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Confiabilidade Aplicada A Equipamentos Hospitalares
Confiabilidade Aplicada A Equipamentos Hospitalares
FLORIANÓPOLIS
2002
ii
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM
ENGENHARIA ELÉTRICA
Tese submetida à
Universidade Federal de Santa Catarina
como parte dos requisitos para a
obtenção do grau de Doutor em Engenharia Elétrica.
‘Esta Tese foi julgada adequada para obtenção do Título de Doutor em Engenharia
Elétrica, Área de Concentração em Engenharia Biomédica, e aprovada em sua forma final
pelo Programa de Pós-Graduação em Engenharia Elétrica da
Universidade Federal de Santa Catarina.’
Banca Examinadora:
E p í g r a f e
2 Coríntios 4, 8-10
v
D e d i c a t ó r i a
À minha família,
em especial a meus pais, Marcos e
Maria Emilse, a meus irmãos, Thiago e
Verônica, e à Micheli, sempre presentes,
mesmo à distância.
vi
A g r a d e c i m e n t o s
PRODUÇÃO BIBLIOGRÁFICA
Artigos Publicados
LUCATELLI, M.V. & GARCIA, R. Estudo de Procedimentos de Manutenção Preventiva de
Equipamentos Eletromédicos. In: XIII Congresso Brasileiro de Manutenção, Salvador,
Bahia. 1998.
LUCATELLI, M.V.; BESKOW, W.B. & GARCIA, R. O Programa RHAE como Alternativa de
Desenvolvimento de Atividades de Engenharia Clínica. In: II Fórum de Tecnologia Aplicada
à Saúde, Salvador, Bahia: Secretaria de Estado da Saúde e Governo de Estado, 2000.
LUCATELLI, M.V.; et al. Estratégia de Manutenção para Equipamentos Lotados em Centros
Cirúrgicos. In: XVII Congresso Brasileiro de Engenharia Biomédica – CBEB'2000,
Florianópolis, v.01. p.443-448, 2000.
LUCATELLI, M.V.; et al. Implantação de Paradas de Manutenção no Ambiente Hospitalar. In: XV
Congresso Brasileiro de Manutenção, Vitória, 2000.
LUCATELLI, M.V. & GARCIA, R. Proposta de Aplicação da Manutenção Centrada em
Confiabilidade em Estabelecimentos Assistenciais de Saúde. In: II Congreso
Latinoamericano de Ingeniería Biomédica, mayo 2001, Habana, Cuba, Anales ISBN 959-
7132-57-5.
FERNANDES, R.; GARCIA, R. & LUCATELLI, M.V. Ensaios para Avaliação de Funcionalidade de
Oxímetros de Pulso. In: II Congreso Latinoamericano de Ingeniería Biomédica, mayo
2001, Habana, Cuba, Anales ISBN 959-7132-57-5.
LUCATELLI, M.V.; BESKOW, W.B & GARCIA, R. Gestão da Confiabilidade Tecnológica no
Ambiente Hospitalar. In: XVI Congresso Brasileiro de Manutenção & XI Congresso Ibero-
Americano de Manutenção, Florianópolis, 2001.
Resumo da Tese apresentada à UFSC como parte dos requisitos necessários para a
obtenção do grau de Doutor em Engenharia Elétrica.
Abstract of Thesis presented to UFSC as a partial fulfillment of the requirements for the
degree of Doctor in Electrical Engineering.
The present work deals with the application of the Reliability-Centered Maintenance
(RCM) to medical equipments located in hospitals and other health assistants units. The
reliability of equipments and systems is nowadays a main issue in different areas of
industry and services. Its has focus on the risks to the operational security, to the
environment, and to the resources administration. In this context, as proposed by the
RCM, the implementation of a logical, structured, and cost-effective methodology to the
maintenance management represents an important contribution to the process of
management of medical tecnology, as well to the medicine itself, that can be classified as
one of the most complex areas of human activity. A proposal of RCM to the management
of medical equipments in health assistant units is presented here, built through the review
of precepts, technics, procedures and results of the characteristically industrial RCM,
especially the RCM2, and by the state of art of the maintenance of equipments and the
management of technology in medical area. The developed methodology, validated
according to the criteria of the SAE JA1011 Pattern, was systematized in four phases -
planning, technical analysis, qualitative analysis, and evaluation - composed of different
steps whose configuration characterizes a systematic process. The methodology applied
to three case-studies revealed the following aspects: the increase of the knowledge about
medical equipment, systems and processes involved in the analysis; the establishment of
proceedings of programmed maintenance in the context; the identification of deficiencies
related to the reliability of the function whose assets are responsible for and the
determination of corrective actions about the project; the systematization of the data for
the maintenance certifying, as well as of the searched evidences for the justification of
investments and improvements by the direction. The process RCM applied to medical
equipments showed to be an investigative, logical and structured methodology, whose
utilization offers knowledge-based arguments for the decision taking about the more
feasible and cost-effective maintenance proceedings for dealing with the fault of assets,
with a view to the establishment / conservation of the minimal required levels of security.
x
SUMÁRIO
LISTA DE FIGURAS........................................................................................................xiii
LISTA DE QUADROS ....................................................................................................... xv
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS ........................................................................ xvi
1 INTRODUÇÃO........................................................................................................... 17
1.1 OBJETIVO GERAL..................................................................................................... 21
1.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ...................................................................................... 21
1.3 JUSTIFICATIVAS DA PESQUISA............................................................................ 22
1.3.1 CARÊNCIA DE GERENCIAMENTO ................................................................................... 23
1.3.2 OTIMIZAÇÃO DE RECURSOS............................................................................................ 24
1.3.3 SEGURANÇA/CONFIABILIDADE...................................................................................... 26
1.3.4 CERTIFICAÇÃO DA QUALIDADE..................................................................................... 27
1.4 METODOLOGIA ......................................................................................................... 27
1.4.1 TREINAMENTO .................................................................................................................... 28
1.4.2 FERRAMENTA ...................................................................................................................... 29
1.4.3 TEMPO ................................................................................................................................... 29
1.4.4 EQUIPE................................................................................................................................... 29
1.5 ESTRUTURA DO TRABALHO ................................................................................. 30
2. ESTADO DA ARTE ................................................................................................... 31
2.1 MANUTENÇÃO ........................................................................................................... 33
2.1.1 PROCESSO EVOLUTIVO..................................................................................................... 33
2.1.1.1 Primeira Geração............................................................................................................ 35
2.1.1.2 Segunda Geração ........................................................................................................... 36
2.1.1.3 Terceira Geração ............................................................................................................ 36
2.1.2 POLÍTICAS/TIPOS DE MANUTENÇÃO............................................................................. 38
2.1.2.1 Manutenção Corretiva.................................................................................................... 40
2.1.2.2 Manutenção Preventiva.................................................................................................. 41
2.1.2.3 Manutenção Preditiva .................................................................................................... 43
2.1.3 ENGENHARIA DE MANUTENÇÃO – Metodologias ......................................................... 45
2.1.3.1 Manutenção Produtiva Total.......................................................................................... 46
2.1.3.2 Manutenção Centrada em Confiabilidade ...................................................................... 49
2.1.3.3 MCC X TPM.................................................................................................................. 53
2.2 MANUTENÇÃO HOSPITALAR X ENGENHARIA CLÍNICA ............................. 55
