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Identificamos três grandes períodos importantíssimos no estudo dos profetas:

1.     Os assírios.
2.     Os babilônios.
3.     A época de restauração.
Vejamos em maiores detalhes, com a ajuda da BEG, cada um deles:

(1) O julgamento por meio dos assírios.

No século 8º, a Assíria era o império dominante no antigo Oriente Próximo e,


portanto, motivo de grande preocupação para os profetas.

Em resposta ao pecado manifesto e prolongado dos israelitas, Deus decidiu usar os


exércitos da Assíria para julgá-los. O ataque ocorreu em três estágios principais.

a. Em 734 a.C., Israel, o reino do norte, se aliou à Síria para resistir ao domínio
assírio, mas essa coalizão provocou a derrota da Síria e a subjugação severa de Israel
pela Assíria – II Re 15:20-29.

b. Em 722 a.C., os assírios reagiram a novas rebeliões destruindo Samaria, a capital


do reino do norte e exilando vários dos seus cidadãos. O último rei de Samaria foi
Oséias – 732 a 724 a.C. No total, foram 20 os reis de Samaria desde Jeroboão I (930 a
909 a.C.) até Oséias – II Re 15:30;17.

c. Por fim, em 701 a.C., o rei assírio Senaqueribe atacou Judá e chegou a sitiar
Jerusalém, mas o Senhor o fez recuar no último instante - II Re 17-19.

Os profetas que ministraram nesse período falam com frequência desses


acontecimentos e outros relacionados.

(2) O julgamento por meio dos babilônios.

Em 612 a.C., os babilônios conquistaram Nínive, a capital da Assíria e se tornaram o


império dominante da região. Como Israel, o reino no norte, já havia sido derrotado e
exilado pelos assírios, Deus usou os babilônios para julgar Judá, o reino do sul,
mediante invasões e deportações em 605 a.C., 597 a.C. e 586 a.C.

a. A primeira invasão resultou na subjugação e deportação de alguns membros da


elite de Judá, como Daniel e seus amigos - Dn 1:3-6.
b. A segunda invasão resultou em mais dificuldades para o povo e em outra
deportação de judeus, como Ezequiel - Ez 33:21; II Re 24:14).

c. A terceira invasão resultou na destruição de Jerusalém e no exílio de quase toda a


população - II Re 25:1-21.

135 anos depois, os caldeus, babilônicos, sob o governo de Nabucodonosor, rei da


Babilônia, levaram cativo o Reino do Sul, Judá – II Re 25:1-7.

Zedequias (597 a 586 a.C.) – II Re 24:18 – 25:26, foi o último rei. Ao todo foram 21
reis de Judá, desde Roboão (930 a 913 a.C.) até Zedequias.

Vários profetas predisseram esses acontecimentos, interpretaram-nos à medida que se


desdobravam e refletiram sobre os mesmos após sua ocorrência.

(3) Restauração.

Em 539-538 a.C., o imperador Ciro da Pérsia derrotou a Babilônia e permitiu que os


judeus voltassem a Jerusalém.

Um pequeno número de judeus regressou à Terra Prometida sob a liderança de Josué,


o sumo sacerdote e de Zorobabel, um descendente de Davi.

Depois de alguns atrasos, o templo finalmente foi reconstruído em 520-515 a.C.


Apesar desse recomeço relativamente promissor da comunidade restaurada, no tempo
de Esdras e Neemias e nas décadas subsequentes (c. 450-400 a.C.), a religião falsa se
arraigou de tal modo entre o povo que voltou do exílio que todas as esperanças da
concretização gloriosa do reino do Deus passaram a ser projetadas num futuro
distante, conhecido hoje como o período do Novo Testamento. Muitos profetas
também trataram desses acontecimentos.

Depois desse período, até a manifestação do Messias esperado, se passaram muitos


anos, mais de 400 anos conhecidos como época de silêncio bíblico dos profetas. O
último deles a profetizar foi Malaquias e ele profetizou acerca de que Deus enviaria
um mensageiro, um novo “Elias”, a fim de preparar  a vinda futura do Filho de Deus
ao seu povo – Ml 3:1; 4:5.
Durante esse tempo também aconteceu a revolta dos Macabeus onde os judeus
enfrentaram Antioco-Epifânio (165 a.C.) que, entrando no templo, sacrificou um
porco como afronta ao Deus Todo-Poderoso e a todos os judeus.

Esse silêncio dos profetas (mais de 400 anos) foi interrompido com a proclamação de
João Batista de que Deus estava prestes a estabelecer o seu reino – Mt 3:12; Mc 1:3-
8; Lc 3:2-17. Foi dele a famosa proclamação que ligou o Antigo Testamento ao Novo
Testamento: - “Eis o Cordeiro de Deus que tira os pecados do mundo” – Jo 1:36.

Tanto Jesus, o Messias esperado, como os seus evangelistas identificaram João


Batista como o Elias predito em Malaquias – Mt 17:12-13. Foi, portanto, João
Batista, que abriu o caminho para uma nova era de profecia – a era do reino de Deus
em Cristo Jesus.

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