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TÍTULO DO LIVRO
2 0 2 0
São Paulo
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Inclui bibliografia.
ISBN: 978-85-7221-098-0 (eBook)
978-85-7221-099-7 (brochura)
CDU: 304
CDD: 300
DOI: 10.31560/pimentacultural/2020.980
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São Paulo - SP
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SUMÁRIO
Prefácio.........................................................................................8
Vania Ribas Ulbricht
Introdução...................................................................................11
Rosane de F. A. Obregon
Ana Lúcia O. A. Zandomenighi
CAPÍTULO 1
A criatividade aplicada na produção
científica no design....................................................................22
Elida Belquice de Araujo Santiago
Rafael Ricarte de Souza
CAPÍTULO 2
Onde está o design thinking?
Áreas de aplicação na solução de problemas..............................43
Ana Carolina Costa
André Fernandes
CAPÍTULO 3
O processo criativo na produção
do design sustentável................................................................59
Keity Lílian Barbosa Martins Silva
Susana dos Santos Dominici
CAPÍTULO 4
Práticas colaborativas:
um caminho de criatividade para inovações.................................73
Andréa Souza Saad Petrus
Caroline Pedraça Santos
CAPÍTULO 5
Criatividade como via
para o desenvolvimento econômico
sustentável no design de interiores...........................................93
Pedro Rocha Sousa Filho
Ana Lúcia Alexandre de O. Zandomeneghi
Índice remissivo........................................................................126
DOI: 10.31560/pimentacultural/2020.980.8-10
PREFÁCIO
Nosso mundo físico, atualmente se confunde, cada vez mais,
com o mundo digital. Utilizamos a rede para saber notícias, colocar,
“em dia” a conversa com amigos, fazemos compras, procuramos
serviços, pesquisamos, desenhamos e outras tantas atividades
que demandaria muito tempo lembrar de tudo. No século XXI, seja
virtual ou físico, existe um requisito humano que é uma necessidade
imprescindível chamada de Criatividade.
8
As autoras, Keity Lílian Barbosa Martins Silva e Susana dos
Santos Dominici, o denominaram O PROCESSO CRIATIVO NA
PRODUÇÃO DO DESIGN SUSTENTÁVEL. O Design, é centrado
no usuário, entretanto se ele tem a bandeira da sustentabilidade,
é necessário que também, o meio ambiente, seja respeitado.
Para compreenderem melhor o desenvolvimento de um objeto
estabeleceram parceria com uma ONG (CEPROMAR) e um grupo
de graduandos e mestrandos voluntários da Universidade Federal
do Maranhão (UFMA). Desta forma, através da observação direta e
participativa foi desenvolvido o artefato sustentável.
9
Esta obra, foi redigida por várias pessoas que tratam, a
criatividade e o design, sob diversos olhares. De leitura agradável, e
com grande abrangência, própria de uma área interdisciplinar.
10
DOI: 10.31560/pimentacultural/2020.980.11-21
INTRODUÇÃO
Profa. Dra. Rosane de F. A. Obregon
Profa. Dra. Ana Lúcia O. A. Zandomenigh
11
Nessa linha, a Criatividade abordada nesta obra, tem como
alvo a compreensão das relações entre os mecanismos extrínsecos
e/ou intrínsecos envolvidos nos processos criativos e a produção
do conhecimento, visando auxiliar no florescimento de novas ideias
(DENNIS, MINAS e BHAGWATWAR, 2012). A Criatividade, nessa
linha de entendimento, é um fenômeno infinito, plural e multifacetado
que apresenta grande dificuldade de conceituação precisa. Os
autores Harman e Hormann (1997) conceituam criatividade como
sendo uma habilidade de questionar pressupostos, quebrar
fronteiras, ultrapassar limites, reconhecer padrões, enxergar em
novos ângulos, fazer novas conexões, assumir riscos, aproveitar
oportunidades fortuitas quando trabalhando em um problema.
Em outras palavras, o que se faz é criativo se for novo, diferente
e útil. Além disto, este teórico destaca que o processo criativo
é heurístico ao invés de algorítmico. Uma heurística é um guia
intuitivo que leva à aprendizagem ou descoberta, em oposição a
um algoritmo que é um conjunto de regras racionais e mecânicas
para resolver problemas.
12
Ao tratar-se de processos criativos, Gadamer (2004, p.
62) afirma que não basta a originalidade de uma ideia, faz-se
necessária a “manipulação engenhosa de formas e modos fixos de
expressão”. Assim, na direção do fortalecimento do conceito de
criatividade, merece ser apreciado o ponto de vista de Harman e
Hormann (1997), que de longa data apontam que o anseio de criar
constitui-se num dos desejos básicos do ser humano. Consideram
que a criatividade que pode existir nos relacionamentos, nas
comunicações, nos serviços, nas artes, ou em produtos úteis está
muito perto de constituir o significado central da vida.
13
e sócioculturais e afetivas que compõe o meio. Há, portanto, razões
suficientes para acreditar que os processos criativos representam
uma ferramenta potencialmente geradora de novos conhecimentos.
14
formas, texturas, cores, linhas, contornos, estruturas, etc., que
exige do profissionais da área expertize intelectual para gerir os
processos criativos. A criatividade tem sido apontada como a
habilidade de sobrevivência, tornando- se o recurso mais valioso
para lidar com os problemas que afetam as atividades diárias
no plano pessoal e profissional.
15
Para a integração de ideias, Javadi, Mahoney e Gebauer
(2013), destacam a necessidade do trabalho em grupo, dizendo
que é um processo essencial para a emergência da criatividade
e, portanto, para o estabelecimento de conhecimento. A ênfase na
integração de ideias oferece aos designers critérios práticos, por
conseguinte, permite aumentar a motivação atendendo às ideias
compartilhadas, qualquer sinal de utilidade, de legitimidade, ou a
relevância das ideias pode ser eficaz. Assim, a capacidade de se
apropriar do conhecimento do indivíduo depende essencialmente
de estratégias para incentivar a integração de ideias em grupos.
Neste sentido, assume importância a aplicação de diferentes
estratégias, técnicas e um olhar cuidadoso para o universo da
criatividade, visando a emergência do potencial criativo para a
geração, a partilha, o processamento a nível individual e coletivo na
integração de ideias.