2.2.1 PRIMEIRA FASE – Manutenção Corretiva............................................................................ 57
2.2.2 SEGUNDA FASE – Manutenção Preventiva Tradicional ...................................................... 58
2.2.3 TERCEIRA FASE – GTMH ................................................................................................... 60
2.2.3.1 GTMH em Hospitais Públicos Estaduais em Santa Catarina......................................... 64
2.3 MANUTENÇÃO CENTRADA EM CONFIABILIDADE........................................ 66
2.3.1 PREPARAÇÃO PARA IMPLANTAÇÃO DA MCC ............................................................ 69
2.3.1.1 Métodos de Priorização.................................................................................................. 69
2.3.1.2 Formação da Equipe ...................................................................................................... 72
2.3.2 ANÁLISE DO SISTEMA ....................................................................................................... 73
2.3.2.1 Funções .......................................................................................................................... 73
2.3.2.2 Análise de Falhas Funcionais......................................................................................... 74
2.3.2.3 Padrões de Desempenho ................................................................................................ 75
2.3.2.4 Contexto Operacional .................................................................................................... 76
2.3.2.5 Análise dos Modos de Falha e seus Efeitos – Sistematizando o conhecimento............. 78
2.3.2.5.1 Análise do Modo de Falha ........................................................................................ 79
2.3.2.5.2 Identificação do Efeito de Falha................................................................................ 80
xi
FIGURA 2.1: EVOLUÇÃO DAS TRÊS GERAÇÕES DA MANUTENÇÃO E SEUS PERÍODOS E AS ÁREAS COM MAIORES
FIGURA 2.2: TIPOS DE PADRÕES DE MODOS DE FALHAS. NOS GRÁFICOS É REPRESENTADA A TAXA DE FALHA
FIGURA 2.3: EVOLUÇÃO DA MANUTENÇÃO SEGUNDO OS RESULTADOS OBTIDOS PARA CADA TIPO, ADAPTADA DE
FIGURA 2.4: A GESTÃO DE EQUIPAMENTOS SEGUNDO O SEU CICLO DE VIDA (TESDAHL & TOMLINGSON,
1997)................................................................................................................................................. 61
FIGURA 2.8: CATEGORIZAÇÃO DA APLICAÇÃO DA FMEA NAS DIVERSAS FASES DA MANUFATURA (FORD, 1997
FIGURA 2.15: FALHAS POTENCIAIS QUE PODEM PRECEDER UM MODO DE FALHA. ........................................ 92
FIGURA 2.17: OS SETE PASSOS BÁSICOS PARA A APLICAÇÃO DA MCC SEGUNDO SMITH. ............................ 99
FIGURA 2.18: VISÃO GERAL DO PROCESSO DE APLICAÇÃO DA MCC SEGUNDO FLEMING (2000)............... 100
FIGURA 2.20: DIAGRAMA LÓGICO PARA SELEÇÃO DE TAREFAS DE MANUTENÇÃO SEGUNDO SMITH (1993).103
xiv
FIGURA 3.1: PROCESSO DE APLICAÇÃO DA MCC EM EAS PARA EMH NAS SUAS DIVERSAS FASES E A SUA
FIGURA 3.2: PROCESSO DE APLICAÇÃO DA MCC EM EAS PARA EMH PASSO-A-PASSO VERSUS O MÉTODO
PDCA.............................................................................................................................................. 108
FIGURA 3.3: ANÁLISE FMEA DO TIPO TOP-DOWN, INSPIRADA EM SAKURADA (2001)............................... 116
FIGURA 4.2: A) DIAGRAMA PNEUMÁTICO; B) SEÇÃO PNEUMÁTICA, DO VTP (MCPHERSON, 1995) ....... 139
LISTA DE QUADROS
QUADRO 4.1: PLANILHA DE INFORMAÇÕES FMEA PARA O SISTEMA DE AR COMPRIMIDO. ........................ 127
QUADRO 4.2: RELAÇÃO DE SOBRESSALENTES DETERMINADOS PELA APLICAÇÃO DA MCC PARA O SISTEMA DE
QUADRO 4.3: RELAÇÃO ENTRE A SEÇÃO ANALISADA E SUAS RESPECTIVAS FUNÇÕES. .............................. 141
QUADRO 4.4: MODOS VENTILATÓRIOS DISPONÍVEIS NO VTP E SUAS RESPECTIVAS FUNÇÕES. .................. 141
QUADRO 4.7: TAREFAS DE REPROJETO LEVANTADAS PELA MCC PARA O VTP E OS RESPECTIVOS ÍNDICES DE
RISCO............................................................................................................................................... 144
QUADRO 4.8: RELAÇÃO DE PEÇAS SOBRESSALENTES DETERMINADAS PELA APLICAÇÃO .......................... 154
QUADRO 4.9: TAREFAS DE REPROJETO LEVANTADAS PELA MCC PARA O VTP2. ...................................... 155
QUADRO 4.10: CRITÉRIOS PARA ELEIÇÃO DO TIPO DE ANÁLISE ECONÔMICA. ............................................ 159
xvi
1
Ativo Físico – conjunto de itens de caráter permanente que uma empresa ou entidade utiliza como meio de
produção.
Obs.: No contexto deste trabalho, os ativos físicos são representados pelos equipamentos médico-
hospitalares.
19
2
Capacidade de um item desempenhar uma função requerida sob condições específicas, durante um dado
intervalo de tempo (ABNT,1994).
20
3
Item: “Qualquer parte, componente, dispositivo, subsistema, unidade funcional, equipamento ou sistema
que possa ser considerado individualmente” (ABNT, 1994).
22
1.3.3 SEGURANÇA/CONFIABILIDADE
4
Falha catastrófica: “Falha repentina que resulta na incapacidade completa de um item desempenhar todas as
funções requeridas” (ABNT, 1994).
27
1.4 METODOLOGIA
1.4.1 TREINAMENTO
1.4.2 FERRAMENTA
1.4.3 TEMPO
1.4.4 EQUIPE
2.1 MANUTENÇÃO
5
Segundo a ABNT, Política de Manutenção é a “descrição das inter-relações entre os escalões de
manutenção, os níveis de intervenção e os níveis de manutenção a serem aplicados para a manutenção de um
item”.
Escalão da Manutenção: “A posição, dentro de uma organização, onde níveis de manutenção especificados
são efetuados em um item”.
Nível de Interação: “A subdivisão de um item sobre a qual são realizadas as ações de manutenção”.
40
6
Segundo a ABNT, ”Manutenção preditiva/controlada é a manutenção que permite garantir uma qualidade
de serviço desejada, com base na aplicação sistemática de técnicas de análise, utilizando-se de meios de
supervisão centralizados ou de amostragem, para reduzir ao mínimo a manutenção preventiva e diminuir a
manutenção corretiva” (ABNT, 1994).
45
7
Falha – Término da capacidade de um item desempenhar a função requerida (ABNT, 1994).
8
Quebra – Na área da manutenção a falha que produz a indisponibilidade de um item (BRANCO FILHO,
2000).
49
Por fim, em 1993 foi publicada a última revisão, o MSG 3, que traz
uma abordagem mais ampla de gestão dos itens, incorporando a terotecnologia
(projetistas da área de manutenção atuando junto ao projeto, na definição da
melhor localização, instalação, acesso e forma de mantê-lo) (MATA FILHO et al.,
1998). O relatório de Nowlan e Heap e o MSG 3 formam a base para programas
de MCC na indústria aeronáutica, como também para programas derivados, como
o RCM 2, o mais utilizado nas diversas áreas da indústria (SIQUEIRA, 2000).
A MCC é uma metodologia utilizada para assegurar que qualquer
item, sistema ou processo mantenha suas funções, controlando os riscos de
segurança e integridade ambiental, a qualidade e a economia, por meio das
políticas de manutenção existentes (JONES apud VIZZONI, 1998). Fleming
(2000) define MCC como “uma consideração sistemática das funções do sistema,
o modo como estas funções falham e um critério de priorização explícito baseado
em fatores econômicos, operacionais e de segurança, para a identificação de
tarefas de manutenção aplicáveis e custo/eficientes”.
51
(KARMAN, 1994). Pentón & Martínez destacam como peculiaridade ímpar dos
hospitais em relação ao processo produtivo, o tratamento e assistência a vidas
humanas, exigindo, pois, um alto nível de qualificação no processo de gestão da
manutenção (PENTÓN & MARTÍNEZ, 2001).
A manutenção planejada de equipamentos e instalações médico-
hospitalares é, em muito, baseada em padrões e normas da área industrial,
tendo-se sempre por premissa que a manutenção não é o objetivo primeiro, mas,
sim, a disponibilidade do equipamento, que se utiliza da manutenção como um
meio para alcançar tal objetivo (CARPIO & FLORES, 1998).
Segundo Lamberti et al. (1997), o maior problema de países em
desenvolvimento, no que tange à tecnologia médico-assistencial, não é a sua
escassez, mas a sua indisponibilidade, que varia entre 50-75% da tecnologia
existente. Isso se deve à falta de infra-estrutura adequada para instalações (não
atendendo aos requisitos do equipamento), falta de orientação de operadores ou
danos não solucionados por falta de peças, documentação técnica ou preparo
técnico.
Nos últimos vinte anos, a Organização Mundial da Saúde (World
Health Organization – WHO) tem feito muitos esforços para compensar essa
utilização inadequada de recursos, investindo no treinamento de técnicos em
manutenção e, em menor grau, na educação de engenheiros (LAMBERTI et al.,
1997).
Já as investigações em nível latino-americano indicam, segundo a
OPAS, que, dos equipamentos existentes, o percentual de indisponibilidade por
falta de algum aspecto referente ao gerenciamento oscila entre 30% e um
intolerável teto de 96%, dependendo do tipo, especialidade, complexidade e fonte
de financiamento do hospital (CARPIO & FLORES, 1998).
