bem como para dar suporte à clientela assistida pelos
estabelecimentos de Saúde localizados em seu entorno, como o hospital Adauto Botelho, a
Escola de Saúde Pública e o CAPS (Centros de Atenção Psicossocial).
O Parque da Saúde Zé Bolo Flô possui 66 hectares de cerrado, com duas pistas para
caminhadas e muitos atalhos utilizados pela população. O parque é cortado pela avenida
principal de acesso ao bairro Coophema e, dentro dos seus limites estão instalados a Escola de
Saúde Pública Doutor Agrícola Paes de Barros, o Núcleo de Ofiologia e o Hospital Adauto
Botelho. Entre os seus atrativos estão muitas espécies de árvores frutíferas. Abaixo na Figura
19, temos uma foto de dentro do parque da saúde em Cuiabá.
Pressupostos Bibliográficos CALDAS, Jonathan Anderson de P. 34

Figura 19 - Parque da Saúde ou Parque Zé Bolo Flô, em Cuiabá. (Fotografia: Luciano Silva Santos,
2014)

Parque Tia Nair, criado pela empresa habitacional Alphaville e pela Prefeitura Municipal de
Cuiabá o Parque Tia Nair foi entregue a população Cuiabana em 15 de Dezembro de 2007.

Figura 20 - Entrada do Parque da Tia Nair, em Cuiabá. (Fotografia: Jonathan Anderson de Paula
Caldas, 2014.)
Pressupostos Bibliográficos CALDAS, Jonathan Anderson de P. 35

Na Figura 20 acima, temos a porta de entrada do Parque da Tia Nair, onde há uma área de
14 hectares que foi doada pelo Grupo Alphaville por causa de danos ambientais causados na
construção do residencial.
Parque Federal da UFMT e Zoológico Estadual - localizado às margens do Córrego do
Barbado e dentro da Cidade Universitária da Universidade Federal de Mato Grosso é uma das
áreas verdes mais vitais para a Capital Mato-grossense.
Possui trilhas e equipamentos esportivos, também pertencentes à Instituição da UFMT,
totalmente integrados com o Parque da UFMT. Abaixo na Figura 21, o Zoológico da
Universidade Federal de Mato Grosso.

Figura 21 - Zoológico da UFMT em dia de chuva, em Cuiabá. (Fotografia: Jonathan Anderson de Paula
Caldas, 2014.)

Parque Municipal Lagoa Encantada - inaugurado em Março de 2010, possui uma grande
área localizada na Estação de Tratamento de Esgoto da Grande Morada da Serra, maior bairro
de Cuiabá. Com especial tratamento das lagoas de decantação e tratamento de esgoto, são
aplicados produtos as águas que evitam propagação do cheiro característico desses locais,
tornando assim o ambiente totalmente adaptado para o uso humano. Abaixo na Figura 22 temos
uma foto da entrada da Lagoa Encantada.
Pressupostos Bibliográficos CALDAS, Jonathan Anderson de P. 36

Figura 22 - Entrada do Parque Municipal Lagoa Encantada, em Cuiabá. (Fotografia: Jonathan Anderson
de Paula Caldas, 2014.)

Parque Urbano Vila Militar - Gen. Plínio Pitaluga - localizado na região dos bairros Santa
Isabel e Santa Amália.

Figura 23 - Fundos do Parque Urbano Vila Militar (em construção) em Cuiabá. (Fotografia: Jonathan
Anderson de Paula Caldas, 2014.)
Pressupostos Bibliográficos CALDAS, Jonathan Anderson de P. 37

Acima na Figura 23 está o muro dos fundos do Parque Militar que ainda está em fase de
implantação, apesar da primeira etapa - pistas de caminhada e reflorestamento já estarem
concluídos, ainda faltam duas fases de implantação.
Estação Ecológica e Balneário da Lagoa Trevisan - localizada na Região Sul de Cuiabá, as
margens da Rodovia dos Imigrantes, é um dos centros de lazer mais importantes de Cuiabá.
Esta área é privada, porém, desde novembro de 2009, a prefeitura e governo estadual vêm
tentando adquirir a área, já que o Parque de Exposições Agropecuárias de Cuiabá e mais a
Associação de Criadores de Mato Grosso (Acrimat) irão se instalar ao lado deste terreno. Na
Figura 24 temos uma foto da lagoa Trevisan.

Figura 24 - Foto da Lagoa Trevisan em Cuiabá. (Fotografia: Jonathan Anderson de Paula Caldas,
2013.)

Parque Memorial João Paulo II - localizado na Rua Oatomo Canavarro, na região do Bairro
Bela Vista. Foi o local onde o Papa João Paulo II realizou, por duas vezes, missas que levaram
milhares de pessoas ao local. Local este que está localizado numa área atrás do Parque Massairo
Okamura. E tem como característica de receber eventos de grande porte como shows. E ainda
está cotada para ser um espaço para instalação do FIFA Fan Fest de Cuiabá. Abaixo na Figura
25 temos uma foto do Memorial.
Pressupostos Bibliográficos CALDAS, Jonathan Anderson de P. 38

Figura 25 - Parque Memorial João Paulo II, (Fotografia: Jonathan Anderson de Paula Caldas, 2014.)

Parque Municipal Nossa Senhora Aparecida - localizado no Bairro Parque Cuiabá, região
Sul de Cuiabá, é um parque urbano de pequenas proporções, porém traz uma infraestrutura
ambiental que favorece a população local.

Figura 26 - Parque Nossa Senhora Aparecida, (Fotografia: Jonathan Anderson de Paula Caldas, 2014.)
Pressupostos Bibliográficos CALDAS, Jonathan Anderson de P. 39

Na Figura 26 acima temos uma foto do parque municipal nossa senhora aparecida.
Inaugurado em 2002, possui pista para caminhada, playground e equipamentos para exercícios
físicos, além de muito verde.
Tais Unidades de Conservação Ambiental foram criadas pela Lei Complementar Municipal
nº. 004/92 e Lei Complementar Municipal de Gerenciamento Urbano, lei que normatiza o
Código de Defesa do Meio Ambiente e Recursos Naturais, orienta a comunidade e integra as
políticas públicas referentes ao ambiente. Abaixo na Figura 27 temos o esboço do mapa com o
perímetro das UC e parques Urbanos localizados no município de Cuiabá.

Figura 27 - Croqui de localização dos Parques Urbanos no perímetro urbano de Cuiabá - MT, Elaborado
por Jonathan Anderson de Paula Caldas, 2014.
Pressupostos Bibliográficos CALDAS, Jonathan Anderson de P. 40

2.3.3 Da Expansão Urbana ao Perímetro Urbano de Cuiabá - MT.

De acordo com os dados da Prefeitura Municipal de Cuiabá (2007), a cidade de Cuiabá, do


ano de 1938 até o ano de 2007, já dispôs de nove regulamentações definindo o seu perímetro
urbano.
A primeira regulamentação deu-se pelo Ato n.º 176, de 25 de julho de 1938. Posteriormente,
em 4 de junho de 1960, sancionou a Lei n.º 534 o então prefeito Hélio Palma de Arruda,
delimitando as zonas urbanas e suburbanas da cidade, estabelecendo a área urbana em 4,50 km².
Grande parte desse contingente radicou-se na cidade. A área urbana disponível não
comportava toda aquela população, razão para que fossem sancionadas leis ampliando o limite
do perímetro urbano em 1974, 1978 e 1982.
Em 12 de março de 1974, o prefeito José Vilanova Torres sancionou a Lei n.º 1.346,
delimitando as áreas urbanas e de expansão urbana da cidade, ficando Cuiabá com a área urbana
de 48,45 km². No ano de 1978, o prefeito Manoel Antônio Rodrigues Palma sancionou a Lei
n.º 1.537, redefinindo as áreas urbanas e de expansão urbana, passando a área urbana para
104,98 km². Em 1979 foi sancionada a Lei n.º 1.601, alterando a lei anterior, porém apenas com
a ampliação da área de expansão urbana. Em 1982, a Lei n.º 2.023, de 9 de novembro, que
dispõe sobre o uso e a ocupação do solo urbano no município de Cuiabá, definiu a nova zona
urbana, lei sancionada pelo então prefeito Gustavo Arruda, ficando a área urbana de Cuiabá
com 153,06 km².
O censo demográfico realizado pelo IBGE, no ano de 1980, contabilizou mais de 200 mil
habitantes; e ainda, durante a década de 80, a população de Cuiabá continuou crescendo
vertiginosamente, tendo sido contabilizados, no ano de 1991, mais de 400 mil habitantes.
Para acomodar este contingente populacional os poderes públicos, estadual e municipal,
construíram diversos núcleos habitacionais, muitos deles fora dos limites do perímetro urbano,
a saber: o Três Barras na Região Norte e, na Região Sul, o Jardim Fortaleza, o Pascoal Ramos,
o São Sebastião, parte do Tijucal e o Pedra 90, este último com mais de 8 mil lotes. Sua locação
fora dos limites do perímetro urbano trazia transtorno aos proprietários, pois inviabilizava a
regularização dos imóveis conforme a legislação urbana vigente. Para resolver tal situação, a
Lei Complementar n.º 003, de 1992, a Lei do Plano Diretor, determinava em uma de suas
diretrizes a incorporação ao perímetro urbano das parcelas urbanas localizadas fora dos limites
do perímetro.
Na elaboração da lei que incorporava essas localidades, observou-se a necessidade de
ampliação da área destinada a receber empreendimentos que, por seu porte ou atividade,
Pressupostos Bibliográficos CALDAS, Jonathan Anderson de P. 41

causassem impactos à cidade, os quais dever-se-iam localizar em área onde não prejudicassem
as demais funções urbanas.
Foi elaborada e sancionada pelo prefeito Dante de Oliveira a Lei n.º 3.412/94, definindo
novo limite do perímetro urbano do município, denominado de Macrozona Urbana, o qual
incorporava as parcelas urbanas localizadas nas adjacências do perímetro urbano, bem como
uma faixa marginal à Rodovia dos Imigrantes, expandindo o perímetro urbano para 251,94 km².
Com isso, várias glebas não urbanizadas foram incluídas na zona urbana e definidas como áreas
de expansão urbana. Portanto, diferentemente do que vigorava até então, as áreas de expansão
urbana já estavam localizadas em zona urbana.
No ano de 2003, tendo-se em vista a construção de um núcleo habitacional em área contígua
à zona urbana, foi aprovada pelo Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano (CMDU) a
recomendação da ampliação do perímetro urbano na região denominada Sucuri, a fim de que
fosse construído conjunto habitacional municipal destinado ao assentamento de pessoas
moradoras em áreas de risco de inundação.
Em julho de 2004, o perímetro urbano municipal foi novamente alterado com a sanção da
Lei n.º 4.598 pelo prefeito Roberto França, revogando a lei anterior e, finalmente, incorporando
a região do Sucuri para a construção do Núcleo Habitacional Sucuri, estabelecendo a área do
perímetro urbano em 252,58 km².
Entretanto, em dezembro de 2004, com a sanção da Lei n.º 4.719, o limite do perímetro
urbano foi ampliado em 1,99 km² pelo prefeito Roberto França. Incorporou-se parte da área
definida pela Lei n.º 4.485, passando a macrozona urbana a contar 254,57 km².
Anteriormente a estas ampliações do perímetro urbano, Cuiabá já dispunha de grande
número de lotes vagos em loteamentos já dotados de infraestrutura, em grande parte aguardando
a valorização imobiliária. E ainda, com os sucessivos acréscimos à área urbana, foram
incorporadas grandes áreas vazias e ociosas a ela, acarretando uma densidade demográfica
urbana baixíssima, de 20,88 hab./ha no ano de 2004, ao passo que o ideal para a otimização da
infraestrutura urbana é de 250 hab./ha.
Estes fatos ocasionam maior custo-cidade, visto que cabe ao poder público municipal prover
e manter a rede de infraestrutura urbana, como: serviços de saneamento, pavimentação viária,
equipamentos urbanos e ainda serviços públicos, como o transporte coletivo e a coleta de lixo,
além de outros. Diante desta realidade, o Plano Diretor de Desenvolvimento Estratégico de
Cuiabá, consolidado na Lei Complementar n.º 0150, de janeiro de 2007, sancionada pelo
prefeito Wilson Santos, determinou em seu artigo 89 a proibição da ampliação do perímetro
urbano pelo período de 10 (dez) anos, a partir da aprovação da lei, salvo em situação de
Pressupostos Bibliográficos CALDAS, Jonathan Anderson de P. 42

calamidade pública. Abaixo na Figura 28 temos um croqui com uma síntese da evolução do
perímetro urbano da cidade de Cuiabá.

Figura 28 - Croqui da evolução do perímetro urbano de Cuiabá. Fonte: Cuiabá, Prefeitura/Instituto de


Planejamento e Desenvolvimento Urbano (IPDU, 2008).
Pressupostos Bibliográficos CALDAS, Jonathan Anderson de P. 43

2.4 GEOPROCESSAMENTO, ANÁLISES GEOGRÁFICAS E


CARACTERÍSTICAS GERAIS.

2.4.1 Introdução ao geoprocessamento

As áreas verdes urbanas são essenciais para a manutenção da qualidade ambiental nas
cidades. Segundo Lucon et al. (2008), a vegetação urbana atua potencialmente na manutenção
de aspectos associados à qualidade ambiental das cidades, interferindo positivamente na
qualidade de vida da população. Para este trabalho foram utilizadas técnicas de
geoprocessamento. Podemos dizer que geoprocessamento se resume em técnicas
computacionais e matemáticas para o tratamento de informação geográfica. É uma ferramenta
interdisciplinar, é uma tecnologia muito útil em diversas áreas do conhecimento, ultrapassando
os limites da cartografia, geografia e da geodésia. Ver figura 29 esquema de fluxo do
geoprocessamento. A necessidade da aplicação do holismo9, encontra-se no geoprocessamento
sua vertente tecnológica, onde diferentes temas são apresentados e analisados conjuntamente.

Figura 29 - Esquema de fluxo do geoprocessamento. Fonte: INPE, 2012

9Holismo:Abordagem que defende o entendimento integral dos fenômenos, em que as propriedades de um sistema completo
não podem ser explicadas apenas pela soma de seus componentes.
Pressupostos Bibliográficos CALDAS, Jonathan Anderson de P. 44

O termo sistema de informação geográfica (SIG) muito conhecido e muitas vezes usado
como sinônimo de geoprocessamento é aplicado para sistemas computacionais que manipulam
dados geográficos. A palavra sistema deve-se ao fato do SIG ser composto por vários
componentes inter-relacionados. A palavra informação deve-se ao fato do SIG permitir a
conversão de dados em informações a partir de manipulações e consultas interativas sobre os
dados armazenados. A palavra geográfica implica que os dados possuem localizações
conhecidas ou podem ser calculadas em termos de coordenadas geográficas. Devido à sua
ampla gama de aplicações (CÂMARA, 1995).
O GIS, além de interdisciplinar permite a convergência de diferentes disciplinas científicas
para o estudo de fenômenos ambientais. Apesar de aplicáveis, esta noção esconde um problema
conceitual: a interdisciplinaridade dos SIG’s é obtida pela redução dos conceitos de cada
disciplina a algoritmos e estruturas de dados utilizados para armazenamento e tratamento dos
dados geográficos. Assim, fica claro que é possível trabalhar com mapeamento de áreas verdes
utilizando o geoprocessamento. Ele trabalha com dados de vários formatos transformando-os
em camadas. Então, podemos classificar esses dados em três grandes grupos de acordo com o
(SOUZA, 2012) como:
Dados Temáticos- Dados temáticos descrevem a distribuição espacial de uma grandeza
geográfica, expressa de forma qualitativa, como os mapas de solos e a aptidão agrícola de uma
região. Estes dados, obtidos a partir de levantamento de campo, são inseridos no sistema por
digitalização ou, de forma mais automatizada, a partir de classificação de imagens.
Dados Cadastrais- Nos dados cadastrais, cada um de seus elementos é um objeto geográfico,
que possui atributos e pode estar associado a várias representações gráficas, por exemplo, os
lotes de uma cidade são elementos do espaço geográfico que possuem atributos (dono,
localização, valor venal, IPTU devido, etc.) e que podem ter representações gráficas diferentes
em mapas de escalas distintas. Os atributos estão armazenados num sistema gerenciador de
banco de dados. No ambiente de um SIG as entidades do mundo real podem ser didaticamente
descritas por atributos espaciais, temporais e temáticos. Os atributos espaciais guardam
informações sobre localização, topologia e geometria das entidades. A localização é registrada
em coordenadas geográficas, coordenadas de projeção ou coordenadas retangulares com uma
origem local. A topologia contém informações sobre vizinhança, distância. A geometria contém
informações sobre área, perímetro, forma. A tecnologia atual de Sistemas de Informação
Geográfica permite a geração de topologia e geometria a partir dos dados de localização. A
manipulação destes atributos, manualmente ou através de sistemas computacionais, com o
objetivo de extrair informações, é denominada de análise geográfica. O registro dos atributos
Pressupostos Bibliográficos CALDAS, Jonathan Anderson de P. 45

pode ser feito de acordo com várias escalas ou níveis de medidas, dependendo do grau de
refinamento que se queira dar à descrição do objeto de estudo.
Imagens ou Rasters- Constituídas por imagens de satélites, fotografias aéreas ou qualquer
imagem digitalizada por meio de “scanners", as imagens representam formas de captura indireta
de informação espacial. Armazenadas como matrizes, cada elemento de imagem (denominado
"pixel") tem um valor proporcional à energia eletromagnética refletida ou emitida pela área da
superfície terrestre correspondente.
Ainda de acordo com o referido autor a natureza do processo de aquisição de imagens, os
objetos geográficos estão contidos na imagem, sendo necessário recorrer às técnicas de
fotointerpretação ou de classificação para individualizá-los. Características importantes de
imagens de satélite são: o número e a largura de bandas do espectro eletromagnético imageadas
(resolução espectral), a menor área da superfície terrestre observada instantaneamente por cada
sensor (resolução espacial), o nível de quantização registrado pelo sistema sensor (resolução
radiométrica) e o intervalo entre duas passagens do satélite pelo mesmo ponto (resolução
temporal).
Ademais, para o mesmo autor, o geoprocessamento, na verdade, é uma das vertentes
evolutivas do sensoriamento remoto, que veio suprir, pode-se assim dizer, a carência de
organização e sobreposição de dados referentes a uma região especificamente estudada. Esta
técnica é, hoje, de ampla utilização, pois permite associar vários itens a uma mesma projeção,
mostrando verdadeiras inter-relações entre atividades de análise em um mesmo espaço físico
(compreenda-se tal tipo de análise como vegetação, ocupação humana, organização urbana,
rural, hidrografia, entre outros.). Portanto, o geoprocessamento é de grande importância para
este trabalho. Toda a classificação, tabulação e análise de dados partirão de técnicas de GIS.

2.4.2 Imagens World View II e suas aplicações no estudo de Áreas


Urbanas

Após o lançamento do satélite WorldView-210em outubro de 2009, muitas imagens orbitais


de alta resolução espacial foram disponibilizadas para estudos detalhados de cidades em áreas

10O WorldView-2 é um satélite de observação da Terra comercial de propriedade da DigitalGlobe. WorldView-2 fornece
comercialmente disponíveis imagens pancromática de resolução 0,46 m, e oito bandas imagens multiespectrais com 1,84 m (6
pés 0 in) resolução. Foi lançado 08 de outubro de 2009 para se tornar o terceiro satélite da DigitalGlobe em órbita, juntando-
se WorldView-1, que foi lançado em 2007 e QuickBird, que foi lançado em 2001. Além disto o WorldView-2 possui capacidade
de coleta de imagens em curto espaço temporal. Seu principal diferencial são os novos sensores, pois ele é primeiro satélite do
mercado que possui 8 bandas multiespectrais. Assim ele pode auxiliar na identificação de objetos e feições possibilitando
análises até então não executadas. Além das 4 bandas tradicionais vermelho, verde, azul e infravermelho, próximo ao sensor
terá 4 bandas adicionais sendo o azul costeiro (Coastal), aplicável a trabalhos oceanográficos, amarela, indicada para distintas
Pressupostos Bibliográficos CALDAS, Jonathan Anderson de P. 46

costeiras. Trata-se do primeiro sistema sensor com 0,46 metros de resolução espacial na banda
pancromática e 1,84 metros nas bandas multiespectrais. Abaixo um exemplo de uma imagem
WVII. Na Figura 30 a seguir, podemos conferir um exemplo de resolução da imagem WVII, e
na Figura 31 o exemplo de imagens de Cuiabá.

