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ESTUDANTE
PROJETO
DE
VIDA
1º ANO
2º semestre
Introdução
Caro jovem,
Bom trabalho!
Expediente:
Instituto Ayrton Senna: Viviane Senna –Presidente Ana Maia – Diretora da Área de EducaçãoSimone André –
Gerente Executiva Mônica Pellegrini Rita Leite Cynthia Sanches – Gerentes de Projeto Andreza Adami –
Analista de Projetos Bruna de Sousa – Assistente Administrativa
Coordenação de Agentes Técnicos: Alexandra Santos , Francis Wilker e Renata Monaco
Consultoria em Projeto de Vida: Cynthia Sanches - Paulo Emílio de Castro Andrade - Samuel Andrade
Elaboração das atividades: Cynthia Sanches - Paulo Emílio de Castro Andrade - Samuel Andrade
Ficha 1 p. 4
Ficha 2 p. 6
Ficha 3 p. 11
Ficha 4 p. 14
Ficha 5 p. 16
Ficha 6 p. 20
p. 22
Ficha 7
p. 24
Ficha 8
p. 26
Ficha 9
p. 29
Ficha 10
p. 31
Ficha 11
p. 35
Ficha 12
p. 39
Ficha 13
p. 43
Ficha 14
• O que sonho para minha vida como um todo? O que posso fazer para que
esse sonho se transforme em realidade?
• O que desejo para minha família? O que está a meu alcance de ser feito para
que esse desejo aconteça?
O poeta inglês William Shakespeare disse que “nós somos do mesmo tecido de que
são feitos os sonhos”. É próprio do ser humano sonhar, projetar-se no
futuro e planejar-se para alcançar suas metas. Sem sonhos e
Vale falar tudo o
aspirações, não encontramos um sentido real para nossas vidas. Por que desejam!
isso, a pergunta é: Vocês sonham com o que para suas vidas?
• Quais são os sonhos que tenho para minha vida? Discutam sobre todos os sonhos que
possuem, mesmo aqueles que pareçam impossíveis ou até bobos...
• Quais são os meus sonhos em relação a cursar um curso superior? Vocês já pensaram
em continuar os estudos, graduando-se em uma universidade? O que gostariam de
estudar? Se nunca pensaram nessa possibilidade, quais são os motivos que os fazem não
considerar essa ideia?
• Quais são os meus sonhos em relação ao trabalho? Discutam sobre suas aspirações
profissionais: o que vocês gostariam de fazer? Que tipo de profissão lhes interessam?
• Quais são os meus sonhos em relação à família? Vocês têm vontade de formar uma
família? Como gostariam que ela fosse? O que acham que é preciso fazer para formar
uma família? E sobre a família da qual fazem parte: o que gostariam de fazer por ela e o
que gostariam que ela fizesse por vocês?
• Quais são os meus sonhos em relação ao uso do meu tempo livre? Quais são as
atividades de lazer e os hobbies que querem praticar ou continuar praticando em suas
vidas?
• O que pretendo fazer, pensando no bem comum? Quais são os sonhos que possuem
para sua comunidade/bairro, para sua cidade e para o país? Algum desses sonhos
poderia ser transformado em uma profissão, por exemplo?
Depois que todos terminarem de registrar por escrito suas respostas, o líder promove uma
rodada de conversa no quarteto, para compartilhar os desejos, sonhos e interesses que cada
um possui. E nada de tirar onda dos sonhos alheios! O primeiro passo para construir um projeto
de vida é simplesmente... reconhecer os próprios sonhos!
Será que vocês possuem sonhos parecidos?
Fonte: bit.ly/dreamlennon
Então, construir um projeto de vida significa colocar degraus para alcançar os sonhos?
É isso mesmo! Nenhum sonho se realiza ao acaso... Toda conquista é feita de
persistência, de metas a seguir e de muita, mas muita troca de experiências com
outras pessoas.
Nessa jornada de construção do projeto de vida de cada um de vocês, não vale ficar
sozinho(a), isolado(a) do mundo, remoendo ideias e desejos e se sentindo sem força
para começar. Por isso, vocês estarão trabalhando juntos, com o apoio do(a)
professor(a) de Projeto de Vida e de outras pessoas que aparecerão no meio do
caminho...
Cerque-se de
pessoas que
o
Compartilhe impulsionem! Coragem e
inspirações, força para
palavras e correr atrás
experiências! dos sonhos!
Para
transformar
sonhos em
projeto de
Busque vida... Cair e
quebrar levantar! Se é
limites! importante,
não vale
Dá medo desistir!
mesmo! O
frio na
barriga faz
parte!
Planejando o projeto de vida
Agora é com vocês! Cada um se concentra e reflete seriamente sobre o que quer para
sua vida. A tabela a seguir os ajudará a traçar metas e colocar degraus para os seus
sonhos. E lembrem-se: nos próximos anos, nas aulas de Projeto de Vida, vocês
continuarão a aperfeiçoar seus projetos pessoais.
Minhas principais qualidades que vão me ajudar a realizar meu projeto de vida
são...
Meus principais desafios que preciso superar para realizar meu projeto de vida
são...
Meus objetivos como O que preciso fazer para conquistar esses objetivos?
estudante são... (Escreva aqui os passos que precisa fazer para alcançá-los).
Meus objetivos como O que preciso fazer para conquistar esses objetivos?
pessoa são... (Escreva aqui os passos que precisa fazer para alcançá-los).
Quem são as
pessoas que
conheço que podem
me ajudar a
concretizar meu
projeto de vida?
