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Escola Técnica de Saúde Evangélica

Curso técnico de Enfermagem

Imunologia

Lauro de Freitas, Bahia


2020
Raiara Lima Santos

Imunologia

Matéria: Micro Biologia

Docente: Prof.(a) Roberta Matos

Curso: Técnico em Enfermagem

Lauro de Freitas, Bahia


2020
Introdução

O sistema imune é essencial à vida. É nesse trabalho iremos ampliar o nosso conhecimento
sobre o nosso sistema imunológico e como ele funciona para melhor entender o
funcionamento do nosso corpo.

O surgimento da imunologia é atribuído ao médico inglês Edward Jenner pela elucidação do


primeiro processo de imunização no final do século XVIII. Jenner comprovou que a varíola
bovina, também chamada de vacínia, doença relativamente branda, conferia proteção contra
a varíola humana, comumente fatal. Em 1796, ele demonstrou sua teoria inoculando um
menino de 8 anos com varíola bovina. Quando mais tarde o garoto foi inoculado
intencionalmente com varíola humana, a doença não se desenvolveu. Na China, no Sudão e
em outros países, procedimentos semelhantes ao desenvolvido por Jenner já vinham sendo
usados popularmente para proteção contra varíola. A esse processo deu-se o nome de
variolação, mais tarde conhecido por vacinação.
IMUNOLOGIA
Imunologia é o ramo da biologia que estuda o sistema imunitário de todos os organismos.
Ele lida, entre outras coisas, com o funcionamento fisiológico do sistema imune de um
indivíduo no estado sadio ou não, mal funcionamento do sistema imune em casos de
doenças imunológicas características físicas, químicas e fisiológicas dos componentes do
sistema imune. O sistema imunitário distingue o que é próprio do não próprio e elimina do
organismo células e moléculas não próprias potencialmente deletérias. Esse sistema
também é capaz de reconhecer e destruir células anormais derivadas dos tecidos
hospedeiros. Toda molécula capaz de ser reconhecida pelo sistema imunitário é
considerado um AG.

Conceito:

As células responsáveis pela imunidade são os linfócitos e os fagócitos. Os linfócitos podem


apresentar-se como linfócitos T ou linfócitos B que são responsáveis pela produção de
anticorpos, as células T citotóxicas destroem células infectadas por vírus e os linfócitos T
auxiliares coordenam as respostas imunes. Além das defesas internas existem também
defesas externas que são: pele – barreira física, ácidos gordos e comensais. As defesas
externas são a primeira barreira contra muitos organismos agressores. No entanto, muitos
conseguem penetrar, ativando assim as defesas internas do organismo. O sistema imune
pode sofrer um desequilíbrio que se apresenta como imunodeficiência, hipersensibilidade ou
doença autoimune. As respostas imunes podem ser adaptativas ou inatas: as respostas
adaptativas reagem melhor cada vez que encontram um determinado patógeno e a resposta
inata, ao contrário da adaptativa, sempre dá a mesma resposta mesmo quando é exposta
várias vezes ao patógeno. Os fagócitos coordenam as respostas inatas e os linfócitos
coordenam as respostas imunes adaptativas.

Os linfócitos T e B são responsáveis pelo reconhecimento específico dos antigênicos. Cada


célula B está geneticamente programada para codificar um receptor de superfície específico
para um determinado antígeno, os linfócitos T constituem várias subpopulações diferentes
com uma variedade de funções. As células citotóxicas reconhecem e destroem outras
células que se tornaram infectadas. Essas células são: Ta¹, Ta², Tc e LGG. As células
auxiliares que controlam a inflamação são: basófilos, mastócitos e plaquetas. Os basófilos e
mastócitos possuem granulosidades no seu citoplasma e uma série de mediadores que
provocam inflamação nos tecidos circundantes. As plaquetas também podem liberar
mediadores inflamatórios quando ativadas durante a trombo gênese ou por complexos
antígeno-anticorpo.
Antígeno e Anticorpo

Antigeno são moleculas capazes de reagir a um antecorpo.Essa reação pode provocar ou


não uma resposta do nosso sistema imune.O antígeno é conhecido como imunógeno. Como
exemplo de antígenos, podemos citar os vírus, as bactérias e até mesmo partículas
desencadeadoras de alergias.