16
Na atual conjuntura econômica mundial, os fatores de
competitividade entre os países passaram a ser o conhecimento,
a cultura e a criatividade. Para viver neste cenário de mudanças,
aprimoramento, riscos e oportunidades, a criatividade envolvida no
processo de desenvolvimento de um produto ou serviço é o fator
proeminente. O setor criativo é o formador de inovação econômica
e social e tem grande potencial de impactar outras áreas com
soluções práticas e econômicas (CHANGEUX, 2016).
17
o ser criativo e motivado, curioso, com pensamentos ágeis e
inovador (HERRMANN, 2010).
18
planeamento e flexibilidade cognitivas, esses comportamentos são
resultados da acumulação de informações durante a evolução da
espécie, é transmitido geneticamente, porém com a interação com
o meio, os mesmos comportamentos podem ser recombinados,
gerando novas alternativas em decorrência de novas situações.
O sistema executivo é responsável pelos processos mnemônicos
atenciosos e interferênciais. Conhecendo os processos cerebrais
envolvidos no ato criativo, pode-se potencializar a criatividade
(UEXKÜLL,1934; CSIKSZENTMIHALYI, 2016; NUNES 2010).
19
De todas as competências humanas as que mais diferenciam
das dos outros animais é a capacidade criativa, a forma de fazer algo
novo, diferente e eficiente todos os dias. A aptidão de recombinar
informações consolidadas para resolver problemas, resulta do
processo da combinação criativa entre as experiências vivenciadas
e a necessidade apresentada. A capacidade de encontrar novos
caminhos e conceitos a partir das mesmas ideias ou novos
caminhos entre as ideias, está relacionada a flexibilidade cognitiva,
que se utiliza de significados e representações relacionadas as
experiências emocionais, permitindo mudança no conjunto de
regras anteriormente estabelecidas.
Referências
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ZENG, L.; PROCTOR, R. W.; SALVENDY, G. Integration of Creativity into
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21
1
CAPÍTULO 1
DOI: 10.31560/pimentacultural/2020.980.22-42
A CRIATIVIDADE APLICADA NA PRODUÇÃO
CIENTÍFICA NO DESIGN
A CRIATIVIDADE
APLICADA
NA PRODUÇÃO
CIENTÍFICA
NO DESIGN
“Sempre tenha um momento
a sós com uma folha em branco”
Introdução
23
afirma assim que não há diferença fundamental no processo criativo,
pois é evidenciado na pintura de um quadro, na composição de uma
sinfonia, na criação de novos instrumentos, no desenvolvimento de
uma abordagem científica, na descoberta de novos procedimentos,
nas relações humanas ou na criação de novas formas de expressão.
24
Figura 1: Percurso conceitual da criatividade
Fonte: Autores
25
A representação gráfica de síntese ilustrada na Figura 1
configura um cenário composto por conceitos que são balizados
pela criatividade. Cada parte que compõe o ecossistema ilustrado
na figura acima, se conecta através de conceitos, autores,
pesquisas e vertentes da criatividade. Por conseguinte, enraíza-se
em métodos, práticas e processos. As dificuldades que podem vir
a interromper o crescimento e desenvolvimento da flor, podem ser
superadas por meio de processos fundamentais, que tendem a
explorar as etapas naturais desse sistema, assim esses processos
são formados pelo autoconhecimento, exercícios e uso de
técnicas e ferramentas que tendem a regar esse desenvolvimento
representando o potencial criativo.
26
benefícios e resultados inovadores. Na produção científica, essa
criatividade pode contribuir nas etapas de desenvolvimento do
fazer científico, ajudando a eliminar bloqueios na medida em que
aparecem durante a formatação da pesquisa, auxiliando no trabalho,
principalmente, trazendo a efetividade do uso de ferramentas
consolidadas no processo de inovação.
27
A coleta dos estudos foi estruturada com o planejamento
e a determinação de parâmetros de pesquisa na base de dados,
descrito no Quadro 1.
Fonte: Autores
Fonte: Autores
28
Quadro 3: Conjunto de Consideração Inicial – Web of Science
Fonte: Autores
29
o foco deste estudo. O conjunto de consideração inicial obtido em
ambas as bases de dados, indicou um conjunto de mil setecentos e
quarenta e sete (1747) estudos, entre artigos, dissertações e teses,
porém, os mesmos não permitiram responder à questão proposta
na RSL e, por conseguinte, foram excluídos da busca.
Fonte: Autores
30
Processos científicos
31
Figura 3: Como esquematizar uma pesquisa
Etapas do processo
Etapa Descrição
de produção científica
Especificação dos Geral: onde pretende-se ir;
objetivos Específicos: como chegar lá
Imprimir a ordem lógica do
Plano de trabalho
trabalho
Etapas de preparação
Quem? Equipe de
Equipe
componentes da pesquisa
Cronograma e Quando?
recursos Quanto?
32
Escolha do tema O que será explorado?
Fontes de busca
Levantamento de
bibliográficas, documentais
dados
ou de contatos diretos
Formulação do Especificá-lo em detalhes
Fases da pesquisa
problema precisos e exatos
Delimitação da Estabelecer limites para a
pesquisa investigação
Seleção de métodos e Seleção do instrumental
técnicas metodológico
Aplicação dos instrumentos
Coleta de dados elaborados e das técnicas
selecionadas
Etapas de execução Elaboração dos dados Manipulação, análise e
da pesquisa Análise e interpretação interpretação dos dados
Representação,
Auxiliares na apresentação
tabelas, quadros e
dos dados
gráficos
Exposição da pesquisa, do
Relatório
planejamento à conclusão
Fase de redação
Apresentação da Depende das formas de
pesquisa divulgação dos resultados
Fonte: Autores
33
As técnicas de criatividade fornecem métodos que nos ajudam a
examinar um problema ou oportunidade sob diferentes perspectivas,
a escapar dos bloqueios mentais, a expandir a nossa imaginação e
combinar ideias de maneiras que normalmente não nos ocorreriam.
(SIQUEIRA, 2012, p. 28).
34
Portanto, ferramentas e técnicas reunidas, permitem alavancar
as etapas do processo criativo, e devem ser utilizadas mesmo que
não existam bloqueios, na promoção de melhores resultados.