O que preciso fazer para conquistar esses objetivos? (Escreva aqui os passos
que precisa fazer para alcançá-los).
Antes de compartilhar seus projetos de vida com o(a) professor(a), que tal avaliarem
uns aos outros? O “Jogo do espelho” ajudará vocês a encontrarem mais respostas
acerca de si mesmos!
Para começar, escolham um líder para conduzir o jogo. Leia cada Líder: coordene
questão abaixo e abra espaço para que cada um possa ser o “colega o jogo para
que todos
espelho” e dizer o que pensa. Então, cada jovem preenche em sua participem!
Qual é a maior qualidade que eu vejo em meus colegas? (Cada um diz qual é a
maior qualidade que vê em cada colega do quarteto e por quê).
No que acho que meus colegas podem melhorar? (Cada um diz qual é o maior
desafio que vê em cada colega do quarteto e por quê).
Eu acredito que meus colegas realizarão seus projetos de vida porque... (Cada
um diz por que confia na realização de cada colega).
Do início do ano até agora, eu acho que meus colegas cresceram com relação
a... (Cada um diz o que notou de crescimento em cada colega).
Meu nome: Qual é a maior No que meus Meus colegas Do início do ano
qualidade que colegas acham acreditam que eu até agora, meus
meus colegas que eu posso realizarei meus colegas acham
veem em mim? melhorar? projetos de vida que eu cresci com
porque... relação a...
Colega
“espelho”:
Colega
“espelho”:
Colega
“espelho”:
Colega
“espelho”:
RESILIÊNCIA
DESAFIO!
Você é uma pessoa
resiliente? Sabe aqueles
momentos da vida em que
é necessário não se deixar
abater frente aos
obstáculos e assumir uma
postura de força e luta? É
isso! Como diz aquele
samba: “Levanta, sacode a
poeira e dá a volta por
cima”. Procure aprender
com as adversidades!
Que tal pensarem nos valores de suas famílias (ou aqueles que
vocês consideram suas famílias, mesmo que não sejam “sangue do Líder:
cuide do tempo
seu sangue”) e fazer um raio-x do que consideram de mais valioso da atividade!
que elas ensinaram para vocês?
Escolham um líder para conduzir a atividade. O papel do líder é
garantir que a conversa no quarteto aconteça de modo que todos participem e
registrar as respostas de cada um no quadro abaixo. Lembrem-se: todas as opiniões
são válidas, afinal, é a experiência de vocês que está sendo relatada!
Minha família!
Quem são as
pessoas de minha
família que mais
me apoiam:
Quais são os
valores que
aprendi com
minha família:
O que aprendi
com minha família
que quero ensinar
à minha futura
família:
Vocês já começaram a planejar seus projetos de vida, certo? Mas, o que será que
suas famílias pensam a respeito deles? Vocês já tiveram a oportunidade de conversar
com elas a respeito?
Por isso, o desafio agora é: cada um se reúne com sua família (ou com a pessoa que
considera mais importante em sua vida) para conversar sobre o futuro, o seu futuro!
Vocês já realizaram o “Jogo do espelho” entre vocês e puderam descobrir como seus
colegas o(a) veem. Que tal fazer agora o jogo com seus familiares? Escolham quem
são as pessoas que querem ouvir (podem ser quantas quiserem), façam as perguntas
abaixo e preencham a tabela. Ah! Vocês também darão suas respostas para as
pessoas que escolherem conversar, combinado? Afinal, o jogo é um espelho!
Qual é a maior qualidade que você vê em mim? (Seu familiar diz qual é a maior
qualidade que vê em você e vice-versa).
Qual é o maior valor que você procura transmitir para mim? (Seu familiar diz qual é
o maior valor que busca transmitir e vice-versa).
Você acredita que eu conseguirei realizar meus projetos de vida porque... (Cada
familiar diz por que confia na sua realização).
Eu sou importante para você porque... (Cada familiar diz por que você é importante
na vida dele e vice-versa).
Familiar
“espelho”:
Familiar
“espelho”:
Familiar
“espelho”:
Familiar
“espelho”:
Depois de realizado o jogo (tomara que tenha sido muito legal!), apresente aos seus
familiares (ou pessoa mais importante) o projeto de vida que começou a desenvolver.
Conte um pouco sobre o que você está aprendendo nas aulas de Projeto de Vida
desde o começo do ano, sobre o seu(sua) professor(a), sobre seus colegas, como
trabalham juntos e tudo o mais que julgar importante de compartilhar. Conte o que
você acha que já mudou, cresceu e aprendeu!
Então, fale que o objetivo dessas aulas é fortalecer você como estudante, como
pessoa e como futuro profissional. É maneiro se você contar também que está
aprendendo uma série de competências que farão a diferença no mundo do trabalho,
como a colaboração, a comunicação, a resolução de problemas, a fazer projetos,
a liderança... Essas competências são importantes para qualquer profissão!
Fale de seus planos de futuro, mostre o que você planejou durante a atividade “O meu
projeto de vida!” e converse a respeito. Diga o quanto você precisa do apoio de seus
familiares para perseguir esses objetivos! Fale também que, ao longo dos próximos
anos do Ensino Médio, você aprenderá como fazer um projeto e sobre o mundo do
trabalho do século 21. E que estará sempre desenvolvendo competências e
aperfeiçoando o seu projeto de vida!
Não são apenas os mitos que podem comprometer seus estudos, há também uns
“vilões” que insistem em jogar contra. É preciso identificá-los para ficar livre deles.
Para isso, os times devem escolher novos líderes, que conduzirão essa investigação.