Os pesquisadores citados descrevem a situação da tecnologia em
EAS da Argentina, apontando que 68% dos equipamentos estão indisponíveis,
dos quais 8% se devem a falhas normais; 9% a instalações inadequadas; 12% a
falhas catastróficas9 e, como a principal causa, ao uso inadequado, respondendo
por 71% da indisponibilidade de equipamentos médico-assistenciais (EMA).
9
Falha repentina que resulta na incapacidade completa de um item desempenhar todas as funções dele
requeridas (ABNT, 1994).
57
Figura 2.4: A gestão de equipamentos segundo o seu ciclo de vida (TESDAHL &
TOMLINGSON, 1997).
alocada nas unidades de tratamento intensivo (UTI) e centro cirúrgico (CC), onde,
sabidamente, há uma maior concentração de tecnologia.
O contexto de desenvolvimento e aplicação do GTMH envolve o
cenário de dez hospitais públicos, que passaram a adotar um modelo composto
por três níveis de abrangência: Nível Local, Nível de Referência Regional e Nível
de Referência Estadual, descritos a seguir (BESKOW, 2001; VENEZIANO, 1996):
• Nível Local – representado por Centros Locais de Engenharia Clínica,
implementados em diversos hospitais, que se tornam os responsáveis por todo
o gerenciamento de tecnologia neste nível. A cargo dos Celec ficam as
seguintes responsabilidades: acompanhamento da rotina de utilização dos
equipamentos; identificação e diagnóstico de problemas com equipamentos;
solicitação e acompanhamento de manutenção terceirizada; avaliação de
orçamentos de serviços de terceiros; avaliação e programação de contratos de
manutenção; execução de manutenção; suporte à especificação técnica para
novas aquisições; identificação de necessidade de treinamento dos
operadores (médicos, enfermeiros, técnicos em enfermagem); treinamento de
operadores e mantenedores; execução de testes funcionais; estruturação
administrativa e documental.
• Nível de Referência Regional – é representado pelo Centro de Referência
Regional (CRR), o qual desempenha as funções de gerenciamento e
orientação técnica de referência para a região, bem como sistematiza os
dados gerados em cada Celec, encaminhando-os periodicamente ao nível
gestor na forma de relatórios com conteúdo técnico e econômico.
• Nível de Referência Estadual – é representado pelo Centro de Referência
Estadual (CRE) instalado na UFSC, que serve, fundamentalmente, para a
formação de recursos humanos, além de centralizar a solução de problemas
de GTMH em nível macro.
Nível 5
66
Método AHA (1996) – avalia os riscos físicos e clínicos associados a cada tipo de
equipamento. É baseado em critérios e pesos diferentes, tais como: função,
determina em que área o equipamento é utilizado; aplicação clínica, determina os
riscos a que pacientes/operadores e o equipamento estão sujeitos durante o uso;
exigência de manutenção preventiva, descreve o nível e a freqüência das
atividades preventivas do equipamento; probabilidade de falha do equipamento,
determina a taxa do tempo médio entre falhas com base no histórico de falhas do
equipamento; e classificação do ambiente de utilização, define a área principal
onde o equipamento opera (AHA, 1996).
2.3.2.1 Funções
onde
FMEA de
Subsistema
Projeto
Componente
FMEA de Sistema
Conceito
Montagem Subsistema
Componente
FMEA de
Processo
Sistema
Manufatura Subsistema
Componente
Análise Funcional
Função Falha Funcional Modo de Falha Efeito da Falha
↓
Análise de Decisão
Conseqüência da falha
Oculta Segurança e Meio Operacional Não Operacional
Ambiente
↓
Tarefas pró-ativas
(Manutenção Preditiva e Manutenção Preventiva)
↓
Tarefas Default
(Busca de Falhas, Reprojeto e Manutenção Corretiva)
2.3.4.1.1 Pró-ativa
2.3.4.1.2 Reativa
representa apenas a décima parte dos modos de falhas existentes, cerca de 11%
(padrões A, B e C, como mostrado na Figura 2.2). As mudanças nos padrões de
falhas dos equipamentos são devidas, sobretudo, ao aumento da sua
complexidade nas últimas duas décadas, somando 89% dos modos de falhas
existentes (representados pelos padrões D, E e F) (MOUBRAY, 1998a)
(SILVA, 1998) (DUNN, 1998).
Apesar de a abordagem clássica da MP ainda representar a maioria
dos textos relacionados à manutenção, especialmente na área hospitalar, as
constatações relatadas por Nowlan e Heap (1978) contradizem a crença de que
sempre há uma relação entre confiabilidade e idade operacional. Na prática, isso
quase nunca é verdadeiro. A menos que haja um modo de falha dominante
relacionado à idade, melhoram pouco ou nada a confiabilidade de itens
complexos em virtude de representarem modos de falha randômicos (MOUBRAY,
1998b).
A generalização da MP, como feito até agora, torna-se agressiva à
organização por ocasionar a indisponibilidade do equipamento, a possibilidade de
retirada antecipada do item e a indução de falhas, tal como ilustrado na Figura
2.10.
Limite de Vida Segura – visa prevenir todas as falhas; desse modo, não pode
ser aplicado aos itens regidos pelo padrão A (Figura 2.2), em razão da
probabilidade de falhas prematuras (mortalidade infantil), como também a itens
com probabilidade inicial de falha maior que zero. Uma vez conhecida a vida útil
do item, uma fração preservativa dessa vida (dividindo-se o valor da vida útil por
um fator de segurança, três ou quatro) é usada como limite de vida segura,
conforme mostra a Figura 2.12 (JOHNSTON, 2001).
Limite de Vida Econômica – sua aplicação é indicada caso seja possível evitar
ou reduzir as conseqüências operacionais ou riscos secundários significantes das
91
Figura 2.17: Os sete passos básicos para a aplicação da MCC segundo Smith.
Figura 3.1: Processo de aplicação da MCC em EAS para EMH nas suas diversas
fases e a sua correlação e interdependência com as atividades
desenvolvidas no processo de GTMH.
108
Fase 3 – Avaliação
A
c Etapa 3.1 – Comparação de Procedimentos de
Manutenção
t
Etapa 3.2 – Estabelecimento do Programa de
Manutenção
Fonte: Primária
Figura 3.2: Processo de aplicação da MCC em EAS para EMH passo-a-passo
versus o Método PDCA.
Pressão inferior
a 4 Kgf/cm2
resulte aquela que for mais custo-efetiva e viável tecnicamente, o que caracteriza
a necessidade de qualificação/experiência técnica em EMH.
O atendimento a tais pré-requisitos, aliado à condução conciliadora e
harmoniosa do facilitador, resulta em uma fácil adaptação e incorporação da
sistemática da MCC por parte dos membros participantes do grupo de revisão,
permitindo o registro ordenado e sistematizado das informações na planilha de
decisão (ilustrada no Quadro 2.3), a qual é a fonte dos dados técnicos
necessários à execução das demais fases do processo.
periodicidade das reuniões – uma vez por semana – e sua duração – duas horas
e meia por encontro, com horário de início preestabelecido.
A estruturação das reuniões de revisão exige, ainda, a elaboração e
confecção dos formulários necessários à efetivação dos trabalhos. Dentre esses
documentos, foram utilizados para este estudo de caso os seguintes: lista de
presença dos participantes, planilha FMEA, diagrama de decisão, planilha de
decisão e sistema operacional do objeto de estudo (mostrado na Figura 4.1).
Outra atividade prévia a ser considerada, fundamental para a
efetivação das reuniões, é o planejamento e programação da participação dos
membros da equipe de revisão junto aos seus supervisores diretos. No contexto
da EEC do IEB-UFSC, quando da realização deste estudo de caso e dos
seguintes, ressalta-se a necessidade de uma forte integração entre o facilitador do
grupo de revisão, responsável pelo planejamento das atividades, e o coordenador
do Centro de Referência Estadual, no sentido da busca do entendimento acerca
dos horários e datas mais adequados à realização dos trabalhos.
Fonte: Primária.
cartazes, 65x85 cm), de modo que os trabalhos pudessem ser mais bem
coordenados e centralizados pelo facilitador.
Com essa estratégia, a atualização (preenchimento) dos
documentos, antes feita por todos conforme a evolução dos trabalhos, passou a
ser realizada pelo facilitador, por meio de edição eletrônica, repassada aos
membros no início de cada reunião. Esse procedimento resultou numa maior
simultaneidade das ações durante os trabalhos, em razão do decremento da
dispersão dos membros, aliada ao ganho de tempo, proporcionado pela dispensa
do preenchimento individual de formulários e pelo aprimoramento do aspecto
didático no processo operacional da aplicação da MCC.