35
Figura 4: Criatividade, inovação e qualidade
36
Figura 5: Etapas de pesquisa X Método criativo
Fonte: Autores
37
propõe: Substituir, Combinar, Adaptar, Modificar, Ampliar, Diminuir,
propor outros usos, Eliminar, Rearranjar (PAZMINO, 2015), que poderá
ser extremamente útil na delimitação do problema uma vez que
segundo Gil (2019) o problema deve ser; formulado como pergunta,
claro e preciso, empírico, delimitado a uma dimensão viável e ético.
38
diferença entre eles consiste no foco que o gráfico de PERT atribui
as etapas que podem ser consideradas críticas, como uma espécie
de “foco no problema”. A proposta aqui é utilizá-los de forma que as
etapas sejam bem evidenciadas.
39
2015). O que se propõe é a formação de “provótipos”, que pode ser
entendido como um artifício (físico ou não) que tem por finalidade
provocar uma reflexão e/ou proposições acerca de determinado
tema. O que se propõe é a utilização de mapa conceitual que
estimule a reflexão na análise dos resultados.
O olhar criativo
40
Portanto, a reflexão proposta, aponta para o desafio da
produção cientifica, pautado em processos criativos. Nessa linha,
propõe-se a inquietação de olhar para uma folha em branco,
e observar inúmeras possibilidades que podem conduzir a um
caminho especial, diferente e principalmente realizador. Para
concluir, é válido afirmar a convergência entre a produção cientifica e
a criatividade, como estratégia geradora de processos efervescidos
de criatividade, explorada por meio de ferramentas e técnicas que
tendem a estimular e promover o processo de inovação.
Referências
41
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42
2
CAPÍTULO 2
DOI: 10.31560/pimentacultural/2020.980.43-58
ONDE ESTÁ O DESIGN THINKING? ÁREAS DE
APLICAÇÃO NA SOLUÇÃO DE PROBLEMAS
André Fernandes
ONDE ESTÁ
O DESIGN THINKING?
Áreas de aplicação
na solução
de problemas
Introdução
44
resolver problemas com eficiência e atender as demandas dos
clientes. As novas ideias são o motor da inovação, pois inovar é
quando uma ideia atende o mercado e é viável financeiramente.
45
um olhar centrado nas necessidades das pessoas, no que elas
querem e precisam; o incentivo à propriedade coletiva de ideias; e
também a experimentação, porque há liberdade de aprender com
os erros e estímulo a prototipagem rápida de ideias e projetos.
46
precisam continuar aprendendo e compartilhar ideias. Na prática, o
pensamento divergente não é um obstáculo, mas um caminho para
a inovação. E a criatividade, enquanto ferramenta da abordagem,
se utiliza da pluralidade para encontrar novos rumos para antigos
ou novos problemas.
Não existe uma solução genial para a inovação. Pense nisso mais
como uma série de pequenas soluções. Faz sentido adotar uma
variedade de abordagens à inovação, mas pense em quais delas
têm mais chance de alavancar os pontos fortes de sua organização.
Diversifique seus ativos. (BROWN, 2010, p. 218).
47
ambiente onde a criação aconteça, através da sistematização para
alcançar inovação. Por uma questão etimológica óbvia, é atribuída à
área do design, mas o que se percebe é o Design Thinking utilizado
por diversas áreas do conhecimento, não apenas pelo design.
Esse é o principal objetivo desse trabalho: conhecer as áreas
do conhecimento em que estão o Design Thinking no Brasil para
entender e avaliar qual o real papel dessa abordagem. Para isso, foi
realizada uma Revisão Sistemática de Literatura - RSL (CROSSAN
& APAYDIN, 2010; OBREGON, 2017), em que se buscasse o estado
da arte de onde o Design Thinking vem sendo aplicado e se levantar
quantitativamente em quais áreas de conhecimento de acordo com
a plataforma sucupira o mesmo vem sendo apropriado.
A RSL é um método de pesquisa bibliográfica que objetiva
um processo de levantamento de dados, onde são exigidas
revisões rigorosas de publicações acadêmicas que permitam
mapear evidências sobre determinado tema na área pretendida.
(OBREGON, 2017, p.13).
48
pós-graduação stricto sensu (mestrado e doutorado) em todos os
estados da Federação (CAPES, 2019).
49
de 3 formas: a) artigos que utilizam o Design Thinking enquanto
ferramenta de inovação no desenvolvimento de processos ou
produtos; b) artigos que citam o Design Thinking enquanto essa
ferramenta e c) artigos que tratam o Design Thinking enquanto
conceito, enquanto sua essência.
50
Visualização da informação
e métodos visuais como BARBOSA, Fabio José
B
ferramentas estratégicas Marques et al (2018).
para o gerenciamento de projetos.
Abrigo ipês; uso do design
emocional como ferramenta para BERNARDO, M. R. P.;
A
o desenvolvimento de novos PEREIRA, L. L (2016).
mobiliários urbanos.
MACEDO, Mayara
A caracterização do design Atherino; MIGUEL, Paulo
thinking como um modelo de Augusto Cauchick; C
inovação. CASAROTTO FILHO,
Nelson (2015).
Gerando modelo de negócio: a
CRUZ, Anderson Paiva et
pré-incubação como ambiente B
al (2016).
experimental.
Rota da Inovação: Uma Proposta ZEN, Aurora Carneiro et
de Metodologia de Gestão da al (2017).
B
Inovação.
GHELLER, Angélica
Aplicação do design thinking em
Aparecida; BIANCOLINO,
um projeto de inovação em uma B
César Augusto; ADLER,
seguradora de automóveis.
Isabel (2016).
Co-criando valor público. ZURBRIGGEN, Cristina;
Desafios a serem superados pela LAGO, Mariana González B
América Latina. (2015).
Inovação em microempresas da
GALUK, Mariana
economia criativa: um estudo de B
Bianchini et al (2016).
múltiplos casos.
Processo criativo de publicitários
PIMENTA BRAGA, Nívea
brasileiros: Fatores motivadores e B
et al (2018).
inibidores à criação.
51
DICK, Maurício Elias;
Design thinking no contexto do
WOLOSZYN, Maíra;
projeto editorial: contribuições A
GONÇALVES, Berenice
instrumentais.
Santos (2019).
O uso de métodos criativos PONZIO, Angélica Paiva;
visando a inovação no ensino de MACHADO, Andrea Soler A
projeto arquitetônico. (2015).
QUINAUD, Adriana
Contribuições do Design
Landim; LUMINI, Milena;
Thinking à inovação no A
BALDESSA, Maria José
jornalismo - o caso Hearken.