Façam uma leitura coletiva das imagens abaixo e seus respectivos textos, que
representam os “vilões” da aprendizagem. Observem se algum deles está
comparecendo com frequência no seu time.
Escolham quem
ainda não foi
líder!
Agora o líder conduz a discussão no time (anotando tudo num caderno ou folha) a
partir desta pergunta:
Quais desses “vilões” o time precisa exterminar para que vocês aprendam mais
e melhor?
Os segredos para tirar da frente esses indesejáveis “vilões” são simples e muito úteis.
Vamos a eles! Compartilhem experiências e pontos de vista sobre as dicas
apresentadas a seguir, selecionando, à medida que forem lendo, aquelas que vocês já
costumam praticar mais:
Ter uma agenda para anotar as datas dos trabalhos, provas etc.
Encontrar um local tranquilo para estudar: em casa, na biblioteca do bairro, na
escola etc.
Definir um mesmo horário para estudar todos os dias.
Ter à mão, para estudar, um dicionário e fontes de consulta (livros ou acesso à
internet).
Agora façam, entre vocês mesmos, um resumo oral do que acabaram de estudar. Ser
capaz disso, de sintetizar com as próprias palavras, é um bom jeito de vocês
verificarem se compreenderam algo. Perguntem aos colegas como fazem para estudar.
Para finalizar, visitem a biblioteca da escola e vejam no acervo (os livros, DVDs, CDs,
jornais, revistas, enciclopédias, dicionários etc.) o que pode ser útil a vocês na hora de
estudar. Se não der tempo de ir à biblioteca durante a atividade, a visita pode ser feita
em outro momento.
São Paulo é uma cidade sem crianças. É uma cidade onde não se pode olhar para os
lados senão pelo reflexo das janelas ou dos óculos escuros, onde não é permitido
obter ou prestar atenção. São Paulo é uma cidade sem muito amor nem muito ódio,
onde os que choram no ônibus são ignorados, os que pedem informações ganham
um olhar desconfiado e os que cantam – pobres dos que cantam – são advertidos por
um funcionário de cinza, com o estatuto interno do Metrô. Na rampa da estação
Santana, é proibido brincar de escorregador.
São Paulo é uma cidade em que ninguém tem o direito de surpreender, a não ser os
loucos, as crianças e os velhos. Todas as terças e quintas de manhã, dezenas de
velhinhos dançam bolero, tango e rumba no Sesc Ipiranga. Enquanto isso, um outro
senhor opta pela corrida de resistência: Tuplet Vasconcelos, um magro cidadão de 85
anos, já participou de 114 maratonas nos últimos quinze anos, tendo completado a
Corrida Internacional paulista de 1999 em cinco horas e quarenta e cinco minutos.
Deixou pra trás centenas de competidores. Há velhinhos que jogam dominó; outros
tomam aulas especiais de saúde na Universidade Federal de São Paulo. A maioria
anda devagar pelas ruas, em total contradição com o ritmo da cidade.
Há, ainda, os que vagam pelos metrôs a esmo, como um certo senhor sentado no
banco cinza, a quem uma mulher perguntou: “Este trem vai pro Jabaquara?”, e ele
suspirou: “Não sei”. A réplica não demorou: “Mas para onde é que ele está indo?”;
novamente um suspiro e a resposta: “Olha… não sei”.
Nas ruas de São Paulo, todos sabem para onde vão; programam-se para caminhar
em linha reta, rumo ao horizonte, e vão atropelando hidrantes, cachorros quietos e
criancinhas perdidas. Próximo à entrada dos fundos da USP, junto à Marginal
Pinheiros, uma mulher sem-teto gritava, de longe, para o filho de uns nove anos:
“Onde é que tá o Caio?” – e o menino dava de ombros, fazendo um “sei lá” engraçado
com o corpo todo. Tinha um olhar meio sapeca, e escondia atrás dele uma caixa
enorme de papelão (que se limitava a ficar de pé, impassível). A moça já estava
virando as costas, conformada, quando a caixa caiu no chão de repente, em meio a
um barulho enorme. E, de dentro, após um penoso esforço para empurrar as abas,
Caminhando pelo asfalto, as pessoas veem guris saindo de dentro de grandes caixas,
a engatinhar, e não dão a mínima. Nada atinge os que passam na rua; nem mesmo
um martelo, que certo dia escapou, lenta e inexplicavelmente, da mochila de um
rapaz, e foi aterrissar na calçada da Avenida Paulista, causando quase nada de
transtorno aos que por ali andavam. Apenas deram a volta, sem oferecer ajuda ou
achar minimamente estranho. Que tivesse um martelo dentro da mochila, oras. Não é
da minha conta.
Há mães que também não acham ser da sua alçada um certo garoto que cutucava a
saia e a paciência dos passageiros do metrô, tentando convencer a referida
progenitora a correr com ele para fora do vagão. Queria porque queria sair de lá e
entrar no trem oposto, que ia para o Jabaquara e estava vazio; só para depois sair
correndo de novo quando a porta abrisse e tomar, mais uma vez, o metrô para o
Tucuruvi. Movido por nenhum motivo coerente, é claro. Apenas porque parecia algo
bacana à beça – para a criança, não para os demais paulistanos irritados ou para sua
mãe, que suspirava fundo e pedia que ele falasse mais baixo, por favor, os moços ali
estão reparando.