O resultado final da aplicação do diagrama de decisão, somado ao
estabelecimento da aplicação da FMEA, é a sistematização dos dados
levantados, registrados e ordenados na planilha de decisão, conforme mostrado
no Anexo 1.2.
4.1.5 RESULTADOS
131
4.1.5.1 Quantitativos
Para os casos cuja gestão da falha não foi possível pela aplicação
de qualquer política de manutenção pró-ativa, o processo identificou a
necessidade de reprojeto. Quanto à caracterização e ao estabelecimento das
tarefas de reprojeto, a aplicação da MCC apontou onze não-conformidades (que,
agrupadas, configuram seis tarefas de reprojeto distintas) relativas à
confiabilidade exigida para o sistema de ar comprimido, conforme mostrados no
133
Anexo 1.4, as quais não puderam ser corrigidas pela implementação de qualquer
política de manutenção proposta, ou da combinação destas.
A implementação deste estudo de caso oportunizou, mediante o
estabelecimento das tarefas de manutenção programada, o planejamento da
relação de peças sobressalentes e suas quantidades, como mostrado no Quadro
4.2. Destaca-se que, apesar de a MCC indicar os itens básicos necessários à
continuidade operacional do sistema, a determinação de um estoque ótimo de
sobressalentes não constitui um dos objetivos principais da aplicação da MCC, o
qual pode ser complementado com estudos específicos adicionais.
4.1.5.2 Qualitativos
Fonte: Primária.
142
α 1 A2a N N N N N N N 1 2 2 Manut enção corretiva (providenciar sobressalente) quant idade (02) O2 + AR Ocasional Operador
α 1 A2b N N N N N N N 1 1 1 Manut enção corretiva (providenciar sobressalente) quant idade (01) O2 + AR Ocasional Celec
α 1 A2c N N N N N N N 5 1 5 Manut enção corretiva (providenciar sobressalente) quant idade (01) Ocasional Celec
A 1 A S S N N S N N 3 1 3 Calibração através de um oxím et ro de linha (5% adm issível ) 1000 horas Celec
A 1 B S S N N S N N 3 2 6 Calibração das válvulas reguladoras (0,5 Kgf/ cm 2 adm issível ) 1000 horas Celec
Verificação periódica do cabo de força, do plug e da tom ada (providenciar Celec
B 1 A N N N N N S N 1 2 2 sobressalente quant idade (05) plugs 2P+ T) 1000 horas
elet recista
B 1 B S S N N S N N 8 1 8 Calibração da tem perat ura do aquecedor (XoC adm issível) 1000 horas Celec
Verificação de vazam entos e da int egridade do copo A cada troca de Operador
B 1 C N S N N N N N N N S 3 2 6 circuit o (enferm agem )
Verificação do circuit o pneum át ico segundo o prot ocolo recom endado A cada troca do Operador
C 1 A N S N N N N N N N S 8 4 32 circuit o (enferm agem )
C 1 B S N N N N N N N N S 1 1 1 Verificação da funcionalidade das vávulas dos ret entores de água 1000 horas Celec
Fonte: Primária.
143
4.2.5 RESULTADOS
4.2.5.1 Quantitativos
lhes foi atribuído, dez e sete, respectivamente. Tais valores são decorrentes da
combinação da estimativa de altas taxas de gravidade das conseqüências de
falha com baixas freqüências de ocorrência dos respectivos modos de falha.
Em relação à computação das tarefas de manutenção, obtidas
mediante a aplicação do diagrama de decisão e registradas na planilha de decisão
apresentada no Anexo 2.2, o estudo indicou a implementação de 78 tarefas, as
quais são classificadas como: 3 de MPd, caracterizadas por atividades de
calibração de parâmetros; 8 de MP, representadas por ações de substituição ou
restauração periódica de itens; 6 de MD, sugerindo a inspeção de dispositivos de
alarmes; 25 de MC, resultante, em grande parte, dos modos de falha, que
acarretaram como tarefas de reprojeto a disponibilização de um VTP de reserva;
19 de combinação de tarefas e 17 tarefas de reprojeto.
A definição de procedimentos de manutenção para o gerenciamento
de cada modo de falha de qualquer item, baseada na avaliação das suas
conseqüências no seu contexto operacional, constitui o principal resultado do
processo de aplicação da MCC. Os procedimentos apresentados no Anexo 2.3,
resultantes da aplicação da metodologia ao VTP, demonstram essa afirmação na
medida em que estabelecem requisitos de manutenção particulares às
características do contexto operacional do EAS envolvido neste estudo de caso.
Essa clarividência é acentuada mediante a comparação dos
procedimentos propostos pela MCC com os do fabricante. Além dos aspectos
levantados no item 4.2.4 a), o confrontamento dos procedimentos leva à seguinte
configuração:
• 7 coincidências de tarefas;
• 8 alterações de tarefas;
• 7 implementações de tarefas pela MCC;
• 20 descaracterizações de tarefas propostas pelo fabricante.
4.2.5.2 Qualitativos
4.3.2 RESULTADOS
4.3.2.1 Quantitativos
Código Descrição
Válvula reguladora de O2
A-1-A2a Válvula reguladora de ar comprimido
Mangueira de O2
A-1-A2b Mangueira de ar comprimido
A-1-A2c Misturador de gases
F1-1-B Transdutor de pressão
F1-1-C1 Válvula inspiratória
F1-1-D1 Válvula expiratória
G1-1-A Transdutor de fluxo
E-1-B Filtro bacteriano
L4-1-A Célula de O2
Fonte: Primária.
4.3.2.2 Qualitativos
que podem ser encontrados, de modo geral, nos VTP de segunda e terceira
gerações.
Cálculo de Horas/Homem:
A relação dos custos diretos envolvidos na realização dos grupos de
revisão para os estudos de casos (ar comprimido, VTP e VTP2), é apresentada
no Anexo 6.
Minimização de Custos:
Se adotado que MP é uma tecnologia, uma vez que “tecnologia é
essencialmente informação incorporada em elementos tão tangíveis como são os
instrumentos, equipamentos, medicamentos e outros insumos materiais; em
procedimentos e práticas que configuram atividade em saúde; em instrumentos
normativos que preservem condutas e comportamentos, em habilidades e
desempenho pessoal e m base de dados e outras formas de conservação e
difusão da informação” (MARQUES apud ALBORNOZ, 2000), e que os
procedimentos propostos pelo fabricante e pela MCC são efetivos, a comparação
dos custos de ambas pode ser feita por meio das seguintes considerações
iniciais:
• o tempo de operação do VTP de 1.000 h, no contexto operacional do Hospital
X, equivale a , aproximadamente, dois meses;
• o fabricante do VTP estabelece que a cada 1.000 h de operação do VTP,
devem ser realizados procedimentos de calibração, ajuste e troca de peças;
• o kit de peças de 1.000 h é composto por: um fole, um filtro bacteriano, dois
filtros do transdutor de pressão (inspiratório e expiratório), uma tela de
resistência de fluxo e dois elementos de silicone (válvula inspiratória e
expiratória);
• o valor comercial de um kit de peças é de R$ 1.100,00;
• a análise é estimada para um período de um ano;
• os registros do histórico (cerca de quatro anos) demonstram que a freqüência
de substituição do kit pode ser aumentada sem prejuízos à funcionalidade do
VTP.
R$ 6.600,00 + (6 + 2)h *
Fabricante 6 1 h* R$ 250,00*** 2 1h R$ 250,00 =
R$ 8.600,00
R$ 2.200,00 + (1 + 6)h *
MCC
2 0,5 h** R$ 76,49**** 6 1h R$ 76,49 =
p/ Celec
R$ 2.735,43
Fonte: Primária.
* além da troca de peças, são realizados procedimentos de calibração.
** referente, apenas, à troca de peças; o tempo para a realização dos procedimentos de
calibração está contabilizado no Tempo MP.
*** valor cobrado pela empresa referente a 1 h técnica.
**** valor pago pelo Hospital X por uma hora do Celec:
R$12.850,00/mês R$611,90/dia
= = R$76,49/hora
21 dias úteis 8h
Análise de Custo-Efetividade:
uma turbina do DC-10, o que significou uma redução de US$ 1 milhão por turbina”
(LAFRAIA, 2001, p. 239-240).
Outro autor a respaldar as afirmações feitas neste trabalho é
Fleming, que declara: “[...] a implantação da MCC em um sistema produtivo
envolve: uma consideração sistemática das funções do sistema, do modo como
estas funções falham e um critério de priorização explícito baseado em fatores
econômicos, operacionais e de segurança para a identificação das tarefas de
manutenção que são aplicáveis e custo-eficientes” (FLEMING, 2000, p. 80).