(2018).
Construção de capital social KELKAR, N. P., &
A
através do placemaking. SPINELLI, G (2016).
O design centrado no humano na CHAVES, Iana Garófalo;
atual pesquisa brasileira – uma BITTENCOURT, João
B
análise através das perspectivas Paulo; TARALLI, Cibele
de klaus krippendorff e da IDEO. Haddad (2013).
AROS, Kammiri
Corinaldesi; DE
Gestão de design e inovação
FIGUEIREDO, Luiz
social: uma revisão estruturada de B
Fernando Gonçalves;
literatura.
DÍAZ MERINO, Eugenio
Andrés (2018).
Fonte: Autores
52
Essa realidade pode ser notada quando encontrou-se apenas
5 artigos que tratam o Design Thinking enquanto abordagem para o
designer, um deles o Design Thinking fora utilizado para criação de
brinquedos, outro para desenvolvimento de mobiliário urbano, um
aplicado para o processo de inovação social e 2 outros artigos abordam
sobre a análise do Design Thinking enquanto ferramenta de inovação.
53
Esse processo, é hoje entendido como gestão estratégica do
design e tem reposicionado o papel do designer em todo o processo
de produção e é nesse contexto que o Design Thinking está inserido,
como uma ferramenta de gestão no processo de inovação.
Considerações Finais
54
Figura 1: Representação Gráfica de Síntese
Fonte: Autores
55
Portanto, o Design Thinking pode ser classificado como um
procedimento de design para não designers. Uma ferramenta que se
apropriou do termo design, fato também feito por outros produtos e/
ou serviços, para vender uma “metodologia” com termos importados
da rede semântica das organizações ou seja, vendo inovação.
Referências
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58
3
CAPÍTULO 3
DOI: 10.31560/pimentacultural/2020.980.59-72
O PROCESSO CRIATIVO NA PRODUÇÃO DO
DESIGN SUSTENTÁVEL
O PROCESSO
CRIATIVO NA
PRODUÇÃO
DO DESIGN
SUSTENTÁVEL
Introdução
60
Partindo do interesse sobre a relação entre o design e
criatividade, este estudo buscou compreender como se dá o
processo criativo em um contexto participativo de produção
de artefatos, tendo como objeto de observação um grupo
interdisciplinar responsável pela confecção de objetos a partir de
materiais reciclados.
Design e sustentabilidade
61
à sustentabilidade, pois tem uma responsabilidade fundamental na
transformação social. Nessa perspectiva, de acordo com Manzini
(2008, p.15), “os designers podem ser parte da solução justamente
por serem os autores sociais que, mais do que quaisquer outros, lidam
com as interações cotidianas dos seres humanos com seus artefatos”.
Os profissionais dessa área têm, portanto, a possibilidade de atuarem
voltados para a qualidade das coisas e, consequentemente, para a
melhoria de vida das pessoas, fomentando assim o desenvolvimento
sustentável, ecológico e social.
Design e criatividade
62
o resultado de um processo que cria, ordena, configura e significa.
Nessa linha, Grant (2017) também compreende a criatividade como
sendo uma característica humana que precisa ser aperfeiçoada. E para
defender esse princípio, ele trabalha com a ideia de desconstrução
da figura da pessoa criativa a fim de levar ao entendimento de que
qualquer pessoa pode desenvolver o seu potencial criativo.
63
E no que se refere especificamente ao design e suas respectivas
subáreas, ele é marcado intensamente pelo desenvolvimento da
criatividade, sendo este vital para o sucesso. O próprio nome design
já carrega consigo uma gama de significados que remetem a criação
e à inovação, onde as soluções devem fugir do lugar comum e dar
espaço a produtos que encantem, atraiam, e supram as necessidades
físicas e emocionais das pessoas.
Fonte: Autores
64
Para explicação da representação gráfica de síntese em
destaque, inicia-se com uma imagem que representa a relação
entre design e criatividade. Por meio do cubo mágico, conhecido
brinquedo feito de faces que se movem a partir de seu eixo, é
representado o desafio de criação do design em meio a uma
demanda específica, que nem sempre se dá de forma fácil e
onde os objetivos esperados podem não ser alcançados logo na
primeira tentativa, mas sim após diversos encaixes e caminhos,
até que se encontre um resultado satisfatório; ou seja, as faces
corretamente alinhadas.
65
A pesquisa do processo criativo
66
A iniciativa faz parte de um projeto mais amplo que está em
fase de desenvolvimento, voltado para a ambientação dos espaços
institucionais da própria organização, a exemplo de salas de aula,
parquinhos infantis, áreas de lazer, jardins, entre outros.
67
um banco confeccionado com peças de pallet e pneus, dentre
outros materiais reaproveitados.
68
dentre outras) com o intuito de encontrar inspirações que pudessem
fomentar o surgimento de ideias criativas;
69
Figura 2: Processo de Produção Criativa
Fonte: Autores
Considerações Finais
70
atributo inerente a todos os seres humanos, sendo necessário o
desenvolvimento do potencial criativo de acordo com os objetivos,
necessidades e demandas.
Referências
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4
CAPÍTULO 4
DOI: 10.31560/pimentacultural/2020.980.73-92
PRÁTICAS COLABORATIVAS: UM CAMINHO DE
CRIATIVIDADE PARA INOVAÇÕES
PRÁTICAS
COLABORATIVAS:
um caminho
de criatividade
para inovações
Introdução
74
até então inimagináveis. No cenário do design, tais mudanças
incorrem em novos processos, transferindo o designer do papel de
autor para o papel de mediador. Ampliando as possibilidades de
atuação desse profissional nos processos de inovação.
75
que compunham um modelo de ensino que influenciou faculdades
de design e arquitetura por todo mundo. O objetivo era formar
profissionais que fossem capazes de atender as demandas da
indústria da época através da crescente geração de produtos. Neste
contexto, debates sobre forma e função marcaram o movimento
modernista, influenciando decisivamente na estética dos objetos. O
discurso sustentado pela maioria dos designers da época era de
que o objeto deveria ter uma forma que “aparentasse” a sua função,
resultando em produtos livres de enfeites. A partir de então, linhas
retas e cores primárias passaram a compor a estética de grande
parte dos mobiliários, edificações, roupas ou qualquer outra coisa.
