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O livro “A identidade cultural na pós -modernidade “ do sociólogo Stuart Hall traz

debates relevantes acerca das identidades culturais na pós- modernidade, trazendo novas
perspectivas sobre esse tema ,que se faz cada vez mais emergente na sociedade .Em
questão as velhas identidade estão entrando em declínio ,fazendo surgir novas
identidades e com isso fragmentado o indivíduo moderno.
O primeiro capítulo intitulado de “A identidade em questão “ se inicia trazendo à tona
as crise de identidade que ocorreram no final do século XX. E em seguida o autor
mostra três perspectivas de identidade ,sendo elas :sujeito do iluminismo, que é aquele
centrado unificado, o autor cita Rene descartes para caracterizar, sujeito sociológico
que é aquele q reconhece q faz parte de um todo e sujeito pós-moderno ,é aquele
descentralizado, ramificado fragmentado fluído

.
O livro começa abordando a questão da crise de identidades no final do século XX, ou
seja, a identidade cultural na era da globalização. Essa crise fragmenta as paisagens
culturais sobre classe, gênero, sexualidade, etnia, raça e nacionalidade que nos deram
posições estáveis como indivíduos sociais.

Stuart Hall faz uma distinção entre três conceitos muito diferentes de identidade: o
primeiro que ele aborda é o sujeito no iluminismo.

Segundo o autor, esse sujeito foi baseado em uma concepção do indivíduo centrado e
unificado, dotado das capacidades de razão, consciência e ação, cujo centro consistia em
uma espécie de identidade em si mesmo ao longo da existência do indivíduo. O centro
residia na identidade pessoal. O ser autônomo. O “eu” verdadeiro. Stuart Hall cita René
Descartes para caracterizar esse sujeito: “Penso, logo existo”. Eis a centralidade desse
sujeito.
A outra noção de sujeito desenvolvido pelo autor é o sujeito sociológico, que é fruto de
uma relação complexa do mundo moderno do indivíduo, que, ao interagir socialmente
com os mundos culturais de fora, modifica-se. A relação entre o interior e o exterior é
construída sobre um abismo entre a vida pessoal e a vida pública. Sentimentos
subjetivos dos indivíduos interagindo com o mundo social dando uma identidade aos
mundos culturais que habitam, tornando-os unidos e previsíveis.

Podemos ver que o primeiro sujeito iluminista centrado em si, estável e unificado,
começa o processo de fragmentação na medida em que se defronta com várias
identidades culturais, contraditórias e não resolvidas, todas convivendo socialmente,
tornando-se variável e problemática.

Convivendo com tantas subjetividades, isso acaba produzindo o sujeito pós-moderno,


conceituado como desprovido de identidade fixa essencial. A identidade, segundo Stuart
Hall, torna-se uma “festa móvel”, graças aos processos contínuos formados e
transformados em relação às formas de representação nos sistemas culturais. Sua
identidade navega ao sabor dos ventos, sempre diferentes ao o “eu coerente”.
Identidades contraditórias coexistem puxando-nos , segundo o autor, para direções
diferentes, de modo que nossas identificações estão continuamente sujeitas a mudanças.

Esse novo padrão de identidade é chamado porStuart Hall, no primeiro capítulo do seu
livro, de nascimento e morte do sujeito moderno.
Convivendo com tantas subjetividades, isso acaba produzindo o sujeito pós-moderno,
conceituado como desprovido de identidade fixa essencial. A identidade, segundo Stuart
Hall, torna-se uma “festa móvel”, graças aos processos contínuos formados e
transformados em relação às formas de representação nos sistemas culturais. Sua
identidade navega ao sabor dos ventos, sempre diferentes ao o “eu coerente”.
Identidades contraditórias coexistem puxando-nos , segundo o autor, para direções
diferentes, de modo que nossas identificações estão continuamente sujeitas a mudanças.

Esse novo padrão de identidade é chamado porStuart Hall, no primeiro capítulo do seu
livro, de nascimento e morte do sujeito moderno.

Como observa o autor, essas três definições (sujeito iluminista, sujeito sociológico e
sujeito pós-moderno) são simplificações, mas que nos ajudam a nortear a discussão
sobre identidades culturais.
Stuart Hall, um dos fundadores dos Estudos Culturais, estabelece um sistema teórico
híbrido em que mobiliza, articula e ao mesmo tempo discute o descentramento do
sujeito, utilizando-se das seguintes correntes de pensamento:

Em primeiro lugar, o marxismo.

O segundo dos grandes movimentos “descentralizadores” do pensamento ocidental do


século XX surgiu da descoberta do inconsciente freudiano.

A terceira descentração do sujeito está associada ao trabalho do linguista estrutural


Ferdinand de Saussure. Segundo Saussure, não somos absolutamente “autores” dos
enunciados que pronunciamos ou dos significados que expressamos através da
linguagem e dos sistemas de significados de nossa cultura.

A quarta descentralização mais importante de identidade e sujeito ocorreu no trabalho


do filósofo e historiador francês Michel Foucault, que produziu uma espécie de
“genealogia do sujeito” moderno sob a batuta do “poder disciplinador” dos regimes
administrativos proporcionado pelas disciplinas das ciências sociais.

A quinta descentralização foi o movimento feminista que surgiu no século passado (na
década de 1960), que se opôs tanto ao liberalismo do Ocidente como ao stalinismo do
Oriente, que acrescentaram uma visão política do mundo tanto a partir das dimensões
subjetivas como objetivas. O feminismo trouxe uma nova agenda social, apelando para
identidades sociais de seus apoiadores, como a discussão de uma política sexual para
homossexuais e lésbicas; as lutas contra o racismo, contra as guerras. Esse é o
nascimento histórico do que veio a ser conhecido como a política da identidade, ou seja,
uma nova identidade para cada movimento.

Stuart Hall introduz uma discussão sobre outro tipo de identidade: a identidade
nacional. Quando nascemos, não estamos possuídos por nenhuma identidade cultural. A
ideia de nação é uma representação moderna de pertencimento. E é através desse
discurso de referenciamentos, através de histórias, memórias, representações que são
balizadas identificações e identidades, criando-se uma cultura nacional em torno de uma
identidade cultural única, dando origem assim a uma “comunidade imaginada”.

Essa “comunidade imaginada” se constitui do desejo de convivência em conjunto e de


perpetuação da herança cultural. Esses elementos é que unificam todos os indivíduos
numa identidade nacional. Não importa as diferenças de raça, classe ou gênero; todos
pertencem à mesma nação.
Uma narrativa inventada. Invenções de práticas culturais que buscam disseminar valores
e normas comportamentais, através da criação de mitos fundacionais em que nações são
fundadas através de mitos. Uma história contada para servir de referência e localizar a
origem de nação sobre um passado longínquo. Um discurso de identidade nacional para
difundir a ideia de um povo “puro”, “original”.

Peguemos o exemplo de sociedades tradicionais. O passado, os símbolos são


valorizados porque contêm e perpetuam a experiência de gerações. A tradição é um
meio de administrar o passado, o presente, o futuro, e as práticas sociais.

A modernidade coloca sempre em xeque a tra

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