Figura 30 - Imagem World View II com o Zoom. Fonte: (DIGITALGLOBE, 2010).

Figura 31 - Imagem World View II de Cuiabá - MT. Fonte: (PMC, 2010).

classificações, vermelho limítrofe e infravermelho-2, voltadas para análises e classificações vegetacionais e estudos de
biomassa.
Pressupostos Bibliográficos CALDAS, Jonathan Anderson de P. 47

Acima estão partes das imagens WVII que foram utilizadas neste trabalho. Para processar e
analisar o grande volume de dados matriciais deste sistema sensor, novas metodologias foram
desenvolvidas e testadas. A OBIA (Object-based Image Analysis), a sigla em inglês de análise
de imagens baseada em objeto, é um novo paradigma metodológico utilizado para a
classificação de uso/cobertura do terreno em áreas urbanas, com imagens de alta resolução
espacial (BLASCHKE e KUX, 2007, BLASCHKE, 2010). Dentro desta concepção a PUC-Rio,
Departamento de Engenharia Elétrica, em parceria com o INPE (DSR e DPI) desenvolveu um
software aplicativo para a análise de imagens baseada em conhecimento chamado de
InterIMAGE11, que tem como principal característica o código aberto e o acesso livre
(PAHL,2008; COSTA, 2009).

2.4.3 Bandas das imagens WV2 – Banda Vermelho e Infravermelho para o uso
do NDVI. (Normalized Difference Vegetation Index).
As imagens World View II tem como padrão 8 bandas, e cada uma tem uma característica
espectral. Podemos observar na Figura 32 abaixo.

Figura 32 - Gráfico de resposta espectral dos canais do WorldView-2. Fonte: (DIGITALGLOBE, 2010.)

11InterIMAGE é um software livre, baseado em conhecimento, para a análise de imagens. Foi desenvolvido num âmbito de
um projeto de cooperação entre o INPE (DPI e DSR), o Laboratório de Visão Computacional da PUC-Rio e Universität Leibniz
de Hannover (Alemanha). De acordo com COSTA (2009), este aplicativo herdou a estrutura do conhecimento, o design e os
mecanismos de controle do sistema alemão GeoAIDA (PAHL, 2008), que consiste num desenvolvimento posterior do AIDA
(Automatic Image Data Analyzer).
Pressupostos Bibliográficos CALDAS, Jonathan Anderson de P. 48

A classificação da cobertura vegetal foi baseada num algoritmo implementado no


InterIMAGE para a geração do NDVI. O NDVI para classificações é muito utilizado e aceito
no meio acadêmico. A base científica para a razão do índice de vegetação é atribuída à absorção
da radiação na região espectral do vermelho, pelas clorofilas presentes nas células vegetais e ao
espalhamento ou reflectância pelas folhas da radiação na região espectral do infravermelho
próximo. Desta forma, cada banda passa a ser um indicador total de vegetação, onde solo e
atmosfera podem conferir incertezas na estimativa dos parâmetros biofísicos (FEITOSA, 2006).
De acordo com Moreira (1999) os dados de reflectância dos alvos podem ser transformados
em índices de vegetação, os quais foram criados com o intuito de ressaltar o comportamento
espectral da vegetação em relação ao solo e a outros alvos da superfície terrestre, sendo que um
dos índices mais utilizados é o NDVI.
A geração do NDVI se dá pela diferença entre a reflectância do infravermelho próximo (IVP)
e a reflectância do vermelho (V), dividida, respectivamente, pela soma das duas reflectâncias
(TOWNSHEND apud SOUZA, 2010). Essa equação gera um índice que varia de -1 a 1. Quanto
maior o valor do índice maior a presença de vegetação.
Para deixar mais claro essa afirmação, verificamos que o NDVI é, proximamente, a razão
simples da diferença normalizada entre o comprimento de onda, onde a vegetação possui alta
reflectância da radiação solar (IVP) e um comprimento de onda, onde ela possui baixa
reflectância (V).
Sendo a Fórmula:
NDVI = (IVP - V) / (IVP + V)
Ainda SOUZA (2010) diz que em razão desta característica, os índices de vegetação são
usados para inferir e monitorar a cobertura e a vigor da vegetação através de imagens de
sensores multiespectrais.

2.4.4 Segmentação não supervisionada e sua validação terrestre de


acurácia.

Neste trabalho foi definido o uso do método de segmentação não supervisionada, com
varredura manual das imagens de todo o perímetro urbano de Cuiabá, Nele está implementado
o algoritmo de máxima verossimilhança ou vizinho mais próximo, onde os pixels que não
casam com a classe definida são direcionados a uma classe vizinha.
De acordo com Rosa (2009), a segmentação de imagens se forma pela interpretação das
mesmas com auxílio de um computador, configurando-se essencialmente, da atribuição de um
Pressupostos Bibliográficos CALDAS, Jonathan Anderson de P. 49

significado específico a um pixel ou a um conjunto de pixels, em função de suas propriedades


numéricas. Esse processo de segmentação se caracteriza pela atribuição aos conjuntos de pixels
que possuem características espectrais comuns entre si, uma assinatura espectral que nos diz
que aquele conjunto de pixels representa um tipo específico de uso da terra, como água,
pastagem, reflorestamento, área verde, área urbana etc.
As técnicas de segmentação de imagens podem ser divididas em não-supervisionada e
supervisionada. A primeira, não é necessário nenhum tipo de informação sobre as classes de
interesse, somente examinando sem auxílio do analista de imagens, os agrupamentos espectrais
do alvo e dividindo-os em classes. Esse tipo de segmentação trabalha com uma lógica conhecida
como análise de agrupamento (cluster analysis), sendo útil quando o analista não possui
informações sobre a área imageada, e considerando que as classes são definidas no algoritmo
da classificação (ROSA, 2009). Dentre várias técnicas de segmentação não-supervisionada,
podemos destacar a opção CLUSTER, que tem como característica o uso de seleção dos pixels
pelos picos dos histogramas, assim, com os picos identificados, todos os possíveis valores são
associados ao pico mais próximo, e as classes tendem a cair no ponto médio entre os picos
(EASTMAN, 2006). Contudo, neste trabalho proposto, utilizaremos a segmentação não
supervisionada, utilizando índices de NVDI. E posteriormente uma varredura manual do
analista de imagens.
Para que possamos identificar as segmentações realizadas, devem-se validadas com a
chamada verdade terrestre, que se caracteriza pela real utilização do uso do solo na área de
estudo. Esse processo é feito a partir de índices de acurácia, ou exatidão, que realizam uma
comparação entre as matrizes de pixels da classificação temática e os da verdade terrestre.
Segundo Rosenfield e Fitzpatrick-Lins (1986), dentre os diversos métodos existentes para
essa avaliação, o índice Kappa é o mais recomendado por utilizar todas as células da matriz ao
invés de somente os elementos diagonais, isso é o que garante uma maior acurácia em relação
aos outros métodos devido à medição da probabilidade de um pixel estar corretamente
classificado, em relação à probabilidade de estar incorretamente classificado (DEMARCHI et
al, 2011).

2.4.5 Avaliação de precisão da segmentação pelo índice de KAPPA

Para avaliação do desempenho estatístico do classificador empregou-se o Índice de


concordância Kappa para avaliar a precisão da classificação temática, pois esta análise é um
método multivariado discreto utilizado para calcular a medida de concordância global, sendo
Pressupostos Bibliográficos CALDAS, Jonathan Anderson de P. 50

baseada na diferença entre a concordância real de classificação e os dados de referência. A


referência do nível de significância de Kappa está baseada na avaliação de Landis e Koch (1977)
in Amaral et. al (2009). O índice Kappa possui intervalos determinados que caracterizam a
acurácia das classificações realizadas em relação à verdade terrestre, determinados por Landis
e Koch (1977) e adaptados por Piroli (2010b), apresentadas no quadro 1 abaixo.

Quadro 1 - Demonstração de qualidade da segmentação (KAPPA), Fonte: PIROLI, 2010.

De acordo com o Quadro 1 acima, quanto mais próximo a 1, significa que a qualidade da
classificação é mais satisfatório.
Procedimentos Metodológicos CALDAS, Jonathan Anderson de P. 51

3. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
3.1 ABORDAGEM METODOLÓGICA

Para minimizar a exploração da terra o uso desenfreado e desordenado criou-se na sociedade


uma necessidade de desenvolver tecnologias e métodos que viessem a auxiliar na “compreensão
da dinâmica natural e ação sobre a natureza, de modo a mitigar e/ou recuperar os danos já
causados pela ação humana” (DEMARCHI et al, 2011, p. 235). E dentre várias tecnologias
utilizadas atualmente para o manejo correto do uso da terra, o planejamento ambiental é de
suma importância, principalmente a delimitação de áreas de proteção ambiental, conservação
tanto do solo quanto dos recursos hídricos, e para ajudar o planejamento e tomada de decisões
neste trabalho são utilizados o sensoriamento remoto e o geoprocessamento.

3.2 VISÃO GERAL DOS PROCEDIMENTOS TÉCNICO-OPERACIONAIS

Para a elaboração deste trabalho foi realizado levantamento bibliográfico em trabalhos


anteriores sobre esta temática, legislações ambientais, artigos e outras fontes. E posteriormente,
foi realizado levantamento de dados cartográficos para confecção dos mapas índices e
temáticos. Podemos classificar os procedimentos metodológicos em três grandes etapas.
Na Figura 33 está o quadro demonstrativos dessas grandes etapas, onde com a primeira, já
citada anteriormente, foi possível a elaboração de todo o pressuposto metodológico para o
embasamento de conceitos, técnicas de análise para que houvesse um retroalimentação das
análises feitas com os dados adquiridos e também com os conceitos e o que dizem grandes
autores sobre a temática de áreas verdes.
Outra grande etapa intitulada como Construção da base de dados georreferenciados com
enfoque na área urbana de Cuiabá - MT. Nela está contida todo o processamento, segmentação
e desenvolvido por meio de análise, representação e distribuição geográfica com aplicação de
técnicas de geoprocessamento, utilizando o Sistema de Informações Geográficas (SIG) e
técnicas de Processamento Digital de Imagens (PDI)12, para facilitar a localização e
mapeamento, além da utilização de imagens de satélites da área trabalhada.

12
Por Processamento Digital de Imagens (PDI) entende-se a manipulação de uma imagem por computador de modo que a
entrada e a saída do processo sejam imagens. O objetivo de se usar processamento digital de imagens é melhorar o aspecto
visual de certas feições estruturais para o analista humano e fornecer outros subsídios para a sua interpretação, inclusive gerando
produtos que possam ser posteriormente submetidos a outros processamentos (SPRING, 1996).
Procedimentos Metodológicos CALDAS, Jonathan Anderson de P. 52

Construção da base de
Levantamento dados
e revisão georreferenciados com
bibliográfica enfoque na área
urbana de Cuiabá - MT.
Nesta fase foi feita a
classificação das
imagens.

Cruzamentos
de dados do
IBGE, Seplan e
análises
espacias dos
dados
cartográficos.

Obj. 1: Classificação das Imagens;


Obj. 2: Análise Espacial com cruzamentos de dados do IBGE, PMC;
Obj. 3: Mapeamento da cobertura vegetal, mapas e índices.

Figura 33 - Fluxo Geral Metodológico, Elaborado por Jonathan Anderson de Paula Caldas, 2013.

Neste capítulo de procedimentos metodológicos é descrita com detalhes toda a abordagem


metodológica da segunda e terceira grandes etapas descritas no fluxo demonstrativo acima,
Figura 33. Neste capítulo contém esquemas e fluxos sintéticos de cada etapa. Assim, para um
melhor entendimento no final tem um fluxograma com todo o procedimento metodológico.

3.3 CLASSIFICAÇÃO DAS ÁREAS VERDES

Como citado nos pressupostos bibliográficos, a classificação das áreas verdes segue as regras
caracterizadas no fluxograma sintetizado da Figura 5 onde a premissa é que o objeto de estudo
é uma área constituída dentro da sede do perímetro urbano do município de Cuiabá, podendo
ser uma área urbanizada e também da expansão urbana. As área verdes têm como característica
espaços livres de edificação e/ou com percentagem mínima de edificação, e principalmente com
o predomínio de vegetação arbórea.
Também devem ser espaços destinados à preservação ou implantação de vegetação ou ao
lazer público. A utilização de um conceito de áreas verdes que considera sua localização, a
Procedimentos Metodológicos CALDAS, Jonathan Anderson de P. 53

predominância de vegetação arbórea e de solo livre de edificações e que enfatize as funções


ecológicas (aumento do conforto térmico, controle da poluição do ar e acústica, interceptação
da águas das chuvas, e abrigo à fauna), estéticas (valorização visual e ornamental do ambiente
e diversificação da paisagem construída) e de lazer (recreação) que estas áreas podem exercer.
A quantificação da área arbórea é de suma importância neste trabalho, pois, nela foi possível
conhecer os valores quantitativos destas áreas, e principalmente, com esses dados foi possível
fazer várias análises espaciais. O método simples de obtenção do índice de áreas verdes13 é
utilizado por diversos autores, (MILANO, 1984; HENKE-OLIVEIRA ET AL., 1996;
HARDER, 2002; COSTA e FERREIRA, 2007).
Constitui na obtenção do total de áreas verdes em metros quadrados, que é feita a partir de
mapeamento em escala de detalhe, dividido pelo número de habitantes da respectiva área
adotada. Mas, para a obtenção dessas áreas verdes deste trabalho serão levadas em conta
somente áreas classificadas como tal. Nela levará em consideração o fluxo apresentado
anteriormente na Figura 5, Na Figura abaixo temos agora de forma completa para um melhor
entendimento. Este organograma completo de definição do conceito de áreas verdes empregado
no trabalho pode ser visto abaixo na Figura 34.

13O índice de áreas verdes ou IAV é aquele que expressa a quantidade de espaços livres de uso público, em km² ou m², pela
quantidade de habitantes que vivem em uma determinada cidade. Então, neste cômputo, entram as praças, os parques, ou seja,
aqueles espaços cujo acesso da população é livre. Vale salientar que é trabalhado com um primeiro valor que é em função da
quantidade total das áreas existentes e um segundo, recalculado, que expresse quantas dessas áreas estão sendo realmente
utilizadas, após uma avaliação do seu estado de uso e conservação. Este índice se refere àquelas áreas verdes que desempenham
todas as funções descritas no item anterior (Como Função Estético, Função Ecológica e função Lazer). No entanto, está
intimamente ligado à função de lazer que desempenham ou que podem desempenhar.
Procedimentos Metodológicos CALDAS, Jonathan Anderson de P. 54

Figura 34 - Organograma Completo de definição do conceito de áreas verdes empregado no trabalho.


Fonte: Bargos, 2010 e Adaptado por Jonathan Anderson de Paula Caldas, 2014.

A escala de trabalho para a classificação será de 1:5000 e foram utilizados vários softwares
de geoprocessamento, principalmente o ArcMap 10.1.
A utilização do SIG permitiu ainda, uma visão da distribuição espacial das áreas verdes com
base no IAV (Índice de Áreas Verdes) obtidos para cada região urbana (bairros) a partir da
geração de um produto cartográfico na escala de 1:12.000 de toda a área urbana da cidade de
Procedimentos Metodológicos CALDAS, Jonathan Anderson de P. 55

Cuiabá. Este trabalho possibilitou ainda, tecer análises a respeito de sua ocorrência e
distribuição nesta capital. Com os dados vetorizados foi possível obter vários índices de área
verde. Dentre as calculadas são:
 Índice de área verde total (IAV);
 Índice de área verde total (IAVB);
 Percentual de área verde por bairro (PAVB);
 Percentual de área verde utilizável (PAVU);
 Percentual de área verde utilizável por bairro (PAVUB);
 Percentual de cobertura vegetal por bairro (PCVB);
 Percentagem de área útil das áreas verdes por bairro (PAUVB).
Abaixo é simplificado um pequeno resumo dos índices e da metodologia para aplicação do
cálculo. Este mesmo método foi aplicado por (HARDER et al., 2006) num trabalho no
município de Vinhedo em São Paulo.
Índices de áreas verdes - Para calcular o índice de áreas verdes da cidade de Cuiabá, foi
considerado o somatório das áreas totais, expressos em metro quadrado, dividido pelo número
de habitantes da área urbana. As áreas dos canteiros sem arborização não serão consideradas.
Índice de área verde total (IAV)- Neste índice estão empregadas as somatórias das áreas
verdes dividida pela população residente.
IAV = ∑das áreas totais das Áreas Verdes
n. de habitantes da área urbana
Índice de área verde total (IAVB)- Neste índice estão empregadas as somatórias das áreas
verdes dividida pela população residente por bairro.
IAVB = ∑das áreas totais das Áreas Verdes
n. de habitantes por bairro
Percentual de área verde por bairro (PAVB)- Neste percentual estão empregadas as
somatórias das áreas verdes dividida pela população residente.
PAVB = ∑das áreas totais das Áreas Verdes
Área urbana (m²) por bairro
Percentual de área verde utilizável (PAVU)- Neste percentual o cálculo do índice de áreas
verdes utilizáveis será obtido por meio da seguinte fórmula:
PAVU = ∑das áreas (m²) da Área verde totalmente utilizáveis
Área urbana (m²)
Procedimentos Metodológicos CALDAS, Jonathan Anderson de P. 56

Percentual de área verde utilizável por bairro (PAVUB)- Neste percentual o cálculo do
índice de áreas verdes utilizáveis (Grupo: A, B e C) será obtido por meio da seguinte fórmula:
PAVUB = ∑das áreas (m²) de Área verde totalmente utilizáveis
Área urbana (m²) por bairro
Percentual de cobertura vegetal por bairro (PCVB)- Neste percentual é o cálculo do
percentual de cobertura vegetal por bairro:
PCVB = ∑das áreas cobertura vegetal
Área urbana (m²) por bairro
Percentagem de Área útil das áreas verdes por bairro (PAUVB)- Neste é o cálculo do
percentual de área verde útil aos habitantes (Grupo: A, B e C) por bairro:
PAUVB = ∑Área verdes dos grupos A, B e C
Área urbana (m²) por bairro

A classificação das áreas verdes traz dinâmica e possibilidade de apresentar dados


satisfatórios para análises. Rosset (2005) dividiu as áreas verdes em 3 grandes grupos, e para
este trabalho foi dividido em 4 grandes grupos, a saber:
Grupo A- Áreas verdes de uso coletivo, acessíveis a população em geral, sem qualquer
descriminação; apresentam frequentemente um alto valor ecológico, estético e, sobretudo
social. No geral caracterizados como parques.
Grupo B- Áreas públicas com valor social e estético frequentemente elevados, contudo com
metragem limitada dentro de áreas urbanas com características de áreas com a cobertura vegetal
40% de cobertura mínima dá sua área total.
Grupo C- Áreas verdes categorizadas pela prefeitura municipal, com pouco potencial
estético e social, e com algum valor ecológico.
Grupo D - Áreas pertencentes ao sistema viário em região urbanizada, pouca arborizada ou
apenas com vegetação herbácea; não apresentam equipamentos de lazer, bancos ou qualquer
forma de dispositivos que se constituam em atrativos para visitação, refletindo baixo valor
ecológico e estético;
De posse da organização dos produtos cartográficos foram elaboradas feições de áreas
verdes em escala 1:10.000, sendo que, somente foi analisada a área que tem intersecção de
limite com a sede do perímetro urbano. Tais dados foram disponibilizados pela Prefeitura
Municipal de Cuiabá, e definida por Lei nº 4.719 de 30 de Dezembro de 2004. E para a
elaboração e organização desses insumos cartográficos foi utilizando também o software de
Procedimentos Metodológicos CALDAS, Jonathan Anderson de P. 57

geoprocessamento ArcGIS 10.1 e para a tabulação dos dados e construção dos gráficos foi
utilizado o software Microsoft Office Excel 2013.

3.4 AQUISIÇÃO E PROCESSAMENTO DOS DADOS ESPACIAIS

Os dados vetoriais e matriciais foram disponibilizados sem custos pela Prefeitura Municipal
de Cuiabá para a elaboração desta dissertação. Foram também adquiridos dados em formato
shapefile14 da Secretaria de Estado de Planejamento de Mato Grosso (SEPLAN) e também da
Secretaria de Estado e Meio Ambiente de Mato Grosso (SEMA). Outros dados tabulares
utilizados na dissertação foram adquiridos pelo site do Instituto Brasileiro de Geografia
Estatística (IBGE).