Tipos de antígenos

Antígenos T-independentes: são antígenos que podem estimular diretamente os linfócitos B


a produzirem anticorpos, sem a necessidade de linfócitos T auxiliares. Exemplo:
Polissacarídeos são antígenos T-independentes.

Antígenos T-dependentes: são aqueles que não estimulam diretamente a produção de


anticorpos sem a ajuda dos linfócitos T. Exemplo: Proteínas são antígenos T-dependentes.

Diferença entre Imunógeno, Antígeno e hapteno:

Todo o imunógeno é um antígeno, mas nem todo o antígeno é imunógeno. Para isso, o
antígeno precisa ser associado a um imunógeno para desencadear uma resposta imune.

Imunógeno (antígeno completo): é uma substância capaz de suscitar resposta imune


específica, bem como memória imunológica;

Antígeno: é uma substância que reage com os produtos de uma resposta imune específica;

Hapteno: é uma substância não imunogênica, ou seja, não desencadeia resposta imune,
mas que pode reagir com produtos de uma resposta imune específica. São moléculas
pequenas e incapazes de suscitar uma resposta imune sozinhas, necessitando de
proteínas. Devem ligar-se quimicamente a portadores proteicos para suscitar uma resposta
em anticorpos.

Elas são produzidas a partir de antígenos inativos ou atenuados, que estimulam a produção
de anticorpos e células de memória, o que faze com que o corpo seja capaz de identificar
rapidamente quando aquele antígeno entrar novamente em nosso organismo.

Anticorpo

Os anticorpos, por sua vez, são glicoproteínas conhecidas como imunoglobulinas (Ig). Essas
proteínas, apresentam a capacidade de interagir com o antígeno que desencadeou sua
formação. A secreção dos anticorpos é feita pelos plasmócitos, células que surgem a partir
da diferenciação do linfócito B, uma célula do nosso sistema imunológico.Ao interagir com o
antígeno, os anticorpos podem provocar uma série de processos que visam à proteção do
nosso corpo. Nos seres humanos, é possível identificar cinco classes principais de
anticorpos ou imunoglobulinas: IgG, IgA, IgM, IgD e IgE. O tipo mais abundante é o IgG, que
atua, principalmente, ativando a fagocitose e neutralizando os antígenos.

Classes de antecorpo

Podemos diferenciar cinco classes distintas de anticorpos, as quais são chamadas de IgM,
IgG, IgA, IgD e IgE. Ig é uma abreviação de imunoglobulina, já as letras que acompanham
essa abreviação dizem respeito à classe específica. Essas classes diferenciam-se por
pequenas diferenças físico-químicas.

Entre essas classes de anticorpos, duas merecem destaque: a IgM e a IgG.

IgG é a classe de anticorpos encontrada em maior quantidade no nosso corpo. Estima-se


que 75% dos anticorpos de uma pessoa normal sejam do tipo IgG. Essa imunoglobulina,
que também apresenta subclasses, apresenta diversas funções, porém é importante
destacar sua proteção ao feto. Essa proteção é garantida porque essa é a única
imunoglobulina que pode atravessar a placenta e chegar ao feto. A classe IgM indica
anticorpos formados durante a resposta primária e são os primeiros que se formam em
resposta a patógenos complexos.

A IgA é uma imunoglobulina encontrada em secreções, como saliva, lágrima e fluidos


nasais. A IgD, por sua vez, constitui menos de 1% das imunoglobulinas presentes no
plasma, mas são encontradas em grande quantidade na membrana do linfócito B.