Em São Paulo, as pessoas morrem no meio do caminho, atravessam a rua nas horas
em que não deveriam e os prédios desabam, atrapalhando o tráfego. Na opinião dos
taxistas, a esquina da Alameda Campinas com a Paulista é o lugar mais fácil para
atropelar transeuntes. Já no cruzamento entre as Ruas Humberto I e Conselheiro
Rodrigues Alves, na Vila Mariana, os carros têm 3 minutos para circular – e as
pessoas, pouco mais do que 2 segundos.
A cada ano, cerca de 180 mil pessoas tiram a carteira de habilitação do Detran
(Departamento de Trânsito). Quinhentos mil novos automóveis entram em circulação
na cidade. Toda essa multidão, atordoada decide dispor de seu direito de ir e vir
geralmente ao mesmo tempo, provocando congestionamentos que já chegaram a
somar 240 quilômetros, em um feriado de 1996. A distância, para se ter uma ideia,
equivaleria a 3 milhões de potinhos de Yakult, empilhados um a um, embora a
comparação não faça qualquer sentido. No ano 2000 houve, em São Paulo, um
acidente a cada 2,9 minutos; um atropelamento a cada 44,4 minutos; um morto a
cada 5,9 horas. Todos devidamente contabilizados, etiquetados e despachados – em
2002, uma das vítimas foi um pacato cavalo, atropelado no meio de uma rua do
São Paulo é uma cidade em que ninguém tem o direito de se surpreender, a não ser
os loucos, as crianças e os velhos. Mesmo que haja tanto a ser descoberto. Mesmo
que existam tantas cidades nas sombras da São Paulo que sai nos jornais.
Identidades da Cidade
No texto, a autora Vanessa Bárbara escreve sobre a cidade de São Paulo a partir de
uma perspectiva um tanto interessante: ela fala sobre as coisas despercebidas, não
sobre seus personagens e cartões-postais mais óbvios e conhecidos.
Essa é uma maneira, dentre outras, de observar uma cidade, de buscar nela traços de
sua identidade. E vocês, se tivessem que descrever sua cidade, apontar seus
personagens, os lugares que a representam, suas relações cotidianas, falariam sobre
o quê?
Para ajudar a responder essa pergunta, o quarteto deverá refletir a partir do conjunto
de frases elaboradas na etapa anterior desta atividade. Juntos, vocês formularam um
conjunto de passagens iniciadas com “Identidade é...”. Agora, vocês deverão pensar
na identidade de sua cidade a partir dessas frases, buscando identificar seus traços
identitários. Durante a discussão do quarteto, busquem relembrar lugares ou
instituições que sejam importantes na vida de quem mora nesse lugar, ou seja, que
façam parte da experiência coletiva e dos modos de vida de seus moradores. Ao
mesmo tempo, busquem lembrar-se de lugares que sejam únicos – que não existam
da mesma forma em outro lugar.
Aliás! Não é necessário ser um lugar, pode ser um modo de relação das pessoas com
a cidade típica de seus moradores: como eles transitam pela avenida principal; os
personagens recorrentes no dia a dia da cidade; aquelas pessoas mais antigas, cheias
de histórias para contar; praças, prédios ou monumentos que tenham história ...
deixem a imaginação correr solta.
Para realizar esta etapa, elejam um líder, que deverá cuidar do tempo da discussão,
anotar as principais sugestões do quarteto e, na próxima etapa, apresentá-las para o
restante da turma. Para guiar a discussão do quarteto, utilizem a seguinte fórmula:
A escolha do quarteto
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________.
Porque:
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________.
O segundo, Paulo Vanzolini, foi um zoólogo e compositor brasileiro. Embora pedagogia não
fosse a sua praia, se lhe pedíssemos que explicasse o que é ser resiliente, talvez ele fizesse
menção a um conhecido refrão de “Volta por cima”, uma de suas canções: Reconhece a
queda e não desanima/ Levanta, sacode a poeira/ E dá a volta por cima.
Na prática, vocês devem saber bem o que é isso. Já devem ter vivido alguma situação difícil
em que precisaram tirar força lá de dentro, bem no fundo, para seguir a vida. E,
provavelmente, aprenderam alguma coisa com essa circunstância.
Mas e na escola, é preciso ser resiliente? É bem possível que vocês tenham respondido que
sim. Afinal, a essa altura da vida, vocês já viveram um longo percurso na escola. E, durante
esse tempo, devem ter enfrentado algum tipo de dificuldade. E se estão aí, firmes e fortes, é
porque foram resilientes.
Se lhe perguntassem quais foram os momentos da sua vida escolar em que você precisou
superar seus limites, o que responderia? Em que séries esses momentos ocorreram? O que
dessas circunstâncias você levou para a sua vida como um todo?
façam os desenhos;
A vida não é uma viagem solitária. Já deu para perceber que não é se trancando no
quarto, passando a maior parte do tempo sozinho ou ficando mergulhado em si
mesmo que cada um de vocês irá se encontrar, não é?
Para refletir sobre tudo isso, vocês pensarão sobre as marcas que deixam no mundo.
Vamos lá?
Somos marcados, também, por outros tipos de coisas: pelas memórias e lembranças
de lugares e pessoas importantes para nós – como a casa de uma avó, o primeiro
“mergulho” no mar, a amizade com alguém que se torna especial – ou, ainda, pelos
grandes acontecimentos do mundo, como as guerras, descobrimento de tratamentos
de doenças, desastres naturais etc.
Vamos fazer um teste rápido para ver se tudo isso que foi dito aí acima é verdade?
Então vamos lá: escolham um líder, que terá a tarefa de cuidar do tempo e organizar a
socialização da discussão, permitindo que todos tenham o mesmo espaço para falar.
