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Educação Fiscal na Base Nacional

Comum Curricular
Módulo 4- Parte 1
Plano de aula ou projeto
pedagógico?

Roteiro Critérios de escolha:


contexto e objetivos

Observância da BNCC
Plano de Aula ou Projeto Pedagógico?

Plano de Aula Projeto Pedagógico


Experiência superficial no tema Bom conhecimento sobre o
Experimentação da abordagem tema
Apoio institucional indefinido Educação Fiscal
institucionalizada
Foco na turma e na sala de aula
Trabalho em rede com demais
Poucos recursos professores
Apoio interno e recursos
disponíveis
Plano de Aula
1.Quem são seus alunos?
2.Qual a habilidade e competência que vai trabalhar?
3.O que você espera ao final deste momento? Objetivo?
4.Como vai ligar a habilidade e competência ao tema Educação
Fiscal?
5.Quanto tempo você terá para cada atividade?
6.Que recursos didáticos usará?
7.E a estratégia pedagógica?
8.Como avaliará o aprendizado dos alunos?
Exemplo: Bens e Serviços Públicos
Aula expositiva dialogada
(EF03LP05) Identificar o número
de sílabas de palavras,
classificando-as em
monossílabas, dissílabas,
trissílabas e polissílabas.
(EF03LP06) Identificar a sílaba
tônica em palavras,
classificando-as em oxítonas,
paroxítonas e proparoxítonas.
(EF03LP02) Ler e escrever
corretamente palavras com
sílabas CV, V, CVC, CCV, VC, VV,
CVV, identificando que existem
vogais em todas as sílabas.
(EF05LP03) Acentuar
corretamente palavras oxítonas,
paroxítonas e proparoxítonas.
Exemplo: Bens e Serviços Públicos
Dados fornecidos aos alunos para o trabalho em sala de aula ou
solicitados para levar uma reportagem

Aula expositiva dialogada


(EM13MAT104) Interpretar taxas e índices de natureza
socioeconômica, tais como índice de desenvolvimento humano, taxas
de inflação, entre outros, investigando os processos de cálculo desses
números.
(EM13MAT316) Resolver e elaborar problemas, em diferentes
contextos, que envolvem cálculo e interpretação das medidas de
tendência central (média, moda, mediana) e das de dispersão
(amplitude, variância e desvio padrão).
Projeto
1.Quem são seus alunos?
2.Qual a habilidade e competência que vai trabalhar?
3.O que você espera ao final deste momento? Objetivo?
4.Como vai ligar a habilidade e competência ao tema Educação
Fiscal?
5.Quantas aulas você terá para todo o projeto?
6.Há outros educadores envolvidos?
7.Que recursos didáticos usará?
8.E as estratégias pedagógicas?
9.Como avaliará o aprendizado dos alunos?
10.Como disseminará na comunidade?
Exemplo: Bens e Serviços Públicos
Explicar o que são bens e serviços públicos, utilizar vídeos, fazer um passeio
pelo entorno da escola, listar bens e serviços públicos e usar a lista para
desenvolver as habilidades e competências.
(EF03LP05) Identificar o número de sílabas de palavras, classificando-
as em monossílabas, dissílabas, trissílabas e polissílabas.
(EF03LP06) Identificar a sílaba tônica em palavras, classificando-as
em oxítonas, paroxítonas e proparoxítonas.
(EF03LP02) Ler e escrever corretamente palavras com sílabas CV, V,
CVC, CCV, VC, VV, CVV, identificando que existem vogais em todas as
sílabas.
(EF05LP03) Acentuar corretamente palavras oxítonas, paroxítonas e
proparoxítonas.
Exemplo: Bens e Serviços Públicos
Realizar pesquisa via redes sociais, com formulário eletrônico, sobre
acesso aos portais de transparência ou conhecimento sobre arrecadação
e aplicação de recursos públicos
Aula expositiva dialogada
(EM13MAT104) Interpretar taxas e índices de natureza
socioeconômica, tais como índice de desenvolvimento humano,
taxas de inflação, entre outros, investigando os processos de
cálculo desses números.
(EM13MAT316) Resolver e elaborar problemas, em diferentes
contextos, que envolvem cálculo e interpretação das medidas
de tendência central (média, moda, mediana) e das de
dispersão (amplitude, variância e desvio padrão).
Base Nacional Comum Curricular e planos de aula
Base Nacional Comum Curricular e planos de aula
Para que serve
um plano de
aula?

Fonte: http://basenacionalcomum.mec.g
ov.br/implementacao/praticas/caderno-
de-praticas/aprofundamentos , acessado
em 08/02/2021.
Rubem Alves – para desinquietar
• verbo

transitivo direto e
pronominal
tirar de ou perder a
quietude, a
tranquilidade;
agitar(-se),
desassossegar(-
se), inquietar(-se).
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Relembrando As perguntas fundamentais: Rubem Alves
Vou contar para vocês uma estória que me contaram. Não importa se verdadeira ou imaginada. Tolstoi disse e Guimarães Rosa confirmou:
“Se descreves o mundo tal qual é, não haverá em tuas palavras senão muitas mentiras e nenhuma verdade.” Por vezes, para se ver a
verdade é preciso sair do mundo da realidade e entrar no mundo da fantasia...