A IgE é encontrada em concentrações muito baixas no soro e está relacionada com


processos alérgicos, sendo responsável por desencadear a liberação de histamina e
enzimas.

Os anticorpos são produzidos pelos plasmódios, que são formados pela diferenciação dos
linfócitos B. O processo inicia-se quando antígenos específicos entram em contato com os
linfócitos B específicos no tecido linfoide. A partir desse contato, os linfócitos B específicos
são ativados e passam por uma série de divisões celulares, formando um clone, que é uma
população de células idênticas àquela que as originou. Esse processo é conhecido como
seleção clonal e também ocorre nos linfócitos T.

RESPOSTA IMUNE MEDIDA POR CÉLULAS

A imunidade celular é definida como uma resposta a um antigênico particular que pode ser
transferido para um indivíduo não imunizado através dos linfócitos de outro indivíduo
imunizado.
A imunidade celular é um processo imunológico protetor que envolve a ativação de
fagócitos, células T citotóxicas sensibilizadas por antígeno e a liberação de citocinas e
quimosinas em resposta ao antígeno. A imunidade celular é mais eficaz contra células
infectadas com vírus, bactérias intracelulares, fungos e protozoários e células cancerígenas.
Também medeia a rejeição de transplantes.

A imunidade celular, também conhecida como imunidade mediada por células, é um aspecto
importante do sistema imunológico que permite ao corpo atacar organismos invasores em
nível celular. É emparelhado com imunidade humoral, a parte do sistema imunológico que
envolve uma resposta de anticorpos. Ambos os tipos de imunidade são uma parte crítica de
um sistema imunológico saudável e funcional.

Na imunidade celular, o corpo reconhece as células infectadas e as mata, usando células


como macrófagos e células natural killer. Essas células são projetadas para desencadear a
morte celular, garantindo que as células infectadas não se repliquem e permitam que a
infecção se espalhe. As células T auxiliares, desempenham um papel importante na
imunidade celular, concentrando e direcionando ataques a células infectadas para que o
sistema imunológico possa atingir com precisão e eficácia uma infecção.

Muitos micro-organismos atacam o corpo tentando sequestrar células. A célula é usada para
abrigar o organismo infeccioso, e alguns são até capazes de redirecionar a célula para seus
próprios fins, usando a célula para reprodução e uma fonte de nutrição.

A imunidade celular permite que o corpo identifique células que foram comprometidas para
que possam ser destruídas, minimizando a capacidade do organismo de se espalhar pelo
corpo.

Um elemento sozinho não pode eliminar uma infecção, mas ao trabalhar em conjunto, os
vários aspectos do sistema imunológico podem efetivamente direcionar e limpar o material
infeccioso, bem como isolar as toxinas.

Novas células imunes estão sendo constantemente produzidas. Toda vez que o corpo
enfrenta uma infecção, ele aprende a reconhecer novos materiais infecciosos e essas
informações são transmitidas por todo o sistema imunológico para que possam responder
rapidamente no futuro. As células envolvidas na imunidade celular devem ser
constantemente reabastecidas, pois muitas têm vida curta e, durante uma resposta imune
ativa, muitas das células morrem.

O sistema imunológico está constantemente em ação, neutralizando as ameaças antes que


as pessoas sejam alertadas sobre sua presença. Às vezes, o sistema falha.Ou um micro-
organismo supera o sistema imunológico, ou o sistema imunológico simplesmente não é
capaz de lidar com uma infecção.

Uma infecção pode ser agressiva, espalhando-se mais rapidamente do que o sistema
imunológico pode responder, ou novo, com o sistema imunológico não reconhecendo-a
como uma ameaça até que ela ganhe uma posição segura no corpo.

Imunidade Inata

A imunidade inata é a primeira linha de defesa do organismo, com a qual ele já nasce. É
uma resposta rápida, não específica e limitada aos estímulos estranhos ao corpo. É
representada por barreiras físicas, químicas e biológicas, células e moléculas, presentes em
todos os indivíduos.