Vocês têm até 1 minuto para pensar e responder por escrito, nos Álbuns de
Cartografia Pessoal, cada item abaixo. É jogo rápido!
Um dia importante que marcou a sua vida! Líder:
A história de uma marca do seu corpo! cuide do tempo
com atenção!
Um professor especial que marcou!
Um conteúdo aprendido na escola que você nunca esqueceu!
O cartaz deve ter um tamanho razoável (pelo menos do tamanho de uma folha
sulfite). É importante que as outras pessoas consigam ler a sua frase à distância.
Confiram os links bit.ly/postersbacanas e bit.ly/autoajudadodia que trazem
cartazes para inspirá-los!
Até o momento, vocês trabalharam nas atividades de Projeto de Vida em duplas, trios
e quartetos. Aprenderam que para trabalhar junto é preciso colaboração, respeito às Escolham
diferentes opiniões dos colegas, motivação para participar das discussões e vontade um líder para fazer
a leitura em voz
de aprender sempre mais. Além disso, vocês experimentaram atuar como líderes em alta
vários momentos. Ser líder é um daqueles aprendizados que, quanto mais vocês do texto!
A responsabilidade do trabalho é
Um estudante costuma fazer a tarefa
pelo outro ou para os demais. X compartilhada e todos os estudantes
têm que cumprir a tarefa, juntos.
Então, reúnam-se com outro quarteto da sala para formarem um time. Para que vocês
possam se conhecer ainda melhor, cada jovem:
Apresenta o cartaz que produziu e fala sobre o significado da frase em sua vida.
Diz qual é a sua principal qualidade, que fez com que o trabalho do quarteto
funcionasse, e como os novos colegas de time poderão contar com você.
Se optarem por realizar uma campanha fotográfica, vocês planejarão na próxima aula
como e o que fazer. O importante é que essa campanha possa ser divulgada na
escola, seja por meio de uma apresentação de Power Point, seja por meio da
confecção de um vídeo com as imagens produzidas.
Se optarem por realizar uma campanha por meio de um programete de rádio, vocês
terão uma nova oportunidade para colocar em prática seus conhecimentos do
programa de edição de áudio Audacity. Na próxima aula vocês conhecerão dicas e
orientações para pensar como e o que fazer.
Seja qual for a iniciativa escolhida, saibam que o resultado do trabalho será
apresentado para toda a escola e familiares. Portanto, é hora de juntar as ideias,
usar a criatividade e unir as forças! É um por todos e todos por um!
Nossa escolha é
________________________________________________________
Identidade do time
Que tal escolherem um nome para o time? Conversem e pensem em um bom nome
que os defina.
Nosso nome é:
__________________________________________________________
Agora que o time já escolheu qual campanha quer colocar em prática – a fotográfica
ou a de rádio –, é preciso discutir um pouco melhor como ela será realizada. A
proposta é semelhante para todos os times, mas como será que vocês deixarão a
iniciativa com a cara de vocês? Então, antes de planejar e decidir quem faz o quê e
quando, é preciso detalhar como será a ação, quais seus objetivos e seu público.
Discutam bastante sobre como vocês gostariam de realizar a ação protagonista, qual
turma gostariam de mobilizar para participar dela e como pretendem divulgar o que
produzirem. Vocês terão 5 tempos disponíveis para realizarem todas as etapas da
ação protagonista. E não esqueçam que todas essas decisões devem ser registradas
em um papel: amarrar bem as ideias e prever como a ação irá funcionar ajudará
bastante no momento de realizá-la!
Para começar, escolham um líder. Ele terá a tarefa de registrar por escrito as decisões
do grupo. Estruturem a iniciativa de vocês conforme orientado no quadro abaixo!
2. Objetivo: O objetivo principal da ação vocês já sabem: fazer uma campanha para
mobilizar outros estudantes a pensarem na marca que eles querem deixar no mundo.
Além desse, registrem outros três objetivos que vocês gostariam de alcançar com a
ação.
Divulgação da campanha: Uma vez que a campanha estiver pronta, como será
divulgada para a comunidade escolar? No intervalo da escola? Nas redes
sociais? Como apresentaremos a campanha para a turma que mobilizamos?
Então, para que a campanha do time aconteça com sucesso, é hora de planejar! O
líder continua registrando os combinados no papel: ao final do encontro, vocês devem
apresentar a proposta de campanha e o planejamento escrito para o(a) professor(a)
de Projeto de Vida. Caso haja necessidade de incluir ou modificar algo, ele(a) os
orientará.
PLANEJAMENTO
O que deve ser feito antes? Estabeleçam e elenquem todos os preparativos
anteriores à realização da ação, aqueles que são imprescindíveis para que tudo dê
certo nos encontros de execução.
Quem vai fazer o quê? Distribuam as tarefas entre vocês. Certamente, a ação
protagonista é composta por várias ações menores: a mobilização da turma
escolhida, a gravação dos áudios ou a realização das fotografias, a montagem das
apresentações. Vocês têm muito trabalho pela frente, e é importante que cada
integrante do time saiba, com clareza, quais são as suas funções! Escolher um líder
para a ação, para ajudar a coordenar a distribuição das tarefas no dia da ação,
também pode ajudar vocês! Importante: Os times deverão apresentar a proposta de
divulgação da campanha à equipe de gestão da escola, depois de todo o processo.
Cada time deverá elencar um líder responsável por essa tarefa. Ao final da etapa de
execução, a comissão de líderes dos times fará uma conversa com a equipe de
gestão para entrar em acordo sobre como e quando esse material será divulgado na
escola, de modo que o maior número possível de pessoas possam assistir a ele.