Azevedo (2000) relata que, de maneira geral, todos os métodos de
estruturação e de introdução de um maior rigor de execução e controle de
práticas cotidianas conhecem esta fase de maturação do reconhecimento de seus
trunfos. A MCC não foi nem é exceção a esse contexto. Como se pode verificar,
essas dificuldades em nada impediram o extraordinário sucesso mundial deste
método. O autor enfatiza que a eficiência econômica das aplicações da MCC na
escala mundial, da ordem de 20 a 30% de ganhos, associada a retornos de
investimento que vão de 3 a 15 meses, é elemento concreto e persuasivos junto a
um número crescente de industriais de renome (AZEVEDO, 2000, p. 126).
Vizzoni (1998) conclui em sua dissertação de mestrado: “[...] o que a
MCC faz é prover um enquadramento lógico para o desenvolvimento e
justificação de um programa de manutenção, bem como o embasamento para a
avaliação de seu sucesso e eficiência. Embora os resultados reais da
implementação da MCC em sistemas de transmissão de energia elétrica levem
anos para serem conhecidos, o processo de implantação da MCC resultou em um
melhor entendimento dos mecanismos de falhas e aumentou nosso conhecimento
sobre nossos sistemas e equipamentos”. Conclui dizendo que, à medida que as
aplicações práticas do método a sistemas elétricos se multipliquem, chegaremos
a desenvolver um modelo bem ajustado às peculiaridades desses sistemas que
nos leve além dos ganhos mínimos (VIZZONI, 1998).
Segundo a experiência de Vizzoni et al. (1999), na aplicação da
MCC, o setor elétrico brasileiro é uma área em que o nível de especialização e de
conhecimento técnicos necessários é muito elevado, sendo preciso anos de
treinamento e prática para alcançar proficiência para uma atuação segura e de
baixo risco. A aplicação da MCC leva a um maior envolvimento e conhecimento
166
... periodicidades maiores que doze meses, podem ser justificadas com
base em experiências anteriores e aprovadas pelo comitê de segurança. A
especificação de um intervalo anual de testes não pretende ser um padrão
único. Espera-se que a organização aplique um julgamento profissional no
estabelecimento de intervalos de modo que os riscos e perigos sejam
adequadamente administrados.
redunda numa somatória de custos menor, cerca de 60% dos custos do programa
proposto pelo fabricante. Destaca-se, ainda, que a amortização dos custos do
processo MCC é proporcional ao período de análise. Estima-se que em 5 anos,
por exemplo, uma redução de para 45% dos custos do fabricante.
em EAS. O que este trabalho, por meio da MCC, revigora na questão – gestão da
manutenção de EMH – é a ênfase explícita nos aspectos de segurança, de
disponibilidade operacional e econômicos, associados ao emprego sistemático de
ferramentas oriundas da engenharia de confiabilidade, como a FMEA, o diagrama
de decisão e a avaliação de riscos (VIZZONI et al., 2001).
A congregação desses elementos significa o rompimento de
paradigmas relacionados ao modo como a gestão de ativos físicos, em especial
de EMH, passa a ser tratada – questões como: o que fazer?, onde? quando? são
conduzidas pela MCC de modo estruturado e lógico, visando ao estabelecimento
de ações preventivas, sejam elas de projeto, operação ou manutenção, que
garantam a gestão das conseqüências de falha de forma segura e racional do
ponto de vista econômico (MOUBRAY,1997; KARDEC & NASCIF, 1999; SINKOC
&AMARAL, 2000; LAFRAIA, 2001; FLEMING, 2000; AZEVEDO, 2000; VIZZONI,
1998).
O GTMH desenvolvido em Santa Catarina, bem como em nível
global, é baseado na atuação de profissionais com qualificação e formação
multidisciplinar, os quais conjugam conhecimentos de engenharia, medicina e
gestão no trato de EMH. Esse modelo busca, em todas as fases do processo, o
estabelecimento e aprimoramento da qualidade, fundamentalmente, pela garantia
da disponibilidade de equipamentos custo-efetivos, eficientes e seguros.
Este estudo consolida essa idéia e reforça, ainda, que a atuação de
profissionais de engenharia clínica que visualizam e mantêm o compromisso com
a segurança, a eficiência e o custo, como propõe a MCC, é fundamental para a
manutenção e o incremento da confiabilidade dos EMH.
EEC alicerçadas sobre a base sólida do processo de GTMH
constituem um requisito compulsório e incondicional para o melhor
aproveitamento dos benefícios advindos da MCC em EAS, na medida em que a
aplicação das proposições desta tese pressupõe a percepção do todo
relacionado, desde as primeiras concepções para a aquisição da tecnologia,
passando pela sua recepção, instalação, manutenção e utilização, até a
caracterização do seu descarte.
Outro ponto evidenciado a partir do início dos trabalhos, em especial
da análise FMEA, foi a necessidade de conhecimento e domínio dos padrões de
177
4 Obstrução
a) Filtro captação
b) Filtro rede
c) Fechamento do registro
3 Captação inadequada de ar
5 Fornecer ar comprimido com A Pressão superior a 8kgf/cm2 1 Falha no pressostato - danos a equipamentos pneumáticos.
pressão máxima de 8kgf/cm2
188
C 1 B S N N N N N N N N S 1 1 1 Verificação da funcionalidade das vávulas dos retentores de água 1000 horas Celec
F: Falha FF: Falha Funcional MF: Modo Falha G: Gravidade da Falha F: Freqüência da Falha R: Índice de Risco
H: Ocultas (Hidden) S: Segurança (Safety) E: Meio Ambiente (Environment) O: Operacionais (Operational) N: Não Operacional
X1: Manutenção Preditiva X2: Manutenção Preventiva (Recuperação Programada) X3: Manutenção Preventiva (Troca Programada)
H4: Detecção Programada de Falhas H5: Reprojeto Obrigatório S4: Tarefas Combinadas
212
F: Falha FF: Falha Funcional MF: Modo Falha G: Gravidade da Falha F: Freqüência da Falha R: Índice de Risco
H: Ocultas (Hidden) S: Segurança (Safety) E: Meio Ambiente (Environment) O: Operacionais (Operational) N: Não Operacional
X1: Manutenção Preditiva X2: Manutenção Preventiva (Recuperação Programada) X3: Manutenção Preventiva (Troca Programada)
H4: Detecção Programada de Falhas H5: Reprojeto Obrigatório S4: Tarefas Combinadas
213
E1 1 B1 N S N S N N N N N S 5 1 5 Verificar se o transdutor de fluxo está aquecido por meio do tato 1000 horas Celec
E1 1 C N S N S N N S 7 1 7 Troca do filtro bacteriano da entrada de gases 3000 horas Celec
Necessidade de um ventilador pulmonar sobressalente (providenciar a aquisição de
E1 1 D N S N S N N N N N N 7 1 7 um transdutor de fluxo)
Única Celec
F: Falha FF: Falha Funcional MF: Modo Falha G: Gravidade da Falha F: Freqüência da Falha R: Índice de Risco
H: Ocultas (Hidden) S: Segurança (Safety) E: Meio Ambiente (Environment) O: Operacionais (Operational) N: Não Operacional
X1: Manutenção Preditiva X2: Manutenção Preventiva (Recuperação Programada) X3: Manutenção Preventiva (Troca Programada)
H4: Detecção Programada de Falhas H5: Reprojeto Obrigatório S4: Tarefas Combinadas
216
G1 1 B1 N S N S N N N N N S 5 1 5 Verificar se o transdutor de fluxo está aquecido por meio do tato 1000 horas Celec
G1 1 C N S N S N N S 7 1 7 Troca do filtro bacteriano da entrada de gases 3000 horas Celec
Necessidade de um ventilador pulmonar sobressalente (providenciar a aquisição de
G1 1 D N S N S N N N N N N 7 1 7 um transdutor de fluxo)
Única Celec
H1 1 B1 N S N S N N N N N S 5 1 5 Verificar se o transdutor de fluxo está aquecido por meio do tato 1000 horas Celec