Os principais componentes da imunidade inata são,

A imunidade inata é a primeira linha de defesa do organismo, com a qual ele já nasce. É
uma resposta rápida, não específica e limitada aos estímulos estranhos ao corpo. É
representada por barreiras físicas, químicas e biológicas, células e moléculas, presentes em
todos os indivíduos.

Os principais componentes da imunidade inata são, Barreiras físicas e mecânicas:


Retardam/impedem a entrada de moléculas e agentes infecciosos (pele, trato respiratório,
membranas, mucosas, fluidos corporais, tosse, espirro).

Barreiras fisiológicas: Inibem/eliminam o crescimento de microrganismos patogênicos devido


à temperatura corporal e à acidez do trato gastrointestinal; rompem as paredes celulares e
lisamrompem) células patogênicas através de mediadores químicos (lisozimas, interferon,
sistema complemento);

Barreiras celulares: Endocitam/fagocitam as partículas e microrganismos estranhos,


eliminando-os (linfócitos natural killer e leucócitos fagocíticos – neutrófilos, monócitos e
macrófagos);

Barreira inflamatória: Reação a infecções com danos tecidulares; induzem células


fagocitárias para a área afetada.

A resposta imune inata é capaz de prevenir e controlar diversas infecções, e ainda pode
otimizar as respostas imunes adaptativas contra diferentes tipos de microrganismos. É a
imunidade inata que avisa sobre a presença de uma infecção, acionando assim os
mecanismos de imunidade adaptativa contra os microrganismos causadores de doenças
que conseguem ultrapassar as defesas imunitárias inatas.

Imunide Barreiras físicas e mecânicas: Retardam/impedem a entrada de moléculas e


agentes infecciosos (pele, trato respiratório, membranas, mucosas, fluidos corporais, tosse,
espirro).

Barreiras fisiológicas: Inibem/eliminam o crescimento de microrganismos patogênicos devido


à temperatura corporal e à acidez do trato gastrointestinal; rompem as paredes celulares e
lisam (rompem) células patogênicas através de mediadores químicos (lisozimas, interferon,
sistema complemento);

Barreiras celulares: Endocitam/fagocitam as partículas e microrganismos estranhos,


eliminando-os (linfócitos natural killer e leucócitos fagocíticos – neutrófilos, monócitos e
macrófagos);

Barreira inflamatória: Reação a infecções com danos tecidulares; induzem células


fagocitárias para a área afetada.

A resposta imune inata é capaz de prevenir e controlar diversas infecções, e ainda pode
otimizar as respostas imunes adaptativas contra diferentes tipos de microrganismos. É a
imunidade inata que avisa sobre a presença de uma infecção, acionando assim os
mecanismos de imunidade adaptativa contra os microrganismos causadores de doenças
que conseguem ultrapassar as defesas imunitárias inatas.

Imunidade adquirida

A imunidade adquirida não se encontra presente desde o nascimento. É adquirida. O


processo de aprendizagem começa quando o sistema imunológico de uma pessoa encontra
invasores estranhos e reconhece substâncias não próprias. Então, os componentes da
imunidade adquirida aprendem a melhor maneira de atacar cada antígeno e começam a
desenvolver uma memória para aquele antígeno. A imunidade adquirida é também
denominada específica porque planeja um ataque a um antígeno específico previamente
encontrado. Suas características são as capacidades de aprender, adaptar e lembrar.A
imunidade adquirida leva tempo para se desenvolver após a primeira exposição a um novo
antígeno. Entretanto, posteriormente, o antígeno é lembrado e a resposta subsequente
àquele antígeno é mais rápida e eficaz comparada à resposta que ocorreu após a primeira
exposição.
Os glóbulos brancos responsáveis pela imunidade adquirida são os Linfócitos (células T e
células B). Outros participantes na imunidade adquirida são as Células dendríticas,
Citocinas, O sistema de complemento.

