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UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO E MECÂNICA


CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA

Isabela Pinheiro Teixeira

Trabalho 5 - Mancais Deslizantes

Juiz de Fora
2021
1

1 PROBLEMA

Um eixo de 100 mm de diâmetro é suportado por um mancal com 50 mm de


comprimento com uma folga diametral expressa no desenho. Ele é lubrificado por um óleo
cuja viscosidade (na temperatura de operação) é de 50 mPa.s. O eixo gira a 600 rpm e
suporta uma carga radial de 40 kN. Estime o coeficiente de atrito máximo e mínimo do
mancal e a respectiva perda de potência utilizando o procedimento de Petroff.

Figura 1 – Dados do problema

Figura 2 – Tabelas da tolerância para as classe de qualidade e diversos tamanho nominais

Figura 3 – Tabela dos desvios superiores para diversos tamanhos nominais


2

2 RESOLUÇÃO

Pelo procedimento de Petroff, é possível encontrar o coeficiente de atrito no mancal


(f ) pela equação abaixo.

µn R
f = 2π 2
P c
Com os dados fornecidos pelo problema precisamos então determinar ainda as
variáveis abaixo que dependem diretamente do diâmetro do eixo (D) e do diâmetro do
mancal (Dm ).

c (folga radial): (Dm - D)/2


R (raio do eixo): D/2
P (carga unitária do mancal): W/(D.L)

Para calcular o coeficiente de atrito máximo e mínimo pedidos pelo problema


determina-se os diâmetros D e Dm , em função do diâmetro nominal, dos desvios e da
tolerância, esses 2 últimos podem ser obtidos das tabelas nas figuras 2 e 3.Na imagem
1, pode-se observar que a relação entre o eixo e o mancal é H6/f6.O número 6, nessa
relação, indica que a classe de qualidade para os dois componentes é a 6 então dado o
diâmetro nominal (100 mm) podemos encontrar a tolerância (T) tanto para os valores do
eixo como do mancal que, nesse caso é T = 22µm e foi indicada na figura 2 em amarelo.As
letras H e f estão relacionadas aos campos de tolerância para o furo do mancal e o eixo
respectivamente. O H indica um limite inferior para o furo igual ao valor nominal e um
valor superior com desvio positivo ,como pode ser visto na figura 4, sendo assim o diâmetro
do furo do mancal irá variar do diâmetro nominal mais o valor da tolerância T. O índice
f indica que o eixo, para o diâmetro nominal do nosso problema, terá o valor de desvio
marcado em amarelo na figura 3,com um diâmetro inferior variando para menos o valor
da tolerância como pode ser visto na figura 4.
O valor para o coeficiente de atrito máximo corresponde então a utilização do valor
máximo para o diâmetro do mancal (Dnominal + T ) e o valor máximo para o diâmetro do
eixo (Dnominal − es),sendo es o valor do desvio retirada da tabela da figura 3. O menor
valor do coeficiente de atrito, por sua vez, será dado pelo menor diâmetro do mancal
possível, o próprio Dnominal , e o menor diâmetro para o eixo que será Dnominal − (es + T ).
Realizando os cálculos para os valores de Dmax e Dminimo podemos encontrar os
valores de c, R e P.Com esses valores, para os dois casos, temos então que os valores dos
coeficiente de atrito máximo e mínimo para esse problema são de:
3

Figura 4 – Posição dos desvios para furos e eixos

fmáximo : 0,0021255
fminimo : 0,0021246

Com os valores dos coeficientes de atrito podemos encontrar o valor do torque de


atrito através da equação Tf = f W R. Com os valores dos torques podemos encontrar a
perda de potência através da equação Potência perdida = 2πTf n. Os valores encontrados
para as potências máxima e mínima perdidas foram:

Potência perdida máxima = 267 W


potência perdida mínima = 266,83 W
4

REFERÊNCIAS

[1] JUVINALL, Robert C. e MARSHEK, Kurt M. Fundamentos do Projeto de Compo-


nentes de Máquinas, 2012.

[2] NBR 6158 sistemas de tolerâncias e ajustes.

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