Desse modo, Cardoso (2013, p. 133-134) afirma:
Em meio aos conflitos ideológicos intensos que marcaram a “era
dos extremos” (no dizer de Eric Hobsbawm), o tolo preconceito
contra a criação e a criatividade ganhou sobrevida. Primeiramente no
movimento construtivista, insinuando-se para o interior da Bauhaus,
onde ocasionou grandes divergências, e, dali, para a Escola de
Ulm, a noção tola de que ‘design não é arte’ foi ganhando certo
pedigree às avessas, simplesmente por força de tanto ser repetida.
(CARDOSO, 2013, p.133-134).
76
Vale destacar que, a depender da situação, um poderá
prevalecer sobre o outro. Porém esses dois “mundos”, o da
resolução de problemas e o da geração de sentido devem ser
levados em consideração simultaneamente em qualquer decisão
de design. Especialmente na atualidade, quando o mundo
imerso em questões sociais, políticas e ambientais cada vez mais
complexas atinge um desenvolvimento tecnológico que permite
a diversificação de produtos e serviços cada vez mais acessíveis
à sociedade. Sendo assim, em meio a tantas possibilidades, um
produto já não é mais adquirido somente pelo fato de atender a uma
necessidade, mas a decisão de compra de um artefato ou serviço
também precisa fazer sentido para quem vai adquiri-lo. Manzini
(2017, p.59) exemplifica essa realidade com o caso da purificação
de água na África, explicando que diante de tantas possibilidades
“fica claro que a discussão não deve se limitar às bases técnicas;
ela deve também envolver domínio do significado: o sentido das
várias soluções em pauta”.
77
querem e como querem e dessa forma participarem do processo.
Vale dizer que este cenário influencia diretamente nas decisões de
consumo e no fazer design.
78
sentido, o processo de criação de um produto, serviço ou mesmo
uma solução empresarial, sofre interferência e a inovação já não é
mais resultado de um único autor, mas de um grupo de pessoas
que juntas almejam um resultado em comum.
79
É através da percepção do indivíduo aos estímulos externos, e do
conhecimento que houver armazenado na memória, que o acaso
poderá ter um papel relevante no processo criativo. Os estímulos
podem surgir de forma aleatória, aparentemente não relacionados
com o projeto, mas é a capacidade de percebê-los e relacioná-los
com os frames do espaço do problema e da solução que permitirá
a criação de novas conexões entre ideias. (ZAVADIL, DA SILVA E
TSCHIMMEL, 2016, p.8).
80
troca de saberes, nota-se a estreita ligação entre criatividade e
colaboração, as quais juntas promovem a inovação.
81
Práticas colaborativas
82
o foco deixa de ser no produto e passa a ser nas relações, novos
processos são necessários.
83
Sanders (2002) explica que esses novos processos
dão inicio a um novo momento do design, o qual chamou de
Postdesign, não podendo ser considerado uma metodologia,
mas sim uma nova mentalidade (SANDERS, 2002, não paginado,
tradução nossa): “Trata-se de uma linguagem, com a qual
as pessoas, todas as pessoas, podem usar para expressar e
interpretar as ideias e sentimentos que muitas vezes são tão
difíceis de expressar em palavras”.
Nesta pesquisa, com base no que foi retratado até aqui, serão
apresentados casos onde o fruto da juçara foi utilizado para fins até
então não percebidos, mostrando novos caminhos pelos quais o design
pode percorrer em concordância com a criatividade e a inovação.
Os processos de design a serem apresentados estão relacionados
tanto ao design difuso, quanto ao design especialista. Assim como,
demonstram que tanto a cultura local, com os saberes da culinária
maranhense, quanto à tradição de uma grande empresa no ramo de
bolsas térmicas, podem ser potencializados quando associados às
práticas colaborativas em processos e pesquisas em design.
84
Design difuso na criação de novos alimentos
85
Torna-se possível perceber que o projeto Marajuçara
apresenta em seu processo características ligadas à projetação,
com forte aderência ao design permeado pelo potencial criativo dos
produtores. Esse aspecto pode ser notado na elaboração de uma
marca e no cuidado com a fase de teste para validar os alimentos
antes de aumentar a produção. Além desses fatores diretamente
associados aos processos de design de produto, se percebe a
forte presença da colaboração entre diferentes expertises: um
empreendedor que enxerga a possibilidade para fabricar alimentos
até então não percebidos pela comunidade e uma moradora local
capaz de oferecer conhecimentos tácitos sobre a manipulação de
um fruto regional (Figura 1).
Fonte: Autores
86
Dessa maneira, é possível perceber no infográfico acima que
a juçara pode ser aproveitada para fabricação de outros produtos
alimentícios. Como demonstrado através do Marajuçara, o design
difuso se destaca nas etapas de projetação como elaboração de
marca e teste de produto. Da mesma forma em que se percebe a
criatividade sendo fomentada através da colaboração entre duas
pessoas com saberes distintos, resultando em inovação.
87
A partir dessa oficina, foi gerado um modelo de bolsa
térmica com os coroços da juçara, a qual foi testada e validada
por usuários de bolsa de calor. O produto passou a ser vendido na
internet sob o slogan “o mundo cuida de quem cuida do mundo”,
confeccionados em algodão orgânico e com o recheio em caroço
de juçara, resultando em um produto biodegradável. Além disso,
considerando que 20% da juçara é polpa e o restante é caroço, a
bolsa resulta do aproveitamento daquilo que possivelmente viraria
resíduo, fator que reforça o produto também como uma inovação
sustentável (MERCUR, 2019).
88
Figura 2: Infográfico 2 - Inovações na produção de produtos
Fonte: Autores
89
Considerações Finais
90
inovação que poderá substituir as bolsas térmicas de borracha e
reduzir os impactos ambientais causados por esse tipo de material.
Referências
91
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92
5
CAPÍTULO 5
DOI: 10.31560/pimentacultural/2020.980.93-120
CRIATIVIDADE COMO VIA PARA O
DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO SUSTENTÁVEL
NO DESIGN DE INTERIORES
CRIATIVIDADE
COMO VIA PARA
O DESENVOLVIMENTO
ECONÔMICO
SUSTENTÁVEL
NO DESIGN
DE INTERIORES
Introdução
94
2017), o conceito de design proposto pela WDO (2019), passou
também a requerer do profissional inovações que atendam as
esferas econômica, social e ambiental.