Linfócitos:

Os linfócitos permitem ao organismo lembrar os antígenos e distinguir o que próprio do que


não é próprio do corpo e é prejudicial (inclusive vírus e bactérias). Os linfócitos circulam
através da corrente sanguínea e do sistema linfático, passando para os tecidos quando a
sua presença é necessária.

O sistema imunológico pode lembrar de cada antígeno deparado, pois após um encontro,
alguns linfócitos desenvolvem-se em células de memória. Estas células vivem por um bom
tempo, durante anos ou mesmo décadas. Os linfócitos podem ser células T ou células B. As
células B e as células T trabalham juntas para destruir os invasores.

Celulas T: As células T se desenvolvem a partir de células-tronco na medula óssea que se


deslocaram para um órgão no tórax chamado timo. Lá, elas aprendem a distinguir antígenos
próprios de não próprios para não atacar os tecidos próprios do corpo. Normalmente,
somente as células T que aprendem a ignorar os antígenos próprios do organismo
amadurecem e deixam o timo.

As células T maduras são armazenadas nos órgãos linfoides secundários (linfonodos, baço,
amígdalas, apêndice e placas de Peyer no intestino delgado). Estas células circulam na
corrente sanguínea e no sistema linfático. Após elas se depararem com uma célula
infectada ou anormal, elas são ativadas e buscam estas células em particular.

CELULAS B: As células B são formadas na medula óssea. As células B possuem locais


específicos na sua superfície (receptores), aos quais os antígenos podem aderir. As células
B podem aprender a reconhecer um número praticamente ilimitado de antígenos distintos.

A principal finalidade das células B é produzir anticorpos, que marcam um antígeno para
atacar ou neutralizar diretamente. As células B também podem apresentar o antígeno a
células T, que são então ativadas.

As células B são formadas na medula óssea. As células B possuem locais específicos na


sua superfície (receptores), aos quais os antígenos podem aderir. As células B podem
aprender a reconhecer um número praticamente ilimitado de antígenos distintos.

Células dendríticas: As células dendríticas residem na pele, nos linfonodos e nos tecidos de
todo o organismo. A maioria das células dendríticas são células apresentadoras de
antígenos. Ou seja, elas ingerem, processam e apresentam antígenos, permitindo que as
ccélulas T helper reconheçam o antígeno. As células dendríticas apresentam fragmentos de
antígenos às células T nos linfonodos.

Após as células T e B serem apresentadas com o antígeno, elas são ativadas.

Anticorpos:Quando a célula B se depara com um antígeno, ela é estimulada a amadurecer


tornando-se um plasmócitos ou célula B de memória. Os plasmócitos liberam anticorpos
(também denominados de imunoglobulinas, ou Ig). Existem cinco classes de anticorpos –
IgM, IgG, IgA, IgE e IgD.

Os anticorpos protegem o organismo das seguintes maneiras:

Ajudam as células a ingerirem os antígenos (as células que ingerem os antígenos têm o
nome de fagócitos)

Inativam as substâncias tóxicas produzidas por bactérias

Atacam diretamente as bactérias e os vírus

Previnem que bactérias e vírus se fixem e invadam células

Ativam o sistema de complemento, que possui muitas funções imunológicas

Auxiliam certas células, como as células natural killer, a matar as células infectadas ou as
células cancerígenas

Os anticorpos são essenciais para combater determinadas infecções bacterianas ou


fúngicas. Também ajudam a lutar contra os vírus.

Imunodeficiência

Doenças de imunodeficiência primária podem ser causadas por mutações, por vezes em um
gene específico. Se o gene com mutação estiver no cromossomo X (sexual), a doença
resultante é denominada doença ligada ao cromossomo X. As doenças ligadas ao
cromossomo X ocorrem mais frequentemente em meninos. Cerca de 60% das pessoas com
doenças primárias decorrentes de imunodeficiência são do sexo masculino.