Qual o nosso cronograma? Definam um cronograma para as tarefas, colocando-as
na ordem em que serão realizadas, estipulando uma duração para cada uma delas, e
as distribuam dentro dos 5 tempos que vocês terão para concluí-las. Prevejam esses
tempos com cuidado: um mau planejamento do cronograma pode resultar numa ação
protagonista incompleta! Importante: A divulgação das campanhas será feita
posteriormente, após a conversa com a equipe de gestão.
Existem várias maneiras de fazer a diferença. Para isso, é necessário manter o foco nas
pequenas ações que fazemos no dia a dia, refletir sobre nossas escolhas e nosso futuro e
respeitar a si mesmo e aos outros.
Fazer a diferença dentro e fora da escola é uma prática que envolve abertura para se
conhecer e se transformar. Dá para dizer que vocês são os mesmos do início do ano até
agora? A resposta é, com certeza, NÃO!
O momento é para cada um reconhecer o que está fazendo que faz a diferença. Então,
escolham um líder que será responsável por organizar a discussão do quarteto e permitir que
todos falem e sejam ouvidos.
Para começar, cada jovem lê o texto que escreveu no início do ano sobre as suas
expectativas de aprendizagem no ProEMI. Observem se existem
expectativas semelhantes ou se elas eram muito diferentes. Líder:
cuide do tempo
com atenção!
A segunda parte da atividade vai ajudar cada um de vocês a descobrir um pouco mais
sobre as suas ações e atitudes que fizeram a diferença para alcançar os
aprendizados que tiveram durante o ano.
Para isso, peguem seus Álbuns de Cartografia Pessoal para construir o “Mapa da
transformação e do aprendizado”. O que deve constar no mapa de cada um é a
síntese da trajetória que percorreram nas aulas de Projeto de Vida, do início do ano
até o momento:
Vocês devem construir esse mapa como a representação do percurso percorrido por
vocês. Essa representação pode ser feita com desenhos, gráficos, poesias etc. Usem
a criatividade para dar forma às transformações e aprendizados do ano!
Conhecimentos e competências!
O que os jovens da atualidade precisam saber? Quem tentar responder essa pergunta
vai fazer uma lista gigante de conhecimentos importantes, não é? É que para
conhecer, compreender e agir no mundo, é mesmo necessário um conjunto de
conhecimentos. A parte boa da história é que vocês estão tendo a oportunidade de
acessar, analisar, selecionar e processar muuuuuitos conhecimentos, a cada dia, na Líder:
cuide da gestão
escola. do trabalho!
Mas ter conhecimentos é suficiente para que jovens como vocês alcancem seus
sonhos? Basta saber muito bem Matemática, Língua Portuguesa, História, Biologia e
tudo o que estão aprendendo nas demais disciplinas da escola para, por exemplo,
conquistarem boas oportunidades de trabalho, construírem relações respeitosas na
família e com os amigos, lidarem com os desafios e obstáculos do cotidiano e
tornarem-se alguém que aprende ao longo da vida? O que é necessário, então?
É importante unir os conhecimentos que vocês aprendem na escola e fora dela com
um conjunto de competências que fazem toda a diferença!
Saber fazer escolhas e tomar decisões importantes para a própria vida e para
o coletivo.
Trabalhar de maneira colaborativa, respeitando diferenças e compartilhando
decisões.
Ser curioso diante das coisas, explorando, aprendendo e reaprendendo sobre
si, o outro e o mundo.
Enfrentar os problemas com coragem, utilizando os conhecimentos que tem e
adotando estratégias capazes de solucionar esses problemas.
Compreender as mensagens que existem no mundo e conseguir comunicar
suas ideias, conhecimentos, pontos de vista.
Liderar colegas na direção de seus objetivos e metas e ser liderado por eles.
E muitas outras...
Vocês devem estar se perguntando: “Por que é preciso tudo isso?”. É que o mundo se complexificou
nas últimas décadas. Os interesses e expectativas das sociedades mudaram. As relações entre as
pessoas e delas com o trabalho sofreram diversas alterações. Os avanços tecnológicos interferem
cada vez mais nas formas de ser, pensar e agir das pessoas. Novas possibilidades surgiram, mas,
com elas, a necessidade de pessoas e profissionais mais bem preparados.
Por isso, fiquem ligados! Vocês estão vivendo diversas oportunidades, na escola, que contribuem
para que aprendam os conhecimentos e desenvolvam essas competências que fazem a diferença! E
a proposta desta atividade é descobrir quais competências vocês estão desenvolvendo, no
componente curricular Projeto de Vida.
AUTOCONHE-
Capacidade de RESPONSABILIDADE CIMENTO
Capacidade de fazer novas compreender e fazer-se
conexões a partir de compreender
conhecimentos prévios; de em situações diversas,
buscar soluções novas, respeitando os valores e
gerenciando variáveis atitudes dos envolvidos nas
aparentemente desconexas; interações. Capacidade de
de dar saltos conceituais. utilizar criticamente as
habilidades de leitura e de
produção textual.
ABERTURA PARA
O NOVO COLABORAÇÃO
Capacidade de
Capacidade de usar identificar problemas,
o conhecimento de si, a desenvolver e lançar mão
estabilidade emocional e a de conhecimentos e
habilidade de interagir nas estratégias diversas para
tomadas de decisão, resolvê-los, bem como de
especialmente em aprender com o processo,
situações de estresse, aplicando as soluções em
críticas ou provocações. outros contextos.