3.4.1 Aquisição e organização de dados vetoriais

A sede do perímetro urbano de Cuiabá possui 195 bairros homologados pela PMC
(Prefeitura Municipal de Cuiabá-MT). Para a definição do IPTU, a referida prefeitura tem como
zoneados, dados referentes a um total de 117 bairros. Essa discrepância de dados faz com que
de alguma forma tentemos equiparar os dados de Bairros Homologados da PMC X Bairros de
lançamento do sistema arrecadação do IPTU da PMC x Bairros do IBGE (Censo 201015). A
metodologia utilizada para equiparação desses dados para efeito de análise foi a dissolução dos
dados da PMC com os dados do IBGE. Como usamos a base das informações utilizadas pelo
IBGE, na Figura 35 temos o fluxo de condensamento (grau de agregação) utilizado nos bairros.

14O Esri Shapefile ou simplesmente shapefile é um formato popular de arquivo contendo dados geoespaciais em forma de vetor
usado por Sistemas de Informações Geográficas também conhecidos como SIG. Foi desenvolvido e regulamentado por Esri
como um especificação aberta para interoperabilidade por dados entre os softwares de Esri e de outros fornecedores.
Espacialmente os shapefiles descrevem geometrias: pontos, linhas, e polígonos. Entre outras coisas, essas geometrias podem
representar Poços, Rios, e Lagos, respectivamente. Cada item pode ter atributos que os descrevem, por exemplo: nome,
temperatura ou profundidade.
15 O Censo brasileiro de 2010 ou Censo demográfico de 2010, décima segunda operação censitária no Brasil, foi realizado

pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), que procurou retratar a população brasileira, suas características
socioeconômicas e ao mesmo tempo, a base para todo o planejamento público e privado da década 2010-2020.
Procedimentos Metodológicos CALDAS, Jonathan Anderson de P. 58

Figura 35 - Fluxo hierárquico da estrutura dos dados e seu esquema de agregação para equiparação dos
dados para a análise. Elaborado por: Jonathan Anderson de Paula Caldas, a partir de dados fornecidos
pelo IBGE, 2010 e Prefeitura Municipal de Cuiabá, 2012

Figura 36 - Croqui de agregação dos bairros para análise. Elaborado por Jonathan Anderson de Paula
Caldas, a partir de dados fornecidos pelo IBGE, 2010.
Procedimentos Metodológicos CALDAS, Jonathan Anderson de P. 59

Dos 195 bairros da base cadastral condensamos para 125 bairros utilizando como
metodologia a sobreposição de áreas com a de vizinho mais próximo e a maior quantidade de
habitantes em amostra do IBGE. Dos 117 bairros com dados de IPTU, foi condensado para os
125 bairros identificados pela IBGE.Nesses dos casos os bairros restantes ficou definida a
importação dos valores integrais do valor lançado do bairro Altos da Glória e também para o
bairro Três Barras, e da mesma forma foi feita do bairro Distrito Industrial para o bairro Jardim
industriário.
No croqui da Figura 36 temos os bairros de acordo com o IBGE em preto e os limites
condensados em vermelhos. Portanto, com essa metodologia aplicada foi possível obter dados
espaciais com os limites desses bairros com informações do IPTU e de informações
alfanuméricas do censo de 2010.

3.5 PROCEDIMENTOS TÉCNICO-OPERACIONAIS DE PDI

Com o trabalho intitulado de Análise e Mapeamento de Áreas Verdes da cidade de Cuiabá-


MT, utilizando imagens de alta resolução espacial, mostra-se o intuito do autor em mapear e
analisar as áreas verdes com a precisão e qualidade de imagem que as imagens de alta resolução
espacial trazem nos resultados da identificação da cobertura vegetal e também dos limites
espaciais de cada área verde. Demonstrando assim, um resultado e indicadores mais próximos
do real, ajudando dessa forma, a demonstrar a verdadeira realidade acerca dos índices de áreas
verdes. E para comprovar os resultados obtidos através de processamentos dessas imagens,
abaixo está todo o procedimento metodológico utilizados no PDI desta dissertação. A fim de
comprovar acurácia e veracidade nos dados encontrados.

3.5.1 Fluxograma metodológico de PDI.

Os procedimentos metodológicos utilizados no processamento digital de imagens seguem


uma regra lógica de preparar as imagens que foram adquiridas em estado avançado de
processamento, vez que as imagens foram já recebidas fusionadas e ortorretificadas pela
Prefeitura Municipal de Cuiabá, não sendo necessário utilizar as imagens da forma básica
(bruta). Abaixo na Figura 37 está o Fluxo metodológico utilizado no PDI.
Procedimentos Metodológicos CALDAS, Jonathan Anderson de P. 60

Figura 37 - Fluxo sintético metodológico de PDI. Elaborado por: Jonathan Anderson de Paula Caldas,
2014.

3.5.2 Aquisição e Pré-Processamento de dados matriciais

Foram utilizadas imagens de alta resolução espacial do satélite WorldView-2 para a análise
e classificações das áreas verdes. Neste item são descritas as características técnicas de cada
imagem e de que forma foram utilizadas para a confecção de mapas e tabelas contidas nos
resultados.
3.5.2.1 Imagem WorldView-2
Foram utilizadas as imagens WorldView-2 do tipo ORStandard2A; bandas pancromática e
multiespectrais, ver Figura 38, com 0,5 m e 2,0 m de resolução espacial, respectivamente, e
Procedimentos Metodológicos CALDAS, Jonathan Anderson de P. 61

com ângulo de incidência de off-nadir 16º e resolução radiométrica de 11 bits. As imagens


foram obtidas em 24 de junho de 2010, com ângulo de incidência de 8,99° e 0% de cobertura
de nuvens. As datas são de 24/04/2010, 29/05/2010 e 09/06/2010, ver Figura 39.

Figura 38 - Ilustração da organização das imagens WVII. Elaborada por: Jonathan Anderson de Paula
Caldas, 2013.

Figura 39 - Croqui com espacialização da data do imageamento das imagens WVII em Cuiabá.
Elaborada por Jonathan Anderson de Paula Caldas, 2014.
Procedimentos Metodológicos CALDAS, Jonathan Anderson de P. 62

Para realizar a organização das imagens WV-2, elas foram separadas em cartas de 1:50 sem
margem de sobreposição de acordo com as normas técnicas de cartografia.

3.5.3 Análise de imagens baseada em objetos (OBIA).

Para a análise de dados com imagens de alta resolução espacial, como este do WorldView-2
utilizado neste trabalho, o uso da segmentação convencional pixel a pixel é bastante limitada,
principalmente porque estas imagens apresentam uma alta capacidade de heterogeneidade e
nível de variação interna de classes numa mesma cena. (BLASCHKE, 2010)

3.5.4 PDI e definição de classes no InterIMAGEe descrição das Classes.

O objetivo final desta classificação foi de estabelecer uma camada de limites (vetor) da
cobertura vegetal da Imagem World View II do ano de 2010 da cidade de Cuiabá. Foi definido
que a principal fonte de identificação na rede semântica seria o NDVI (Normalized Difference
Vegetation Index) também conhecido como IVDN (Índice de Vegetação por Diferença
Normalizada), que como explicado anteriormente é um índice que nos permite fazer análises,
em diversas escalas, sobre a cobertura vegetal de determinada região.

3.5.4.1 Clipping das Imagens com o uso do ENVI.

As imagens World View II fornecidas pela PMC, foram recebidas separadas em quadriculas de
7,5 km x 6,5 km, sendo que o software utilizado nesta segmentação tem o limite de
processamento de 2 km x 2 km para um processamento lento num computador com
configurações de hardware básicas para PDI (Sistema Operacional Windows 8.1, com 4
gigabytes de Memória RAM, com 1 terabyte de HD destinados a armazenamentos das imagens
e um Processador Intel CORE I5 de 3.0 giga-hertz). Assim, para que fosse possível a
classificação destas imagens foram recortadas (clipping) sem sobreposição em 93 partes
obedecendo aos limites das cartas recebidas e também de acordo com o limite do perímetro
urbano utilizado. Na Figura 40 abaixo, temos espacializados os limites dos recortes das imagens
para a segmentação.
Procedimentos Metodológicos CALDAS, Jonathan Anderson de P. 63

Figura 40 - Croqui com o limite dos recortes das imagens WVII para processamento. Elaborada por:
Jonathan Anderson de Paula Caldas, 2014.

Os perímetros dos limites das imagens foram feitos no Arcmap 10.1 e exportados para
shapefile individual para cada área. Após a elaboração da malha de corte, foi executado o
recorte das imagens no software ENVI16 4.8. utilizando os seguintes passos:

1. Para abrir a imagem a ser recortada ir em FILE > Open Image File; (Figura 41) / 2. Load
RGB; (Figura 41)

16
ENVI (um acrônimo para "Ambiente para a visualização de imagens") é uma aplicação de software usada para processar e
analisar imagens geoespaciais. É comumente utilizada por sensoriamento remoto profissionais e analistas de imagem.ENVI
pacotes juntos uma série de algoritmos científicos para o processamento de um lote de imagem que estão contidos na abordagem
automatizada, baseada em assistente que orienta os usuários através de tarefas complexas. Ela foi originalmente desenvolvida
por Melhor Consulting Solutions, LLC, uma parceria de cinco indivíduos em Boulder, Em 2000, foi vendido ao ENVI Kodak,
ao mesmo tempo Kodak adquiriu RSI.
Procedimentos Metodológicos CALDAS, Jonathan Anderson de P. 64

Figura 41 - Processo de abertura de imagem no software ENVI 4.8. Elaborado por Jonathan Anderson
de Paula Caldas, 2014.

3. Para inserir o vetor ir para VECTOR > Open Vector File; / 4. Add o vetor no formato SHP; Após
adicionado, visualizá-lo na janela (Figura 42) ; / 5. Exporta-se para Layer ROIs (Figura 42);

Figura 42 - Processo de inserção do vetor de recorte da imagem no software ENVI 4.8. Elaborado por
Jonathan Anderson de Paula Caldas, 2014.
Procedimentos Metodológicos CALDAS, Jonathan Anderson de P. 65

6. Para efetuar o Clipping, ir em Basic Tools > Subset Data via ROIs (Figura 43);

Figura 43 - Processo de recorte da imagem no software ENVI 4.8. Elaborado por Jonathan Anderson
de Paula Caldas, 2014.

7. Para salvar a imagem recortada ir em File > Save File As > TIFF/GeoTIFF; (Figura 44)

Figura 44 - Processo de salvamento da imagem recortada no software ENVI 4.8. Elaborado por
Jonathan Anderson de Paula Caldas, 2014.
Procedimentos Metodológicos CALDAS, Jonathan Anderson de P. 66

8. Após o recorte de todas as imagens foi possível fazer a classificação da cobertura vegetal no
software InterIMAGE.

3.5.5 Segmentação do NDVI no Software InterIMAGE

Dentre vários classificadores existentes no mercado, o que mais aproximou das


características que buscávamos na segmentação foi o InterIMAGE, pois, nele não foi preciso
usar mineração de dados para a segmentação e só utilizamos uma simples rede semântica para
a árvore de decisão.
De acordo com Ribeiro (2010) e Carvalho (2012), as principais características do
InterIMAGE são a sua flexibilidade para a interpretação de imagens multi-sensores e a redução
de tempo computacional para o processamento e carregamento para a análise de imagens. A
versão mais recente do InterIMAGE pode ser efetuada download em http://www.lvc.ele.puc-
rio.br/projects/interimage/.
Neste trabalho, utilizamos a versão mais recente disponibilizada no site, qual seja, a
InterIMAGE Setup 1.38 (beta) (Windows 7 | 59.1 Mb) de Outubro de 2013.

3.5.5.1 REDE SEMÂNTICA.

A rede semântica foi muito importante na segmentação destas áreas, e foi criada para este
trabalho considerando as classes de vegetação e outros sobre a cobertura do solo para as áreas
verdes, baseando na análise visual do analista nas imagens do WorldView-2 e do conhecimento
prévio da área pelo autor. Podemos destacar duas rede semânticas:
Vegetação – Local onde configura-se a vegetação arbórea.
Outros – Todo e qualquer classe, onde não denomina-se cobertura vegetal como solo nu,
telhados (metal, de cerâmicos e de fibrocimento), pavimentação com asfalto, estrada de terra,
rios, córregos e piscinas e entre outros.

3.5.5.2 PROCESSAMENTO NO SOFTWARE LIVRE InterIMAGE.

Ao todo foram executados 93 processamentos com cerca de 40 minutos cada imagem,


levando em conta desde a configuração do projeto, aplicação da rede semântica e configuração
das bandas a serem classificadas. E mais, tivemos cerca de 65 horas de processamento de
imagens. Abaixo apresentam-se alguns passos de configuração do InterIMAGE.
1. Para a configuração de um novo projeto os itens da Figura 45 abaixo tiveram que ser
preenchidos:
Procedimentos Metodológicos CALDAS, Jonathan Anderson de P. 67

Figura 45 - Processo de configuração inicial do novo projeto no software InterIMAGE. Elaborado por
Jonathan Anderson de Paula Caldas, 2014.

Abaixo a Figura 46 com a imagem carregada e preparada para a configuração dos parâmetros
para a segmentação:

Figura 46 - Tela com a imagem carregada no software InterIMAGE. Elaborado por Jonathan Anderson
de Paula Caldas, 2014.

A seguir a Figura 47 de configuração dos NÓS da rede semântica, para que o software faça
a árvore de decisão:
Procedimentos Metodológicos CALDAS, Jonathan Anderson de P. 68

Figura 47 - Processo de elaboração dos NÓS para configurar a rede semântica no software InterIMAGE.
Elaborado por Jonathan Anderson de Paula Caldas, 2014.

Abaixo a Figura 48 de configuração da Árvore de decisão proveniente da rede semântica, e


também a configuração dos parâmetros de classificação como a escolha da banda e o valor
limiar do NDVI (threshold):

Figura 48 - Processo de configuração do NDVI e das bandas a serem classificadas no software


InterIMAGE. Elaboração: Jonathan Anderson de Paula Caldas, 2014.

Após a configuração do projeto, foi iniciado o processo de segmentação. Abaixo a Figura 49


com a tela de START:
Procedimentos Metodológicos CALDAS, Jonathan Anderson de P. 69

Figura 49 - Processo de START na segmentação da cobertura vegetal no software InterIMAGE.


Elaborado por Jonathan Anderson de Paula Caldas, 2014.

3.6 ORGANIZAÇÃO PÓS PROCESSAMENTOS DOS DADOS ESPACIAIS

3.6.1 Processamento de vetores provenientes de dados matriciais.

Dentre várias classificações conhecidas, a que mais se aproxima de um resultado satisfatório


com o InterIMAGE foi a segmentação não supervisionada com a varredura manual do analista
de imagens. Nesta etapa de amostragem procurou-se abranger os pixels com padrão espectral
referente à classe final a ser apresentada no mapeamento. Ver Figura 50.

Figura 50 - Figura ilustrativa da segmentação no InterIMAGE. Elaborado por Jonathan Anderson de


Paula Caldas, 2014.

No entanto, erros de segmentação automática foram detectados neste método, com pixels
identificados em classes com assinaturas espectrais semelhantes (por exemplo, Área Verde VS.
Sombra VS. Lâmina d’água). Através de uma segmentação utilizando o NDVI com valor limiar
do NDVI (threshold) de 0.10, valor este pré-estabelecido depois de vários testes, foi o que
apresentou um melhor resultado na segmentação/classificação.
Procedimentos Metodológicos CALDAS, Jonathan Anderson de P. 70

Para solucionar os erros na segmentação por causa de incidência de sombras e espelho de


água foi feito um clipping em algumas áreas dos logradouros com as suas respectivas
metragens, áreas edificadas e também da massa de água, e ainda uma varredura manual de toda
a área segmentada. Nele foi feito edições de áreas e até mesmo adições de áreas que a
segmentação não classificou, mas, que no olhar do analista poderia ser classificado.
Após este processo, o resultado da segmentação foi convertido para vetor e exportado para
shapefile da ESRI, para que fosse usado nas confecções dos PCV (Percentual de Cobertura
Vegetal) no software ArcMap 10.1.

3.6.2 Validação de acurácia da classificação e avaliação com o índice de


Kappa.

Para a validação de acurácia da classificação, utilizamos o software ENVI. Nele foram


usadas amostras da classificação junto com as imagens para rodar o índice. Na Tabela 1
encontram-se as informações das classes usadas na classificação.
Tabela 1 - Informações das classes utilizadas na classificação no InterIMAGE. Elaborado por Jonathan
Anderson de Paula Caldas, 2014.

CLASSE Imagem Operadores Atributos/Parâmetros

VEGETAÇÃO World NDVI


ARBÓREA View II Segmenter Limiar: 0.10

World Dummy Não foi inserida


OUTROS View II Topdown nenhuma regra

Abaixo na tabela 2 temos o resultado de índice Kappa obtidos no uso do solo urbano no valor
de:
Tabela 2 - Índice de Kappa e Exatidão Global. Elaborado no software ENVI. Por Jonathan Anderson de
Paula Caldas, 2014.

Índice de Kappa Exatidão Global


0,732759 0,012998072
O índice Kappa de 0,7327 – é considerado como “muito bom”, para Landis e Koch (1977)
com a exatidão global de 0,0129.
Verificou-se que o algoritmo NDVI incrementado no InterIMAGE selecionou,
principalmente, atributos relativos à presença de cobertura vegetal, usando uma estratégia
similar à de um intérprete humano na caracterização das classes.
Procedimentos Metodológicos CALDAS, Jonathan Anderson de P. 71

Então, podemos enfatizar que os dados e o método utilizados são viáveis no mapeamento.
Porém, foi necessária a utilização de algumas correções manuais de toda a cobertura, por um
analista.

3.6.3 Processamento de vetores dos dados geográficos.

A análise espacial ajuda o processamento dos dados a serem usados permitindo também,
através de uma análise, entender os atributos e variáveis que explicam certos processos. O
cruzamento de informações obtidas em imagens de satélite com dados de instituições de
administração pública como o da Prefeitura de Cuiabá e do IBGE, pode de várias formas,
mostrar índices e variáveis para identificar fragilidade ambiental, no entanto os dados devem
ser compatíveis e comparados com regras bem específicas para não serem criados dados falsos.
Para organização e gerenciamento das informações georreferenciadas utilizamos o programa
ArcGIS 10.1. Os arquivos vetoriais foram armazenados em um Geodatabase e os matriciais em
um Filegeodatabse, ambos arquivos da plataforma da ESRI.

Figura 51 - Demonstração da estrutura dos dados numa planilha com seus respectivos valores. Elaborado
por Jonathan Anderson de Paula Caldas, 2014 a partir de dados fornecidos pelo IBGE, 2010 e Prefeitura
Municipal de Cuiabá, 2012.
Procedimentos Metodológicos CALDAS, Jonathan Anderson de P. 72

Acima a Figura 51 com exemplos de dados alfanuméricos obtidos pelo Censo de 2010,
organizados em planilhas do Excel e também associados a geometrias com o limite de bairros.
E ainda, os dados estabelecidos como área verdes legalizadas do Estado de Mato Grosso
com dados vetoriais obtidos pela Secretaria de Estado e Meio Ambiente de Mato Grosso.
Após todo o processamento com os dados em mãos e devidamente padronizados estavam
aptos para estabelecer análises espaciais.
Logo após a condensação para a padronização e a postagem dos valores numa planilha, foi
possível integrar essas informações, espacialmente, na base vetorial de bairros da cidade de
Cuiabá. Esta etapa foi elaborada a partir de 4 mapas temáticos:
 Mapa de Renda Nominal mensal por bairro;
 Mapa de Renda Per capita por bairro;
 Mapa de Lançamento de IPTU por bairro;
 Mapa dos Parques Estaduais na Cidade de Cuiabá.
Para a aplicação da média euclidiana foi criado um bairro irreal com os maiores valores
observado entre os demais bairros e nele tiramos a diferença e elevamos ao quadrado.A fórmula
matemática utilizada foi:
2
D= Onde: D = Novo índice , Xn= média renda nominal por bairro, Xsl = Valor

Irreal.
Foram repetidos 3 vezes os cálculos das médias e encontrado um novo índice (D), utilizando
as médias geométricas com distância euclidiana. Com a média estabelecida foi elaborado o
mapa com as três variáveis.
O processo da análise espacial segundo Câmara et al. (2001) compreende um conjunto de
procedimentos encadeados cuja finalidade é a escolha de um modelo inferencial que considere
explicitamente o relacionamento espacial presente no fenômeno. Os procedimentos iniciais da
análise incluem o conjunto de métodos genéricos de análise exploratória e a visualização dos
dados, em geral através de mapas.Essas técnicas permitem descrever a distribuição das
variáveis de estudo, identificar observações atípicas não só em relação ao tipo de distribuição,
mas também em relação aos vizinhos e buscar a existência de padrões na distribuição espacial.
Através desses procedimentos é possível estabelecer hipóteses sobre as observações, de forma
a selecionar o modelo inferencial melhor suportado pelos dados.
Os índices foram classificados entre si por ordem crescente e legendados com variações de
cores do frio para o quente, ou seja, os bairros de alto rendimento em relação aos demais,
constituem-se em cores quentes (vermelho, laranja para o amarelo) e para os bairros de baixo
Procedimentos Metodológicos CALDAS, Jonathan Anderson de P. 73

rendimento foram constituídos em cores frias (Verde escuro, verde claro para o amarelo). O
amarelo é a cor classificada como “intermediária” conforme esquema na Figura 52 a seguir com
as cores predominantes nos mapas de análise.