Um grupo de psicólogos se dispôs a fazer uma experiência sobre a inteligência dos macacos. Colocaram cinco macacos dentro de uma
jaula. No meio da jaula, uma mesa. Acima da mesa, pendendo do teto, um cacho de bananas. Os macacos viram as bananas. Os macacos
gostam de bananas. Pensaram que seria bom comer as bananas. Viram a mesa. Concluíram, com sua inteligência instrumental, que
subindo na mesa alcançariam as bananas. Viram, desejaram, pensaram e partiram para a ação. Um dos macacos subiu na mesa para
apanhar uma banana. Mas os psicólogos estavam preparados para tal eventualidade: com uma mangueira deram um banho de água fria
nos macacos. Foi um susto. O macaco que estava sobre a mesa, ensopado, desistiu provisoriamente do seu projeto de comer bananas.
Que lamentável incidente! Passados alguns minutos, secos os macacos, olharam de novo para as bananas com desejo. Outro macaco
resolver subir na mesa para comer as bananas. Mas o mesmo banho de água fria se repetiu. Depois da mesma coisa se repetir por quatro
vezes os macacos, inteligentes, concluíram que havia uma relação causal entre subir na mesa para apanhar bananas e o banho de água
fria. E como o medo da água fria era maior que o desejo de comer bananas, resolveram que nenhum deles tentaria de novo comer
bananas, sob pena de uma surra. Assim foi. Quando um macaco delinquente resolvia fazer a coisa proibida, antes do banho de água fira
os outros lhe aplicavam a surra merecida.

Aí os psicólogos retiraram da jaula um macaco e colocaram no seu lugar um outro macaco, fresquinho, que nada sabia dos banhos de
água fria e dos acordos havidos para se evitar o banho. Ele se comportou como qualquer macaco. Foi subir na mesa para comer as
bananas. Mas antes que o fizesse os outros quatro lhe aplicaram a surra de direito. Ele nada entendeu. Pensou, talvez, que se tratasse de
uma cerimônia de iniciação. Passada a dor da surra, voltou a querer comer a banana e se encaminhou para a mesa. Nova surra. Depois da
quarta surra ele concluiu e aprendeu: “Nessa jaula macaco que sobe na mesa apanha.” E, sendo minoria, ele não tinha condições de se
rebelar. Adotou então a sabedoria cristalizada pelos políticos humanos que diz “se você não pode derrotá-los, junte-se a eles.”
Base Nacional Comum Curricular e planos de aula
Relembrando as perguntas fundamentais: Rubem Alves
Os psicólogos retiraram então um outro macaco e colocaram outro fresquinho no seu lugar. Aconteceu a mesma coisa. Os três
macacos originais mais o último macaco, que nada sabia da origem e função da surra, se juntaram e lhe aplicaram a sova de
praxe. Esse último macaco também aprendeu que naquela jaula quem subia na mesa apanhava.

E assim continuaram os psicólogos a substituir os macacos originais por macacos novos, até que na jaula só ficaram macacos
que nada sabiam sobre o banho de água fria. Mas, a despeito disso, o ritual da surra continuou. Se se perguntássemos a esses
macacos sobre a razão porque eles surravam os macacos que tentavam subir na mesa para apanhar banana, eles haveriam de
responder, se pudessem: “ É assim porque é assim. Nessa jaula macaco que sobe na mesa para comer banana apanha”...
De há muito os psicólogos descobriram que há continuidades entre o comportamento dos animais e o comportamento dos
seres humanos. E eu acho que nós, eu inclusive, frequentemente nos comportamos como os macacos. Aquilo que todos fazem
ou, mais terrível ainda, aquilo que todos pensam, nós tendemos a aceitar e incorporar como se fosse a realidade e a verdade.
A repetição cria ontologia: “É porque é”, “assim são as coisas...”

Eu acho que em relação às escolas nós nos parecemos muito com os macacos. Vamos brincar de “fazer de contas”. As escolas
são as jaulas e nós estamos dentro delas... Por favor, não se ofenda, é só “faz de contas”, fantasia, para ajudar o pensamento. A
razão por que estamos dentro das jaulas são as bananas. Mas não comemos as bananas. Até nos esquecemos de que elas
existem. Há uma infinidade de coisas que nos ocupam e nós as aceitamos assumindo que “é assim que são as escolas”. Mas,
como os macacos, não fazemos perguntas sobre o sentido daquilo para a educação das crianças e nem se é possível ser de
outra forma. Vou dar alguns exemplos.
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Relembrando as perguntas fundamentais: Rubem Alves
Primeiro, a arquitetura das escolas. Todas as escola têm corredores e salas de aula. As salas de aula
servem para separar as crianças em grupos segregando-as umas das outras. Por que é assim? Tem de
ser assim? Não existirá uma outra forma de organizar o espaço que permita a interação e cooperação
entre crianças de idades diferentes, tal como acontece na vida? A escola não deveria imitar a vida?
Programas. Um programa é uma organização de saberes numa determinada sequência. Quem
determinou que esses são os saberes a serem aprendidos pelas crianças? Por que? Que uso fazem as
crianças desses saberes na sua vida de cada dia? Os adultos consultam as crianças no preparo dos
programas? As crianças escolheriam esses saberes? Por que esses e não outros? Os programas
servem igualmente para crianças que vivem nas praias de Alagoas, nas favelas das cidades, nas
montanhas de Minas, nas florestas da Amazônia, nas cidadezinhas do interior? Os programas são
dados em unidades de tempo chamados “aulas”. As aulas têm horas definidas. Ao final toca-se uma
campainha. A criança tem de parar de pensar o que estava pensando e passar a pensar os saberes da
aula seguinte. Mas o pensamento obedece as ordens das campainhas? Por que é necessário que
todas as crianças pensem as mesmas coisas, na mesma hora, no mesmo ritmo, seguindo o professor?
As crianças serão, por acaso, todas iguais? O objetivo da escola é fazer com que as crianças sejam
todas iguais?
Plano de aula ou projeto
pedagógico?

Encerramento Critérios de escolha:


contexto e objetivos

Observância da BNCC

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