As doenças primárias decorrentes de imunodeficiência são classificadas pela parte do


sistema imunológico que é afetada: Imunidade humoral, que envolve células B (linfócitos),
um tipo de glóbulo branco que produz anticorpos (imunoglobulinas)

Imunidade celular, que envolve células T (linfócitos), um tipo de glóbulo branco que ajuda a
identificar e a destruir células estranhas ou anormais

Tanto a imunidade humoral quanto a celular (células B e células T)


Fagócitos (células que ingerem e matam os micro-organismos)

Proteínas do complemento (proteínas que ajudam as células imunológicas a matar bactérias


e a identificar células estranhas para destruir)

O componente do sistema imunológico afetado pode estar ausente, diminuído em número,


ou pode ser anômalo e não funcionar bem. As doenças primárias decorrentes de
imunodeficiência mais comuns são os problemas com as células B, representando mais de
metade delas.

As doenças decorrentes de imunodeficiência podem resultar praticamente de qualquer


doença grave prolongada. O diabetes, por exemplo, pode conduzir a uma doença
decorrente de imunodeficiência, porque os glóbulos brancos não funcionam bem se a
concentração de glicose no sangue estiver elevada. A infecção pelo vírus da imuno-
deficiência humana (HIV) causa a síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS), que é a
doença mais grave e frequente de imunodeficiência adquirida.

Muitos tipos de câncer podem causar imunodeficiência. Por exemplo, qualquer câncer que
afete a medula óssea (como leucemia e linfoma) pode impedir que a medula óssea produza
leucócitos normais (células B e células T), que são parte do sistema imunológico. A
desnutrição, quer seja referente a todos ou a apenas um nutriente, pode danificar o sistema
imunológico. Quando a desnutrição causa uma perda de peso até menos de 80% do peso
recomendado, o sistema imunológico é afetado. Uma redução para menos que 70%
geralmente resulta em comprometimento grave.

Imunossupressores são fármacos deliberadamente utilizados para suprimir o sistema


imunológico. Por exemplo, alguns são usados a fim de se evitar a rejeição de um órgão ou
um tecido transplantado. Eles podem ser administrados a pessoas com uma doença
autoimune para suprimir o ataque do corpo contra seus próprios tecidos

Imunodeficiência em idosos

Os corticosteroides, um tipo de imunossupressor, são utilizados para suprimir a inflamação


associada a várias doenças, tais como a artrite reumatoide. No entanto, os
imunossupressores também inibem a capacidade que o organismo tem de combater as
infecções e, possivelmente, de destruir as células cancerígenas. A quimioterapia e a
radioterapia também podem suprimir o sistema imunológico, levando, por vezes, a doenças
decorrentes de imunodeficiência.

À medida que os indivíduos envelhecem, o sistema imunológico torna-se menos eficaz de


várias maneiras. Por exemplo, à medida que as pessoas envelhecem, elas produzem
menos células T. As células T ajudam o corpo a reconhecer e combater células estranhas e
anormais. Certas doenças (como diabetes e doença renal crônica), que são mais comuns
em idosos, e certas terapias (como imunossupressores), mais provavelmente usados por
idosos, também podem comprometer o sistema imunológico.

Sintomas

Pessoas com uma doença decorrente da imunodeficiência tendem a contrair infecções


constantes. Geralmente, as infecções respiratórias (como infecções dos seios nasais e
pulmões) surgem primeiro e repetem-se com frequência. A maior parte das pessoas vai
desenvolvendo infecções bacterianas graves que persistem, reincidem, ou levam a
complicações. Por exemplo, as dores de garganta e os resfriados podem evoluir para uma
pneumonia. No entanto, ter muitos resfriados não sugere, necessariamente, uma doença
decorrente da imunodeficiência. Por exemplo, a causa mais provável de infecções
frequentes em crianças é a exposição repetida a infecções em creches e escolas.

