O desafio de medir a sustentabilidade na Amazônia: os principais indicadores
mundiais e sua aplicabilidade no contexto amazônico Com o surgimento do desenvolvimento sustentável, veio a tona também as formas de se mensurar os fenômenos recorrentes, e observou-se que isso seria possível através de indicadores que assim facilitariam o entendimento e a avaliação da sustentabilidade. No entanto, muitos entravam em contradições ou não chegavam a conclusão do que realmente é o desenvolvimento sustentável ou quais parâmetros podem ser utilizados para definir, pois até hoje não se tem uma forma universal de trabalhar. Na Amazônia, por exemplo, é necessário avaliar a sua trajetória na sustentabilidade e seu papel critico em escala global, logo não dá para comparar com outras regiões.
Para então tentar resolver ou encontrar os pontos entre os fatores é que se
utiliza de indicadores de sustentabilidade, este fornece uma informação mais ampla e detalhada, não de forma exata a realidade, mais de maneira intelectual que pode levar a escolhas, suposições e abstrações.
Focado na dimensão ecológica, tem-se o índice de sustentabilidade ambiental,
que visa mensurar a capacidade de das nações de assegurar a manutenção dos ecossistemas. Este é dividido em cinco componentes, com 76 indicadores, que atende as dimensões ambientais, econômicas, sociais ou institucionais. Porém, foi bastante criticada, pois à alguns de seus parâmetros que atende os países desenvolvidos e não leva em consideração a questão da escassez, do desperdício e dos recursos inerentes aos padrões de consumo. Já o índice de desempenho ambiental, ele visa apenas as questões ambientais e é avaliado a cada 2 anos.
Temos também a pegada ecológica, que é um indicador que avalia a
quantidade de capital necessária para sustentar o modo de vida dos habitantes. Nela é possível avaliar o consumo e a capacidade do mundo de nos fornecer determinado recurso. Porém, o questionamento sobre a forma de avaliação da pegada ecológica é questionado, pois os cálculos são efetuados de forma geral, este não reflete de maneira satisfatória aos problemas ambientais ligadas a produção e consumo e também esta defende uma visão geográfica que não é imediatamente intuitiva. Já os indicadores de felicidade ambiental, não tiveram muito sucesso também, pois nela poucos países conseguiram alcançar suas metas. Daí, então surge os indicadores equilibrados, que avaliam os dados na mesma unidade, facilitando o resultado e a discussão. O painel da sustentabilidade é um indicador, que é composto por 46 indicadores divididos em social, econômico, ambiental e institucional. O índice de bem-estar das nações, é dividido em bem-estar das sociedades e bem-estar dos ecossistemas.
O índice de sociedade sustentável, depende de outros índices, mas é um índice
que faz referências as iniciativas realizadas atualmente para não prejudicar as gerações futuras, ele é transparente, e suas escala de notações é definida por metas determinadas através de grandes instituições internacionais.
Na Amazônia, existem alguns índices adaptados para atender a região e a
população que nela vive, como: Índice Agregado de Sustentabilidade da Amazônia, indicadores da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica, o sistema do Programa de determinantes do desenvolvimento sustentável na Amazônia. Dos índices anteriores, as vezes se tornam dificultosos sua atuação, pois falta dados para os cálculos, em seu contexto avaliativo poderiam ser eficientes se não fosse a falta dessas informações. Alguns trabalhos, são realizados através da pegada ecológica, mas os cálculos são simplificados pela dificuldade de se realizar uma pesquisa mais concreta.
A Amazônia, como sabemos tem suas características populacionais,
ambientais, sócias, econômicas e culturais, então as vezes se torna difícil utilizar de indicadores internacionais neste contexto. Porém, dentre os índices citados o que se adepta a Amazônia, é: o Painel da Sustentabilidade e o Índice de Sociedade Sustentável, pois dentre seus parâmetros dá para se calcular os dados.