H1 1 C N S N S N N S 7 1 7 Troca do filtro bacteriano da entrada de gases 3000 horas Celec
Necessidade de um ventilador pulmonar sobressalente (providenciar a aquisição de
H1 1 D N S N S N N N N N N 7 1 7 um transdutor de fluxo)
Única Celec
F: Falha FF: Falha Funcional MF: Modo Falha G: Gravidade da Falha F: Freqüência da Falha R: Índice de Risco
H: Ocultas (Hidden) S: Segurança (Safety) E: Meio Ambiente (Environment) O: Operacionais (Operational) N: Não Operacional
X1: Manutenção Preditiva X2: Manutenção Preventiva (Recuperação Programada) X3: Manutenção Preventiva (Troca Programada)
H4: Detecção Programada de Falhas H5: Reprojeto Obrigatório S4: Tarefas Combinadas
220
L1 2 B 0 0 Ocorrência improvável
L2 1 A N S N N N N N N N S 5 1 5 Verificação periódica da funcionalidade dos transdutores de pressão insp e exp 1000 horas Celec
L2 2 B 0 0 Ocorrência improvável
L3 1 B 0 0 Ocorrência improvável
L5 1 A N N N S N N N N N N 1 0 0 Ocorrência improvável
L6 1 A 1 0 0 Ocorrência improvável
F: Falha FF: Falha Funcional MF: Modo Falha G: Gravidade da Falha F: Freqüência da Falha R: Índice de Risco
H: Ocultas (Hidden) S: Segurança (Safety) E: Meio Ambiente (Environment) O: Operacionais (Operational) N: Não Operacional
X1: Manutenção Preditiva X2: Manutenção Preventiva (Recuperação Programada) X3: Manutenção Preventiva (Troca Programada)
H4: Detecção Programada de Falhas H5: Reprojeto Obrigatório S4: Tarefas Combinadas
221
Cód.Celec:
PLANILHA DE VTP001
Equipamento: Setor: Folha: Freqüência:
MANUTENÇÃO Ventilador Pulmonar Unidade de Tratamento Intensivo 04/04 3.000 horas
Marca: Modelo: Nº de Série: Patrimônio: Data: Executor:
MCC / / _ Celec
Cód.Celec:
PLANILHA DE VTP001
Equipamento: Setor: Folha: Freqüência:
MANUTENÇÃO Ventilador Pulmonar Unidade de Tratamento Intensivo 01/01 A cada troca de
circuito/Semanal
Marca: Modelo: Nº de Série: Patrimônio: Data: Executor:
MCC / / _ Enfermagem
VTP002
(NS xxxxxxx) ____/____ ____/____ ____/____ ____/____ ____/____ ____/____ ____/____ ____/____
Horímetro hs hs hs hs hs hs hs hs
Executor (Celec)
VTP003
(NS xxxxxxx) ____/____ ____/____ ____/____ ____/____ ____/____ ____/____ ____/____ ____/____
Horímetro hs hs hs hs hs hs hs hs
Executor (Celec)
VTP004
(NS xxxxxxx) ____/____ ____/____ ____/____ ____/____ ____/____ ____/____ ____/____ ____/____
Horímetro hs hs hs hs hs hs hs hs
Executor (Celec)
VTP005
(NS xxxxxxx) ____/____ ____/____ ____/____ ____/____ ____/____ ____/____ ____/____ ____/____
Horímetro hs hs hs hs hs hs hs hs
Executor (Celec)
228
GERAÇÃO
229
Modos Ventilatórios
pressão, fluxo/volume, tempo
(controlados)
F Pressão Controlada
G Volume Controlado
H Pressão de suporte
I SIMV
J CPAP
PLANILHA DE Unidade: No.: Coordenador: Data:
INFORMAÇÕES Sistema: 01 Marcos Vinícius Lucatelli
FMEA Equipamento: Ventilador Pulmonar 2 ª Geração Ver.: Equipe: Folha:
Conjunto/Componente: Pressão Controlada 01 IEB – Eng. Clínica 02/11
FUNÇÃO FALHA FUNCIONAL MODO DE FALHA (Causa da Falha) EFEITO DA FALHA (O que acontece quando falha)
F Pressão Controlada
F1 Fornecer gás com pressão 1 Pressão inspiratória diferente A Filtro bacteriano da entrada de gases saturado
- alarme de falta de ar na rede;
inspiratória controlada ± 5% da pressão selecionada (quando aplicável)
- equipamento inoperante;
(Item 5.2.1 NBR - substituição do equipamento.
13763:1996)
B Dano total ou desajuste do transdutor de pressão - hipoxmia;
- envio de pressão incorreta ao paciente;
- hipoventilação/hiperventilação;
- alarme de fluxo pode ser acionado;
- substituição do equipamento.
C Mau funcionamento da válvula inspiratória
1 - obstruída - alarme de apnéia.
2 - aberta - alarme de sobre-pressão.
D Mau funcionamento da válvula expiratória
1 - obstruída - alarme de sobre-pressão.
2 - aberta - alarme de apnéia.
E Vazamento em qualquer ponto do circuito desde - despressurização na pausa inspiratória;
a válvula inspiratória até a válvula expiratória, - reparo do equipamento.
incluindo as mesmas.
F Vazamento no equalizador de pressão - substituição/reparo do equalizador;
- equipamento inoperante.
G Mau funcionamento da válvula de segurança - substituição/reparo da válvula de segurança;
- equipamento inoperante.
F2 Controlar a freqüência 1 Freqüência respiratória A Pane eletrônica - hipoventilação/hiperventilação.
respiratória ± 10% (Item 4.5 diferente da freqüência
NBR 13763:1996) selecionada
F3 Controlar o tempo 1 Tempo inspiratório diferente A Pane eletrônica - hipoventilação/hiperventilação.
inspiratório ± 10% (Item 4.6 do selecionado
NBR 13763:1996)
PLANILHA DE Unidade: No.: Coordenador: Data:
INFORMAÇÕES Sistema: 01 Marcos Vinícius Lucatelli
FMEA Equipamento: Ventilador Pulmonar 2 ª Geração Ver.: Equipe: Folha:
Conjunto/Componente: Pressão Controlada 01 IEB – Eng. Clínica 03/11
FUNÇÃO FALHA FUNCIONAL MODO DE FALHA (Causa da Falha) EFEITO DA FALHA (O que acontece quando falha)
F4 Controlar a pausa 1 Tempo inspiratório diferente A Pane eletrônica - hipoventilação/hiperventilação.
inspiratória ± 10% (Item 4.6 do selecionado
NBR 13763:1996)
F5 Controlar PEEP ± 5% (Item 1 PEEP diferente do selecionado A Falha no transdutor de pressão - atelectasia;
5.2.1 NBR 13763:1996) B Falha na válvula expiratória - hipoxmia.
C Vazamento em qualquer ponto do circuito desde
a válvula inspiratória até a válvula expiratória,
incluindo as mesmas.
PLANILHA DE Unidade: No.: Coordenador: Data:
INFORMAÇÕES Sistema: 01 Marcos Vinícius Lucatelli
FMEA Equipamento: Ventilador Pulmonar 2 ª Geração Rev: Equipe: Folha:
Conjunto/Componente: Volume Controlado 01 IEB – Eng. Clínica 04/11
FUNÇÃO FALHA FUNCIONAL MODO DE FALHA (Causa da Falha) EFEITO DA FALHA (O que acontece quando falha)
G Volume Controlado
G1 Controlar o volume minuto 1 Volume diferente do A Dano total ou desajuste do transdutor de fluxo - alarme alto ou baixo;
de gás enviado selecionado - potencialização de volutrauma;
± 5% (Item 5.2.1 NBR - substituição do equipamento.
13763:1996)
B Filtro bacteriano da entrada de gases saturado
- alarme de falta de ar na rede;
(quando aplicável)
- equipamento inoperante;
- substituição do equipamento.
H4 Iniciar o ciclo respiratório ± 1 Não iniciar a ciclagem após A Desajuste do transdutor de fluxo
5% (Item 5.2.1 NBR estímulo - hipoventilação.
13763:1996)
2 Iniciar sem estímulo B Vazamento em qualquer ponto do circuito desde
- potencialização de volutrauma;
a válvula inspiratória até a válvula expiratória,
- hiperventilação.
incluindo as mesmas.
PLANILHA DE Unidade: No.: Coordenador: Data:
INFORMAÇÕES Sistema: 01 Marcos Vinícius Lucatelli
FMEA Equipamento: Ventilador Pulmonar 2 ª Geração Rev: Equipe: Folha:
Conjunto/Componente: SIMV 01 IEB – Eng. Clínica 08/11
FUNÇÃO FALHA FUNCIONAL MODO DE FALHA (Causa da Falha) EFEITO DA FALHA (O que acontece quando falha)
I SIMV
I1 Controlar o volume minuto 1 Volume diferente do A Dano total ou desajuste do transdutor de fluxo - alarme alto ou baixo;
de gás enviado selecionado - potencialização de volutrauma;
± 5% (Item 5.2.1 NBR - substituição do equipamento.
13763:1996)
B Filtro bacteriano da entrada de gases saturado
- alarme de falta de ar na rede;
(quando aplicável)
- equipamento inoperante;
- substituição do equipamento.
o
C 1 B S S N N S N N N N N Calibração da temperatura do aquecedor (X C admissível) 6 meses Equipe téc.
