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ANATOMIA DO SISTEMA ESQUELÉTICO
2020
SISTEMA ESQUELÉTICO
1.1 Suporte
Os ossos proveem um arcabouço rígido que suporta os tecidos moles do corpo. Os
ossos sustentam o corpo contra a força da gravidade, e os grandes ossos dos
membros inferiores suportam o tronco quando em pé.
1.2 Proteção
O esqueleto protege as partes moles do corpo humano. Os ossos fundidos do crânio
circundam o encéfalo para torná-lo menos vulnerável às lesões. As vértebras
circundam e protegem a medula espinal. Os ossos da caixa torácica ajudam a
proteger o coração e os pulmões no tórax.
1.3 Movimentos
Os ossos provêem locais para fixação muscular. Ossos e músculos trabalham juntos
como um mecanismo simples de alavanca para produzir o movimento corporal. Um
sistema mecânico de alavanca possui quatro componentes: (1) uma barra rígida, (2)
um pivô ou fulcro, (3) um objeto ou peso que é movido e (4) uma força que supre a
energia mecânica para o movimento. No corpo, os ossos são a barra rígida; as
articulações entre os ossos são os pivôs; o corpo ou a parte dele é o peso que é
movido; e os músculos suprem a força.
1.4 Armazenamento
A matriz óssea intercelular contém grande quantidade de sais de cálcio, o mais
importante sendo o fosfato de cálcio. O cálcio é necessário para os processos
metabólicos vitais. Quando o nível de cálcio sanguíneo diminui, ficando abaixo do
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nível normal, ele é liberado a partir dos ossos de modo que haverá um adequado
suprimento para as necessidades metabólicas. Quando o nível de cálcio sanguíneo
está aumentado, a quantidade em excesso é armazenada na matriz óssea.
Armazenamento e liberação são processos dinâmicos que ocorrem quase
continuamente. O tecido ósseo contém menores quantidades de outros íons
inorgânicos como sódio, magnésio, potássio e carbonato. A gordura é armazenada
na medula óssea amarela.
4. Divisões do esqueleto
O esqueleto humano adulto típico consiste em 206 ossos nomeados. Além dos
ossos nomeados, existem dois outros tipos que variam em número de um indivíduo
para outro e que não possuem nomes específicos. Os suturais (wormianos) são
pequenos ossos nas articulações entre certos ossos do crânio. Sesamoides são
pequenos ossos que crescem em determinados tendões nos quais há uma
considerável pressão. A patela é um exemplo de um osso sesamoide que tem nome,
mas outros ossos sesamoides não possuem nome. Por conveniência, os ossos do
esqueleto são agrupados em duas divisões, como ilustrado na Figura 6-5. Os 80
ossos do esqueleto axial formam o eixo vertical do corpo. Ele inclui os ossos da
cabeça, coluna vertebral, costelas e esterno. O esqueleto apendicular consiste em
126 ossos e inclui as partes livres e suas fixações ao esqueleto axial. As partes
livres são o membro superior e o membro inferior, e suas fixações são chamadas de
cíngulos.
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4.1 Ossos do esqueleto axial
O esqueleto axial, com 80 ossos, é dividido em crânio e face, hioide, coluna vertebral
e caixa torácica.
4.1. Crânio
Os oito ossos do crânio estão interligados cercando o encéfalo (Figuras 6-6 a 6-10)
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4.1.1 Frontal
O osso frontal forma a porção anterior do crânio acima dos olhos (testa), uma porção
do nariz, e a porção superior da órbita (cavidade para o olho). Sobre a margem
superior de cada órbita, existe um forame supraorbital (ou incisura supraorbital em
alguns crânios) pelo qual os vasos sanguíneos e nervos passam aos tecidos da
testa. De cada lado da linha mediana, logo acima dos olhos, há uma cavidade no
osso frontal. Este é o seio frontal.
4.1.2 Parietais
Os dois ossos parietais formam a maioria do aspecto superolateral do crânio. Eles
estão juntos na linha mediana pela sutura sagital e ao osso frontal pela sutura
coronal.
4.1.3 Occipital
O osso occipital ímpar forma a maioria da parte posterior do crânio e a base do
crânio. Ele se junta aos ossos parietais pela sutura lambdoidea. Ossos suturais são
frequentemente encontrados na sutura lambdoidea. O forame magno é uma grande
abertura na superfície inferior do osso occipital. A medula espinal passa através
dessa abertura. Os côndilos occipitais são processos arredondados de cada lado do
forame magno. Eles se articulam com a primeira vértebra cervical.