1. Método científico que compreende a busca e análise de artigos de uma determinada área da
ciência (CONFORTO; AMARAL e SILVA, 2011).
2. Intitulada ‘‘O PROCESSO PROJETUAL DO DESIGN DE INTERIORES E A INTEGRAÇÃO
DOS PRINCÍPIOS DA SUSTENTABILIDADE; FOCO NA DIMENSÃO ECONÔMICA”. Pesquisador
mestrando responsável: Pedro Rocha Sousa Filho, do Programa de Pós-Graduação em
Design - PPGD da Universidade Federal do Maranhão – UFMA, Bolsista da Coordenação de
Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / CAPES.
95
Quadro 1: Análise sintetizada da RBS
Fonte: Autores
96
“natureza complexa3 e inter/trans/multidisciplinar dos problemas
associados à sustentabilidade”.
97
Criatividade no design de interiores, uma competência para
uma economia sustentável
98
Quadro 2: Princípios
99
sustentável trata de transparecer aos consumidores os impactos de
suas escolhas, assim, terão consciência em suas aquisições, ou seja,
busca desenvolver nas pessoas a valorização de práticas orientadas
a uma economia mais sustentável (SANTOS et al, 2019).
100
Logo, necessita atuar de forma multidisciplinar e criativa em
suas ações, de modo a colaborar no planejamento de práticas
sustentáveis, beneficiando além das dimensões ambiental (capital
natural) e social (capital humano), a dimensão econômica, que
busca o desenvolvimento econômico sustentável, igualitário e ético.
101
clima e da identidade de seus usuários, demonstrando, também,
características volumétricas, elementos específicos, mobiliário e
superfícies. E, do resultado criativo do processo projetual, o mesmo
poderá influenciar na sua função, materiais utilizados, tecnologia e
na sua preocupação com a sustentabilidade (GURGEL, 2017).
102
A partir dos pressupostos e do pensamento de Tschimmel
(2010, p. 204), o conceito, adotado nesse trabalho, de criatividade
é: uma capacidade que os sistemas, presentes nos indivíduos,
“possuem de criar novas complexidades, de reordenar e estruturar
uma situação caótica”.
103
O processo projetual criativo: heurísticas para estimular
soluções sustentáveis
104
Quadro 3: Interação das fases projetuais do design com as fases do processo criativo
105
E, o processo criativo no design de interiores começa
efetivamente após a definição de “o que”, “para quem” e “onde”
(GURGEL, 2017, p.21). Visto que para conceber soluções de
projeto, é necessário existir um briefing que determinará as diretrizes
do projeto. O briefing, nada mais é que um conjunto de informações
acerca do cliente. E é a primeira etapa do processo projetual do
design de interiores, conforme observa-se na Figura 01.
106
Dada a complexidade, o processo criativo pode ser
desmembrado em pequenos subprojetos (Figura 02). Neste
momento, a criatividade é solicitada diante das informações colhidas,
além das pesquisas voltadas para a sustentabilidade, que devem ser
consideradas para passar da mente ao papel (GURGEL, 2017).
107
Neste contexto, ao enfrentarem uma demanda projetual, os
designers caem em padrões comuns e têm dificuldades em produzir
projetos criativos e que atendam também aos requisitos ambientais
(SEIFERT et al, 2015).
108
Torne as peças individuais acopláveis ou
Tornar os componentes
destacáveis para flexibilidade, facilidade de uso,
acopláveis ou destacáveis
transporte ou reparo / substituição adicionais
Identifique uma função complementar
Tornar multifuncional secundária para o produto e crie um novo
formulário para realizar as duas funções
Substitua os componentes descartáveis por
Tornar o produto reciclável reutilizáveis ou vice-versa. Modifique o projeto de
acordo com as capacidades do novo material
Remova o material do produto, eliminando
Reduzir material componentes desnecessários ou raspando
elementos estruturais para torná-lo mais eficiente
Converta as sobras de embalagens após a
remoção do produto. Considere transformar a
Reutilize embalagens
embalagem em um jogo, decoração ou outro
produto útil
Remova a complexidade desnecessária do
Simplificar produto para reduzir custos e desperdícios ou
torne o produto mais intuitivo
Encontre maneiras de criar conexões entre
Use material contínuo peças e aplique um material contínuo a elas
para reduzir peças, juntas e complexidade
Substitua a fonte de energia esperada e
Use fonte de energia diferente redesenhe de acordo. As possibilidades incluem
química, geotérmica, hidrelétrica, solar e eólica
Explore o uso de materiais reciclados ou
Use materiais reciclados ou
recicláveis no produto. Considere como a
recicláveis
estrutura e o contexto mudarão
Fonte: Seifert et al (2015)
109
acordo com Seifert et al (2015), os designers que utilizaram essa
ferramenta no planejamento projetual demonstram mais eficácia na
geração de ideias com variedade e criatividade.
110
Quadro 5: Heurísticas dos princípios da dimensão econômica da sustentabilidade
111
Promoção da educação para a economia sustentável
- Estimular a compreensão dos benefícios econômicos da valorização da
infraestrutura local;
- Fomentar a reflexão crítica sobre o valor econômico associado à cultural local;
- Possibilitar a compreensão dos benefícios de uma economia distribuída em
relação a uma economia centralizada;
- Permitir a compreensão dos impactos de ações voltadas ao crescimento em
contraposição a ações voltadas ao desenvolvimento;
- Estimular a reflexão crítica do paradigma de produção orientado à produção em
massa em contraposição à produção em pequena escala;
- Estimular a reflexão crítica acerca da efetiva necessidade de propriedade de
produtos em contraposição à contratação de serviços.
Fonte: Adaptado de Santos et al (2019, p.58 a 83)
112
de pesquisas os atalhos cognitivos para propor novas soluções
criativas, atendendo, portanto, a demanda em questão.
113
Diante de tantos requisitos projetuais e o olhar para a
sustentabilidade econômica, o processo criativo pode parecer difícil
e limitante, contudo, “soluções de projeto simples, como a inclusão
de recipientes de reciclagem, de espaço para secagem de roupas
e de bicicletários, estimulam os ocupantes a seguirem um estilo de
vida sustentável” (MOXON, 2012, p.16).
114
Figura 4: Projeto da loja Kiosk de Michael Marriott
.