As infecções da boca, olhos e trato digestivo são frequentes. As aftas, uma infecção fúngica
da boca, podem ser um sinal precoce de doença decorrente de imunodeficiência. Podem se
formar feridas na boca. As pessoas podem ter uma doença gengival crônica (gengivite) e
infecções frequentes de ouvido e pele. As infecções bacterianas (por estafilococos, por
exemplo) podem originar Pio dermite, na qual a pele fica coberta de úlceras cheias de pus.
Pessoas com certas doenças decorrentes de imunodeficiência podem ter muitas verrugas
grandes e evidentes (causadas por vírus).

Muitas pessoas apresentam febre e calafrios e perdem o apetite e/ou peso. Pode surgir dor
abdominal, possivelmente porque o fígado ou baço estão aumentados de volume. As
crianças podem ter diarreia crônica e tendem a não crescer e se desenvolver como
deveriam. A imunodeficiência pode ser mais grave se os sintomas se desenvolverem na
primeira infância do que posteriormente.

Diagnósticos

Os médicos devem primeiro suspeitar da existência de uma imunodeficiência. Então exames


serão feitos para identificar a anomalia do sistema imunológico específica. São necessários
exames laboratoriais para confirmar o diagnóstico de imunodeficiência e para identificar o
tipo de doença decorrente de imunodeficiência.

São realizados exames de sangue, incluindo um hemograma completo. Um hemograma


completo é capaz de detectar anormalidades em células sanguíneas que são características
de imunodeficiências específicas. Uma amostra de sangue é tomada e analisada para
determinar o número total de glóbulos brancos e a porcentagem de cada tipo básico de
glóbulos brancos. Os glóbulos brancos são examinados sob o microscópio para se detectar
anomalias. O médico também determina os níveis de imunoglobulina e os níveis de certos
anticorpos específicos depois de a pessoa ser vacinada. Se algum dos resultados for
anômalo, exames complementares são normalmente realizados.

Tratamento

Medidas gerais e certas vacinas para prevenir infecções

Antibióticos e antivirais quando necessários

Algumas vezes imunoglobulinas

Às vezes, é realizado transplante de células-tronco.

O tratamento de imunodeficiências geralmente envolve a prevenção de infecções, tratar


infecções quando elas ocorrem e, quando possível, substituir partes do sistema imune que
estiverem faltando.

Com o tratamento adequado, muitas pessoas com uma doença decorrente da


imunodeficiência têm uma expectativa de vida normal. Contudo, algumas pessoas exigem
tratamento intensivo e frequente durante toda a vida. Outras, como aquelas com
imunodeficiência combinada grave, morrem durante a infância a menos que recebam
transplante de células-tronco.

Síndrome de imunoficiência adquirida

Vírus da imunodeficiência humana (HIV) é o vírus responsável por causar a Síndrome da


Imunodeficiência Adquirida (AIDS).

O vírus destrói ou prejudica as células do sistema imunológico e, progressivamente, a


capacidade do organismo para combater infecções e certos tipos de câncer.

Em adultos e adolescentes, o HIV é mais comumente transmitido pelo contato sexual com
um parceiro infectado.

Quase todas as infecções pelo HIV em crianças com idade inferior a 13 anos são por
transmissão vertical, o que significa que o vírus é passado para a criança durante a
gestação ou à medida que passam pelo canal do parto. O vírus também foi detectado no
leite materno

A AIDS é o estágio mais avançado da infecção por HIV, pois como o vírus ataca as células
de defesa do organismo, deixa o indivíduo vulnerável a diversas doenças, desde um simples
resfriado até infecções e doenças mais agressivas, como tuberculose, ou mesmo tumores.
Segundo o ministério da saúde, quando ocorre a infecção pelo vírus HIV, o sistema
imunológico começa a ser atacado. É nessa fase aguda, que ocorre a incubação do HIV
(período antes dos primeiros sinais da doença). Esse período varia de três a seis semanas.
O organismo demora de 30 a 60 dias para produzir anticorpos anti-HIV. Os primeiros
sintomas são muito parecidos com os de uma gripe, como febre e mal-estar. Por isso, a
maioria dos casos passa despercebida.