RESOLUÇÃO DE
PROBLEMAS COMUNICAÇÃO
Capacidade de analisar
Capacidade de agir de
ideias e fatos em
forma organizada,
profundidade, investigando
perseverante e eficiente
os elementos que os
na busca de objetivos,
constituem e as conexões
mesmo em situações
entre eles, utilizando
adversas.
conhecimentos prévios e
formulando sínteses.
Nome: Atividade 1:
Atividade 2:
Nome: Atividade 1:
Atividade 2:
Nome: Atividade 1:
Atividade 2:
Nome: Atividade 1:
Atividade 2:
Colaboração
Abertura para o
novo
Responsabilidade
Comunicação
Pensamento
Crítico
Resolução de
problemas
Criatividade
Chegou a hora de contar aos demais colegas da turma o que vocês concluíram sobre o
desenvolvimento de competências. Organizem as cadeiras da sala em um semicírculo, viradas
para uma parede que tenha espaço para que vocês possam construir um quadro.
Cada um de vocês receberá do(a) professor(a) Escreva o seu
algumas filipetas. O número de filipetas a serem Meu nome nome nas
recebidas variará de acordo com o número de filipetas, bem
competências que cada um avalia ter grande, ocupando
todo o espaço.
desenvolvido.
ATENÇÂO
Durante todo o ano, vocês participaram de nove atividades que tinham como objetivo
aprimorar suas competências como estudantes. Para isso, vocês identificaram os
componentes nos quais são feras e aqueles em que possuem dificuldades, estudaram
juntos, aprenderam algumas atitudes de ouro para estudar,
participaram de desafios para aprender a ler com mais concentração, Líder:
cuide para que
organizaram rotinas de estudos, e muito mais. todos
participem!
Então, que tal avaliar os resultados de tanto empenho? Escolham um
líder e bom trabalho!
Física
Matemática
Química
Geografia
História
Sociologia
Arte
Língua
Portuguesa /
Literatura
Língua
Estrangeira
Obrigatória
Educação
Física
Letramento
em Língua
portuguesa
Letramento
em
Matemática
Laboratório
de Iniciação
Científica e
Pesquisa
Projeto de
Vida
Preciso de
mais
dedicação em:
Líder:
Procure identificar os motivos que o fizeram crescer como estudante e as promova uma
razões que fizeram com que você não avançasse nos componentes avaliados! roda de
conversa!
Compartilhe com o(a) professor(a) e colegas essa avaliação!
Agora, cada um avaliará quais das atitudes de ouro para estudar colocou
Líder:
em prática durante o ano e que fizeram a diferença! O líder preenche a
2 tome
tabela final marcando um “X” nas atitudes escolhidas. nota dos
resultados!
O que mais vocês fizeram para aprender que fez a diferença este ano?
Em meio aos mil e um estímulos que sempre estão ao redor, vocês precisam
direcionar a atenção ao que desejam estudar – de forma concentrada, sem perder o
foco. TV ligada, ou ficar pensando no(a) namorado(a) ou no desentendimento que
teve com a irmã, só vai atrapalhar.
Todas as atitudes citadas acima exigem muito investimento pessoal. E isso numa
fase da vida em que as emoções são tão intensas! “Amei”, “odiei”, “fiquei super feliz”,
“fiquei arrasado” são algumas das palavras que os jovens usam muito, não é mesmo?
Mas esses extremos nem sempre são saudáveis. Não dá pra viver numa “montanha
russa de emoções”, é preciso buscar o equilíbrio. Tanto a euforia exagerada, quanto
se deixar abater por algo que deu errado são extremos que podem “tirar vocês do
prumo”, prejudicando o seu amadurecimento.
CIDADANIA?
Cidadania é uma dessas palavras que, de tanto serem repetidas sem reflexão, viram “lugar-
comum”. Todo mundo fala nela, mas pouca gente para pra pensar sobre ela e – o mais
importante – para tentar exercê-la de verdade. Nosso convite a vocês, alunos, é o seguinte:
vamos mudar isso aqui na escola!
Um jeito bacana de começarmos a pensar sobre esse tema é olhando para a etimologia (ou
origem) da palavra. Confira lá na Wikipedia: cidadania vem do latim civitas, que significa
cidade, tal como cidadão (ciudadano ou vecino no espanhol, citoyen em francês). A palavra-
raiz é cidade, e isso diz muito sobre o sentido desse verbete. O cidadão, ou habitante da
cidade, é um sujeito que tem direitos e, em contrapartida, tem de cumprir seus deveres3.
Quais são os direitos do cidadão? Esse é um tema supercomplexo, mas vamos resumi-lo em
uma frase: são os direitos necessários para viver com saúde, dignidade e em convivência
harmônica e justa com o outro. E quanto aos deveres? Podemos chamar a atenção para dois
deveres básicos. O primeiro é respeitar o direito do outro, da mesma forma que desejamos
ter nossos direitos respeitados. O segundo é comungar com toda a humanidade o
enfrentamento de um enorme desafio: fazer do mundo um lugar melhor, buscar relações
mais justas e solidárias entre os seres humanos em todas as situações da vida.
É por isso que Dalmo Dallari, conhecido estudioso desse tema, afirma que “os direitos não
caem do céu, como se fossem presente dos deuses, a construção da cidadania exige
esforços de todos que dela prescindem, pois são muitos os obstáculos a serem superados.
Daí decorre a necessidade de conscientização, de organização e participação dos
indivíduos”5.
Entendeu a palavra? Então, está na hora de aplicá-la no seu cotidiano: na família, na escola,
na rua, com os amigos...
36.
Cidadãos ou consumidores?