Figura 52 - Esquema de cores para o mapeamento de rendimentos dos bairros de Cuiabá. Elaborado por
Jonathan Anderson de Paula Caldas, 2014.

Com os mapas foi possível elaborar um mapa com a junção dos três dados: renda per capita,
renda nominal mensal e IPTU. A metodologia utilizada foi a média geométrica através de
distancias euclidianas. No total tínhamos em mãos 4 mapas distintos da Renda Per capita por
Bairro, Renda Nominal por Bairro, Valores de lançamento do IPTU e o mapa com a média
aritmética das 3 primeiras variáveis. Na figura abaixo (FIGURA 53) está um pequena uma
síntese do esquema metodológico utilizado nesta etapa.

Figura 53 - Síntese de Esquema metodológico para adequação dos dados vetoriais para elaboração da
pesquisa. Elaborado por Jonathan Anderson de Paula Caldas, 2014.
Procedimentos Metodológicos CALDAS, Jonathan Anderson de P. 74

Esta etapa configurou os dados vetoriais para serem interpretados junto ao dados de
Percentagem de cobertura vegetal nas áreas verdes.
O processamento de dados geográficos seguiu a ordem metodológica, abaixo na Figura 54
segue o fluxo de toda a fase metodológica deste trabalho.

Figura 54 - Fluxograma metodológico Final. Elaborado por Jonathan Anderson de Paula Caldas, 2014.

De acordo com o fluxograma acima, seguiu-se neste caminho:

 Recebimento de vetores e elaboração dos limites dos Parques Urbanos e Praças de


Cuiabá, bem como verificação dos limites do perímetro com a imagem WVII.
 Classificação das áreas verdes de acordo com organograma metodológico apresentado
por Bargos, ver Figura 34.
 Aplicação de classificação das áreas verdes por 4 grupos (Grupo A, Grupo B, Grupo C
e Grupo D).
Procedimentos Metodológicos CALDAS, Jonathan Anderson de P. 75

 Processo de PDI para a elaboração dos vetores com o uso do software livre InterIMAGE
para adquirir a Cobertura Vegetal pela imagem de alta resolução WV II;
 Recebimento de vetores de bairros e tributação de dados da PMC e IBGE nos vetores.
 Elaboração dos mapas (Nominal, Per Capita, IPTU e “Economia”) com esses dados para
análise posterior;
 Por fim, para a criação dos Índices, os dados foram cruzados através da ferramenta
INTERSECT e DISSOLVE do ArcGIS 10.1 para a geração desses indicadores.
Resultados e Discussões CALDAS, Jonathan Anderson de P. 76

4. RESULTADOS E DISCUSSÕES
Neste capítulo é discutida a análise espacial dos vetores das Áreas Verdes de Cuiabá, com o
cruzamento de dados obtidos pela PMC (Prefeitura Municipal de Cuiabá) e pelo IBGE (Instituto
Brasileiro de Geografia estatística). Analisa-se também, os dados dos vetores de cobertura
vegetal construídos através de técnicas de PDI com o software livre InterIMAGE.
Dados este que possibilitam um mapeamento completo da cobertura vegetal da cidade de
Cuiabá, em conjunto com os limites espacializados das áreas verdes.
Assim, com essa gama de dados temos a possibilidade de elaborar um mapeamento e
levantamento de indicadores ambientais, que visam estabelecer parâmetros para futuras análises
de planejamento urbano e ambiental na cidade de Cuiabá.

4.1 Análise Espacial das Áreas Verdes da Capital e Cruzamento de Dados


Populacionais x Percentagem da Cobertura Vegetal Arbórea.

Posterior ao processamento das imagens para adquirir a segmentação da cobertura vegetal


por meio de limiar do NDVI, o passo seguinte foi elaborar uma pequena classificação de Áreas
Verdes (para parques urbanos e praças) com o objetivo de obter um levantamento dessas áreas
com grau de utilidade. O método apresentado para a classificação de áreas verdes, Figura 34,
tem-se como objetivo de não caracterizar todo e qualquer equipamento urbano seja ele
municipal ou privado como área verde. Outras técnicas e métodos mais específicos são feitos e
destacados por vários outros autores. Contudo, para o nosso trabalho a simples classificação
seguindo uma árvore (organograma) de decisão já foi satisfatória para que o objetivo de separar
as áreas verdes cadastradas em 4 (quatro) grandes grupos, já mencionado anteriormente, fosse
atendido.
Foi possível identificar dentro da sede do perímetro urbano de Cuiabá cerca de 155 áreas
denominadas como área verdes, destas 140 são praças, de acordo com o cadastro dos limites
das praças na PMC. Dentre essas praças temos as com características do grupo B, cerca de 57
praças e do grupo C, 51 praças e no último grupo D cerca de 32 praças. A maior parte das praças
não havia o percentual mínimo de cobertura vegetal de 40% indicado e sugerido pela SBAU
(Sociedade Brasileira de Arborização) e algumas outras praças de acordo com o observado nas
imagens não haviam os equipamentos mínimos de infraestrutura como bancos e equipamento
de lazer. Foram identificados cerca de 15 Parques Urbanos que estão dentro do perímetro
urbano da cidade, criados por Lei ou em processo de criação, com área mínima de 1 hectare
Resultados e Discussões CALDAS, Jonathan Anderson de P. 77

(Parque de Bairro) e com predominância de elementos naturais, principalmente cobertura


vegetal arbórea. São elas:
Parque Mãe Bonifácia; Parque Jardim Zoobotânico; Parque Paiaguás - Parque Das Águas;
Parque Massairo Okamura; Parque Dante De Oliveira; Parque Da Saúde - Zé Bôlo Flô; Parque
Municipal Tia Nair; Parque Antônio P. De Campos; Parque Tote Garcia - Horto Florestal;
Parque Federal da UFMT e Zoológico Estadual; Parque Municipal Lagoa Encantada; Parque
Memorial João Paulo II; Parque Municipal Militar - Gen. Gaspar Dutra; Estação Ecológica -
Balneário Lagoa Trevisan; Parque Municipal Nossa Senhora Aparecida. Por fim, temos na
grande Cuiabá:
 15 parques urbanos cadastrados na PMC;
 140 praças cadastradas na PMC.
Com os limites das áreas verdes especializados, foi possível fazer uma análise um a um de
sua localização e cobertura vegetal arbórea. As áreas verdes foram divididas em 4 grupos, sendo
que o grupo A abrange áreas de Unidades de Conservação, Parques Urbanos que tem como
principal característica o uso coletivo. Nele está inserido os principais parques da cidade como
o Parque Estadual Mãe Bonifácia, que tem a sua área de 77,16 ha e tem sua base legal o Decreto
de Lei número 1.470 de 09/06/2000. Este parque está ligado à Secretaria do Estado e Meio
Ambiente (SEMA). Está também inserido no grupo A, o Parque Estadual Massairo Okamura
que é na verdade uma Unidade de conservação também administrada pela Secretaria do Estado
e Meio Ambiente, que tem a sua área oficial de 53,75 hectares, com a sua base legal o Decreto
de Lei número 7.506 de 20/09/2001. Parques estes com características de alto índices de
visitação, facilidade de acesso com alto valor estético, social e ecológico.
As áreas verdes apresentadas no Grupo B, são praças urbanas, com valor social e estético
elevado, recebe frequentemente manutenção da Prefeitura Municipal e tem como característica
a cobertura vegetal com cerca de 40% da sua área total, salvo algumas exceções.
Já o Grupo C, são áreas verdes cadastradas no Prefeitura, mas, que não há manutenção
constante. Nelas há pouco potencial estético e tem como característica a baixa percentagem de
cobertura vegetal. No grupo D, são praças e espaços pertencentes ao sistema viário, pouco
arborizadas ou só existe cobertura vegetal, com falta do poder público na manutenção. São
praças que faltam equipamentos de lazer e com baixo valor estético.
Na Figura 55 está a percentagem de cobertura vegetal por grupos de áreas verdes de Cuiabá.
Resultados e Discussões CALDAS, Jonathan Anderson de P. 78

Figura 55 - Gráfico de percentagem da Cobertura Vegetal por grupos de Áreas Verdes. Elaborado por
Jonathan Anderson de Paula Caldas, 2014.

O que caracteriza a média os parques urbanos pertencentes ao grupo A estão dentro dos 40%
de percentagem de cobertura vegetal sugerido pela SBAU, com 47% de PCV. Já no Grupo B,
tem a PCV de 36%, considerado relativamente bom, por entender que são praças com alto
índice de visitação e que em algumas das praças não há cobertura vegetal (trazendo a
percentagem para baixo) porém, com muitos equipamentos de lazer.
Já as áreas verdes do grupo C aparecem com 16% de cobertura vegetal. Valor baixo e que
tem como característica a pouca falta de manutenção e equipamentos de lazer. Já no Grupo D,
com cerca de 34% de PCV, valores estes que enganam na primeira visão, mas, que ser forem
analisados friamente as praças que têm este alto PCV, são locais com mato e descuido do poder
público.
Abaixo estão o gráficos separados por grupo e fotos dos principais parques e praças urbanas
visitados in loco no trabalho de campo.
Resultados e Discussões CALDAS, Jonathan Anderson de P. 79

Figura 56 - Gráfico de porcentagem da Cobertura Vegetal de Áreas Verdes do grupo D. Elaborado por
Jonathan Anderson de Paula Caldas, 2014.

Na figura 56 acima está identificado algumas praças como “S/N”, tratam-se da soma de todas
as praças que não têm cadastradas os nomes. São praças que existem só seu limite, mas que na
prática está só mato ou só um “limpão”. Abaixo na Figura 57 temos algumas fotos dessas “áreas
verdes”:

Figura 57 - Praças do Grupo D. Praças “S/N” do Bairro Verdão e do bairro Morada da Serra
respectivamente. (Fotografia: Jonathan Anderson de Paula Caldas, 2014.)
Resultados e Discussões CALDAS, Jonathan Anderson de P. 80

Figura 58 - Gráfico de porcentagem da Cobertura Vegetal de Áreas Verdes do grupo C. Elaborado por
Jonathan Anderson de Paula Caldas, 2014.

A Figura 58 apresenta um gráfico das áreas verdes do grupo C com as percentagens de


cobertura vegetal. Algumas praças como a Naci Bucair, Praça dos Amigos e Praça Manuel
Murtinho tem uma alta percentagem de cobertura vegetal, porém peca em equipamentos de
lazer e infraestrutura. A Figura 59 apresenta as fotos das referidas praças.

Figura 59 - Praças do Grupo C: Praça Naci Bucair, Praça dos Amigos e Praça Manuel Murtinho,
respectivamente. (Fotografia: Jonathan Anderson de Paula Caldas, 2014.)
Resultados e Discussões CALDAS, Jonathan Anderson de P. 81

Figura 60 - Gráfico de porcentagem da Cobertura Vegetal de Áreas Verdes do grupo B. Elaborado por
Jonathan Anderson de Paula Caldas, 2014.

No gráfico acima, representado na Figura 60, temos os valores correspondentes ao grupo B,


Praça Rachid Jaudy, Praça Fernando Augusto “Jacaré”, Praça Benjamim Constant e Praça
Clóvis Cardoso, as quais têm alta percentagem de cobertura vegetal, todas elas acima de 60%.
Abaixo na Figura 61 temos as fotos das praças do grupo B.

Figura 61 - Praças do Grupo B: Praça 8 de Abril, Museu do rio, Praça Clóvis Cardoso e Praça
Falcãozinho, respectivamente. (Fotografia: Jonathan Anderson de Paula Caldas, 2014.)
Resultados e Discussões CALDAS, Jonathan Anderson de P. 82

Ainda deste grupo B temos a Figura 62, observamos uma exceção que é a Praça Luiz de
Albuquerque conhecida como Museu do peixe, apesar de não haver cobertura vegetal, ela está
neste grupo por ser um dos pontos turísticos da região, contendo um Museu com peixes da bacia
do Paraguai.

Figura 62 - Praças do Grupo B: Praça Benjamim Constant, Praça Rachid Jaudy, Praça Popular e Praça
S/N (da Av. das Flores), respectivamente. (Fotografia: Jonathan Anderson de Paula Caldas, 2014.)

Figura 63 - Gráfico de porcentagem da Cobertura Vegetal de Áreas Verdes do grupo A. Elaborado por
Jonathan Anderson de Paula Caldas, 2014.
Resultados e Discussões CALDAS, Jonathan Anderson de P. 83

O gráfico acima, Figura 63, trata do grupo de áreas verdes pertencentes ao Grupo A,
podemos observar que tais áreas são somente de parques urbanos que na maioria tem a
cobertura vegetal acima 40% de sua área total. A seguir Figura 64 as áreas verdes do Grupo A.

Figura 64 - Parques Urbanos do Grupo A: Parque Municipal Lagoa Encantada, Parque Massairo Okamura, Parque
Paiaguás - Parque Das Águas, Parque Da Saúde - Zé Bôlo Flô, Parque Mãe Bonifácia, Parque Memorial João
Paulo II, Parque Federal da UFMT e Zoológico Estadual e Parque Tote Garcia - Horto Florestal; respectivamente.
(Fotografia: Jonathan Anderson de Paula Caldas, 2014.)
Resultados e Discussões CALDAS, Jonathan Anderson de P. 84

Estes parques urbanos aqui expostos, estão em funcionamento e fazem parte do cálculo de
índices de áreas verdes de Cuiabá. Com o gráfico anterior da Figura 63 podemos observar que
o parque urbano mais importante de Cuiabá tem cerca de 74% de sua área com cobertura
vegetal. Isso demonstra que a população em geral utiliza o parque que há maior proporção de
encontrar o “verde”.
Está claro que na espacialização das áreas verdes de Cuiabá não está distribuída
uniformemente. Há áreas no eixo Sul-Leste da capital que carecem de áreas verdes. E ainda,
temos o parque Jardim Zoobotânico, parque das Águas e o parque Dante de Oliveira que ainda
estão em fase de execução e planejamento.
Diante disso, mostra-se preocupante o estado das áreas verdes em Cuiabá. A relação
população versus áreas verdes em Cuiabá, se mostra fraca, por vários aspectos, desde a
localização dos principais parques urbanos, pois, toda a periferia deixa de ter um acesso
facilitado a essas áreas até quanto ao uso das praças urbanas que deixam de ser por muitas vezes
local ideal para lazer e acabam sendo utilizados, muitas vezes, como ponto de drogas e também
fica claro o abandono do poder municipal.
Mudando de óptica e fazendo ainda uma análise mais aprofundada sobre a relação entre a
cobertura vegetal e áreas verdes por bairro, pode dizer que alguns deles, têm-se o “privilégio”
de ter índices de áreas verde acima do recomendado pela SBAU.
Conforme comentado anteriormente, a SBAU sugere para um ambiente adequado, que as
cidades deveriam ter no mínimo 15 m²/hab. de áreas verdes públicas. E em Cuiabá temos o
seguinte ranking:

Quadro 2 -Ranking de IAVB por Bairro, Ano base 2010. Elaborado por Jonathan Anderson de Paula
Caldas, 2014.

IAV IAV
n Bairros (Grupos A, (Grupos A, ONU/OMS SBAU
B, C e D) B e C)
1 UFMT 714,78 714,78 12 15
2 Bairro Coxipó 192,27 192,27 12 15
3 Bairro Centro Político Administrativo 152,48 152,48 12 15
4 Bairro Duque De Caxias 148,13 148,13 12 15
5 Bairro Bandeirantes 86,06 86,06 12 15
6 Bairro Jardim Gramado 63,61 63,61 12 15
7 Bairro Barra Do Pari 37,18 37,18 12 15
Resultados e Discussões CALDAS, Jonathan Anderson de P. 85
Continuação do quadro de ranking de IAVB por bairros de Cuiabá.

8 Bairro Jardim Itália 31,27 31,11 12 15


9 Bairro Morada Do Ouro 22,59 22,52 12 15
10 Bairro Coophema 14,64 14,64 12 15
11 Bairro Jardim Das Américas 14,55 14,55 12 15
12 Bairro Jardim Shangri-Lá 13,69 13,69 12 15
13 Bairro Jardim Cuiabá 12,16 3,22 12 15
14 Bairro Jardim Europa 7,27 5,37 12 15
15 Bairro Morada Da Serra 6,95 6,95 12 15
16 Bairro Dom Aquino 5,89 5,77 12 15
17 Bairro Santa Rosa 5,33 2,99 12 15
18 Bairro Coophamil 4,64 4,42 12 15
19 Bairro Centro Norte 4,51 4,51 12 15
20 Bairro Jardim Mariana 4,31 0,00 12 15
21 Bairro Popular 4,27 4,27 12 15
22 Bairro Boa Esperança 4,19 3,76 12 15
23 Bairro Cidade Verde 4,15 4,15 12 15
24 Bairro Parque Geórgia 3,97 2,89 12 15
25 Bairro Altos Do Coxipó 3,46 1,65 12 15
26 Bairro Do Quilombo 2,90 2,86 12 15
27 Bairro Jardim Tropical 2,87 2,87 12 15
28 Bairro Jardim Presidente 2,78 0,59 12 15
29 Bairro Jardim Santa Marta 2,45 2,45 12 15
30 Bairro Do Porto 2,41 2,16 12 15
31 Bairro Jardim Petrópolis 2,27 2,27 12 15
32 Bairro Parque Cuiabá 2,10 2,10 12 15
33 Bairro Pico Do Amor 2,07 2,07 12 15
34 Bairro Jardim Paulista 1,65 1,65 12 15
35 Bairro Pascoal Ramos 1,58 1,58 12 15
36 Bairro Canjica 1,55 1,55 12 15
37 Bairro Centro Sul 1,46 1,46 12 15
38 Bairro Jardim Industriário 1,46 0,60 12 15
39 Bairro Do Baú 1,43 1,43 12 15
Resultados e Discussões CALDAS, Jonathan Anderson de P. 86
Continuação do quadro de ranking de IAVB por bairros de Cuiabá.

40 Bairro Nossa Sra. Aparecida 1,33 1,33 12 15


41 Bairro Ribeirão Da Ponte 1,15 1,15 12 15
42 Bairro Goiabeiras 1,10 1,10 12 15
43 Bairro Paiaguás 1,09 1,09 12 15
44 Bairro Jardim Imperial 0,98 0,98 12 15
45 Bairro Despraiado 0,78 0,00 12 15
46 Bairro Da Lixeira 0,77 0,77 12 15
47 Bairro Pedra 90 0,73 0,67 12 15
48 Bairro Alvorada 0,45 0,45 12 15
49 Bairro Jardim Califórnia 0,39 0,39 12 15
50 Bairro Cohab São Gonçalo 0,37 0,37 12 15
51 Bairro Campo Velho 0,28 0,28 12 15
52 Bairro Cidade Alta 0,25 0,25 12 15
53 Bairro Do Areão 0,20 0,20 12 15
54 Bairro Jardim Fortaleza 0,16 0,00 12 15
55 Bairro Planalto 0,13 0,00 12 15
56 Bairro Novo Mato Grosso 0,13 0,00 12 15
57 Bairro Osmar Cabral 0,11 0,00 12 15
58 Bairro Ribeirão Do Lipa 0,10 0,00 12 15
59 Bairro Pedregal 0,10 0,00 12 15
60 Bairro Praeiro 0,09 0,00 12 15
61 Bairro Poção 0,09 0,00 12 15
62 Bairro Jardim Santa Isabel 0,00 0,00 12 15
63 Bairro Araés 0,00 0,00 12 15
64 BAIRRO 1º DE MARÇO 0,00 0,00 12 15
65 Bairro Bela Marina 0,00 0,00 12 15
66 Bairro Bela Vista 0,00 0,00 12 15
67 Bairro Bosque Da Saúde 0,00 0,00 12 15
68 Bairro Cachoeira Das Garças 0,00 0,00 12 15
69 Bairro Campo Verde 0,00 0,00 12 15
70 Bairro Carumbé 0,00 0,00 12 15
71 Bairro Do Terceiro 0,00 0,00 12 15
Resultados e Discussões CALDAS, Jonathan Anderson de P. 87
Continuação do quadro de ranking de IAVB por bairros de Cuiabá.