Fonte: Moxon (2012 p.126)
115
Considerações Finais
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wdo.org/abut/definition/&prev=search>. Acesso em: 20 Outu. 2019.
120
SOBRE OS AUTORES E AS AUTORAS
André Fernandes
Mestrando em Design pela UFMA.
Pós-graduado em Comunicação
Organizacional pela UFMA. Graduado
em Comunicação Social (Jornalismo)
pela UFMA e Administração pela
Universidade Ceuma. É professor do
curso de Publicidade e Propaganda
da Universidade Ceuma e integra o
departamento de criação da Ideia
Propaganda. Email:
andrefernandes72@gmail.com
121
Andréa Souza Saad Petrus
Possui graduação em Design pela
Universidade Federal do Maranhão/
UFMA, especialização em Design
de Interiores pela Universidade
Ceuma/UniCEUMA e é mestranda em
Design pela Universidade Federal do
Maranhão/UFMA. Email:
andrea-saad@live.com
122
Caroline Pedraça Santos
Mestranda em Design na
Universidade Federal do Maranhão,
possui graduação em Arquitetura
e Urbanismo/UEMA com
especialização em Reabilitação
Ambiental Sustentável Arquitetônica
e Urbanística/UnB. Lecionou no
Curso de Arquitetura e Urbanismo
da Unidade de Ensino Superior
Dom Bosco e atua como Arquiteta no projeto da edificação,
com ênfase nas áreas de arquitetura, interior e projeto de
acessibilidade. Email: carolpedraca@gmail.com
123
Keity Lílian Barbosa Martins Silva
Mestranda em design de produto pela
universidade Federal do Maranhão
(UFMA). Especialista em Gestão de
Estratégica de Pessoas pela Faculdade
Athenas Maranhenses (FAMA/
Pitágoras). Graduada em comunicação
social com habilitação em Relações
Públicas pela Universidade Federal do
Maranhão (UFMA). Email:
keitylmartins@yahoo.com.br
Rafael Ricarte
Designer, especialista em Design
digital pela Estácio, pós-graduando
em Comunicação e Design pela
ESPM e mestrando em Design na
Universidade Federal do Maranhão
na linha de pesquisa: Design
Comunicação e Informação. Email:
rafael_ricart@me.com
124
Rosane de Fatima Antunes Obregon
Doutora em Engenharia e Gestão
do Conhecimento/UFSC; Mestre
em Engenharia e Gestão do
Conhecimento/UFSC; Especialista
em Magistério Superior; Pedagoga;
Profa. Adjunta do Curso de
Bacharelado Interdisciplinar
em Ciência e Tecnologia da
Universidade Federal do Maranhão/
UFMA; Profa. Permanente no Programa de Pós-Graduação
Mestrado em Design. Áreas de pesquisa: Gestão e Mídia do
Conhecimento, Design Instrucional, Design da Informação e
Comunicação, Relações entre Ciência Tecnologia e Sociedade,
Ambientes Virtuais de Aprendizagem, Educação a Distância,
Criatividade, Inteligência Múltiplas. Palestrante e autora de livros e
artigos científicos. Email: antunesobregon@gmail.com
Susana Dominici
Arquiteta e Urbanista graduada pela
Universidade Estadual do Maranhão
– UEMA (2015), com pós-graduação
em Arquitetura e Iluminação.
É mestranda em Design pela
Universidade Federal do Maranhão
(UFMA), com linha de pesquisa
na área de Ergonomia. Email:
susanadominici@hotmail.com
125
ÍNDICE REMISSIVO
A criatividade 8, 9, 10, 11, 12, 13, 14,
alternativas 11, 19, 120 15, 16, 17, 18, 19, 21, 23, 24, 25,
26, 27, 28, 29, 30, 32, 33, 34, 35,
ambiente 9, 11, 12, 18, 19, 45, 48,
37, 40, 41, 42, 44, 45, 47, 52, 60,
51, 57, 61, 62, 63, 65, 66, 78, 83,
61, 62, 63, 64, 65, 66, 69, 70, 71,
94, 97, 99, 101, 104, 108, 116, 119
72, 73, 75, 76, 79, 80, 81, 82, 83,
áreas de conhecimento 15, 48, 84, 87, 90, 91, 92, 95, 96, 97, 100,
49, 52 101, 102, 103, 104, 107, 110, 112,
B 113, 114, 116, 117, 119
bem-estar 60, 94, 97, 98, 101, 116 Criatividade 8, 12, 14, 21, 27, 35, 36,
41, 42, 58, 64, 72, 79, 97, 122, 125
Brainstorming 20, 37, 39
Briefing 39 D
desafio 41, 46, 47, 55, 65, 71, 96,
C
98, 102, 116
CEPROMAR 9, 66, 67, 122
desenvolvimento 8, 9, 12, 14, 15,
cognição 18, 21, 44, 79 16, 17, 18, 23, 24, 26, 27, 30, 31,
colaboração 74, 81, 86, 87, 88, 32, 33, 35, 38, 40, 41, 44, 47, 48,
89, 90 49, 50, 51, 52, 53, 56, 60, 61, 62,
coletividade 82, 100 64, 65, 67, 71, 72, 77, 89, 90, 94,
95, 96, 97, 98, 99, 100, 101, 104,
coletividade criativa 82
108, 110, 111, 112, 116, 117, 118
coletivo 8, 16, 41, 82, 100
desenvolvimento econômico 9, 94,
combinação 20 95, 96, 98, 101, 116
competências 17, 20, 81, 96, 111 design 8, 9, 10, 14, 15, 16, 20, 24,
comunidade 9, 75, 85, 86, 89, 90, 97 26, 27, 34, 41, 42, 44, 45, 47, 48,