Vivemos em um momento em que podemos perceber a tentativa de mercantilizar
todas as instâncias da vida. A mídia e a cultura capitalista formam consumidores no
lugar de cidadãos. Incentiva-se o consumo de coisas supérfluas de tal forma que
essas coisas passam a parecer imprescindíveis.
Construiu-se a ideia de que só é possível ser feliz na medida em que você consome
certos produtos. Esses desejos produzidos pela publicidade são valores que não
correspondem aos reais desejos das pessoas.
Contra os shoppings
O shopping hoje é como um templo do consumo, com atmosfera controlada, onde
aparentemente não existe pobreza ou tristeza. As vitrines das lojas se tornam lugares
de adoração. Pais que levam seus filhos aos shoppings em vez de levá-los aos
parques estão produzindo futuros consumistas, pois desde cedo as crianças já
desenvolvem a ideia de que comprar é uma diversão.
Contra a cultura do consumo e as praças de alimentação. Os shoppings fortalecem a
cultura do medo, afastam as pessoas da esfera pública. Esvaziam as ruas e reduzem
os momentos de sociabilidade a momentos de consumismo. Ar condicionado,
ambientes condicionados, pessoas condicionadas? A experiência do tempo
desconectada do ambiente natural. Agora é de dia ou de noite? Você está em Belo
Horizonte, São Paulo, Miami ou Bombaim?
Mas a grande novidade é que vocês vão dar um novo e importante passo na formação
como protagonistas. Desenvolverão projetos de intervenção na escola e/ou no
entorno. Isso mesmo, terão a oportunidade de identificar situações-problema e agir
para transformar a realidade para melhor. Isso tudo em times, claro, e pensando no
bem comum.
Como será isso? Bom, um pouco do “como” vocês só vão descobrir no ano que vem.
Mas outro pouco vocês podem descobrir já. Basta terem atenção e curiosidade em
relação às histórias que serão contadas nas próximas páginas. Para fazerem a leitura,
dividam-se em quartetos.
Leiam os relatos de experiências apresentados a seguir. Eles contam a história de
projetos desenvolvidos por protagonistas de escolas públicas do Estado de São Paulo:
O jovem Hélio Lima é protagonista desde 2005, quando fez com o seu time o
projeto de arte que oferecia aulas de dança para os estudantes da EE Conjunto
Habitacional Bairro dos Pimentas II, em Guarulhos, São Paulo. Conheçam a sua
experiência e confiram como ser protagonista o inspirou a continuar
transformando a sua comunidade, trabalhando pelo bem comum.
“O projeto que eu desenvolvi com o meu time foi o Dançando na Escola, uma ação
para engajar os jovens dentro das áreas artísticas. Com a ajuda de professores,
começamos oferecendo aulas de dança. Nosso maior desafio foi conquistar a
comunidade, fazê-los acreditar que aquela juventude podia fazer a diferença. Em
pequenos passos fomos vencendo esses preconceitos e conquistando-os. O
projeto tomou forma, cresceu e ainda hoje existe com nova cara e credibilidade.
>>>
O jovem Vítor Inácio se tornou protagonista em 2010, quando fez com o seu time
um projeto de rádio, na EE Prof.ª Maria das Dores Ferreira da Rocha, em Santa
Rita D’Oeste, São Paulo. Conheça a sua experiência e confira como ser
protagonista o inspirou a acreditar nos seus sonhos e lutar para realizá-los.
"No ano de 2009 uma turma fez uma apresentação do que viveríamos nos
próximos anos. De antemão percebi que seria algo diferente. Pois o jovem era visto
como solução, protagonista das suas próprias vivências.
Desenvolvi muitas habilidades como ser líder e ser liderado, saber ouvir,
compreender, ser resiliente (nunca desistir perante os obstáculos), ser protagonista,
acreditar no seu amigo do time como alguém capaz de vencer os vilões; ser
comunicador e divulgar a leitura em minha escola. Competências para uma vida
inteira, como ler e analisar um texto com facilidade, falar em público e transmitir
uma mensagem, comunicar-me com desconhecidos sem dificuldades.
Competências estas que levarei para a vida toda!
O projeto me ensinou que se eu tenho alguma ideia devo por em prática e não ficar
com vergonha de falar. Sempre planejar as atividades. Pensar em um todo e não
só em mim. Lutar pelos meus sonhos e batalhar por aquilo que almejo".
"O meu primeiro contato com o protagonismo juvenil foi em 2005, quando tinha 14
anos, e estudava na escola Regina Dias Antunes da Silva, no município de Apiaí
(SP). Não podia imaginar que ser protagonista iria mudar o meu jeito de me ver e
enxergar o mundo. Foi maravilhoso perceber como tínhamos dentro de nós um
potencial tão grande para mudar a realidade de nossa escola, mas eram tantas
as necessidades que identificamos, que nem sabíamos direito por onde começar,
mas organizamos nossas ideias e chegamos ao consenso de que o que era mais
urgente para a comunidade escolar era uma área de lazer, e como havia um
espaço inutilizado no pátio, surgiu a ideia de fazer ali uma quadra de areia para
acabar de vez com o marasmo que rondava nossa escola.
E aí, o que acharam dos projetos realizados pelos jovens Hélio, Nathalie e Vítor e seus
colegas de escola? Que tal uma reflexão sobre as experiências que eles relataram?
Algumas perguntas para alimentar a conversa do quarteto de vocês:
Assim como os jovens Hélio, Nathalie e Vítor, no próximo ano vocês terão a
oportunidade de realizar projetos para transformar a escola e o seu entorno para
melhor.