72 Bairro Dom Bosco 0,00 0,00 12 15


73 Bairro Grande Terceiro 0,00 0,00 12 15
74 Bairro Jardim Aclimação 0,00 0,00 12 15
75 Bairro Jardim Comodoro 0,00 0,00 12 15
76 Bairro Jardim Das Palmeiras 0,00 0,00 12 15
77 Bairro Jardim Dos Ipês 0,00 0,00 12 15
78 Bairro Jardim Eldorado 0,00 0,00 12 15
79 Bairro Jardim Florianópolis 0,00 0,00 12 15
80 Bairro Jardim Leblon 0,00 0,00 12 15
81 Bairro Jardim Mossoró 0,00 0,00 12 15
82 Bairro Jardim Passaredo 0,00 0,00 12 15
83 Bairro Jardim Ubirajara 0,00 0,00 12 15
84 Bairro Jardim Universitário 0,00 0,00 12 15
85 Bairro Jardim Vitória 0,00 0,00 12 15
86 Bairro Jordão 0,00 0,00 12 15
87 Bairro Lagoa Azul 0,00 0,00 12 15
88 Bairro Morada Dos Nobres 0,00 0,00 12 15
89 Bairro Nova Conquista 0,00 0,00 12 15
90 Bairro Nova Esperança 0,00 0,00 12 15
91 Bairro Novo Colorado 0,00 0,00 12 15
92 Bairro Novo Horizonte 0,00 0,00 12 15
93 Bairro Novo Paraíso 0,00 0,00 12 15
94 Bairro Novo Terceiro 0,00 0,00 12 15
95 Bairro Parque Atalaia 0,00 0,00 12 15
96 Bairro Parque Ohara 0,00 0,00 12 15
97 Bairro Praeirinho 0,00 0,00 12 15
98 Bairro Recanto Dos Pássaros 0,00 0,00 12 15
99 Bairro Residencial Coxipó 0,00 0,00 12 15
100 Bairro Residencial Itamarati 0,00 0,00 12 15
101 Bairro Residencial Santa Inês 0,00 0,00 12 15
102 Bairro Residencial São Carlos 0,00 0,00 12 15
103 Bairro Santa Cruz 0,00 0,00 12 15
Resultados e Discussões CALDAS, Jonathan Anderson de P. 88
Continuação do quadro de ranking de IAVB por bairros de Cuiabá.

104 Bairro Santa Laura 0,00 0,00 12 15


105 Bairro São Francisco 0,00 0,00 12 15
106 Bairro São Gonçalo Beira Rio 0,00 0,00 12 15
107 Bairro São João Del Rey 0,00 0,00 12 15
108 Bairro São José 0,00 0,00 12 15
109 Bairro São Roque 0,00 0,00 12 15
110 Bairro São Sebastião 0,00 0,00 12 15
111 Bairro Sol Nascente 0,00 0,00 12 15
112 Bairro Terra Nova 0,00 0,00 12 15
113 Bairro Tijucal 0,00 0,00 12 15
114 Bairro Três Barras 0,00 0,00 12 15
115 Bairro Vista Alegre 0,00 0,00 12 15
116 Áreas De Expansão Urbana - Região Leste Sem Dados Sem Dados 12 15
117 Áreas De Expansão Urbana - Região Norte Sem Dados Sem Dados 12 15
118 Áreas De Expansão Urbana - Região Oeste Sem Dados Sem Dados 12 15
119 Áreas De Expansão Urbana - Região Sul Sem Dados Sem Dados 12 15
120 Bairro Distrito Industrial Sem Dados Sem Dados 12 15
121 Zona De Expansão Urbana Do Manduri Sem Dados Sem Dados 12 15

Para uma melhor verificação e entendimento, as análises por bairros foram separadas por 3
fases distintas, onde a primeira corresponde as análises dos 9 primeiros bairros do ranking que
está acima dos 15 m²/hab. para uma melhor investigação de suas características e com isso,
após as análises temos todas as porcentagens referentes a cada bairro mencionado junto com o
mapa para uma ambientação.
Posteriormente, na etapa seguinte os 4 bairros que estão no intervalo do ranking de 15 a 12
m²/hab. Nesta fase, também temos todas as análises de dados e mapas para conferir.
E para finalizar essas fases, temos a terceira contendo os 112 bairros restantes que estão com
os índices de áreas verdes por habitantes abaixo de 12m²/hab. Nesta etapa temos os mapas e
gráficos com as características desses bairros.
A primeira análise são os 9 bairros que têm os altos índices, acima de 20 m²/hab., a saber, a
UFMT e os bairros Coxipó, Bairro Centro Político Administrativo, Bairro Duque de Caxias,
Bairro Bandeirantes, Bairro Jardim Gramado, Bairro Barra do Pari, Bairro Jardim Itália e Bairro
Morada do Ouro. Em primeiro lugar vem a UFMT com 714,78m²/hab. de IAV (Índice Área
Resultados e Discussões CALDAS, Jonathan Anderson de P. 89

Verde), onde sendo mais criterioso é possível afirmar que a UFMT não se trata de um bairro,
esta área, na verdade, corresponde a Universidade Federal de Mato Grosso e segundo o censo
de 2010 existe apenas 181 habitantes, que são alunos que moram em “casas de estudantes”
cedidas temporariamente pela universidade. Nela o percentual de cobertura vegetal é de 25% e
está localizado o Zoológico da cidade junto com um Parque Federal que corresponde a 12,75%
da sua área total. Os dados das percentagens e mapa da UFMT podem ser conferidos na Figura
65 e na Figura 66.
Em segundo lugar temos o bairro Coxipó com o IAV de 192,27m²/hab., consideravelmente
alto com cerca de 2.596 habitantes. Neste bairro estão localizados os Parques da Saúde (Zé
Bôlo Flô) e o Parque Tote Garcia (Horto Florestal). Esses parques correspondem a 22,69% de
áreas verdes dentro do bairro. De fato é um bairro privilegiado por haver parques de grande
porte na sua extensão e possui a cobertura vegetal de 39%, sendo que 22% correspondem em
áreas verdes. Os dados das porcentagens e mapa do Bairro Coxipó podem ser conferidos na
Figura 67 e na Figura 68.
Em terceiro lugar temos o bairro Centro Político Administrativo com 152,48m²/hab., com
cerca de 5.434 habitantes, tem a porcentagem de cobertura vegetal do bairro de 34% (PCVB).
E tem em sua localização o Parque Estadual Massairo Okamura e o Parque Paiaguás (Parque
das Águas) que ainda está em processo de criação. Esse bairro tem como característica a
presença do poder público, pois, é o local onde fica boa parte dos prédios do poder público
estadual, inclusive a SEMA. Os dados das porcentagens e mapa do Bairro Centro Político
Administrativo podem ser conferidos na Figura 69 e na Figura 70.
Em quarto lugar temos o bairro Duque de Caxias com 148,13m²/hab., com cerca de 38% da
sua área com cobertura vegetal. Nele está localizado o parque mais visitado de Cuiabá, o Parque
Estadual Mãe Bonifácia que corresponde a 39% da área do bairro. O Duque de Caxias fica
localizado na região central da cidade com cerca de 5.261 habitantes é um bairro nobre da
capital que tem em seu entorno uma das principais avenidas de Cuiabá, chamada Avenida
Miguel Sutil. Tal característica facilita o acesso dos habitantes dos bairros da área central da
cidade ao parque. Os dados das porcentagens e mapa do Bairro Duque de Caxias podem ser
conferidos na Figura 71 e na Figura 72.
O quinto bairro do ranking é o bairro Bandeirantes com cerca de 86,06 m²/hab. de IAV e
com cerca de 17% da sua área com cobertura vegetal, onde tem localizado na sua área o Parque
Antônio de Campos, mais conhecido como “Morro da Luz”. Este bairro central de Cuiabá tem
em seu entorno a Avenida Tenente Coronel Duarte uma das mais movimentadas de Cuiabá e
conta com cerca de 985 habitantes e tendo como característica ser um bairro de comércio.
Resultados e Discussões CALDAS, Jonathan Anderson de P. 90

Possui o PAVB de 21,65% da sua área total. Os dados das porcentagens e mapa do Bairro
Bandeirantes podem ser conferidos na Figura 73 e na Figura 74.
O sexto bairro é o Jardim Gramado que tem como IAV de 63,61 m²/hab., com cerca de 2.495
habitantes, localizado na região sul da capital, bairro este que tem como seu vizinho o bairro
Coxipó, e possui cerca de 38% da sua área com cobertura vegetal. Neste bairro está localizado
parte do Parque Tote Garcia, que corresponde a cerca de 13,17% de PAVB (Percentual de Área
Verde por Bairro). Os dados das porcentagens e mapa do Bairro Jardim Gramado podem ser
conferidos na Figura 75 e na Figura 76.
O próximo bairro que está na sétima posição do ranking de IAV é o Barra do Pari com
37,18%. Tem cerca de 6.704 habitantes que correspondem a 1,3% de habitantes da capital. Este
grupo é o que contém o maior número de habitantes e tem na sua localidade o Parque Militar
Gaspar Dutra, mais conhecido como Círculo Militar. O bairro tem cerca de 32% de área com
cobertura vegetal. Os dados das porcentagens e mapa do Bairro Barra do Pari podem ser
conferidos na Figura 77 e na Figura 78.
O oitavo bairro é o Bairro Jardim Itália com cerca de 5.815 habitantes. É um bairro com
características de área nobre e tem somente o Parque da Tia Nair de área verde, contando com
o impressionantes 9% de cobertura vegetal no bairro. Os dados das porcentagens e mapa do
Bairro Jardim Itália podem ser conferidos na Figura 79 e na Figura 80.
O último bairro deste grupo é o Bairro Morada do Ouro com 22,59% de índice de áreas
verdes. Nele há cerca de 5.824 habitantes e cerca de 17% da sua área com cobertura vegetal.
Os dados das percentagens e mapa do Bairro Morada do Ouro podem ser conferidos na Figura
81 e na Figura 82.
Esses bairros têm como característica em comum possuírem nas suas localidades áreas
verdes do Grupo A. Grupo este que comporta todos os parques urbanos da capital. Esses 9
primeiros bairros correspondem cerca de 90,4% do índice de área verde existente na capital
cuiabana, resultado que mostra o desequilíbrio na distribuição espacial das áreas verdes e de
abundância de áreas verdes em menos de 10% dos bairros analisados. A seguir temos os mapas
e os indicadores revelados por bairros.
Resultados e Discussões CALDAS, Jonathan Anderson de P. 91

UFMT

Figura 65 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB da UFMT. Elaborado por Jonathan Anderson de
Paula Caldas, 2014.

Figura 66 - Croqui da Cobertura Vegetal da UFMT. Elaborado por Jonathan Anderson de Paula Caldas,
2014.
Resultados e Discussões CALDAS, Jonathan Anderson de P. 92

BAIRRO COXIPÓ

Figura 67 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do bairro Coxipó. Elaborado por Jonathan Anderson
de Paula Caldas, 2014.

Figura 68 - Croqui da Cobertura Vegetal do bairro Coxipó. Elaborado por Jonathan Anderson de Paula
Caldas, 2014
Resultados e Discussões CALDAS, Jonathan Anderson de P. 93

BAIRRO CENTRO POLÍTICO ADMINISTRATIVO

Figura 69 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do bairro Centro Político Administrativo. Elaborado
por Jonathan Anderson de Paula Caldas, 2014.

Figura 70 - Croqui da Cobertura Vegetal do Bairro Centro Político Administrativo. Elaborado por
Jonathan Anderson de Paula Caldas, 2014.
Resultados e Discussões CALDAS, Jonathan Anderson de P. 94

BAIRRO DUQUE DE CAXIAS

Figura 71 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do bairro Duque de Caxias. Elaborado por Jonathan
Anderson de Paula Caldas, 2014.

Figura 72 - Croqui da Cobertura Vegetal do Bairro Duque de Caxias. Elaborado por Jonathan Anderson
de Paula Caldas, 2014.
Resultados e Discussões CALDAS, Jonathan Anderson de P. 95

BAIRRO BANDEIRANTES

Figura 73 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do bairro Bandeirantes. Elaborado por Jonathan
Anderson de Paula Caldas, 2014.

Figura 74 - Croqui da Cobertura Vegetal do Bairro Bandeirantes. Elaborado por Jonathan Anderson de
Paula Caldas, 2014.
Resultados e Discussões CALDAS, Jonathan Anderson de P. 96

BAIRRO JARDIM GRAMADO

Figura 75 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do bairro Jardim Gramado. Elaborado por Jonathan
Anderson de Paula Caldas, 2014.

Figura 76 - Croqui da Cobertura Vegetal do Bairro Jardim Gramado. Elaborado por Jonathan Anderson
de Paula Caldas, 2014.
Resultados e Discussões CALDAS, Jonathan Anderson de P. 97

BAIRRO BARRA DO PARI

Figura 77 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do bairro Barra do Pari. Elaborado por Jonathan
Anderson de Paula Caldas, 2014.

Figura 78 - Croqui da Cobertura Vegetal do Bairro Barra do Pari. Elaborado por Jonathan Anderson de
Paula Caldas, 2014.
Resultados e Discussões CALDAS, Jonathan Anderson de P. 98

BAIRRO JARDIM ITÁLIA

Figura 79 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do bairro Jardim Itália. Elaborado por Jonathan
Anderson de Paula Caldas, 2014.

Figura 80 - Croqui da Cobertura Vegetal do Bairro Jardim Itália. Elaborado por Jonathan Anderson de
Paula Caldas, 2014.
Resultados e Discussões CALDAS, Jonathan Anderson de P. 99

BAIRRO MORADA DO OURO

Figura 81 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do bairro Morada do Ouro. Elaborado por Jonathan
Anderson de Paula Caldas, 2014.

Figura 82 - Croqui da Cobertura Vegetal do Bairro Morada do Ouro. Elaborado por Jonathan Anderson
de Paula Caldas, 2014.
Resultados e Discussões CALDAS, Jonathan Anderson de P. 100

Esta segunda análise são dos 4 bairros que estão no intervalo dos 15m²/hab. de áreas verdes
apontados como ideal pela SBAU até os 12m²/hab. apontados como ideal pela ONU e OMS.
São eles, o Bairro Coophema, Bairro Jardim das Américas, Bairro Jardim Shangri-lá e o Bairro
Jardim Cuiabá.Em 10º lugar com 14,64 m²/hab. está o bairro Coophema com cerca de 1.377
habitantes, tem seus vizinhos os bairros Jardim Gramado e Coxipó e possui cerca de 20% da
sua área com cobertura vegetal. Uma característica interessante, é que não possui áreas verdes
do grupo A na sua localidade e sim 3 praças urbanas do grupo B e C, sendo que uma delas se
chama Praça Urbano Lopes Dias. Tais praças urbanas correspondem a 6,4% de áreas verdes do
bairro. Os dados das porcentagens e mapa do bairro Coophema podem ser conferidos na Figura
83 e na Figura 84. O próximo bairro no 11º lugar é o bairro Jardim das Américas com 14,55
m²/hab. Nele vivem cerca de 3.851 habitantes de classe média alta, que tem como vizinhos o
bairro Jardim Itália e a UFMT, inclusive tendo como área verde parte do Parque Federal da
UFMT, mas que desde o ano de 2013 está sendo desmatado para a criação de uma avenida ao
longo do córrego do barbado. Possui na sua área cerca de 14% da cobertura vegetal. Os dados
das porcentagens e mapa do bairro Jardim das Américas podem ser conferidos na Figura 85 e
na Figura 86. O décimo segundo lugar é o bairro Jardim Shangri-lá com 1.285 habitantes, com
13,69 m²/hab. de índice de áreas verdes, tendo como cobertura vegetal cerca de 11% da sua
área. Ademais, possui como áreas verdes praças do grupo B e C, que correspondem a 6.4% das
áreas verdes dentro do bairro. Os dados das porcentagens e mapa do bairro Jardim Shangri-Lá
podem ser conferidos na Figura 87 e na Figura 88. Em décimo terceiro lugar está o bairro Jardim
Cuiabá com 12,16 m²/hab., com cerca de 1.392 habitantes. Este bairro tem em sua localização
praças do grupo B, C e D e ainda conta com bairros vizinhos como Duque de Caxias e o Barra
do Pari. Localiza-se na região central da capital e tem cerca de 21% de cobertura vegetal da sua
área. Os dados das porcentagens e mapa do bairro Jardim Cuiabá podem ser conferidos na
Figura 89 e na Figura 90.
Tais bairros tem como características estar na margem de índice de área verde por habitantes,
ou seja, estão na faixa entre 15m²/hab. a 12m²/hab. e tem ainda por serem bairros que contém
dentro dos seus limites, parques urbanos. É importante destacar que desde o primeiro bairro do
índice até o décimo terceiro, estão dentro da porcentagem ideal esperada. Além disso, os
referidos possui em comum a possibilidade de que a sua população usufrua dos parques na sua
plenitude. No total dos 13 bairros que estão com índices acima do sugerido equivale cerca de
10,4% dos bairros de Cuiabá. Tal número mostra ainda a deficiência de áreas verdes na capital.
Abaixo estão os mapas dos 4 bairros com seus respectivos indicadores em gráficos:
Resultados e Discussões CALDAS, Jonathan Anderson de P. 101

BAIRRO COOPHEMA

Figura 83 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do bairro Coophema. Elaborado por Jonathan
Anderson de Paula Caldas, 2014.

Figura 84 - Croqui da Cobertura Vegetal do Bairro Coophema. Elaborado por Jonathan Anderson de
Paula Caldas, 2014.
Resultados e Discussões CALDAS, Jonathan Anderson de P. 102

BAIRRO JARDIM DAS AMÉRICAS

Figura 85 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do bairro Jardim das Américas. Elaborado por
Jonathan Anderson de Paula Caldas, 2014.

Figura 86 - Croqui da Cobertura Vegetal do Bairro Jardim das Américas. Elaborado por Jonathan
Anderson de Paula Caldas, 2014.
Resultados e Discussões CALDAS, Jonathan Anderson de P. 103

BAIRRO JARDIM SHANGRI-LÁ

Figura 87 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do bairro Jardim Shangri-lá. Elaborado por Jonathan
Anderson de Paula Caldas, 2014.

Figura 88 - Croqui da Cobertura Vegetal do Bairro Jardim Shangri-lá. Elaborado por Jonathan
Anderson de Paula Caldas, 2014.
Resultados e Discussões CALDAS, Jonathan Anderson de P. 104

BAIRRO JARDIM CUIABÁ

Figura 89 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do bairro Jardim Cuiabá. Elaborado por Jonathan
Anderson de Paula Caldas, 2014.