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4.1.4 Temporais
Os dois ossos temporais, um de cada lado da cabeça, formam partes da lateral e
base do crânio. De cada lado, um osso temporal se junta ao osso parietal na sutura
escamosa. Próximo à margem inferior do osso temporal, há uma abertura, o meato
acústico externo, que é um canal que leva à orelha média. Logo anterior ao meato
acústico externo, há uma depressão rasa, a fossa mandibular, que se articula com a
mandíbula. Posterior e inferiormente a cada meato acústico externo, existe uma
protuberância áspera, o processo mastoide. Este contém células aéreas que drenam
na cavidade da orelha média. O processo estiloide é uma longa e pontiaguda
projeção inferior ao meato acústico externo. Um processo zigomático projeta-se
anteriormente a partir do osso temporal e ajuda a formar a proeminência das
bochechas.
4.1.5 Esfenoide
O esfenoide é um osso de forma irregular que ocupa a largura toda do assoalho do
crânio. Ele é sustentado entre outros ossos na porção anterior do crânio. Este ajuda
a formar a região lateral do crânio, a base do crânio e as porções lateral e inferior de
cada órbita. No interior da cavidade do crânio, há uma porção central em forma de
sela, chamada de sela turca, com uma depressão para a glândula hipófise. Anterior
à sela turca, há duas aberturas, uma de cada lado, chamadas canais ópticos, para a
passagem dos nervos ópticos. As asas maiores do esfenoide estendem-se
lateralmente a partir da região da sela turca e são as porções do osso esfenoide
vistas nas órbitas e na parede externa do crânio. O osso esfenoide também contém
o seio esfenoidal.
4.1.6 Etmoide
O etmoide é um osso localizado anteriormente ao osso esfenoide e forma a maior
parte óssea entre a cavidade nasal e as órbitas. Na região anterior da cavidade do
crânio, a crista etmoidal é vista como um processo triangular que se projeta para
cima. Ela é uma fixação para as membranas que envolvem o encéfalo. De cada lado
da crista etmoidal, existe uma pequena e plana lâmina cribriforme que está repleta
de minúsculos orifícios. Os orifícios são os forames olfatórios. Fibras nervosas a
partir dos receptores sensitivos para o olfato, localizados na cavidade nasal, passam
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através dos forames olfatórios. A lâmina perpendicular do osso etmoide projeta-se
para baixo na linha mediana da cavidade nasal para formar a parte superior do septo
nasal. Projeções delicadas e curvadas, chamadas de conchas nasais superiores e
médias, formam saliências ao longo das paredes laterais da cavidade nasal. As
conchas nasais estão revestidas por membranas mucosas para aquecer e umedecer
o ar inalado. O osso etmoide possui células muito pequenas contendo ar chamadas
de células etmoidais.
4.2.1 Maxilas
As maxilas formam as paredes laterais da cavidade nasal, o soalho da órbita e a
parte anterior do teto da cavidade oral. A porção do palato duro, ou teto da cavidade
oral, é o processo palatino. A borda inferior de cada maxila projeta-se para baixo
para formar os processos alveolares, que contêm os dentes. Cada maxila possui um
grande seio paranasal denominado seio maxilar. Este é o maior de todos os seios
paranasais.
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4.2.2 Palatinos
Os ossos palatinos estão atrás da ou posteriormente à maxila. Cada um deles é
irregular em forma de L. As lâminas horizontais formam a porção posterior do palato
duro. As partes verticais ajudam a formar as paredes laterais da cavidade nasal.
4.2.3 Nasais
Os dois ossos nasais são ossos pequenos e retangulares que formam parte do
dorso do nariz.
4.2.4 Lacrimais
Os pequenos e finos ossos lacrimais estão localizados na parede medial das órbitas,
entre o osso etmoide e a maxila. Cada um deles possui um pequeno sulco lacrimal,
que é uma via de passagem para um canal que conduz as lágrimas dos olhos para a
cavidade nasal.
4.2.5 Zigomáticos
Os ossos zigomáticos, antigamente chamados de malares, formam as
proeminências das bochechas e uma porção das paredes laterais da órbita. Cada
um deles possui um processo temporal que se projeta em direção ao processo
zigomático do osso temporal para formar o arco zigomático.
4.2.7 Vômer
O fino e plano osso vômer está na parte inferior da linha mediana na cavidade nasal.
Ele se junta com a lâmina perpendicular do osso etmoide para formar o septo nasal.
4.2.8 Mandíbula
A mandíbula possui um corpo em forma de ferradura que forma o queixo e uma
porção plana, o ramo, que se projeta para cima em cada extremidade. Sobre a parte
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superior do ramo, há um processo arredondado, o processo condilar, que se encaixa
no interior da fossa mandibular do osso temporal para formar a articulação
temporomandibular. A margem superior da mandíbula projeta-se para cima para
formar os processos alveolares que contém os dentes.
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4.3.4 Sacro
O sacro é um osso triangular logo abaixo das vértebras lombares. Na criança, há
cinco vértebras separadas, mas elas se fundem para formar um único osso no
adulto. O sacro articula-se com o cíngulo do membro inferior lateralmente, na
articulação sacroilíaca, e forma a parede posterior da cavidade pélvica.