Verificação de vazamentos e da integridade do copo A cada troca de Operador
C 1 C N S N N N N N N N S circuito (enfermagem)
Verificação de vazamentos do circuito do paciente, segundo o protocolo recomendado pelo fabricante A cada troca do Operador
D 1 A N S N N N N N N N S circuito (enfermagem)
D 1 B S N N N N N N N N S Verificação da funcionalidade das vávulas dos retentores de água 6 meses Equipe téc.
E 1 A S S N N N N N S N N Manutenção detectiva: verificação da presença do filtro bacteriano (quando aplicável) 6 meses Equipe téc.
E 1 B S S N N N N S N N N Substituição periódica do filtro (quando aplicável) (providenciar sobressalente) 6 meses Equipe téc.
F: Falha FF: Falha Funcional MF: Modo Falha G: Gravidade da Falha F: Freqüência da Falha R: Índice de Risco
H: Ocultas (Hidden) S: Segurança (Safety) E: Meio Ambiente (Environment) O: Operacionais (Operational) N: Não Operacional
X1: Manutenção Preditiva X2: Manutenção Preventiva (Recuperação Programada) X3: Manutenção Preventiva (Troca Programada)
H4: Detecção Programada de Falhas H5: Reprojeto Obrigatório S4: Tarefas Combinadas
243
F: Falha FF: Falha Funcional MF: Modo Falha G: Gravidade da Falha F: Freqüência da Falha R: Índice de Risco
H: Ocultas (Hidden) S: Segurança (Safety) E: Meio Ambiente (Environment) O: Operacionais (Operational) N: Não Operacional
X1: Manutenção Preditiva X2: Manutenção Preventiva (Recuperação Programada) X3: Manutenção Preventiva (Troca Programada)
H4: Detecção Programada de Falhas H5: Reprojeto Obrigatório S4: Tarefas Combinadas
244
G1 1 B N S N S N N S N N N Troca do filtro bacteriano da entrada de gases (quando aplicável) 6 meses Equipe téc.
Necessidade de um ventilador pulmonar sobressalente (providenciar a aquisição de uma válvula
G1 1 C1 N S N S N N N inspiratória)
Única Equipe téc.
G6 1 N S N S N N N N N S Calibração e ajuste do transdutor de pressão, de acordo com o procedimento do fabricante 6 meses Equipe téc.
F: Falha FF: Falha Funcional MF: Modo Falha G: Gravidade da Falha F: Freqüência da Falha R: Índice de Risco
H: Ocultas (Hidden) S: Segurança (Safety) E: Meio Ambiente (Environment) O: Operacionais (Operational) N: Não Operacional
X1: Manutenção Preditiva X2: Manutenção Preventiva (Recuperação Programada) X3: Manutenção Preventiva (Troca Programada)
H4: Detecção Programada de Falhas H5: Reprojeto Obrigatório S4: Tarefas Combinadas
245
Inspeção visual do circuito pneum ático desde a válvula inspiratória até a expiratória
H1 1 E N S N S N N N N N S 6 m eses Equipe téc.
Inspeção visual do circuito pneum ático desde a válvula inspiratória até a expiratória
H2 1 E N S N S N N N N N S 6 m eses Equipe téc.
Inspeção visual do circuito pneum ático desde a válvula inspiratória até a expiratória
H3 1 C N S N S N N N N N S 6 m eses Equipe téc.
Inspeção visual do circuito pneum ático desde a válvula inspiratória até a expiratória
H4 1 B N S N S N N N N N S 6 m eses Equipe téc.
246
I1 1 B N S N S N N S N N N Troca do filtro bacteriano da entrada de gases (quando aplicável) 6 meses Equipe téc.
Necessidade de um ventilador pulmonar sobressalente (providenciar a aquisição de uma válvula
I1 1 C1 N S N S N N N inspiratória)
Única Equipe téc.
F: Falha FF: Falha Funcional MF: Modo Falha G: Gravidade da Falha F: Freqüência da Falha R: Índice de Risco
H: Ocultas (Hidden) S: Segurança (Safety) E: Meio Ambiente (Environment) O: Operacionais (Operational) N: Não Operacional
X1: Manutenção Preditiva X2: Manutenção Preventiva (Recuperação Programada) X3: Manutenção Preventiva (Troca Programada)
H4: Detecção Programada de Falhas H5: Reprojeto Obrigatório S4: Tarefas Combinadas
247
F: Falha FF: Falha Funcional MF: Modo Falha G: Gravidade da Falha F: Freqüência da Falha R: Índice de Risco
H: Ocultas (Hidden) S: Segurança (Safety) E: Meio Ambiente (Environment) O: Operacionais (Operational) N: Não Operacional
X1: Manutenção Preditiva X2: Manutenção Preventiva (Recuperação Programada) X3: Manutenção Preventiva (Troca Programada)
H4: Detecção Programada de Falhas H5: Reprojeto Obrigatório S4: Tarefas Combinadas
248
L1 2 B Ocorrência improvável
L2 1 A N S N N N N N N N S Verificação periódica da funcionalidade dos transdutores de pressão insp e exp 6 meses Equipe téc.
L2 2 B Ocorrência improvável
L3 1 B Ocorrência improvável
L5 1 A N N N S N N N N N N Ocorrência improvável
L6 1 A Ocorrência improvável
F: Falha FF: Falha Funcional MF: Modo Falha G: Gravidade da Falha F: Freqüência da Falha R: Índice de Risco
H: Ocultas (Hidden) S: Segurança (Safety) E: Meio Ambiente (Environment) O: Operacionais (Operational) N: Não Operacional
X1: Manutenção Preditiva X2: Manutenção Preventiva (Recuperação Programada) X3: Manutenção Preventiva (Troca Programada)
H4: Detecção Programada de Falhas H5: Reprojeto Obrigatório S4: Tarefas Combinadas
249
5.6.3 Se duas ou mais políticas propostas de gerenciamento de falhas forem Critério preceitual da MCC aplicada,
tecnicamente factíveis e forem aplicáveis e efetivas, será escolhida a atende complementado pela execução do diagrama
política mais eficiente do ponto de vista de custos de decisão.
5.6.4 A seleção de políticas de gerenciamento de falha será feita como se não
estivesse, no momento, sendo executada nenhuma tarefa específica para atende
prever, prevenir ou detectar a falha
5.7 Políticas de Gerenciamento de Falhas – Tarefas Programadas
5.7.1 Todas as tarefas programadas deverão atender os seguintes critérios:
5.7.1.1 No caso de um modo de falha evidente que tenha conseqüências de
segurança ou ambientais, a tarefa deverá reduzir a probabilidade do Critério atendido pela execução do
atende
modo de falha a um nível que seja tolerável ao proprietário ou usuário diagrama de decisão.
do item
5.7.1.2 No caso de um modo de falha oculto no qual a falha múltipla associada
tenha conseqüências de segurança ou ambientais, a tarefa deverá reduzir
Critério atendido pela execução do
a probabilidade do modo de falha oculto a um nível que reduza a atende
diagrama de decisão.
probabilidade da falha múltipla associada a um nível que seja tolerável
ao proprietário ou usuário do item
5.7.1.3 No caso de um modo de falha que não tenha conseqüências de segurança
ou ambientais, os custos diretos e indiretos do desempenho dessa tarefa Critério atendido pela execução do
atende
deverá ser menor do que os custos diretos ou indiretos do modo de falha, diagrama de decisão.
este medido por períodos de tempo comparáveis
5.7.1.4 No caso de um modo de falha oculto no qual a falha múltipla associada
não tenha conseqüências de segurança ou ambientais, os custos diretos e
Critério atendido pela execução do
indiretos do desempenho dessa tarefa deverá ser menor do que os custos atende
diagrama de decisão.
diretos e indiretos do modo de falha acrescido dos custos de reparo da
falha oculta, estes medidos por períodos comparáveis de tempo
5.7.2 TAREFAS SOB CONDIÇÃO – qualquer tarefa sob condição (ou
preditiva, ou centrada em condição ou tarefa de monitoração de
condição) escolhida deverá satisfazer os seguintes critérios adicionais:
5.7.2.1 Deverá existir uma falha potencial claramente definida atende
255
5.7.2.2 Deverá existir um intervalo P-F (ou período de desenvolvimento de O intervalo P-F não pôde ser definido, em
falha) virtude da carência de histórico de falhas de
EMH adequados.
5.7.2.3 O intervalo da tarefa deverá ser menor do que o menor intervalo P-F As tarefas de MPd foram baseadas no
contexto operacional e na experiência técnica
dos membros da equipe de revisão.