Figura 90 - Croqui da Cobertura Vegetal do Bairro Jardim Cuiabá. Elaborado por Jonathan Anderson
de Paula Caldas, 2014.
Resultados e Discussões CALDAS, Jonathan Anderson de P. 105

Podemos observar que os parque urbanos de Cuiabá, não estão “bem” distribuídos
espacialmente para facilitar o acesso de vários habitantes de outros bairros. Destacamos que
principalmente os bairros periféricos têm o acesso dificultado pela distância destas áreas verdes.
No grupo da última fase de análise deste conjunto do ranking, observamos que a grande maioria
dos bairros com IAV baixo é de baixa renda. E os 112 bairros restantes estão abaixo dos 12
m²/hab. de IAV. São eles: o Bairro Jardim Europa, Bairro Morada da Serra, Bairro Dom
Aquino, Bairro Santa Rosa, Bairro Coophamil, Bairro Centro Norte, Bairro Jardim Mariana,
Bairro Popular, Bairro Boa Esperança, Bairro Cidade Verde, Bairro Parque Geórgia, Bairro
Altos do Coxipó, Bairro do Quilombo, Bairro Jardim Tropical, Bairro Jardim Presidente, Bairro
Jardim Santa Marta, Bairro do Porto, Bairro Jardim Petrópolis, Bairro Parque Cuiabá, Bairro
Pico do Amor, Bairro Jardim Paulista, Bairro Pascoal Ramos, Bairro Canjica, Bairro Centro
Sul, Bairro Jardim Industriário, Bairro do Baú, Bairro Nossa Sra. Aparecida, Bairro Ribeirão
da Ponte, Bairro Goiabeiras, Bairro Paiaguás, Bairro Jardim Imperial, Bairro Despraiado,
Bairro da Lixeira, Bairro Pedra 90, Bairro Alvorada, Bairro Jardim Califórnia, Bairro Cohab
São Gonçalo, Bairro Campo Velho, Bairro Cidade Alta, Bairro do Areão, Bairro Jardim
Fortaleza, Bairro Planalto, Bairro Novo Mato Grosso, Bairro Osmar Cabral, Bairro Ribeirão do
Lipa, Bairro Pedregal, Bairro Praeiro, Bairro Poção e Bairro Jardim Santa Isabel. Bairros estes
que tem áreas verdes dos grupos B, C e D. Mas, que não são suficientes para atender nem a
população residente e nem pelo tamanho da área total do bairro.
Levando em consideração que para implantação e planejamento de áreas verdes a primeira
premissa seria a predominância de cobertura vegetal, temos cerca de 4 bairros (Bela Marina:
56%, São Gonçalo Beira Rio: 47%, Cachoeira Das Garças: 43% e Jardim Passaredo: 41%) com
mais de 40% da sua área com cobertura vegetal.Bairros estes em que não há nem 1 metro
quadrado de área verde e contam com total qualidade e características para implantação de áreas
verdes urbanas.
Os dados de porcentagem e mapas dos 112 bairros podem ser conferidos a seguir: (podem
ser observados das figuras 91 a 304.)
Resultados e Discussões CALDAS, Jonathan Anderson de P. 106

BAIRRO ALTOS DO COXIPÓ

Figura 91 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do Bairro Altos Do Coxipó. Elaborado por Jonathan
Anderson de Paula Caldas, 2014.

Figura 92 - Croqui da Cobertura Vegetal do Bairro Altos Do Coxipó. Elaborado por Jonathan Anderson
de Paula Caldas, 2014.
Resultados e Discussões CALDAS, Jonathan Anderson de P. 107

BAIRRO ALVORADA

Figura 93 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do Bairro Alvorada. Elaborado por Jonathan
Anderson de Paula Caldas, 2014.

Figura 94 - Croqui da Cobertura Vegetal do Bairro Alvorada. Elaborado por Jonathan Anderson de
Paula Caldas, 2014.
Resultados e Discussões CALDAS, Jonathan Anderson de P. 108

BAIRRO ARAÉS

Figura 95 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do Bairro Araés. Elaborado por Jonathan Anderson
de Paula Caldas, 2014.

Figura 96 - Croqui da Cobertura Vegetal do Bairro Araés. Elaborado por Jonathan Anderson de Paula
Caldas, 2014.
Resultados e Discussões CALDAS, Jonathan Anderson de P. 109

ÁREA DE EXPANSÃO URBANA – REGIÃO LESTE

Figura 97 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB da Área de Expansão Urbana – Região Leste.
Elaborado por Jonathan Anderson de Paula Caldas, 2014.

Figura 98 - Croqui da Cobertura Vegetal da Área de Expansão Urbana – Região Leste. Elaborado por
Jonathan Anderson de Paula Caldas, 2014.
Resultados e Discussões CALDAS, Jonathan Anderson de P. 110

ÁREA DE EXPANSÃO URBANA – REGIÃO NORTE

Figura 99 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB da Área de Expansão Urbana – Região Norte.
Elaborado por Jonathan Anderson de Paula Caldas, 2014.

Figura 100 - Croqui da Cobertura Vegetal da Área de Expansão Urbana – Região Norte. Elaborado por
Jonathan Anderson de Paula Caldas, 2014.
Resultados e Discussões CALDAS, Jonathan Anderson de P. 111

ÁREA DE EXPANSÃO URBANA – REGIÃO OESTE

Figura 101 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB da Área de Expansão Urbana – Região Oeste.
Elaborado por Jonathan Anderson de Paula Caldas, 2014.

Figura 102 - Croqui da Cobertura Vegetal da Área de Expansão Urbana – Região Oeste. Elaborado por
Jonathan Anderson de Paula Caldas, 2014.
Resultados e Discussões CALDAS, Jonathan Anderson de P. 112

ÁREA DE EXPANSÃO URBANA – REGIÃO SUL

Figura 103 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB da Área de Expansão Urbana – Região Sul.
Elaborado por Jonathan Anderson de Paula Caldas, 2014.

Figura 104 - Croqui da Cobertura Vegetal da Área de Expansão Urbana – Região Sul. Elaborado por
Jonathan Anderson de Paula Caldas, 2014.
Resultados e Discussões CALDAS, Jonathan Anderson de P. 113

BAIRRO PRIMEIRO DE MARÇO

Figura 105 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do Bairro Primeiro de Março. Elaborado por
Jonathan Anderson de Paula Caldas, 2014.

Figura 106 - Croqui da Cobertura Vegetal do Bairro Primeiro de Março. Elaborado por Jonathan
Anderson de Paula Caldas, 2014.
Resultados e Discussões CALDAS, Jonathan Anderson de P. 114

BAIRRO BELA MARINA

Figura 107 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do Bairro Bela Marina. Elaborado por Jonathan
Anderson de Paula Caldas, 2014.

Figura 108 - Croqui da Cobertura Vegetal do Bairro Bela Marina. Elaborado por Jonathan Anderson
de Paula Caldas, 2014.
Resultados e Discussões CALDAS, Jonathan Anderson de P. 115

BAIRRO BELA VISTA

Figura 109 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do Bairro Bela Vista. Elaborado por Jonathan
Anderson de Paula Caldas, 2014.

Figura 110 - Croqui da Cobertura Vegetal do Bairro Bela Vista. Elaborado por Jonathan Anderson de
Paula Caldas, 2014.
Resultados e Discussões CALDAS, Jonathan Anderson de P. 116

BAIRRO BOA ESPERANÇA

Figura 111 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do Bairro Boa Esperança. Elaborado por Jonathan
Anderson de Paula Caldas, 2014.

Figura 112 - Croqui da Cobertura Vegetal do Bairro Boa Esperança. Elaborado por Jonathan Anderson
de Paula Caldas, 2014.
Resultados e Discussões CALDAS, Jonathan Anderson de P. 117

BAIRRO BOSQUE DA SAÚDE

Figura 113 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do Bairro Bosque da Saúde. Elaborado por Jonathan
Anderson de Paula Caldas, 2014.

Figura 114 - Croqui da Cobertura Vegetal do Bairro Bosque da Saúde. Elaborado por Jonathan
Anderson de Paula Caldas, 2014.
Resultados e Discussões CALDAS, Jonathan Anderson de P. 118

BAIRRO CACHOEIRA DAS GARÇAS

Figura 115 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do Bairro Cachoeira das Garças. Elaborado por
Jonathan Anderson de Paula Caldas, 2014.

Figura 116 - Croqui da Cobertura Vegetal do Bairro Cachoeira das Garças. Elaborado por Jonathan
Anderson de Paula Caldas, 2014.
Resultados e Discussões CALDAS, Jonathan Anderson de P. 119

BAIRRO CAMPO VELHO

Figura 117 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do Bairro Campo Velho. Elaborado por Jonathan
Anderson de Paula Caldas, 2014.

Figura 118 - Croqui da Cobertura Vegetal do Bairro Campo Velho. Elaborado por Jonathan Anderson
de Paula Caldas, 2014.
Resultados e Discussões CALDAS, Jonathan Anderson de P. 120

BAIRRO CAMPO VERDE

Figura 119 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do Bairro Campo Verde. Elaborado por Jonathan
Anderson de Paula Caldas, 2014.

Figura 120 - Croqui da Cobertura Vegetal do Bairro Campo Verde. Elaborado por Jonathan Anderson
de Paula Caldas, 2014.
Resultados e Discussões CALDAS, Jonathan Anderson de P. 121

BAIRRO CANJICA

Figura 121 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do Bairro Canjica. Elaborado por Jonathan Anderson
de Paula Caldas, 2014.

Figura 122 - Croqui da Cobertura Vegetal do Bairro Canjica. Elaborado por Jonathan Anderson de
Paula Caldas, 2014.
Resultados e Discussões CALDAS, Jonathan Anderson de P. 122

BAIRRO CARUMBÉ

Figura 123 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do Bairro Carumbé. Elaborado por Jonathan
Anderson de Paula Caldas, 2014.

Figura 124 - Croqui da Cobertura Vegetal do Bairro Carumbé. Elaborado por Jonathan Anderson de
Paula Caldas, 2014.
Resultados e Discussões CALDAS, Jonathan Anderson de P. 123

BAIRRO CENTRO NORTE

Figura 125 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do Bairro Centro Norte. Elaborado por Jonathan
Anderson de Paula Caldas, 2014.

Figura 126 - Croqui da Cobertura Vegetal do Bairro Centro Norte. Elaborado por Jonathan Anderson
de Paula Caldas, 2014.
Resultados e Discussões CALDAS, Jonathan Anderson de P. 124

BAIRRO CENTRO SUL

Figura 127 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do Bairro Centro Sul. Elaborado por Jonathan
Anderson de Paula Caldas, 2014.

Figura 128 - Croqui da Cobertura Vegetal do Bairro Centro Sul. Elaborado por Jonathan Anderson de
Paula Caldas, 2014.
Resultados e Discussões CALDAS, Jonathan Anderson de P. 125

BAIRRO CIDADE ALTA

Figura 129 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do Bairro Cidade Alta. Elaborado por Jonathan
Anderson de Paula Caldas, 2014.

Figura 130 - Croqui da Cobertura Vegetal do Bairro Cidade Alta. Elaborado por Jonathan Anderson de
Paula Caldas, 2014.
Resultados e Discussões CALDAS, Jonathan Anderson de P. 126

BAIRRO COHAB SÃO GONÇALO

Figura 131 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do Bairro Cohab São Gonçalo. Elaborado por
Jonathan Anderson de Paula Caldas, 2014.

Figura 132 - Croqui da Cobertura Vegetal do Bairro Cohab São Gonçalo. Elaborado por Jonathan
Anderson de Paula Caldas, 2014.
Resultados e Discussões CALDAS, Jonathan Anderson de P. 127

BAIRRO COOPHAMIL

Figura 133 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do Bairro Coophamil. Elaborado por Jonathan
Anderson de Paula Caldas, 2014.

Figura 134 - Croqui da Cobertura Vegetal do Bairro Coophamil. Elaborado por Jonathan Anderson de
Paula Caldas, 2014.
Resultados e Discussões CALDAS, Jonathan Anderson de P. 128

BAIRRO DA LIXEIRA

Figura 135 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do Bairro da Lixeira. Elaborado por Jonathan
Anderson de Paula Caldas, 2014.

Figura 136 - Croqui da Cobertura Vegetal do Bairro da Lixeira. Elaborado por Jonathan Anderson de
Paula Caldas, 2014.
Resultados e Discussões CALDAS, Jonathan Anderson de P. 129

BAIRRO DESPRAIADO

Figura 137 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do Bairro Despraiado. Elaborado por Jonathan
Anderson de Paula Caldas, 2014.

Figura 138 - Croqui da Cobertura Vegetal do Bairro Despraiado. Elaborado por Jonathan Anderson de
Paula Caldas, 2014.
Resultados e Discussões CALDAS, Jonathan Anderson de P. 130

BAIRRO DISTRITO INDUSTRIAL

Figura 139 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do Bairro Distrito Industrial. Elaborado por Jonathan
Anderson de Paula Caldas, 2014.

Figura 140 - Croqui da Cobertura Vegetal do Bairro Distrito Industrial. Elaborado por Jonathan
Anderson de Paula Caldas, 2014.
Resultados e Discussões CALDAS, Jonathan Anderson de P. 131

BAIRRO DO AREÃO

Figura 141 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do Bairro do Areão. Elaborado por Jonathan
Anderson de Paula Caldas, 2014.

Figura 142 - Croqui da Cobertura Vegetal do Bairro do Areão. Elaborado por Jonathan Anderson de
Paula Caldas, 2014.
Resultados e Discussões CALDAS, Jonathan Anderson de P. 132

BAIRRO DO BAÚ

Figura 143 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do Bairro do Baú. Elaborado por Jonathan Anderson
de Paula Caldas, 2014.

Figura 144 - Croqui da Cobertura Vegetal do Bairro do Baú. Elaborado por Jonathan Anderson de
Paula Caldas, 2014.
Resultados e Discussões CALDAS, Jonathan Anderson de P. 133

BAIRRO DO PORTO

Figura 145 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do Bairro do Porto. Elaborado por Jonathan
Anderson de Paula Caldas, 2014.

Figura 146 - Croqui da Cobertura Vegetal do Bairro do Porto. Elaborado por Jonathan Anderson de
Paula Caldas, 2014.
Resultados e Discussões CALDAS, Jonathan Anderson de P. 134

BAIRRO DO QUILOMBO

Figura 147 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do Bairro do Quilombo. Elaborado por Jonathan
Anderson de Paula Caldas, 2014.

Figura 148 - Croqui da Cobertura Vegetal do Bairro do Quilombo. Elaborado por Jonathan Anderson
de Paula Caldas, 2014.
Resultados e Discussões CALDAS, Jonathan Anderson de P. 135

BAIRRO DO TERCEIRO

Figura 149 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do Bairro do Terceiro. Elaborado por Jonathan
Anderson de Paula Caldas, 2014.

Figura 150 - Croqui da Cobertura Vegetal do Bairro do Terceiro. Elaborado por Jonathan Anderson de
Paula Caldas, 2014.
Resultados e Discussões CALDAS, Jonathan Anderson de P. 136

BAIRRO DOM AQUINO

Figura 151 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do Bairro Dom Aquino. Elaborado por Jonathan
Anderson de Paula Caldas, 2014.

Figura 152 - Croqui da Cobertura Vegetal do Bairro Dom Aquino. Elaborado por Jonathan Anderson
de Paula Caldas, 2014.
Resultados e Discussões CALDAS, Jonathan Anderson de P. 137

BAIRRO DOM BOSCO

Figura 153 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do Bairro Dom Bosco. Elaborado por Jonathan
Anderson de Paula Caldas, 2014.

Figura 154 - Croqui da Cobertura Vegetal do Bairro Dom Bosco. Elaborado por Jonathan Anderson de
Paula Caldas, 2014.
Resultados e Discussões CALDAS, Jonathan Anderson de P. 138

BAIRRO GOIABEIRAS

Figura 155 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do Bairro Goiabeiras. Elaborado por Jonathan
Anderson de Paula Caldas, 2014.

Figura 156 - Croqui da Cobertura Vegetal do Bairro Goiabeiras. Elaborado por Jonathan Anderson de
Paula Caldas, 2014.
Resultados e Discussões CALDAS, Jonathan Anderson de P. 139

BAIRRO GRANDE TERCEIRO

Figura 157 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do Bairro Grande Terceiro. Elaborado por Jonathan
Anderson de Paula Caldas, 2014.

Figura 158 - Croqui da Cobertura Vegetal do Bairro Grande Terceiro. Elaborado por Jonathan
Anderson de Paula Caldas, 2014.
Resultados e Discussões CALDAS, Jonathan Anderson de P. 140

BAIRRO JARDIM ACLIMAÇÃO

Figura 159 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do Bairro Jardim Aclimação. Elaborado por
Jonathan Anderson de Paula Caldas, 2014.

Figura 160 - Croqui da Cobertura Vegetal do Bairro Jardim Aclimação. Elaborado por Jonathan
Anderson de Paula Caldas, 2014.
Resultados e Discussões CALDAS, Jonathan Anderson de P. 141

BAIRRO JARDIM CALIFÓRNIA

Figura 161 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do Bairro Jardim Califórnia. Elaborado por Jonathan
Anderson de Paula Caldas, 2014.

Figura 162 - Croqui da Cobertura Vegetal do Bairro Jardim Califórnia. Elaborado por Jonathan
Anderson de Paula Caldas, 2014.
Resultados e Discussões CALDAS, Jonathan Anderson de P. 142

BAIRRO JARDIM COMODORO

Figura 163 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do Bairro Jardim Comodoro. Elaborado por Jonathan
Anderson de Paula Caldas, 2014.

Figura 164 - Croqui da Cobertura Vegetal do Bairro Jardim Comodoro. Elaborado por Jonathan
Anderson de Paula Caldas, 2014.
Resultados e Discussões CALDAS, Jonathan Anderson de P. 143

BAIRRO JARDIM DAS PALMEIRAS

Figura 165 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do Bairro Jardim das Palmeiras. Elaborado por
Jonathan Anderson de Paula Caldas, 2014.

Figura 166 - Croqui da Cobertura Vegetal do Bairro Jardim das Palmeiras. Elaborado por Jonathan
Anderson de Paula Caldas, 2014.
Resultados e Discussões CALDAS, Jonathan Anderson de P. 144

BAIRRO JARDIM DOS IPÊS

Figura 167 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do Bairro Jardim dos Ipês. Elaborado por Jonathan
Anderson de Paula Caldas, 2014.

Figura 168 - Croqui da Cobertura Vegetal do Bairro Jardim dos Ipês. Elaborado por Jonathan Anderson
de Paula Caldas, 2014.
Resultados e Discussões CALDAS, Jonathan Anderson de P. 145

BAIRRO JARDIM ELDORADO

Figura 169 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do Bairro Jardim Eldorado. Elaborado por Jonathan
Anderson de Paula Caldas, 2014.

Figura 170 - Croqui da Cobertura Vegetal do Bairro Jardim Eldorado. Elaborado por Jonathan
Anderson de Paula Caldas, 2014.
Resultados e Discussões CALDAS, Jonathan Anderson de P. 146

BAIRRO JARDIM EUROPA

Figura 171 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do Bairro Jardim Europa. Elaborado por Jonathan
Anderson de Paula Caldas, 2014.

Figura 172 - Croqui da Cobertura Vegetal do Bairro Jardim Europa. Elaborado por Jonathan Anderson
de Paula Caldas, 2014.
Resultados e Discussões CALDAS, Jonathan Anderson de P. 147

BAIRRO JARDIM FLORIANÓPOLIS

Figura 173 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do Bairro Jardim Florianópolis. Elaborado por
Jonathan Anderson de Paula Caldas, 2014.

Figura 174 - Croqui da Cobertura Vegetal do Bairro Jardim Florianópolis. Elaborado por Jonathan
Anderson de Paula Caldas, 2014.
Resultados e Discussões CALDAS, Jonathan Anderson de P. 148

BAIRRO JARDIM FORTALEZA

Figura 175 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do Bairro Jardim Fortaleza. Elaborado por Jonathan
Anderson de Paula Caldas, 2014.

Figura 176 - Croqui da Cobertura Vegetal do Bairro Jardim Fortaleza. Elaborado por Jonathan
Anderson de Paula Caldas, 2014.
Resultados e Discussões CALDAS, Jonathan Anderson de P. 149

BAIRRO JARDIM IMPERIAL

Figura 177 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do Bairro Jardim Imperial. Elaborado por Jonathan
Anderson de Paula Caldas, 2014.

Figura 178 - Croqui da Cobertura Vegetal do Bairro Jardim Imperial. Elaborado por Jonathan Anderson
de Paula Caldas, 2014.
Resultados e Discussões CALDAS, Jonathan Anderson de P. 150

BAIRRO JARDIM INDUSTRIÁRIO

Figura 179 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do Bairro Jardim Industriário. Elaborado por
Jonathan Anderson de Paula Caldas, 2014.

Figura 180 - Croqui da Cobertura Vegetal do Bairro Jardim Industriário. Elaborado por Jonathan
Anderson de Paula Caldas, 2014.
Resultados e Discussões CALDAS, Jonathan Anderson de P. 151

BAIRRO JARDIM LEBLON

Figura 181 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do Bairro Jardim Leblon. Elaborado por Jonathan
Anderson de Paula Caldas, 2014.

