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André Leclerc**
[traduzido do francês por Wildoberto B. Gurgel]
“[A] obra da gramática é um diamante bruto que a retórica deve polir [...]”1
*
Esse texto é uma versão retocada de uma conferência apresentada no Congresso da
ACP (Associação Canadense de Filosofia), ocorrido em Québec em maio de 1989.
Trata-se de um pequeno corte resumido da primeira parte da minha tese de doutorado.
Essa tese tornou-se possível graças à ajuda financeira do FCAR e do CRSH. Também
aproveitei de uma bolsa de pós-doutorado (CRSH) para aprofundar as questões relativas
à racionalidade e ao uso normal da linguagem na gramática filosófica clássica. Tenho a
lhes exprimir toda minha gratidão (Nota do Autor).
[Artigo publicado em Dialogue XXXII (1993) 77-94. sob o título “La Grammaire
générale classique em tant programme de recherche scientifique”.] (Nota do Tradutor)
**
Université du Québec à Trois-Rivières e atualmente professor adjunto da Universidade
Federal da Paraíba. (Nota do Tradutor).
2. Notas preliminares
3. O núcleo duro
4. O cinturão de proteção
5. Conclusão
Notas:
1
Du MARSAIS, C.C. Œuvres de Du Marsais. Paris: Imprimerie Pougin, 1797, Tomo
III, artigo “Inversion”, p.365.
2
Utilizamos as seguintes edições: ARNAULD e LANCELOT. Grammaire générale et
raisonné (GGR), edição crítica de H. Brekle, impressão em fac-símile da terceira edição
de 1676, Stuttgart-Bad Cannstatt, Friedrich Frommann, 1966; e ARNAULD e NICOLE.
La logique ou l’art de penser (LAP), edição crítica de P. Clair e F. Girbal, Paris: PUF,
1965.
3
Sobre a influência de Descartes sobre Arnauld, ver por exemplo DOMINICY, M. La
naissance de la grammaire moderne. Bruxelas: Pierre Mardaga, 1984: “[...] Arnauld
nunca negou sua dívida filosófica. Em várias peças ele defendeu o cartesianismo contra
as condenações que o ameaçavam” (p.19). A. Robinet em Le langage à l’âge classique
(Paris: Klincksieck, 1978), sublinhou com insistência a influência de Agostinho sobre a
obra lógico-gramatical dos Messieurs. Sobre aquela de Sanctius, ver por exemplo
LAKOFF, R. “La grammaire générale et raisonné” In PARRET, H. (org.) History of
Linguistic Thought and Contemporary Linguistics. Berlim-New York: Gruyter, 1976.
Sobre Aristóteles, ver STÉFANINI, J. “De la grammaire aristotélicienne”, In JOLY A. e
STÉFANINI, J. (org.) La grammaire générale des Modistes aux Idéologues. Lille: Press
Universitaires de Lille, 1977, p.97-106.
4
Sobre a originalidade da obra lógico-gramatical dos Messieurs frente às tradições
anteriores, ver DOMINICY, M. La naissance de la grammaire moderne. Bruxelas: Pierre
Mardaga, 1984: “[...] a novidade profunda da GGR e da LAP tem confirmado, de um modo