5.7.2.4 Deve ser fisicamente possível desempenhar a tarefa em intervalos
atende Critério preceitual da MCC aplicada.
menores do que o intervalo P-F
5.7.2.5 O tempo mais curto entre a descoberta de uma falha potencial e a
ocorrência da falha funcional (o intervalo P-F menos o intervalo da
tarefa) será longo o suficiente para que se possa agir de forma atende Critério preceitual da MCC aplicada.
predeterminada para evitar, eliminar ou minimizar as conseqüências do
modo de falha
5.7.3 TAREFAS DE DESCATE PROGRAMADO – qualquer tarefa de
descarte programado escolhida deverá obedecer aos seguintes critérios
adicionais:
5.7.3.1 Deverá existir uma idade (preferencialmente demonstrável) claramente
Considerou-se a recomendação do
definida na qual há um aumento na probabilidade condicional do modo atende
fabricante e o contexto operacional.
de falha sob consideração
5.7.3.2 Ocorrerá uma proporção suficientemente grande das ocorrências desse
Considerou-se a recomendação do
modo de falha depois dessa idade para reduzir a probabilidade de falha atende
fabricante e o contexto operacional.
prematura a um nível tolerável ao proprietário ou usuário do item
5.7.4 TAREFAS DE RESTAURAÇÃO PROGRAMADA – qualquer tarefa de
restauração programada escolhida obedecerá aos seguintes critérios
adicionais:
5.7.4.1 Existirá uma idade (preferencialmente demonstrável) claramente
definida, na qual há um aumento na probabilidade condicional do modo atende
de falha sob consideração
5.7.4.2 Depois desta idade, deverá acontecer uma proporção suficientemente
grande de ocorrências desse modo de falha para reduzir a probabilidade atende
de falha prematura a um nível que seja tolerável para o proprietário ou
256
usuário do item
5.7.4.3 A tarefa deverá restaurar a resistência à falha (condição) do componente
atende
a um nível que seja tolerável ao proprietário ou usuário do item
5.7.5 TAREFAS DE BUSCA DE FALHAS – qualquer tarefa escolhida
satisfará os seguintes critérios adicionais (a busca de falha não se aplica
a modos de falha evidentes):
5.7.5.1 A base sobre a qual o intervalo é escolhido levará em conta a
necessidade de se reduzir a probabilidade da falha múltipla do sistema
atende
protegido associado a um nível que seja tolerável ao proprietário ou
usuário do item
5.7.5.2 A tarefa deverá confirmar que todos os componentes cobertos pela
atende
descrição do modo de falha estão operacionais
5.7.5.3 A tarefa de busca de falha e o processo de seleção do intervalo a ela
associado devem levar em consideração qualquer probabilidade de que a atende
própria tarefa pode deixar a função oculta em estado de falha
5.7.5.4 Deverá ser fisicamente possível executar a tarefa nos intervalos
atende
especificados
5.8 Políticas de Gerenciamento de Falhas – Pacote de Reprojeto e
Rodar até Falhar
5.8.1 PACOTE DE REPROJETO
5.8.1.1 O processo MCC deverá visar obter o desempenho desejado tal como
Este critério não teve aplicação nos
está configurado e operado no momento pela aplicação de tarefas atende
estudos de caso realizados.
programadas apropriadas
5.8.1.2 Em casos nos quais tais tarefas não se possam ser encontradas, podem
ser necessário pacote de reprojeto do ativo ou sistema, conforme os
seguintes critérios:
5.8.1.2.1 Nos casos nos quais a falha é oculta e a falha múltipla a ela associada
tem conseqüências de segurança ou ambientais, é compulsório um
atende
pacote de reprojeto que reduza a probabilidade de falha múltipla a um
nível tolerável ao proprietário ou usuário do item
257
5.8.1.2.2 Nos casos nos quais o modo de falha é evidente e tem conseqüências de
segurança ou ambientais, é compulsório um pacote de reprojeto que
atende
reduza a probabilidade de falha a um nível tolerável ao proprietário ou
usuário do item
5.8.1.2.3 Nos casos nos quais o modo de falha é oculto e a falha múltipla a ele
associado não tem conseqüências de segurança ou ambientais, qualquer
atende
pacote de reprojeto deve ser efetivo com relação a custos, na opinião do
proprietário ou usuário do item
5.8.1.2.4 Nos casos nos quais o modo de falha é evidente e não tem
conseqüências de segurança ou ambientais, qualquer pacote de reprojeto
atende
deve ser efetivo com relação a custos, na opinião do proprietário ou
usuário do item
5.8.2 RODAR ATÉ FALHAR – qualquer política selecionada deve atender
aos seguintes critérios, como segue:
5.8.2.1 Em casos nos quais a falha é oculta e não há tarefa apropriada
programada, a falha múltipla associada não deverá ter conseqüências de atende
segurança ou ambientais
5.8.2.2 Em casos nos quais a falha é evidente e não há tarefa apropriada
programada, o modo de falha associado não deverá ter conseqüências de atende
segurança ou ambientais
5.9 Um Programa Vivo
5.9.1 Este documento reconhece que (a) muitos dados utilizados na análise
inicial são inerentemente imprecisos e que, com o tempo, estarão
disponíveis dados mais precisos; (b) a forma como um ativo é utilizado,
juntamente com as expectativas de seu desempenho, também mudarão
com o tempo; e (c) a tecnologia de manutenção continua a evoluir. atende
Assim, serão necessárias revisões periódicas se o programa de
gerenciamento de bens derivado da MCC for assegurar que os bens
continuarão a atender as expectativas funcionais atuais de seus
proprietários
5.9.2 Portanto, qualquer processo MCC fará uma revisão periódica, tanto das atende
258
CONFIABILIDADE
260
CONFIABILIDADE
−t
−λ t NF 1
P(0) = R(t) = e = eµ sendo, λ = =
∑ tempo disponível µ
MTBF = µ =
∑ tempo disponível MTTR =
∑ tempo de reparo
NF NF
Onde:
P(0) = probabilidade de zero falhas;
R(t) = confiabilidade do componente no tempo t;
λ = taxa média de falha (falha/tempo);
µ = MTBF = tempo médio entre falhas (mean time between failures);
MTTR = tempo médio de reparo (mean time to repair) ou tempo de
restabelecimento médio (ABNT,1994);
t = tempo;
261
NF = número de falhas.
DISPONIBILIDADE
Onde:
A = índice da disponibilidade do item, seja ele uma máquina, um produto ou
um equipamento;
tempo disponível = tempo para a verdadeira utilização do item que está
apto a operar sem qualquer restrição ou impedimento, podendo, assim,
realizar suas funções;
tempo indisponível = tempo gasto na realização de intervenções,
inspeções, manutenção preventiva, etc.
262
MANTENABILIDADE
REFERÊNCIAS
MCC
266
Total R$ 1.499,73
Fonte: Primária.
* custo hora/homem do engenheiro considerando salário mais 86 % de encargos .
Total R$ 1.714,76
Fonte: Primária.
268
Total R$ 643,30
Fonte: Primária.
GLOSSÁRIO
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Revista N. 5, (disponível em 30/01/2002).
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confiabilidade. TT067, In: Anais CD-Rom do XVI Congresso Brasileiro de
Manutenção. Florianópolis, SC, 2001.
PINTO, A. K. Gestão Estratégica da Manutenção. TT083, In: Anais CD-Rom do
XIII Congresso Brasileiro de Manutenção. Salvador, BA, 1998.
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V. 31, Issues 1-2, 1996, p. 241-244.
QUEIROZ, H. L. Manutenção em Sistemas de Distribuição de Energia
Elétrica. Florianópolis, 1988. Dissertação (Mestrado em Engenharia de
Produção e Sistemas) - Centro Tecnológico, Universidade Federal de Santa
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RAJOTTE, C. & JOLICOEUR, A. Reliability centered maintenance implementation
in Hydro-québec Transmission System. IEEE. 2000, p. 375-381.
RAMÍREZ, E. F. F.; CALDAS, E. C. & JÚNIOR, P. R. S. Manual Hospitalar de
Manutenção Preventiva. HURNP-UEL, Londrina, PR, 2002.
RAMÍREZ, E.F.F. Metodologia de Priorização de Equipamentos Médicos para
Programas de Manutenção Preventiva em Hospitais. Campinas, 1996.
Dissertação (Mestrado em Engenharia Elétrica) – Faculdade de Engenharia
Elétrica e de Computação, Universidade Estadual de Campinas.
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SAKURADA, E. Y. As Técnicas de Análise dos Modos de Falhas e seus
Efeitos e Análise da Árvore de Falhas no Desenvolvimento e na
Avaliação de Produtos. Florianópolis, 2001. Dissertação (Mestrado em
283