Figura 182 - Croqui da Cobertura Vegetal do Bairro Jardim Leblon. Elaborado por Jonathan Anderson
de Paula Caldas, 2014.
Resultados e Discussões CALDAS, Jonathan Anderson de P. 152

BAIRRO JARDIM MARIANA

Figura 183 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do Bairro Jardim Mariana. Elaborado por Jonathan
Anderson de Paula Caldas, 2014.

Figura 184 - Croqui da Cobertura Vegetal do Bairro Jardim Mariana. Elaborado por Jonathan Anderson
de Paula Caldas, 2014.
Resultados e Discussões CALDAS, Jonathan Anderson de P. 153

BAIRRO JARDIM MOSSORÓ

Figura 185 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do Bairro Jardim Mossoró. Elaborado por Jonathan
Anderson de Paula Caldas, 2014.

Figura 186 - Croqui da Cobertura Vegetal do Bairro Jardim Mossoró. Elaborado por Jonathan Anderson
de Paula Caldas, 2014.
Resultados e Discussões CALDAS, Jonathan Anderson de P. 154

BAIRRO JARDIM PASSAREDO

Figura 187 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do Bairro Jardim Passaredo. Elaborado por Jonathan
Anderson de Paula Caldas, 2014.

Figura 188 - Croqui da Cobertura Vegetal do Bairro Jardim Passaredo. Elaborado por Jonathan
Anderson de Paula Caldas, 2014.
Resultados e Discussões CALDAS, Jonathan Anderson de P. 155

BAIRRO JARDIM PAULISTA

Figura 189 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do Bairro Jardim Paulista. Elaborado por Jonathan
Anderson de Paula Caldas, 2014.

Figura 190 - Croqui da Cobertura Vegetal do Bairro Jardim Paulista. Elaborado por Jonathan Anderson
de Paula Caldas, 2014.
Resultados e Discussões CALDAS, Jonathan Anderson de P. 156

BAIRRO JARDIM PETRÓPOLIS

Figura 191 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do Bairro Jardim Petrópolis. Elaborado por Jonathan
Anderson de Paula Caldas, 2014.

Figura 192 - Croqui da Cobertura Vegetal do Bairro Jardim Petrópolis. Elaborado por Jonathan
Anderson de Paula Caldas, 2014.
Resultados e Discussões CALDAS, Jonathan Anderson de P. 157

BAIRRO JARDIM PRESIDENTE

Figura 193 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do Bairro Jardim Presidente. Elaborado por Jonathan
Anderson de Paula Caldas, 2014.

Figura 194 - Croqui da Cobertura Vegetal do Bairro Jardim Presidente. Elaborado por Jonathan
Anderson de Paula Caldas, 2014.
Resultados e Discussões CALDAS, Jonathan Anderson de P. 158

BAIRRO JARDIM SANTA ISABEL

Figura 195 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do Bairro Jardim Santa Isabel. Elaborado por
Jonathan Anderson de Paula Caldas, 2014.

Figura 196 - Croqui da Cobertura Vegetal do Bairro Jardim Santa Isabel. Elaborado por Jonathan
Anderson de Paula Caldas, 2014.
Resultados e Discussões CALDAS, Jonathan Anderson de P. 159

BAIRRO JARDIM SANTA MARTA

Figura 197 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do Bairro Jardim Santa Marta. Elaborado por
Jonathan Anderson de Paula Caldas, 2014.

Figura 198 - Croqui da Cobertura Vegetal do Bairro Jardim Santa Marta. Elaborado por Jonathan
Anderson de Paula Caldas, 2014.
Resultados e Discussões CALDAS, Jonathan Anderson de P. 160

BAIRRO JARDIM TROPICAL

Figura 199 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do Bairro Jardim Tropical. Elaborado por Jonathan
Anderson de Paula Caldas, 2014.

Figura 200 - Croqui da Cobertura Vegetal do Bairro Jardim Tropical. Elaborado por Jonathan Anderson
de Paula Caldas, 2014.
Resultados e Discussões CALDAS, Jonathan Anderson de P. 161

BAIRRO JARDIM UBIRAJARA

Figura 201 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do Bairro Jardim Ubirajara. Elaborado por Jonathan
Anderson de Paula Caldas, 2014.

Figura 202 - Croqui da Cobertura Vegetal do Bairro Jardim Ubirajara. Elaborado por Jonathan
Anderson de Paula Caldas, 2014.
Resultados e Discussões CALDAS, Jonathan Anderson de P. 162

BAIRRO JARDIM UNIVERSITÁRIO

Figura 203 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do Bairro Jardim Universitário. Elaborado por
Jonathan Anderson de Paula Caldas, 2014.

Figura 204 - Croqui da Cobertura Vegetal do Bairro Jardim Universitário. Elaborado por Jonathan
Anderson de Paula Caldas, 2014.
Resultados e Discussões CALDAS, Jonathan Anderson de P. 163

JARDIM VITÓRIA

Figura 205 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do Bairro Jardim Vitória. Elaborado por Jonathan
Anderson de Paula Caldas, 2014.

Figura 206 - Croqui da Cobertura Vegetal do Jardim Vitória. Elaborado por Jonathan Anderson de
Paula Caldas, 2014.
Resultados e Discussões CALDAS, Jonathan Anderson de P. 164

BAIRRO JORDÃO

Figura 207 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do Bairro Jordão. Elaborado por Jonathan Anderson
de Paula Caldas, 2014.

Figura 208 - Croqui da Cobertura Vegetal do Bairro Jordão. Elaborado por Jonathan Anderson de Paula
Caldas, 2014.
Resultados e Discussões CALDAS, Jonathan Anderson de P. 165

BAIRRO LAGOA AZUL

Figura 209 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do Bairro Lagoa Azul. Elaborado por Jonathan
Anderson de Paula Caldas, 2014.

Figura 210 - Croqui da Cobertura Vegetal do Bairro Lagoa Azul. Elaborado por Jonathan Anderson de
Paula Caldas, 2014.
Resultados e Discussões CALDAS, Jonathan Anderson de P. 166

BAIRRO MORADA DA SERRA

Figura 211 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do Bairro Morada da Serra. Elaborado por Jonathan
Anderson de Paula Caldas, 2014.

Figura 212 - Croqui da Cobertura Vegetal do Bairro Morada da Serra. Elaborado por Jonathan
Anderson de Paula Caldas, 2014.
Resultados e Discussões CALDAS, Jonathan Anderson de P. 167

BAIRRO MORADA DOS NOBRES

Figura 213 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do Bairro Morada dos Nobres. Elaborado por
Jonathan Anderson de Paula Caldas, 2014.

Figura 214 - Croqui da Cobertura Vegetal do Bairro Morada dos Nobres. Elaborado por Jonathan
Anderson de Paula Caldas, 2014.
Resultados e Discussões CALDAS, Jonathan Anderson de P. 168

BAIRRO NOSSA SENHORA APARECIDA

Figura 215 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do Bairro Nossa Senhora Aparecida. Elaborado por
Jonathan Anderson de Paula Caldas, 2014.

Figura 216 - Croqui da Cobertura Vegetal do Bairro Nossa Senhora Aparecida. Elaborado por Jonathan
Anderson de Paula Caldas, 2014.
Resultados e Discussões CALDAS, Jonathan Anderson de P. 169

BAIRRO NOVA CONQUISTA

Figura 217 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do Bairro Nova Conquista. Elaborado por Jonathan
Anderson de Paula Caldas, 2014.

Figura 218 - Croqui da Cobertura Vegetal do Bairro Nova Conquista. Elaborado por Jonathan Anderson
de Paula Caldas, 2014.
Resultados e Discussões CALDAS, Jonathan Anderson de P. 170

BAIRRO NOVA ESPERANÇA

Figura 219 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do Bairro Nova Esperança. Elaborado por Jonathan
Anderson de Paula Caldas, 2014.

Figura 220 - Croqui da Cobertura Vegetal do Bairro Nova Esperança. Elaborado por Jonathan Anderson
de Paula Caldas, 2014.
Resultados e Discussões CALDAS, Jonathan Anderson de P. 171

BAIRRO NOVO COLORADO

Figura 221 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do Bairro Novo Colorado. Elaborado por Jonathan
Anderson de Paula Caldas, 2014.

Figura 222 - Croqui da Cobertura Vegetal do Bairro Novo Colorado. Elaborado por Jonathan Anderson
de Paula Caldas, 2014.
Resultados e Discussões CALDAS, Jonathan Anderson de P. 172

BAIRRO NOVO HORIZONTE

Figura 223 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do Bairro Novo Horizonte. Elaborado por Jonathan
Anderson de Paula Caldas, 2014.

Figura 224 - Croqui da Cobertura Vegetal do Bairro Novo Horizonte. Elaborado por Jonathan Anderson
de Paula Caldas, 2014.
Resultados e Discussões CALDAS, Jonathan Anderson de P. 173

BAIRRO NOVO MATO GROSSO

Figura 225 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do Bairro Novo Mato Grosso. Elaborado por
Jonathan Anderson de Paula Caldas, 2014.

Figura 226 - Croqui da Cobertura Vegetal do Bairro Novo Mato Grosso. Elaborado por Jonathan
Anderson de Paula Caldas, 2014.
Resultados e Discussões CALDAS, Jonathan Anderson de P. 174

BAIRRO NOVO PARAÍSO

Figura 227 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do Bairro Novo Paraíso. Elaborado por Jonathan
Anderson de Paula Caldas, 2014.

Figura 228 - Croqui da Cobertura Vegetal do Bairro Novo Paraíso. Elaborado por Jonathan Anderson
de Paula Caldas, 2014.
Resultados e Discussões CALDAS, Jonathan Anderson de P. 175

BAIRRO NOVO TERCEIRO

Figura 229 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do Bairro Novo Terceiro. Elaborado por Jonathan
Anderson de Paula Caldas, 2014.

Figura 230 - Croqui da Cobertura Vegetal do Bairro Novo Terceiro. Elaborado por Jonathan Anderson
de Paula Caldas, 2014.
Resultados e Discussões CALDAS, Jonathan Anderson de P. 176

BAIRRO OSMAR CABRAL

Figura 231 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do Bairro Osmar Cabral. Elaborado por Jonathan
Anderson de Paula Caldas, 2014.

Figura 232 - Croqui da Cobertura Vegetal do Bairro Osmar Cabral. Elaborado por Jonathan Anderson
de Paula Caldas, 2014.
Resultados e Discussões CALDAS, Jonathan Anderson de P. 177

BAIRRO PAIAGUÁS

Figura 233 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do Bairro Paiaguás. Elaborado por Jonathan
Anderson de Paula Caldas, 2014.

Figura 234 - Croqui da Cobertura Vegetal do Bairro Paiaguás. Elaborado por Jonathan Anderson de
Paula Caldas, 2014.
Resultados e Discussões CALDAS, Jonathan Anderson de P. 178

BAIRRO PARQUE ATALAIA

Figura 235 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do Bairro Parque Atalaia. Elaborado por Jonathan
Anderson de Paula Caldas, 2014.

Figura 236 - Croqui da Cobertura Vegetal do Bairro Parque Atalaia. Elaborado por Jonathan Anderson
de Paula Caldas, 2014.
Resultados e Discussões CALDAS, Jonathan Anderson de P. 179

BAIRRO PARQUE CUIABÁ

Figura 237 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do Bairro Parque Cuiabá. Elaborado por Jonathan
Anderson de Paula Caldas, 2014.

Figura 238 - Croqui da Cobertura Vegetal do Bairro Parque Cuiabá. Elaborado por Jonathan Anderson
de Paula Caldas, 2014.
Resultados e Discussões CALDAS, Jonathan Anderson de P. 180

BAIRRO PARQUE GEÓRGIA

Figura 239 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do Bairro Parque Geórgia. Elaborado por Jonathan
Anderson de Paula Caldas, 2014.

Figura 240 - Croqui da Cobertura Vegetal do Bairro Parque Geórgia. Elaborado por Jonathan Anderson
de Paula Caldas, 2014.
Resultados e Discussões CALDAS, Jonathan Anderson de P. 181

BAIRRO PARQUE OHARA

Figura 241 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do Bairro Parque Ohara. Elaborado por Jonathan
Anderson de Paula Caldas, 2014.

Figura 242 - Croqui da Cobertura Vegetal do Bairro Parque Ohara. Elaborado por Jonathan Anderson
de Paula Caldas, 2014.
Resultados e Discussões CALDAS, Jonathan Anderson de P. 182

BAIRRO PASCOAL RAMOS

Figura 243 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do Bairro Pascoal Ramos. Elaborado por Jonathan
Anderson de Paula Caldas, 2014.

Figura 244 - Croqui da Cobertura Vegetal do Bairro Pascoal Ramos. Elaborado por Jonathan Anderson
de Paula Caldas, 2014.
Resultados e Discussões CALDAS, Jonathan Anderson de P. 183

BAIRRO PEDRA 90

Figura 245 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do Bairro Pedra 90. Elaborado por Jonathan
Anderson de Paula Caldas, 2014.

Figura 246 - Croqui da Cobertura Vegetal do Bairro Pedra 90. Elaborado por Jonathan Anderson de
Paula Caldas, 2014.
Resultados e Discussões CALDAS, Jonathan Anderson de P. 184

BAIRRO PEDREGAL

Figura 247 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do Bairro Pedregal. Elaborado por Jonathan
Anderson de Paula Caldas, 2014.

Figura 248 - Croqui da Cobertura Vegetal do Bairro Pedregal. Elaborado por Jonathan Anderson de
Paula Caldas, 2014.
Resultados e Discussões CALDAS, Jonathan Anderson de P. 185

BAIRRO PICO DO AMOR

Figura 249 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do Bairro Pico do Amor. Elaborado por Jonathan
Anderson de Paula Caldas, 2014.

Figura 250 - Croqui da Cobertura Vegetal do Bairro Pico do Amor. Elaborado por Jonathan Anderson
de Paula Caldas, 2014.
Resultados e Discussões CALDAS, Jonathan Anderson de P. 186

BAIRRO PLANALTO

Figura 251 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do Bairro Planalto. Elaborado por Jonathan
Anderson de Paula Caldas, 2014.

Figura 252 - Croqui da Cobertura Vegetal do Bairro Planalto. Elaborado por Jonathan Anderson de
Paula Caldas, 2014.
Resultados e Discussões CALDAS, Jonathan Anderson de P. 187

BAIRRO POÇÃO

Figura 253 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do Bairro Poção. Elaborado por Jonathan Anderson
de Paula Caldas, 2014.

Figura 254 - Croqui da Cobertura Vegetal do Bairro Poção. Elaborado por Jonathan Anderson de Paula
Caldas, 2014.
Resultados e Discussões CALDAS, Jonathan Anderson de P. 188

BAIRRO POPULAR

Figura 255 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do Bairro Popular. Elaborado por Jonathan Anderson
de Paula Caldas, 2014.

Figura 256 - Croqui da Cobertura Vegetal do Bairro Popular. Elaborado por Jonathan Anderson de
Paula Caldas, 2014.
Resultados e Discussões CALDAS, Jonathan Anderson de P. 189

BAIRRO PRAEIRINHO

Figura 257 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do Bairro Praeirinho. Elaborado por Jonathan
Anderson de Paula Caldas, 2014.

Figura 258 - Croqui da Cobertura Vegetal do Bairro Praeirinho. Elaborado por Jonathan Anderson de
Paula Caldas, 2014.
Resultados e Discussões CALDAS, Jonathan Anderson de P. 190

BAIRRO PRAEIRO

Figura 259 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do Bairro Praeiro. Elaborado por Jonathan Anderson
de Paula Caldas, 2014.

Figura 260 - Croqui da Cobertura Vegetal do Bairro Praeiro. Elaborado por Jonathan Anderson de
Paula Caldas, 2014.
Resultados e Discussões CALDAS, Jonathan Anderson de P. 191

BAIRRO RECANTO DOS PÁSSARO

Figura 261 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do Bairro Recanto dos Pássaro. Elaborado por
Jonathan Anderson de Paula Caldas, 2014.

Figura 262 - Croqui da Cobertura Vegetal do Bairro Recanto dos Pássaro. Elaborado por Jonathan
Anderson de Paula Caldas, 2014.
Resultados e Discussões CALDAS, Jonathan Anderson de P. 192

BAIRRO RESIDENCIAL COXIPÓ

Figura 263 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do Bairro Residencial Coxipó. Elaborado por
Jonathan Anderson de Paula Caldas, 2014.

Figura 264 - Croqui da Cobertura Vegetal do Bairro Residencial Coxipó. Elaborado por Jonathan
Anderson de Paula Caldas, 2014.
Resultados e Discussões CALDAS, Jonathan Anderson de P. 193

BAIRRO RESIDENCIAL ITAMARATI

Figura 265 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do Bairro Residencial Itamarati. Elaborado por
Jonathan Anderson de Paula Caldas, 2014.

Figura 266 - Croqui da Cobertura Vegetal do Bairro Residencial Itamarati. Elaborado por Jonathan
Anderson de Paula Caldas, 2014.
Resultados e Discussões CALDAS, Jonathan Anderson de P. 194

BAIRRO RESIDENCIAL SANTA INÊS

Figura 267 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do Bairro Residencial Santa Inês. Elaborado por
Jonathan Anderson de Paula Caldas, 2014.

Figura 268 - Croqui da Cobertura Vegetal do Bairro Residencial Santa Inês. Elaborado por Jonathan
Anderson de Paula Caldas, 2014.
Resultados e Discussões CALDAS, Jonathan Anderson de P. 195

BAIRRO RESIDENCIAL SÃO CARLOS

Figura 269 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do Bairro Residencial São Carlos. Elaborado por
Jonathan Anderson de Paula Caldas, 2014.

Figura 270 - Croqui da Cobertura Vegetal do Bairro Residencial São Carlos. Elaborado por Jonathan
Anderson de Paula Caldas, 2014.
Resultados e Discussões CALDAS, Jonathan Anderson de P. 196

BAIRRO RIBEIRÃO DA PONTE

Figura 271 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do Bairro Ribeirão da Ponte. Elaborado por Jonathan
Anderson de Paula Caldas, 2014.

Figura 272 - Croqui da Cobertura Vegetal do Bairro Ribeirão da Ponte. Elaborado por Jonathan
Anderson de Paula Caldas, 2014.
Resultados e Discussões CALDAS, Jonathan Anderson de P. 197

BAIRRO RIBEIRÃO DO LIPA

Figura 273 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do Bairro Ribeirão do Lipa. Elaborado por Jonathan
Anderson de Paula Caldas, 2014.

Figura 274 - Croqui da Cobertura Vegetal do Bairro Ribeirão do Lipa. Elaborado por Jonathan
Anderson de Paula Caldas, 2014.
Resultados e Discussões CALDAS, Jonathan Anderson de P. 198

BAIRRO SANTA CRUZ

Figura 275 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do Bairro Santa Cruz. Elaborado por Jonathan
Anderson de Paula Caldas, 2014.

Figura 276 - Croqui da Cobertura Vegetal do Bairro Santa Cruz. Elaborado por Jonathan Anderson de
Paula Caldas, 2014.
Resultados e Discussões CALDAS, Jonathan Anderson de P. 199

BAIRRO SANTA LAURA

Figura 277 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do Bairro Santa Laura. Elaborado por Jonathan
Anderson de Paula Caldas, 2014.

Figura 278 - Croqui da Cobertura Vegetal do Bairro Santa Laura. Elaborado por Jonathan Anderson de
Paula Caldas, 2014.
Resultados e Discussões CALDAS, Jonathan Anderson de P. 200

BAIRRO SANTA ROSA

Figura 279 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do Bairro Santa Rosa. Elaborado por Jonathan
Anderson de Paula Caldas, 2014.

Figura 280 - Croqui da Cobertura Vegetal do Bairro Santa Rosa. Elaborado por Jonathan Anderson de
Paula Caldas, 2014.
Resultados e Discussões CALDAS, Jonathan Anderson de P. 201

BAIRRO SÃO FRANCISCO

Figura 281 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do Bairro São Francisco. Elaborado por Jonathan
Anderson de Paula Caldas, 2014.

Figura 282 - Croqui da Cobertura Vegetal do Bairro São Francisco. Elaborado por Jonathan Anderson
de Paula Caldas, 2014.
Resultados e Discussões CALDAS, Jonathan Anderson de P. 202

BAIRRO SÃO GONÇALO BEIRA RIO

Figura 283 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do Bairro São Gonçalo Beira Rio. Elaborado por
Jonathan Anderson de Paula Caldas, 2014.