4.3.5 Cóccix
O cóccix é a ultima parte da coluna vertebral. Há quatro (o número varia de três a
cinco) pequenos ossos separados na criança, mas eles se fundem para formar um
único osso no adulto. Vários músculos possuem algum ponto de fixação no cóccix.
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4.5.1 Braço
O braço é a região entre o ombro e o cotovelo. Ele contém um osso longo ímpar, o
úmero. A cabeça do úmero é uma extremidade grande, arredondada e lisa que se
fixa na escápula. Lateralmente à cabeça, existem duas projeções ásperas para
fixação muscular. Elas são os tubérculos maior e menor, e o sulco raso entre eles é
o sulco intertubercular. O músculo deltoide é uma área rugosa alongada na diáfise.
O músculo deltoide fixa-se no úmero por meio dessa região. Os epicôndilos medial e
lateral, para a fixação dos músculos do antebraço, projetam-se da região lateral do
úmero na epífise distal, próximo à região do cotovelo. Na face posterior, entre os
dois epicôndilos, há uma depressão, a fossa do olecrano, na qual a ulna se encaixa
com o úmero para formar a articulação gínglimo do cotovelo. Sobre a face anterior,
está uma depressão rasa, a fossa coronoide, também para a ulna. Duas projeções
lisas e arredondadas são evidentes na epífise distal do úmero. O capítulo está sobre
a região lateral e articula-se com o rádio que é o osso do antebraço. A tróclea está
sobre a região medial e articula-se com a ulna, que é também um osso do
antebraço.
4.5.2 Antebraço
O antebraço é a região entre o cotovelo e o punho. Ele é formado pelo rádio, na
região lateral, e pela ulna, na região medial, quando o antebraço está na posição
anatômica. Quando se vira a palma da mão para baixo, o rádio cruza sobre a ulna.
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4.5.3 Mão
A mão, ilustrada na Figura 6-21, é composta do punho, da palma e dos cinco dedos.
O punho, ou carpo, contém oito pequenos ossos carpais, fortemente unidos por
ligamentos e organizados em duas fileiras de quatro ossos cada. A fileira proximal
de ossos, adjacente ao rádio e à ulna, contém o escafoide, o semilunar, o piramidal
e o pisiforme. A fileira distal de ossos, de lateral para medial, contém o trapézio, o
trapezoide, o capitato e o hamato. A palma da mão, ou metacarpo, contém cinco
ossos metacarpais, um alinhado com cada dedo. Esses ossos não são nomeados,
mas são numerados de um a cinco, começando a partir do polegar. Os 14 ossos dos
dedos são chamados de falanges. Existem três falanges em cada dedo (uma
proximal, uma média e uma distal), exceto o polegar, que possui duas. O polegar
não possui a falange média. As falanges proximais articulam-se com os metacarpais.
4.7.1 Coxa
A coxa é a região que se estende do quadril até o joelho. Ela contém um único e
longo osso, o fêmur. Ele é o maior, mais longo e mais forte osso do corpo.
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4.7.2 Perna
A perna é a região entre o joelho e o tornozelo. Ela é formada pela delgada fíbula na
região lateral e pelo grande osso de suporte de peso, a tíbia, comumente chamada
de osso da canela, na região medial. A tíbia articula-se com o fêmur para formar a
articulação do joelho e com o tálus (um dos ossos do pé) para permitir a flexão e
extensão do tornozelo.
4.7.3 Pé
O pé é composto por parte do tornozelo, pelo dorso do pé e pelos cinco dedos. O
tornozelo, ou tarso, contém sete ossos tarsais. Eles correspondem aos ossos do
carpo no punho. O maior osso do tarso é o calcâneo. O tálus, outro osso do tarso,
repousa acima do calcâneo e articula-se com a tíbia. O dorso do pé, ou metatarso,
contém cinco ossos metatarsais, um alinhado com cada dedo. A extremidade distal
desses ossos forma a bola do pé. Esses ossos não são nomeados, mas são
numerados de um a cinco, iniciando na região medial. Os ossos tarsais e
metatarsais, junto aos fortes tendões e ligamentos, formam os arcos do pé. Os 14
ossos dos dedos são designados falanges. Existem três falanges em cada dedo
(uma proximal, uma média e uma distal), exceto no hálux, que possui apenas duas.
O hálux não possui a falange média. As falanges proximais articulam-se com os
metatarsais.
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5 REFERÊNCIAS
-MAIER, P. Atlas de anatomia humana. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,
2006.
LAROSA, P. R. R. Anatomia humana: texto e atlas. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan, 2018.
MOORE, K. L.; DALLEY, A. F.; AGUR. A. M. R. Anatomia orientada para a
clínica.8. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2019.
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