conceito 13, 14, 24, 27, 39, 45, 50, 50, 51, 52, 53, 54, 55, 56, 57, 60,
53, 60, 63, 68, 94, 95, 103, 113, 116 61, 62, 64, 65, 68, 72, 74, 75, 76,
77, 78, 80, 81, 83, 84, 85, 86, 87,
conforto 60 88, 89, 90, 91, 92, 94, 95, 96, 97,
conhecimento 10, 11, 12, 13, 14, 98, 100, 101, 103, 104, 105, 106,
15, 16, 17, 18, 19, 26, 31, 35, 36, 108, 112, 113, 114, 116, 117, 118,
40, 41, 44, 48, 49, 52, 54, 60, 65, 119, 120, 121, 124
75, 80, 85, 89, 95, 96, 99, 102, 103, Design 8, 9, 15, 20, 21, 26, 27, 41,
104, 112, 119, 122 42, 45, 46, 47, 48, 50, 52, 53, 54,
criação 11, 14, 15, 24, 27, 35, 42, 55, 56, 57, 58, 61, 62, 64, 66, 72,
45, 46, 48, 50, 51, 53, 56, 57, 62, 77, 79, 81, 82, 85, 87, 91, 92, 95,
63, 64, 65, 68, 70, 74, 76, 78, 79, 105, 108, 110, 113, 117, 118, 119,
80, 85, 88, 91, 101, 102, 103, 114, 120, 121, 122, 123, 124, 125
115, 116, 121
126
design de interiores 9, 94, 95, 96, inovação 8, 9, 11, 17, 21, 23, 27,
97, 98, 101, 103, 106, 113, 116, 117, 28, 36, 40, 41, 42, 44, 45, 47, 48, 50,
118, 119, 120 51, 52, 53, 54, 55, 56, 57, 58, 64, 72,
designer 9, 33, 34, 53, 54, 55, 61, 74, 75, 78, 79, 80, 81, 82, 84, 85, 87,
65, 74, 75, 76, 78, 79, 81, 82, 94, 96, 88, 89, 90, 91, 118
97, 98, 100, 101, 102, 103, 105, 110, inovações 9, 14, 45, 54, 73, 81, 90, 95
113, 116, 118 intelectual 15, 100, 104
Design Thinking 8, 15, 21, 45, 46,
L
47, 48, 50, 52, 53, 54, 55, 56, 57, 58,
91, 120 literatura 8, 29, 34, 39, 52, 56, 60,
70, 75, 96, 105, 110
dinâmicas 18
diversidade 15, 16, 40, 82 M
dom 23, 44 Mapa mental 37, 39
materiais reciclados 61, 66, 67, 70,
E
109, 112
economia 9, 51, 56, 57, 97, 98, 99,
meio ambiente 9, 18, 19, 61, 62, 63,
100, 111, 112
66, 78, 94, 97, 99, 101
economia sustentável 9, 97, 98,
mercado 16, 45, 47, 94
99, 112
método 31, 36, 37, 45, 48, 50, 56,
estímulo 23, 44, 46, 63, 92, 114
60, 119
experimentação 46
metodologia 15, 27, 42, 56, 58, 84
F
O
ferramenta 8, 14, 30, 35, 37, 38, 40,
ONG 9, 66
44, 45, 47, 48, 50, 51, 52, 53, 54, 55,
56, 83, 108, 110, 119 organizações 14, 17, 44, 45, 47, 52,
53, 54, 55, 56, 61, 72, 80, 98, 99,
formação 8, 16, 33, 40, 44, 63
111, 118
H
P
habilidade 12, 15, 44, 45, 102
parâmetros 27
homem 23, 47, 94
pensamento 8, 14, 24, 45, 47, 60, 78,
I 92, 94, 100, 102, 103, 104, 119, 120
ideias 12, 16, 20, 23, 26, 34, 35, 37, pesquisas 12, 23, 26, 29, 30, 41,
38, 39, 40, 44, 45, 46, 47, 56, 60, 63, 65, 67, 68, 84, 90, 106, 107, 113
65, 67, 69, 74, 75, 79, 80, 82, 83, 84, planejamento 27, 60, 62, 65, 66, 67,
90, 100, 102, 103, 104, 105, 108, 69, 71, 98, 101, 103, 105, 110
109, 110, 116
potencial 8, 11, 15, 16, 17, 23, 24,
informações 17, 18, 19, 20, 35, 45, 26, 40, 41, 44, 50, 57, 60, 63, 71, 86
46, 65, 66, 80, 88, 100, 102, 106, 107
127
potencial criativo 15, 16, 24, 26, 40, R
44, 63, 71, 86 recursos naturais 9, 62, 94, 95, 96,
práticas colaborativas 9, 74, 75, 83, 98, 99, 108, 113
84, 90, 91 reflexão 26, 40, 41, 112, 116
problemas 8, 12, 14, 15, 17, 18, 20, relações sociais 75
21, 31, 34, 35, 37, 42, 43, 44, 45, 46,
revisão 8, 27, 29, 39, 52, 56, 75
47, 61, 68, 69, 71, 72, 74, 75, 76, 77,
78, 79, 82, 97, 100, 103 revisão sistemática de literatura 8
processos 12, 13, 14, 15, 16, 18, RSL 8, 27, 28, 29, 30, 39, 48, 50, 54
19, 26, 28, 35, 41, 42, 46, 50, 52, 53, S
54, 55, 74, 75, 79, 80, 82, 83, 84, 86,
sistema executivo 18, 19
90, 91, 92, 98, 101, 103, 108, 124
sociedade 11, 14, 44, 74, 77, 78,
produção 8, 12, 24, 26, 27, 28, 29,
94, 95, 100, 113
30, 31, 32, 33, 35, 36, 41, 54, 60, 61,
62, 66, 67, 68, 69, 71, 86, 89, 90, 97, sustentabilidade 8, 9, 61, 62, 71,
111, 112, 115 72, 94, 95, 96, 97, 98, 100, 101, 102,
103, 107, 110, 111, 112, 113, 114,
produção científica 8, 24, 26, 27,
115, 116, 117, 118, 120
28, 29, 30, 31, 32, 35, 36, 41
sustentável 9, 62, 87, 88, 94, 95,
Produção Científica 8, 27
96, 97, 98, 100, 101, 108, 110, 112,
produção criativa 68 113, 114, 116
produto 16, 17, 24, 26, 27, 35, 41,
V
45, 54, 63, 64, 65, 67, 72, 74, 77, 79,
82, 83, 86, 87, 88, 90, 98, 99, 100, voluntários 9, 66
108, 109, 115, 124
profissional 15, 16, 33, 69, 75, 78,
95, 101, 106, 107, 114, 118, 123
projeto 9, 26, 27, 31, 37, 41, 46, 51,
52, 57, 58, 66, 67, 68, 69, 71, 80, 85,
86, 89, 90, 94, 95, 97, 98, 100, 101,
102, 103, 104, 105, 106, 107, 108,
109, 110, 112, 113, 114, 115, 116,
117, 123, 124
128