Figura 284 - Croqui da Cobertura Vegetal do Bairro São Gonçalo Beira Rio. Elaborado por Jonathan
Anderson de Paula Caldas, 2014.
Resultados e Discussões CALDAS, Jonathan Anderson de P. 203

BAIRRO SÃO JOÃO DEL REY

Figura 285 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do Bairro São João Del Rey. Elaborado por Jonathan
Anderson de Paula Caldas, 2014.

Figura 286 - Croqui da Cobertura Vegetal do Bairro São João Del Rey. Elaborado por Jonathan
Anderson de Paula Caldas, 2014.
Resultados e Discussões CALDAS, Jonathan Anderson de P. 204

BAIRRO SÃO JOSÉ

Figura 287 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do Bairro São José. Elaborado por Jonathan
Anderson de Paula Caldas, 2014.

Figura 288 - Croqui da Cobertura Vegetal do Bairro São José. Elaborado por Jonathan Anderson de
Paula Caldas, 2014.
Resultados e Discussões CALDAS, Jonathan Anderson de P. 205

BAIRRO SÃO ROQUE

Figura 289 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do Bairro São Roque. Elaborado por Jonathan
Anderson de Paula Caldas, 2014.

Figura 290 - Croqui da Cobertura Vegetal do Bairro São Roque. Elaborado por Jonathan Anderson de
Paula Caldas, 2014.
Resultados e Discussões CALDAS, Jonathan Anderson de P. 206

BAIRRO SÃO SEBASTIÃO

Figura 291 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do Bairro São Sebastião. Elaborado por Jonathan
Anderson de Paula Caldas, 2014.

Figura 292 - Croqui da Cobertura Vegetal do Bairro São Sebastião. Elaborado por Jonathan Anderson
de Paula Caldas, 2014.
Resultados e Discussões CALDAS, Jonathan Anderson de P. 207

BAIRRO SOL NASCENTE

Figura 293 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do Bairro Sol Nascente. Elaborado por Jonathan
Anderson de Paula Caldas, 2014

Figura 294 - Croqui da Cobertura Vegetal do Bairro Sol Nascente. Elaborado por Jonathan Anderson
de Paula Caldas, 2014.
Resultados e Discussões CALDAS, Jonathan Anderson de P. 208

BAIRRO TERRA NOVA

Figura 295 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do Bairro Terra Nova. Elaborado por Jonathan
Anderson de Paula Caldas, 2014.

Figura 296 - Croqui da Cobertura Vegetal do Bairro Terra Nova. Elaborado por Jonathan Anderson de
Paula Caldas, 2014.
Resultados e Discussões CALDAS, Jonathan Anderson de P. 209

BAIRRO TIJUCAL

Figura 297 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do Bairro Tijucal. Elaborado por Jonathan Anderson
de Paula Caldas, 2014.

Figura 298 - Croqui da Cobertura Vegetal do Bairro Tijucal. Elaborado por Jonathan Anderson de
Paula Caldas, 2014.
Resultados e Discussões CALDAS, Jonathan Anderson de P. 210

BAIRRO TRÊS BARRAS

Figura 299 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do Bairro Três Barras. Elaborado por Jonathan
Anderson de Paula Caldas, 2014.

Figura 300 - Croqui da Cobertura Vegetal do Bairro Três Barras. Elaborado por Jonathan Anderson de
Paula Caldas, 2014.
Resultados e Discussões CALDAS, Jonathan Anderson de P. 211

BAIRRO VISTA ALEGRE

Figura 301 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB do Bairro Vista Alegre. Elaborado por Jonathan
Anderson de Paula Caldas, 2014.

Figura 302 - Croqui da Cobertura Vegetal do Bairro Vista Alegre. Elaborado por Jonathan Anderson
de Paula Caldas, 2014.
Resultados e Discussões CALDAS, Jonathan Anderson de P. 212

ZONA DE EXPANSÃO URBANA DO MANDURI

Figura 303 - Gráficos de PAVUB, PAVB e PCVB da Zona de Expansão Urbana do Manduri. Elaborado
por Jonathan Anderson de Paula Caldas, 2014.

Figura 304 - Croqui da Cobertura Vegetal da Zona de Expansão Urbana do Manduri. Elaborado por
Jonathan Anderson de Paula Caldas, 2014.
Resultados e Discussões CALDAS, Jonathan Anderson de P. 213

Os bairros que estão abaixo do 12m² por habitantes dentre várias características que o cercam
podemos também destacar são o baixo poder econômico apresentados na maioria desses
bairros. E também notável a falta de infraestrutura urbana adequada proveniente do governo
municipal na adequação de área para tornar-se área verdes quanto vontade política.
Observamos na Figura 305 abaixo que a maioria dos bairros que possui o IAV acima de
12m²/hab., se concentram basicamente no centro da capital. E os índices desses bairros são
“inflados” pelo fato desses terem os parque urbanos dentro do seu perímetro.
Ainda na Figura 305 apresentamos um croqui com destaques nos bairros acima do 12
m²/habitantes.

Figura 305 - Croqui dos bairros com IAV maior que 12 m²/hab. Elaborado por Jonathan Anderson de
Paula Caldas, 2014.
Resultados e Discussões CALDAS, Jonathan Anderson de P. 214

Para contribuir nesta afirmação, e para uma melhor análise de padrões espaciais destas áreas
verdes em relação aos bairros, foram utilizados três indicadores que serão as variáveis para
emitir um mapa geral (mapa “econômico”) dos bairros, que é o resultado da junção/mesclagem
das três variáveis utilizando modelo matemático conhecido como média geométrica através de
distâncias euclidianas para a geração de uma única variável, já explicada anteriormente, no
capítulo de processamento de vetores dos dados geográficos.Utilizamos os seguintes esquemas
de fluxo de etapas:
o Renda Per Capita;
o Lançamento do IPTU;
o Renda Nominal.
Os indicadores de renda nominal e renda per capita são produtos de contagens realizadas
pelo IBGE (CENSO2010). O IBGE fornece, para cada setor censitário, o número de chefes de
família em cada uma das faixas de renda consideradas. Diversos indicadores de saúde e
saneamento básico também são deste tipo, porém, não utilizamos nenhum dos dados referentes
a isso. O valores do lançamentos do IPTU do ano base de 2010 foram fornecidos pela PMC e
o intuito inicial foi “mapear” os bairros de forma que fiquem classificados para evidenciar os
padrões de vida econômicos por bairros.
• Mapa do valor médio da renda per capita de pessoa por bairros;

0 2 4 km

Figura 306 - Croqui do Valor médio da Renda Per Capita dos bairros de Cuiabá. Fonte: Censo 2010,
IBGE. Elaborado por Jonathan Anderson de Paula Caldas, 2014.
Resultados e Discussões CALDAS, Jonathan Anderson de P. 215

• Mapa do valor médio dos lançamento do IPTU por bairros;

0 2 4 km

Figura 307 - Croqui da Média dos Valores do IPTU de Cuiabá. Fonte: PMC, Ano de 2010. Elaborado
por Jonathan Anderson de Paula Caldas, 2014.

 Mapa do valor médio da renda nominal por bairros;

0 2 4 km

Figura 308 - Croqui do Valor médio da Renda Nominal dos bairros de Cuiabá. Fonte: Censo 2010,
IBGE. Elaborado por Jonathan Anderson de Paula Caldas, 2014.
Resultados e Discussões CALDAS, Jonathan Anderson de P. 216

O primeiro mapa para a análise é o de rendimento per capita, demonstrado na Figura 306,
fazendo uma análise com o mapa de rendimento nominal mensal, Figura 308, foi observado
que os dois “índices” são parecidos no quesito de valores e praticamente ficam nas mesmas
faixas de variável uma da outra. Porém, estes mapas mostram que do centro da capital no
sentido leste há um conjunto de bairros onde existe uma percepção de alto rendimento. São
justamente bairros do centro da capital e bairros próximos ao Centro Político Administrativo,
bairro onde, segundo Romancini (1996), haviam os problemas no trânsito do centro da cidade
na década de 70, e que dificultavam o acesso das pessoas aos serviços públicos. A solução
encontrada para este problema, que afetava a administração estadual, foi a criação do Centro
Político Administrativo (CPA), na Av. Historiador Rubens de Mendonça, que ficou
popularmente conhecida como Avenida do CPA, na década de 1970, onde ocorreu a
transferência dos órgãos públicos para esta área, mantendo terrenos reservados para futuras
construções. Desta forma, nessa época ampliou-se o perímetro urbano, incluindo novas áreas
através do processo de descentralização. E assim, essa área começou a valorizar-se. Por isso,
podemos destacar que nesta mesma área encontra-se o Parque Estadual Mãe Bonifácia e
também englobando a área correspondente do Centro ao leste da capital temos o Parque
Estadual Massairo Okamura. Por fim, observamos que esta área está bastante servida com os
principais parques do município e ainda, podemos contar com o parque que está sob
planejamento conhecido como Parques das Águas.
Inversamente no Sul da capital temos os bairros de baixo rendimento em relação aos demais.
Estes bairros estão espacializados geograficamente próximos ao rio Coxipó, onde foi possível
observar nos dois mapas que entre os bairros de altos rendimentos e baixos rendimentos, há
bairros de rendimentos intermediários exatamente ao centro do perímetro urbano.
O mapa de análise por lançamentos de IPTU, Figura 307, apresenta mais homogeneidade
referentes aos valores apontados por bairros. Apesar do cálculo utilizado na confecção do mapa
geral considerar uma média geométrica, nele haveria uma grande probabilidade de ter
características parecidas com o mapa do IPTU. A espacialização desses índices para obter um
mapa geral (Mapa de “economia”) é interessante e importante porque permite a captura de
múltiplas dimensões em uma única realidade, revelando uma situação predominante (Sênior,
2001).
Com o cálculo dos valores utilizando médias geométricas com distâncias euclidianas foi
verificado que no mapa da “economia” presente na Figura abaixo (Figura 309), há também
características de homogeneidade bastante marcantes, sendo característico de um grupo grande
de bairros de alto rendimento em torno deles, como periferia e os bairros de menores
Resultados e Discussões CALDAS, Jonathan Anderson de P. 217

rendimentos. Alguns bairros próximos a “borda” no extremo Sul do perímetro também têm se
caracterizado com altos rendimentos. Isso se dá como reflexo do plano diretor que indicou essas
áreas com incentivos fiscais e com isenções de taxas para alavancar interesses das indústrias,
primeiro pelo fato de estar próximo ao corredor de “entrada” de umas das principais rodovias
vindo do Sul do Brasil, a BR-364.

0 2 4 km

Figura 309 - Croqui dos valores da Média Geométrica entre os valores do Nominal, per capita e IPTU.
Elaborado por Jonathan Anderson de Paula Caldas, 2014.

Com isso é possível observar que os bairros como o Distrito Industrial e Jardim industriário
alavancaram também os bairros adjacentes como a sua principal mão de obra elevando e dando
condições para os seus habitantes. Ainda ao Sul da capital podemos destacar a região perto dos
Parques Da Saúde (Zé Bôlo Flô) e Tote Garcia (Horto Florestal), região onde há o bairro com
maior índice de área verde em Cuiabá, porém no mapa podemos observar que essa região não
é favorecida economicamente, com baixos rendimentos. O mesmo podemos destacar com os
bairros no extremo Noroeste da cidade onde uma boa parte aparecem com o tom verde no último
mapa.
A dependência espacial é uma característica intrínseca aos dados espaciais (Câmera et al,
2001). Sendo assim, para a validação completa do mapa “econômico” é necessária uma análise
comparativa dos índices de auto correlação espacial global e local. Em relação aos parques que
estão “bem” distribuídos espacialmente temos uma relação com as áreas de alto rendimento.
Podemos então, considerar que dentre vários fatores esses parques contribuíram para a elevação
Resultados e Discussões CALDAS, Jonathan Anderson de P. 218

desses rendimentos ou então, esses lugares sofreram pressão pública para serem legalizadas e
para não haver grilagem nestas áreas, trazendo assim “desconfortos” de aspectos urbanos.
Fazendo uma relação como um todo é importante ressaltar que as áreas verdes essencialmente
estão localizadas 2/3 em áreas de alto rendimento e outro 1/3 dele em áreas consideradas
intermediárias. Analisando friamente a população de baixo rendimento, fica as margens dessas
áreas verdes, havendo assim, uma não integração total da população urbana de Cuiabá com
essas áreas.
Os resultados encontrados a partir do mapeamento da cobertura vegetal com o uso de
imagem World View II revelaram que a capital Mato-grossense no ano de 2010 apresentava
cerca 70.523.831,21m² de cobertura vegetal em uma área territorial de aproximadamente
253,69km², para pouco mais de 496.588 habitantes, segundo o censo do IBGE no ano de 2010.
Ao analisarmos os indicadores para a cidade de Cuiabá, foi possível notar que o mesmo possui
um percentual de cobertura vegetal em torno de 27,80% (Tabela- 29) e um índice de áreas
verdes de 13,66m²/hab. (Tabela- 30). Índice que está abaixo do sugerido pela SBAU, e ainda
da estimativa do IBGE para o ano de 2013 que é de 569.830 habitantes, sendo assim, a cidade
de Cuiabá está abaixo da média de 12 metros quadrados por habitantes (Tabela – 28).

Tabela 3 -Índice de área verde de Cuiabá-MT. Elaborado por Jonathan Anderson de Paula Caldas, 2014

Fazendo um cálculo identificamos cerca de 11,90m²/hab. Esse índice considera que as áreas
verdes não diminuam, mas, na realidade com as obras de mobilidade urbanas que estão a todo
vapor nos anos de 2013 e 2014 a tendência são que essas áreas tenham um déficit de área verdes.
Abaixo o gráfico de cobertura vegetal na cidade de Cuiabá, Figura 310 e também o gráfico do
índice de área verde da capital, Figura 311.
Resultados e Discussões CALDAS, Jonathan Anderson de P. 219

COBERTURA VEGETAL DO PERÍMETRO URBANO DE CUIABÁ


- MT

Covertura Vegetal Outras

27,80%

72,20%

Figura 310 - Gráfico de percentual de cobertura vegetal do perímetro urbano de Cuiabá-MT. Ano:2010.
Elaborado por Jonathan Anderson de Paula Caldas, 2014.

Figura 311 - Gráfico de índices das áreas verdes de Cuiabá em relação ao proposto por SBAU e
ONU/OMS. Elaborado por Jonathan Anderson de Paula Caldas, 2014.
Resultados e Discussões CALDAS, Jonathan Anderson de P. 220

Além disso, temos o valor do percentual da cobertura vegetal nas áreas verdes que é de
21,80%, Figura 312. Um pouco abaixo do percentual da cobertura vegetal da cidade. Abaixo o
gráfico de percentual da cobertura vegetal nas áreas verdes no ano de 2010.

Figura 312 - Gráfico de percentual de cobertura vegetal nas áreas verdes de Cuiabá, MT. Elaborado por
Jonathan Anderson de Paula Caldas, 2014.

Identificando a expressividade de tais valores por bairro, podemos tomar conhecimento da


distribuição e concentração das áreas verdes da capital. Os percentuais de cobertura vegetal
variam de 0 a 56,31%, e o valor de cobertura por habitante varia de 0 a 714,78m²/hab. Dos 121
bairros analisados, 112 possuem um IAV inferior ao sugerido pela SBAU, de 15 m²/hab., onde
destaca-se a ocorrência de 72 bairros que este valor não alcança 1 m²/hab. E cerca de 6 bairros
não tinham informações suficientes para o cálculo. Temos ainda, uma situação preocupante do
bairro Morada da Serra mais conhecido como CPA que tem alta densidade populacional, de
56.066 habitantes, com índice de 6,9m²/hab.
Para uma melhor fixação da espacialização das áreas verdes identificadas neste trabalho,
abaixo na Figura 313 temos um croqui com os limites espacializados dos Parques e Praças
Urbanas de Cuiabá. Neste croqui fica claro a má distribuição espacial das área verdes na cidade
de Cuiabá, dificultando assim o acesso de todos habitantes da capital.
Resultados e Discussões CALDAS, Jonathan Anderson de P. 221

Figura 313 - Croqui de espacialização dos Parques e Praças Urbanas em Cuiabá. Elaborado por
Jonathan Anderson de Paula Caldas, 2014.

De modo geral, tanto os PCV’s quanto os valores de IAV por bairro, estão diretamente
associados com a forma de ocupação na cidade de Cuiabá. Observa-se que os maiores valores,
consideram as áreas protegidas por leis ambientais. De forma mais sistemática, pode-se afirmar
que as áreas com cobertura vegetal de maior expressividade estão nas áreas centrais da cidade
e ao Sul próximo ao rio Coxipó. Fica claro que nas áreas de expansão ainda há porcentagem de
cobertura vegetal alta, porém falta a criação de parques e praças urbanas para o uso da
população residente.
Considerações Finais e Perspectivas CALDAS, Jonathan Anderson de P. 222

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS E PERSPECTIVAS

O uso de instrumentos de geotecnologia de cunho ambiental se tem mostrado eficiente como


ferramenta de tomada de decisão. São as técnicas que trazem a tona detalhes mais precisos de
uma realidade cheias de variáveis, podendo subsidiar a definição de políticas públicas, com a
oportunidade de analisar, produzir e integrar dados diversos numa mesma realidade. Esta
proposta de uso combinado de diversos métodos para a análise, aliada ao tratamento geográfico
destes dados, evidencia as potencialidades até então escondidas nas medidas tabulares.
Essas pesquisas buscam ir além de simples espacialização de mapas temáticos, para o
diagnóstico das áreas de agrupamento. Utilizando-se a média geométrica pode ser um
instrumento potencial para um melhor acompanhamento da movimentação dos índices
expressos no território, auxiliando não apenas o planejamento, mas também o monitoramento
dos resultados de políticas públicas e intervenções no espaço urbano. O uso de índices de áreas
verdes e porcentagens de cobertura vegetal, transformam facetas do meio ambiente em números
para trazer um potencial analítico melhor para o analista. Com os resultados analisados é
perceptível numa primeira análise identificar que as áreas verdes não são integradas para o uso
de toda a população. Este tipo de pesquisa visa subsidiar os gestores das cidades para melhor
gerir esses “aparelhos públicos verdes”.
Assim, com os dados obtidos é possível conhecer melhor o que tem nos “meandros” a cada
bairro, caracterizando as suas formas socioeconômicas e ainda entender a dinâmica territorial e
seu principal objetivo que é o do Plano diretor. Que é imprescindível dentro da gestão da cidade.
As diferenças encontradas são fundamentais a serem conhecidas para a redução dos
desequilíbrios e consequentemente a redução das desigualdades socioterritoriais.
O crescimento desordenado das cidades brasileiras e as consequências geradas pela falta de
planejamento urbano, despertaram a atenção de planejadores e da população no sentido de se
perceber a vegetação como componente necessário ao espaço urbano. A baixa presença de áreas
verdes, associada ao acelerado processo de urbanização, acaba influenciando diretamente nas
condições do ambiente e consequentemente na qualidade de vida desta população.
Dessa forma, mais expressivamente, a arborização passou a ser vista nas cidades como
importante elemento natural atuando como reestruturador do espaço urbano, pois as áreas
bastante arborizadas apresentam uma aproximação maior das condições ambientais normais em
relação ao meio urbano que apresenta, entre outros, temperaturas mais elevadas,
Considerações Finais e Perspectivas CALDAS, Jonathan Anderson de P. 223

particularmente, nas áreas de elevados índices de construção e desprovidas de cobertura vegetal


(CARVALHO, 1982, p. 63).
As áreas verdes em sua maioria, oferecem também serviços culturais, como museus, casas
de espetáculo e centros culturais e educativos. Também estão frequentemente ligadas a
atividades esportivas, com suas quadras, campos, ciclovias etc. A grande vantagem dos parques
urbanos é propor aos moradores de metrópoles a opção de visitar áreas naturais, com paisagens
verdes, fauna e flora, sem a necessidade de percorrer grandes distâncias. São nelas que grande
parte da população urbana desenvolve sua relação com a Natureza, o que faz delas uma
importante ferramenta para conscientização ambiental.
Referências Bibliográficas CALDAS, Jonathan Anderson de P. 224

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Anexos e Apêndice CALDAS, Jonathan Anderson 234
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