A próxima fase é marcada pela forte interação entre as células de defesa e as constantes e
rápidas mutações do vírus. Não enfraquece o organismo o suficiente para ter novas
doenças, pois os vírus amadurecem e morrem de forma equilibrada. Esse período, que pode
durar muitos anos, é chamado de assintomático. À medida que os ataques as células de
defesa ficam mais frequentes, elas começam a funcionar com menor eficiência até serem
destruídas. O organismo fica fraco e vulnerável a infecções comuns, como gripe, fungos etc.

A fase sintomática inicial é caracterizada pela redução dos linfócitos T CD4+ chegando a ser
inferior de 200 unidades por mm³. Em adultos saudáveis, varia entre 800 a 1.200 por mm³.
Os sintomas mais comuns nessa fase são: febre, diarreia, suores noturnos e
emagrecimento. A baixa imunidade favorece o surgimento de doenças oportunistas. Com
isso, a doença atinge seu estágio mais avançado, a aids. Quem chega a essa fase, por não
saber da infecção ou não seguir o tratamento, pode sofrer de hepatites virais, tuberculose,
pneumonia, toxoplasmose e alguns tipos de câncer.

Transmissão e prevenção

Formas de transmissão da AIDS é através do sexo vaginal, sexo anal e oral sem camisinha,
uso de seringa por mais de uma pessoa, transfusão de sangue contaminado, da mãe
infectada para seu filho durante a gravidez, no parto e na amamentação, instrumentos que
furam ou cortam contaminados.

Formas de não transmissão é sexo desde que se use corretamente a camisinha,


masturbação a dois, beijo no rosto ou na boca, suor e lágrima, picada de inseto, aperto de
mão ou abraço, sabonete/toalha/lençóis, talheres/copos, assento de ônibus, piscina,
banheiro, doação de sangue, pelo ar.

PREVENÇÃO: Usar preservativo nas relações sexuais, não compartilhar agulhas, sempre
quando exposto a situações de risco realizar a prevenção pré e/ou pós exposição, realizar
exames para HIV após período de incubação quando submetido a fatores de risco.

Sintomas

Os principais sinais e sintomas são:


Febre persistente;

Tosse seca prolongada e garganta arranhada;

Suores noturnos;

Inchaço dos gânglios linfáticos durante mais de 3 meses;

Dor de cabeça e dificuldade de concentração;

Dor nos músculos e nas articulações;

Cansaço, fadiga e perda de energia;

Rápida perda de peso;

Candidíase oral ou genital que não passa;

Diarreia por mais de 1 mês, náusea e vômitos;

Manchas avermelhadas e pequenas bolinhas vermelhas ou feridas na pele.

Tratamento

É uma doença que ainda não tem cura e por isso o seu tratamento deve ser feito por toda
vida, sendo o principal objetivo do tratamento o fortalecimento do sistema imune e o
combate ao vírus, controlando e reduzindo a sua quantidade no sangue.

O ideal é começar o tratamento contra o HIV antes que a AIDS se manifeste. Este
tratamento pode ser feito com um coquetel com diferentes remédios antirretrovirais que são
fornecidos gratuitamente pelo governo.

Há alguns anos, receber o diagnóstico de Aids era como receber uma sentença de morte,
porém, atualmente, é possível ser soropositivo para HIV e viver com qualidade de vida,
aderindo à Terapia Antirretroviral (TARV) e seguindo corretamente o tratamento de acordo
com as orientações do seu médico.
RESUMO
Esse trabalho foi de extrema importância pois podemos conhecer mais sobre o nosso
sistema imunológico de uma forma mais ampla.

Aprendi que o nosso sistema imunológico funciona como uma barreira de proteção que
protege de seres indesejáveis que tentam invadir o nosso corpo, dessa forma representa o
sistema de defesa do nosso corpo.

Podemos aprender várias outras coisas sobre somo funciona a defesa do nosso corpo.

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